Translate

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

A memória que nos falta

Em junho de 2003 PT jogou para debaixo do tapete as investigações sobre o desvio de quase US$ 40 bilhões dos cofres brasileiros, duas vezes o rombo da Previdência Social.

O valor representava a estimativa de evasão de divisas pela agência do Banestado em Nova York (US$ 30 bi) somada aos prejuízos na privatização da telefonia Telenorte/Leste (US$ 8 bi) – vencida pelo consórcio Telemar –, aos calotes dados pela empresa norte-americana AES na compra da Eletropaulo com financiamento do BNDES (US$ 1,2 bi) e aos desvios da quadrilha de Silveirinha no Rio de Janeiro (US$ 36 mi).

No Congresso, foram quatro pedidos de CPI para investigar separadamente os escândalos, mas o PT preferiu vê-los hibernando na gaveta. Por quê?

Desde que as CPIs ganharam poderes extras para investigar os escândalos nacionais, a sigla PT praticamente se transformou em sinônimo de CPI. Na história recente, o partido esteve na linha de frente das mais importantes investigações do País, como a do caso Collor e a dos Anões do Orçamento. Lula vive dizendo que não mudou, ....

Quem acredita nisso? Mais ainda na capacidade dele mesmo fazer algum corte, por menor que seja, no dedinho do pé?

De janeiro 2003 a junho do mesmo ano, o Congresso recebeu 43 pedidos de CPI: 36 acabaram na gaveta. Não escaparam nem o deputado José Dirceu que sonhava investigar o BNDES e as privatizações, e o deputado Professor Luizinho, que queria vasculhar a indústria farmacêutica. [você se lembra do boato que corria na época que o Serra tinha embolsado US$ 22 milhões dos laboratórios?].

A CPI dos grampos na Bahia, pedida por Raul Jungman (PSDB-PE), foi engavetada antes mesmo de sair a pizza do Senado que salvou o senador ACM, hoje, felizmente lá do outro lado. Até hoje estão vagando no purgatório, à espera da instalação, duas comissões de escândalos bilionários: Telemar e Eletropaulo.

A transformação petista é extraordinária. Você se lembra da senadora Ideli Salvatti (PT-SC) campeã de CPIs na Assembléia Legislativa de Santa Catarina, quando era líder do PT? Participou de sete comissões, presidiu três e foi relatora de uma? No Senado, após as denúncias sobre os desvios do Banestado, propôs sua primeira CPI federal: na época ela afirmou: “Tenho ainda aquele gostinho de oposição”, confessou. Em três semanas garimpou, com afinco, 35 assinaturas – oito a mais do que o necessário. Para espanto geral, nunca pediu a instalação da CPI. Ideli admitiu na época a parlamentares que o engavetamento foi ordenado pelo poderoso chefe da Casa Civil, José Dirceu, coisa que este, publicamente, negou também, a pés juntos.

Ideli, publicamente, fez uma expiação. Disse ela: [tadinha], “Fui afoita. Não é bom para o governo ter a Casa com muito tumulto”, simplificou, negando que tivesse levado um puxão de orelha. “Acho que as investigações da Polícia Federal e do Ministério Público estão indo bem”, desculpou-se na época.

Hoje, todo o mundo se pergunta: Se o mensalão existe/ existiu, de onde vem o dinheiro? [aqui para quem leu, já expliquei de onde vem o dinheiro].

O que acabo de lhe contar é tudo verdade, basta você verificar. Quem sabe o que aqui conto não tenha sido a fonte do mensalão? Eu acho que foi!

Meu estimado Leitor que defende o PT, é preciso levar para o PT a campanha do Denorex, aquele que parece, mas não é.

O PT não pode se transformar no coveiro da ética, e nós não podemos deixar que isso aconteça. Você não acha que este é o momento para não deixarmos a peteca cair? Será que vamos, nós brasileiros, continuar com essa falta de memória que tanto nos afama? Será que vamos continuar sendo estuprados por governo após governo? Diante da inevitabilidade desses estupros, eu nunca consegui gozar.

Você conseguiu?

A quem interessar possa

Por motivos que só um filósofo ou um especialista em psicologia carioca, os Cariocas têm uma conexão primordial com a inverdade. 

Poder-se-ia dizer que o Brasil, como povo, cria certos cariocas para se proteger de verdades desagradáveis. 

