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quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Falando de coerência.

No blog do Lauro Jardim, no Site da revista Veja, encontrei esta «aqui»:
A coerência do neto de Brizola

“O ex-deputado federal Brizola Neto (PDT) passou o ano inteiro espinafrando Sérgio Cabral em seu blog. Agora virou secretário estadual de Trabalho do Rio de Janeiro.

Eis alguns registros do pedetista ao longo de 2010:

* Cabral não negocia. Impõe e acha que todo mundo vai obedecer. Foi por isso que nos meteu nessa embrulhada dos royalties.

* Cuidado, governador, com aquele velho ditado: quem tudo quer, tudo perde. O senhor não é um líder de massas, um político carismático.

* Sérgio Cabral, em matéria de política, pensa, pela ordem, em si, nele próprio e em Sergio Cabral, filho.

* Sérgio Cabral anda incorporando o espírito de César Maia e está adorando produzir factóides”.
Brizola Neto é brasileiro. Em matéria de coerência ninguém supera os brasileiros; digam lá o que disserem!

Vejamos alguns exemplos de coerência absoluta que recordo neste momento:

O PT passou 20 anos alardeando que era o mais ético entre os éticos. Ao assumir o governo descobriu-se que era mais ladrão, mais corrupto e mais sem ética ou moral do que qualquer dos outros partidos políticos que tanto criticava.

O PT apenas quis ser coerente com a realidade!

O Lula era o político mais honesto entre os honestos. Em oito anos de seu governo descobriu-se que é um mentiroso patológico, um vigarista de topete e cartola. "Governou" o país do alto dos palanques falando nada sobre o nada.

Com um detalhe super coerente: José Sarney, o eterno oligarca outrora odiado, tornou-se seu amigo amado.

Ciro Gomes queria até ver o Lula morto. Como prefeito de Fortaleza, como Governador do Ceará e depois como candidato à presidência falou, até pelos cotovelos, cobras e lagartos do Lula e do PT. Resultado, Virou ministro do Lula e seu grande defensor, até na corrupção do mensalão.

Ciro Gomes é sem dúvida um homem coerente nos atos e nas palavras. Nas obras, igualmente a sua coerência é farta, metálica e sonante.

Mangabeira Unger, no seu sotaque “agringalhado” falou e escreveu o que Lúcifer quis a respeito do mau caráter e vigarices do Lula e de seu governo. Virou ministro do Lula. Detalhe, foi até criado um ministério só para acomodá-lo. Isto é o que eu chamo de pura coerência brasileira.

Para Mino Carta, da revista Carta Capital, até 2004, o Lula era considerado pior do que o diabo. Euzinho, com estes olhos e ouvidos que a terra há de comer, dezenas de vezes o vi e ouvi falar os maiores absurdos sobre o Lula, sempre nos termos mais pejorativos e sórdidos. Mino Carta tem uma boca bem suja.

Mal começa o ano de 2005, Mino Carta certamente deve ter visto a Luz. Lula passou a ser o Deus vivo e amparo das horas de angústia. (Mino Carta não acredita em Deus onipotente nem em religião alguma). Coincidência ou não, 70% do faturamento da revista em publicidade passou a ser pago pela Petrobrás, Banco do Brasil e outras empresas sob o comando do ex-Diabo, transformado no “Deus vivo e imaculado”, Lula da Silva.

A penúria cinzenta da revista virou vermelho vivo, como só a coerência brasileira sabe transformar.

Ricardo Noblat, o blogueiro que em 2006 alçou vôo com a cobertura do mensalão, e com todos os seus escritos a favor da ética e da moral, hospeda hoje em seu Blog a José Dirceu, um dos maiores canalhas, corrupto e bandido até à medula, como poucas vezes já se viu na política brasileira. Nada mais coerente e cordato ao caráter paladino do jornalista, incansável defensor de pernambucana “atacada” na Suíça por “Skinheads nazistas”. E para reforçar tal coesão, hospeda também a Marcos Coimbra, presidente do Instituto Vox Populi, sujeito magano; o maior vedóia das pesquisas empulhadas ao gosto e divulgação do freguês.

Fernando Collor de Mello, arquiinimigo dos marajás, que ficava com “aquilo” roxo, e inimigo ferrenho do Lula, descobriu-se que era ainda mais velhaco que os marajás. Foi expulso da presidência. Na volta, como Senador, pelos braços do povo que o expulsou, virou um El Cid na defesa do Lula, das suas vigarices e da corrupção generalizada do PT por todo o país.

Se alguém queria maior exemplo de coerência individual ou popular, Collor de Mello é a epítome por excelência da coerência brasileira.

Joaquim Barbosa, o primeiro negro a chegar à suprema corte do país, sentou-se lá como ministro, iluminado pela glória de ser homem impoluto, trabalhador tenaz e conhecedor sábio de leis. A ele foi-lhe dado a relatoria do processo mais importante, que jamais houvera passado por qualquer das mãos dos seus colegas togados, do presente e do passado.

Joaquim Barbosa recebeu a missão patriótica de relatar todas as denúncias da quadrilha de 40 homens públicos que roubavam o Estado e propor uma condenação. Os anos passaram, os dias e meses também... para se descobrir que o negro ministro não era só na cor, mas no caráter também.

Mais uma vez a coerência brasileira se revelou sem pudor; audaciosa e devassa como só ela é capaz.

No transcurso e pleno gozo de uma licença médica, por supostas dores nas costas, que durou meses e meses, foi fotografado em botecos e festas... a beber e a comer do melhor... em vez de estar trabalhando... a justificar a fama que o ajudara a subir ao topo da Justiça.

A coerência brasileira é tanta que se revela até na própria Justiça. Sendo cega, de venda nos olhos, com uma espada pesadíssima na mão e uma balança enorme na outra... É absolutamente coerente que não consiga ver a farsa do ministro negro... nem seja capaz de castigar qualquer petista, banqueiro ou político safado, nem pesar os crimes que são cometidos contra ela.

Coerência é algo que não falta à justiça brasileira, aos brasileiros e, sobretudo à coerente nação chamada Brasil.

Louvores haverá que dar aos brasileiros, mestres em transformar o simples em complicado, com o objetivo de exaltar a complexidade da simplicidade, reclamando da violência, da corrupção… Clamam aos céus por segurança! Por saúde! Por alimentos! Dizem-se vítimas dos ladrões… Sentem-se aviltados nos hospitais sucateados; Espoliados nos impostos, impostos por seus governantes…

Numa demonstração coesa de absoluta coerência, insatisfeitos pela saída de um analfabeto elegem outro ainda mais analfabeto para deputado e, para presidente da república, uma ladra de bancos.

Isso sim, é ser coerente! É a coerência elevada à mais excelsa potência brasileira.


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