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quarta-feira, 23 de maio de 2007

Somos culpados!


Mais scheisse... no ventilador...

... e toca "nóiz" de agüentar o fedor no ar que respiramos e para o qual contribuímos.

Outra vez o sr. Silva, o mesmo de sempre, permite mais um escândalo que acabou por “derrubar” o “seu” Silas Rondeau, ministro das Minas e Energia. 


Esse impoluto cavalheiro [impoluto, segundo os seus padrinhos, Sarney e Calheiros, kakaka!], foi acusado de receber R$ 100.000,00 de SUBORNO em troca de um PEQUENO favor que fez à empreiteira Gautama.

Com filmes e tudo mais, a heróica Polícia Federal desvendou a fraude nas licitações de ALGUMAS obras públicas. Obras estas repletas de digitais, escarrapachadas, de muitos políticos, empresários e funcionários públicos. Segundo a PF, só entre 2003 e 2006, [o sr. Silva assumiu em 2003], a máfia do capo Zuleido [que nome], movimentou R$ 170 milhões.

Se você reparar, este assalto, aos nossos bolsos, é idêntico aos roubos perpetrados pelos sanguessugas, [superfaturamento de ambulâncias] e pelos mensaleiros [suborno a deputados para aprovar projetos do governo].

Nestes três assaltos [chamá-los de escândalos é puro eufemismo], muitos políticos de diferentes partidos aparecem, novamente, como suspeitos de envolvimento. Suspeitos? Sei! É de lascar, não é mesmo? Somos "vagabundos", "carneiros", e agora viramos "idiotas"!

Um fato curioso chama a nossa atenção: estes três assaltos têm em comum uma estranha identidade: o articulador. Nem a PF se atreve a denominar "o articulador" de chefe da quadrilha. 


Como todo o mundo já esqueceu do Marcos Valério (o careca publicitário acusado de comprar parlamentares), pois nada lhe aconteceu, e do sobrenome Vedoin (os donos da Planam, empresa que fraudava contratos para vender ambulâncias superfaturadas), apareceu agora o tal do Zuleido Soares Veras, dono da empreiteira Gautama. 

Interessante, não? 

Se a PF aprofundar um pouco mais a investigação, saberemos logo que se trata de um novo laranja! Bom mesmo seria descobrir o capataz do laranjal e, depois, o dono desse campo cítrico que medra a olhos-vistos.

Nestes três assaltos ao erário público vemos que há pagamentos de SUBORNOS [a imprensa gosta de chamar “propina”, outro eufemismo], para a NEGOCIAÇÃO DE EMENDAS PARLAMENTARES com o objetivo de aprovar obras ou serviços, visando desviar dinheiro público, por meio de superfaturamento, para os bolsos dos meliantes.

[Em tempo, só para os puristas: "Propina", para mim, é a gorgeta [10% ou mais da conta] que dou a um garçon, quando sou bem atendido."Caixinha" é um dinheiro pequeno que dou ao entregador da Pizza ou ao boy que faz entregas. 


Qualquer dinheiro que alguém me peça em troca de prestar algum serviço pelo qual já é pago ou recebe salário, para mim, chama-se Su-bor-no].

Você sabe por que os subornos são tão habituais no Congresso, no Senado, nos Ministérios, nas Assembléias Estaduais ou Municipais? 


Não? 

Pois então, por favor, fique calmo(a) e, depois de ler o que escrevo a seguir, reflita um pouco, antes de me xingar. Eu reconheço que parte da culpa me cabe; e você?

Roubalheiras como as narradas acima só acontecem por sua causa, por minha causa e por causa de milhões, como você e eu, “vagabundos”, “carneiros” e “idiotas”, que não sabemos votar; não somos politizados o suficiente; não sabemos como explicar para as pessoas, até na na fila de votação, que evitem votar no primeiro santinho que lhes aparece pela frente; porque somos incapazes de convencer e provar a milhões que é errado votar em Malufes, Palloccis, Berzoinis, Lulas, Cíceros Lucenas, Calheiros, Collors, Valdemares, e outras caricaturas amorfas tipo Clodovil, Agnaldo Timóteo, Enéas [já foi tarde], e centenas e centenas de outros que, todos os dias, vemos envolvidos em maracutaias, escândalos ou indecências "paralamentares". 


Pense um pouco no que a sua indiferença política tem causado a este país

Não adianta me xingar nem dizer que não votou nesses nomes; tampouco me dizer que uma andorinha só, não faz verão. Votou sim! Eu também votei, para minha [talvez nossa] tristeza e frustração. 