O Carioca da gema que por aqui vitupera, (que jamais deve ser confundido com qualquer outro Guanabarino), é como um pai cuja responsabilidade é providenciar presentes de Natal e impedir que seus filhos descubram que Papai Noel não existe.

Cariocas quando se predominam, são seres controversos demais. Não se pode negar. 


Elegeram duas vezes o falecido Brizola, que Deus o tenha: a parte do morro ruim tomou de assalto as belas praias da ex-cidade maravilhosa. 

Pouco isso não fosse, deram por eleger um casal de garotinhos em troca de uma refeição por R$ 1,00. 

É certo que tem frango, salada, feijão e arroz. Isso mata a fome que a venalidade, a acomodação e a hipocrisia gera. 

Mas também tem bala perdida, arrastão na praia, droga a dar com um pau, far west ao estilo mais dramático de mocinho e bandido e... sua vida fácil faz Sodoma e Gomorra parecerem recantos espirituais.

Quando não se tem hombridade suficiente para assumir a responsabilidade por suas próprias excrementícias, a culpa é sempre dos Paulistas. 
Se estes não existissem, ou o Brasil fosse um imenso Rio de Janeiro, a culpa seria do destino. Ou dos Argentinos... E, se para estes lhes faltasse lógica, a culpa teria sido vontade de Deus....

Paulistas numa semelhança paralela culpam os nordestinos... Por quê Carioca não pode culpar Paulista?

Contudo, Cariocas quando o são, são a principal ameaça à ética e à moral deste país. Na AERJ foi inventado o mensalão. “Bispo” Rodrigues que o diga. 


Lá nasceu, se criou e se elegeu o Bob Jefferson, assecla amuado que denunciou os comparsas..., todos eles, em sua maioria nordestinos, que na fartura de São Paulo se criaram e cuspiram no prato que comeram: encheram cuecas com dólares e usaram seus aeroportos para embarcarem malas cheias de dinheiro rumo a paraísos fiscais. 

Em Botafogo, bairro da classe média decadente da ex-maravilhosa cidade, está a imponente FURNAS que vem alimentando governos atrás de governos, embora isso seja conhecido dos Cariocas. Quem se lembra da Caderneta de poupança Delfim, do delegado Arnaldo César Capana?

Não podemos negar que a verdade é muito frágil. 


Quase nunca é capaz de competir com mentiras ou com ilusões, mitos e boatos. 

Às vezes, contudo, a verdade é capaz de se sustentar sozinha. 

Algumas vezes até pode vencer. Tudo depende de quem as diz. E, é claro, de quem as ouve. 

De que serviram as verdades das falcatruas encontradas na AERJ? E na LOTERJ? E no BANERJ? E na TELEMAR? E no extinto grupo Sérgio Dourado? 

A verdade da corrupção carioca já era conhecida desde o tempo daquele famoso facínora que poetizava: “Polícia é Polícia, bandido é bandido”.... mas nunca pôde competir com as dissimulações e os mitos.... iguais aos que vemos, por aí postados sob este ou aquele pseudônimo e nos e-mails a mim enviados, todos inerentes à mesma pessoa (basta analisar a redação), com a mesma origem de cidade e apelido. 

Sua própria presença na Web é uma prova da freqüência com que a inverdade derrota a verdade. 

Felizmente, por motivos que nunca ficam claros, às vezes, a verdade é levada em consideração... talvez por palavras espíritas..., ou talvez no silêncio de quem prefere não se manifestar...

Paulicentrismo! Nelson Jobim mentiu! Vergonha!


Depois de assumir e dizer que iria descentralizar os vôos de Congonhas e Guarulhos para o Rio, BH e Brasília, agora, poucos dias depois adere ao poderoso efeito centrípeto paulicentrista.

Dinheiro só para os aeroportos de SP.

Remanejamento de vôos, só entre os aeroportos de SP.

Quando vier outra tragédia, é bom o vaidoso ministro, não querer tirar o corpo fora.

Começou mal. Muito mal! Mentindo!

Meu comentário

Mas que mais se podia esperar de um "cabra" que fraudou a Constituição Federal de 1988? Reproduzo mais uma vez, o que as cabeças ocas nunca são capazes de lembrar:

A Fraude do Ministro Nelson Jobim

Carta publicada pelos jornais Folha de S. Paulo, O Globo, Extra, Zero Hora e Correio Braziliense dia 09/10/2003.