Votamos sim, [embora não tenhamos apertado, na urna, o número deles], porque não mostramos, antes, àqueles que o fizeram ou não ajudamos, aqueles que dizem que não se interessam por política, a se preocuparem o suficiente para procurarem saber quem é, NA VERDADE, o candidato que escolheram. 

Esta nossa incapacidade nos torna eleitores indiretos desses pilantras; desses esculhambados sem moral, autênticos reflexos de uma sociedade sem ética e sem princípios cívicos ou sequer patrióticos.

Legislatura após legislatura, observamos, impávidos e serenos, mas... com profunda decepção e aflição, que os larápios de sempre são eleitos e reeleitos com votações expressivas.

Por mais que eu tente, [e vou acreditar que você também, pois, se me lê, deve ter alguma consciência cidadã], não consigo provar aos vagabundos, carneiros e idiotas, que o poder absoluto corrompe. 


Ao escolherem mal um candidato, colocam o poder na mão de um homem e, por isso, permitem a esse homem corromper o poder. Somos incapazes de explicar para essas pessoas que é o homem em si, com os seus defeitos e ganância, quem corrompe o poder; não o inverso. 

Que o Estado Brasileiro é uma criação do homem! O homem, o corrupto, esses bandidos que vemos aí, não são uma criação do Estado. Não é o Estado Brasileiro que dá boca para difamar, ouvidos para a intriga e mãos para roubar. 

O Estado Brasileiro somos nós! 

Todos nós, homens, mulheres, brancos, negros, mulatos, japoneses, chineses que aqui, "nestepaiz", nascemos e criamos as nossas famílias. Isso eu não consigo fazer com que entendam.

Quando vejo esses bandidos no congresso, dou-me conta que esses meliantes só chegaram lá, porque a maioria votou neles de orelhada; deram votos de cabresto. 


Que tolos! 

Povo idiota e deslumbrado vivendo pobres vidas cegas, incultas e venais; autênticos analfabetos políticos. 

Não ouvem, não falam, não participam dos acontecimentos nacionais; nem sequer lutam pelos direitos que lhes concernem como cidadãos. – Por isto eu me sinto responsável, e você também deveria sentir-se assim.

Quando vejo esses assaltos ao erário a aflição toma conta de mim. De você não? Eu grito e me descabelo todo contra as pessoas que votaram nesses bandidos. 


Será que essas pessoas não raciocinam no mal que causam ao país, a todos nós e a eles inclusive, ao votarem em tais facínoras?

Será que as pessoas que não praticam o voto consciente, [a maioria], não se dão conta que os custos de vida, do preço do feijão ao do frango, da farinha ao do aluguel ou do sapato ao do remédio, dependem de decisões políticas? – Tão broncos e estultos, orgulham-se e estufam o peito ao dizerem que odeiam a política. – Não sabem tais insensatos que, das suas ignorâncias políticas, nascem as prostitutas, os menores abandonados, os assaltantes e o pior de todos os bandidos: o político vigarista, o corrupto, o lacaio auto-denominado “trabalhador”, a serviço das empresas nacionais e multinacionais... das Guatamas, das Planams, dos aero-trens, das universidades com cotas raciais, das indústrias de multas, das contribuições para a saúde desviadas para financiamento dos clubes fisiologistas...????

Você que me lê, não sabe da angústia que me invade quando vejo esses eleitores(as) considerarem-se a coisa mais linda que existe no país, porque as vinte e quatro horas do dia respiram esperança... É! Só isso sabem fazer!

É por isso que eu afirmo que você e eu somos tão culpados da existência desses bandidos no Congresso Nacional, quanto aqueles que os elegeram. 


Ao nos abandonarmos à preguiça ao debate com essas pessoas, ao domínio de jornalistas sem escrúpulos  preferimos reformar o arbítrio a confirmar a sua existência. Simplesmente extirpamos o alvedrio como se corta um câncer.

Não é de surpreender que as pessoas que elegem esses bandidos continuem a respirar esperança as vinte e quatro horas do dia... 


Talvez a esperança de que, você e eu, e outros poucos como nós, consigamos ter forças para retirar as vendas que esses “eleitores de ocasião” colocaram em si mesmos, para não enxergarem, envergonhados, a mediocrização das suas expectativas; o quão laxos se tornaram nos seus padrões e princípios morais, nas suas lutas pela sobrevivência. Em nome dessa tal sobrevivência esses pobres coitados, eleitores, apenas revelam o ego fraco que possuem; a inabilidade para mediar entre o instinto e a sua idéia de moralidade.

- Por isso, eu e você, somos culpados!

Atentai Brasileiros!

Quando certos senhores eram jornalistas de verdade e trabalhavam no Correio Braziliense, no JB, na Folha de S. Paulo, etc., dava gosto ler jornal. Nesses vespertinos, as páginas dirigidas por eles, na forma e no conteúdo, refletiam o bom jornalismo.

Qualquer cidadão tem o direito de mudar de posição política. Não questiono esse direito. Só lamento que, esses senhores, hoje donos de blogs políticos, tenham criado, nesses espaços, um estilo bem-acabado ora na mágoa, ora no ressentimento, enquanto, concomitantemente, abrem portas para postagens claramente tendenciosas ou partidárias que só visam confundir, ainda mais, o(a) leitor(a). 


Tudo isso em nome de uma equanimidade opinativa. Para mim, nada mais são que posturas cinzentas fincadas em cima de muros. – Na maioria desses Blogs, encontro apenas espaços abertos para aqueles que ainda não sabem o que é democracia nem cidadania, menos ainda ética, civismo ou zelo comunitário.

Ao ler determinados títulos e respectivas notas ou artigos, fico estarrecido com o nível protopolítico com que são escritos. Isso leva-me a questionar seriamente a lógica desses Blogs. Assim mesmo, fico com a impressão que o rancor, a mágoa e o tendencionismo político neles impressos abrem perspectivas muito lamentáveis.

Se o que é postado nesses blogs, for uma fotografia atual do jornalismo brasileiro, a esperança de um Brasil caminhando para o crescimento cultural, na medida do avanço do acesso às informações livres, foi por água abaixo, literalmente!

Dá pena ver o que acontece nesses espaços cibernéticos, embora acredite que o livre arbítrio deva prevalecer, assim como respeito esse direito. Mas eu fico muito triste ao ler manifestações tão fulgurantes, textos tão facticiosos ou simples factóides, cuja contundência, outra coisa não é, senão mascarar a verdade ou esconder algum fato relevante.

Aqui caberia a famosa pergunta: – "Cui Bono?". [A quem interessa?] – Os balconistas do favorecimento estão por toda a parte, abrolham de todos os lados, brotam de todos os poros, inclusive dos e nos blogs comandados por aqueles que um dia foram... “conceituados” jornalistas.

A solidez dos arranjos financeiros que beneficia a subsistência desses, outrora, jornalistas conclama-me a convocar o cidadão comum, você que me lê, para desvendar as forças que levam a tal descalabro informativo. 


A maioria das pessoas com quem convivo, e são muitas, não consegue perceber as diferenças, tantas são as semelhanças, dos artigos, contra, a favor ou mais ou menos, do que é postado, nesses blogs e até nos jornais. Isso transforma a política, a notícia criminal, ou a simples informação sobre algum evento corriqueiro, numa guerra de efeitos especiais.

Parafraseando William Shakespeare, há mais coisas entre o céu e a terra, do que uma simples notícia pode informar.

Por fim, lembre-se que o tempo é algo que não volta atrás. Por isso, não permita que os seus filhos ou os seus netos cresçam neste mar de desinformações que os afastam da responsabilidade que têm para com o futuro.

Se somos vagabundos, também somos carneiros!

Um país como o Brasil, tendo à cabeça da sua administração um homem como o Sr. Silva, dificilmente poderá ir além, especialmente em momentos de crise. Se um Collor fez muito estrago, um Cardoso nos chamou de vagabundos e criou as bases da corrupção endêmica que vemos hoje, o sr. Silva fez, está a fazer e ainda fará muito mais.

Um presidente... que não sabe de nada, embora viva aceitando os pedidos de demissão de ministros acusados pela Policia Federal de desonestos ou pilantras, — para manter-se no poder não hesita em comprar seja quem for, – tanto para abafar CPIs da corrupção no seu próprio governo, como para aprovar projetos que só interessam a ele e a mais meia dúzia, – deliberadamente, agora, deita mão do poder de liberar recursos para abafar mais um escândalo na soleira da sua porta de entrada. E ninguém faz, ABSOLUTAMENTE, nada!