"A insólita revelação do sr. Nelson Jobim de que, na promulgação da constituição de 1988, ele próprio participou de uma fraude para introduzir no texto constitucional artigos que não foram votados pelos constituintes, deixa o hoje ministro do Supremo em posição ética e jurídica delicada, para não dizer insustentável, como integrante da mais alta corte constitucional deste país. Como pode alguém que deliberada e conscientemente violou, no nascedouro, a Carta Magna, ser agora aquele que vai julgar, no Supremo Tribunal Federal, as questões constitucionais?

O absurdo é maior ainda que Sua Excelência diz que não apenas um, mas dois artigos foram introduzidos na Constituição sem o voto daqueles que, legitimamente, tinham o poder de fazê-lo. E mais: numa atitude chocante, julga-se no direito de nem mesmo revelar qual foi o segundo enxerto que praticou, dizendo que só o fará em livro que irá lançar! O que pretende o sr. Ministro? Vender mais livros? O país e outros ministros do STF devem esperar o que mais de falso na Constituição?

Francamente, em qualquer país sério, um ministro do Supremo envolvido em tal episódio estaria, a esta altura, apresentando sua renúncia e pedindo desculpas ao país e à consciência jurídica. Alguém tem dúvidas de que seria assim nos EUA, na Inglaterra ou na França? Mas aqui o ministro Jobim ainda se julga no direito de pavonear-se, quase que afirmando que é graças à burla da qual participou que a Constituição aperfeiçoou-se! Depois desta revelação chocante, o que pensar dos escrúpulos do ministro Jobim em relação à verdade, ao rigor jurídico? "

Leonel Brizola

MEU COMENTÁRIO ADICIONAL: Quatro anos já se passaram desde que o falecido Leonel Brizola teve a sua carta publicada pelos jornais e dezenas de corruptos, mensaleiros, sanguessugas e afins receberam o direito de mentir descaradamente para o Senado da República durante todo 2005 e 2006.

Assistimos, mais uma vez, como no dia 29 de outubro de 2006, que o povo DESTEPAIZ não está nem aí para os desmandos que alguns indivíduos praticam e que nos afetam.

Assim, não me surpreende que o agora só Sr. Nelson Jobim, porém ministro novamente, continue no seu hábito.

Já diz o ditado: "Quem mente uma vez, mente mil vezes"; e nós, povo de indolentes e covardes, aceitamos tudo!

Pode uma coisa destas?

Claro que pode.

61 milhões deram carta branca para que isso ocorra e ainda reclamam que o gás, a água, a luz, o preço das passagens, vão aumentar e a CPMF vai continuar ... Tolinhos!!! e Tolinhas!

Rubens Ricupero: Brasil, um suave fracasso!

Trecho:

"De volta à terra natal após longa ausência, li o trabalho de Sebastian Edwards. A fórmula que ele emprega - nas crises, modest growth - não é, em essência, diferente do que venho dizendo há tempos em relação ao Brasil. O nosso é um caso de "suave fracasso", tradução aproximativa do que os franceses chamariam de um fracasso "en douceur". Vamos seguir nesse ramerrão, com altos e baixos, sujeitos a surpresas desagradáveis quando o ciclo de expansão das commodities chegar ao fim. Será a decadência, sem nunca ter atingido o apogeu. "

Apagão Cultural

Em entrevista à Monica Bergamo na Folha de SP a atriz Christiane Torloni fala de um "apagão na cultura" com quase todo o ministério em greve e Gil flauteando em "banda larga"!

TORLONI - Mas como é que pode ter um apagão na cultura? Isso sim é um escândalo. E vagabundo fazendo arraial e forró [em junho, o ministro Gilberto Gil recebeu convidados para uma festa junina no Rio]! Quem está dançando somos nós, os artistas, a cultura. É fogo, cara! Sabe aquele negócio de quem não faz na entrada, faz na saída? Ele fez antes e está em pleno desenvolvimento no durante.

Meu comentário:
Bobagem, Chris! Ele só está em plena massagem escatológica no seu Do-In.

Agradeçam ao Governo do Inácio que está no palácio.

Abertura do artigo do Paulo Rabello de Castro na Folha de SP.

Lições da crise anunciada:
Por ter perdido o bonde, o Brasil não cresceu e, agora, comemora o fim da festa, que também perdeu!


Comentários: Para enviar por E-mail clique «AQUI»



x