Diante deste espetáculo da imobilidade, eu, você, todos nós, só podemos sentir-nos orgulhosos do Presidente que temos e do excelente governo que nos governa e do nosso sentido apurado de cidadania... — Ai que saudades do Mr. Collor.... – [Nunca pensei que um dia diria isto.] Mas, como disse um certo general, o povo é que nem carneiros. Basta saber pastoreá-los...

domingo, 20 de maio de 2007

O Jurista e a Corrupção

A reportagem, “Corrupção está associada à cultura da impunidade”, na página 12 do jornal O Globo, deste domingo 20.05.2007, traz uma declaração, pra lá de interessante, do jurista Dalmo Dallari.

Quase no final do texto, assinado por Cláudia Lamego e Tatiana Farah, aparece uma declaração do tão ilustre cavalheiro, rabulão emérito da nossa magnífica legislação.

Afirma o distinto causídico: – “Corrupção não é do brasileiro. É um produto da nossa história. Isso tem raízes no sistema colonial. É o velho coronelismo”.

– Brilhante! Sensacional! Mais extraordinário que isso, só aquele banco que dá dez dias sem juros.

Não fosse esta declaração assaz burra e estrambótica, a relevância ajuizada e até, razoavelmente, fundamentada dos demais especialistas consultados pelas jornalistas, a reportagem em si fluiria com um déjà vu que todos conhecemos, mas milhões relutam admitir.

Entretanto, como todos sabem, o sr. Dalmo Dallari, amigo do sr. Silva e de notórios, como ele, de letras dobradas, integrantes do Pega Tudo, já está no inverno da vida; haverá, pois, que perdoá-lo por tais palavras.

Infelizmente, eu, um "reacionário demente", como vocês me elogiam, diante das quatro afirmações lidas, dou-me conta que o sr. Dallari passou pela vida e, dela, nada aprendeu ... Ou será que a vida passou por ele e nada lhe ensinou?

Em ambos os casos, sendo eu um reacionário, não posso deixar de lastimar... de reaccionar ou deveria reagir?

Pela idade, é compreensível que o sr. Dallari repita a velha lenga-lenga dos pobres de espírito e haja esquecido que o Brasil tem 500 anos de história e 185 de independência.

Pois é... desde 7 de setembro de 1822, [eu lembro da data], nós brasileiros, como ele, fomos, temos sido e continuaremos a ser incapazes de acabar com a corrupção deixada pelos portugueses, holandeses, franceses e ingleses..., devido ao “produto da nossa história”.

Diante de um “produto” assim, salta à vista que devemos atribuir a culpa da sua origem a quem nos colonizou.

Não podemos nos culpar pela nossa venalidade congênita, nem pela nossa preguiça acintosa; menos pela falta de escrúpulos nacional em deixar para amanhã o que pode ser feito hoje.

Em tempo algum poderemos culpar-nos pela nossa falta de competência, de sentido cívico ou de zêlo comunitário.

Atos de contrição pela nossa ética etérea ou tão somente sazonal, nem pensar!

Isso é axiomático!

Alguém já ouviu falar do jeitinho brasileiro. Eu nunca ouvi! Nem sei o que é isso.

O "jeitinho" é coisa de português! De quem, se não?

Isso é dos Portugueses, pois foram os que mais corromperam por cá, que criaram a SUDENE [Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste] em 1959; a SUDAM [Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia], em 1966; a INFRAERO [Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária] em 1972; o Banco BAMERINDUS; o banco ECONÔMICO, a caderneta de POUPANÇA DELFIM; a LUTFALA; a ATALLA; a CAPEMI; a BRASILINVEST; a COROA-BRASTEL; a ELETRONORTE; o FGTS; a VASP; o INAMPS (Instituto Nacional de Assistência Previdência Social); o RESTAURANTE GULLIVER (tentativa do governador Ronaldo Cunha Lima em matar o governador antecessor Tarcísio Burity, por causa das denúncias de Irregularidades na SUDENE da Paraíba); do BNDES (aquelas verbas para “socorrer” ex-estatais privatizadas); do BANESPA; o ORÇAMENTO GERAL DA UNIÃO, e as façanhas escabrosas dos anões do orçamento que vieram à tona entre 1989 e 1993; o assassinato do CELSO DANIEL; o PROPRINODUTO (também conhecido como Caso Rodrigo Silveirinha); o DNIT (envolvendo os ministros Anderson Adauto e Sérgio Pimentel); o dos GAFANHOTOS, e tantos outros que eu ficaria aqui o dia inteiro só para listá-los.

Foram também os nossos colonizadores culpados, todos eles, com sobrenomes Silva, Soares, Pereira, Palloci, Lorenzetti, Genoíno, Buratti, Suplicy, Mercadante que criaram o PT [Partido dos Trabalhadores] a agremiação política atual, tão ao gosto e simpatia do sr. Dallari.

Foram os colonizadores que incutiram nesses elementos os pensamentos de esquerda, quase fanáticos, pró-trabalhadores, em defesa do patrimônio nacional, contra o FMI e juros altos, etc.

Foram esses colonizados, "produtos da nossa história", que passaram mais de vinte anos alardeando serem os mais éticos entre os éticos de todos os partidos, [honestidade, lisura e fair-play eram as suas palavras de ordem], os quais, uma vez no poder, o primeiro ato de Estado do “seu” Silva, em 2003, foi comprar lençóis e toalhas de algodão egípcio, importados da origem, pois o nacional era ruim demais.

Foi saquearem velhacamente o Banco do Brasil por meio de empréstimos espúrios e pagamentos de notas fiscais frias.

Foram os colonizadores, certamente, que obrigaram esses pobres colonizados, em 2005 e 2006, para que conseguissem e proporcionassem a maior avalanche de corrupção ativa e passiva, escondida e aberta, jamais vista, algum dia, em todo o território nacional.

Para o sr. Dallari, [foto aqui do lado esquerdo], a culpa da corrupção é dos colonizadores.

Foram eles, [mas que safadinhos!], que corromperam os lúdicos trabalhadores e puseram dólares na cueca do inocente petista; encheram bolsas de dinheiro sem origem; violaram a conta bancária de um aprendiz de caseiro e transformaram hospitais, referências na América latina, em sucatas do atendimento...

Certamente, foram eles, os colonizadores, que fizeram o sr. Silva, [apesar deste ser uma pessoa centralizadora, quando comandava o partido], uma vez na presidência da república, alegar completo desconhecimento ou, sequer saber das falcatruas dos aloprados partidários.

Foram, certamente, os colonizadores que fizeram o mesmo sr. Silva rasgar todas as suas convicções, e, certa feita, numa visita à Venezuela, afirmar, categoricamente, que jamais havia sido um homem de esquerda.

Foram os colonizadores que fizeram o sr. Silva abandonar todos os seus correligionários, amigos de todo o sempre, à imprensa gulosa e estrábica...

Só podem ter sido eles, os colonizadores, os coronéis, o produto da nossa história!

Isso jamais poderia ser ou foi coisa de brasileiro!!!

Brasileiro que se preze, é honesto, honrado, não mente, não rouba, não trai, não dá propina ao guarda de trânsito, não compra juizes, nem sentenças judiciais; não adultera balaços da empresa, nem suborna fiscal municipal, menos ainda federal. Brasileiro não sonega impostos, não fura a fila, não “mata” a avó, pelo menos três vezes por ano, para faltar ao trabalho; não adultera receitas médicas, nem pede, no restaurante nem no posto de gasolina, uma nota fiscal com valor maior àquele que gastou, se é que gastou.

Brasileiro, brasileiro mesmo, não come em supermercado, nem bebe whisky [às escondidas] na casa dos outros.

Brasileiro é ético por natureza; acredita e professa ética como filosofia de vida; vota com consciência e lembra-se em quem votou; regularmente cobra do seu deputado ações práticas e é atendido.

Brasileiro, jus sanguinis, preocupa-se mais com a falta do professor na escola do filho do que com o risco que lhe fizeram no carro.

Brasileiro, de verdade, possuiu sentido cívico e comunitário; quando viaja não corre para o banheiro do avião para roubar os sabonetes; nos hotéis não escreve nas paredes nem nos elevadores: "eu estive aqui"; tampouco furta toalhas ou talheres.

Brasileiro, na cidade onde mora, não joga lixo na rua, nem sofá no meio do rio.

Brasileiro não é racista e defende com afinco um sistema de cotas raciais nas universidades.

Brasileiro é politizado e demonstra forte nacionalismo equânime, até durante as Copas Mundiais de Futebol; é o ano inteiro a respirar nacionalismo, mesmo quando entregam, de graça, patrimônio nacional a país estrangeiro.

Brasileiro não é grileiro, [Indivíduo que procura apossar-se de terras alheias mediante falsas escrituras de propriedade], nem corrompe políticos sanguessugas ou mensaleiros... nem se deixa corromper... em sonhos.

Por fim, olvida o nobre rábula que a corrupção está em ascensão, não só no Brasil. O PT, de quem tanto o sr. Dallari gosta, que o diga.

Seria bom o ilustre causídico sentar com os fundadores do partido para relembrarem os achaques às empresas e outras coisitas mais que hoje sabemos.

Não surpreende que tais senhores, de defensores da ética e da honradez, hajam se transformado em pau de galinheiro; de tanto aloprado com dólar na cueca, dossiê forjado, contas em paraísos fiscais, contratos viciados, e, o pior de tudo, por tanto mentirem para uma população que acreditou que tais sujeitos poderiam mudar “estepaiz” .

De tão idoso e cínico, o Sr. Dallari esquece também de olhar para cima.

Se levantasse os olhos poderia ver que nos Estados Unidos da América e na maioria dos países europeus, onde, não tem muito tempo, casos de corrupção só apareciam de décadas em décadas, hoje surgem, diariamente, às centenas, estampados nos jornais.

O sr. Dallari, de tão puro, esquece que o capitalismo globalizado e, ademais, canibal, é o forte incentivo para a cobiça humana.

Em pleno século XXI, atribuir culpas aos colonizadores pela corrupção brasileira, que “nestepaiz” é endêmica, é, sem dúvida, a afirmação mais néscia que já li.

É tão beócia que coloca a obra escrita do seu autor no campo das que devem ser questionadas.

Mas, pensando bem, vivendo eu num establishment verde-amarelo, sou forçado a dar razão ao sr. Dallari com dois “L”!

Entretanto, é ótimo que o meu nome, Félix, tenha só um “X”; mas Jarreth tem dois “R”.

Ter letra dobrada no nome começa a ser perigoso. Posso ficar contagiado por essas caricaturas à brasileira, cujas consciências falsas saem pelas bocas em jorros de hipocrisias.

Amanhã mesmo vou entrar com o pedido junto ao Registro Civil para tirar um dos “R”.

Quanto será que o juiz irá me pedir para dar “um jeitinho” no “R”?

Pago ou não Pago? Oh... que dolorosa questão.

- Já sei, vou falar com o assessor, do assessor-do-assessor-do-assessor-do-assessor do juiz, que é irmão dele por parte de mãe, o qual, por uma bela garrafa de cachaça, dará um jeitinho...

segunda-feira, 14 de maio de 2007

Homenagem a Agamenon Mendes Pedreira

Agamenon Mendes Pedreira(*) foi impagável, ontem 13/05, na sua coluna, no segundo caderno do Jornal o Globo. [Quem quiser ler clique aqui Precisa ser cadastrado(a)].

Com brilhantismo, Agamenon descreve e compara a visita do Suco Pontífice, o SS [Sua Santidade] Adolf XVI, quase “a nível de” uma turnê dos Rolling Stones ou da visita do finado João Paulo ii.

Não consigo ler todos os jornais a tempo de inserir no blog os comentários que quero ou gosto. Entretanto, ler - de carreirinha, - do jeito que se escreve em Lisarbo, não é mole. 

São tantas as contradições e paradoxos na mídia impressa [e na falada, também] que, às vezes, preciso colocar lado a lado, a mesma notícia, publicada em jornais diferentes, com enfoques "totalmentes" opostos, para não perder a lucidez. 

Se para um jornal os índices de emprego aumentaram, para outro, estão pela hora da morte. 

Se a Petrobrás perdeu dinheiro com a “venda” das refinarias para o cocaleiro, um colunista conceituado, num outro jornal, esparrama palavras para demonstrar que foi "um bom negócio" para o Brasil, com lucro, inclusive. 

Fosse isto pouco, para piorar, no mesmo jornal, o colega dele, na página seguinte, gasta a mesma quantidade de palavras explicando que a Bolívia nos roubou. Em quem acreditar?

No meio desta insanidade e dicotomias jornalísticas, de país de trigésima sétima categoria, ler a coluna do Agamenon foi um refresco e um incentivo para alimentar o meu Blog; embora tenha pendente a seleção da enxurrada de e-mails, todos “elogiosos”, a respeito da nota que escrevi sobre o Sr. Dimas Lara Barbosa, o mais novo secretário-geral da CNBB. 

Assim é que eu gosto. Falem “maus”, mas falem de mim.

Agamenom, santo do pau oco, só imagino os encômios que deve receber. Mas, Hubert e Marcelo Madureira continuem assim; de brincadeira em brincadeira, as vossas palavras são bem mais sérias que as minhas. 

O humor de vocês estimula e me faz crer que, neste mar de areias movediças chamado Lisarbo, por fim não estou só.

Parafraseando Gonçalves Dias, “nós ambos mesquinhos, por ínvios caminhos, cobertos de espinhos,... chegamos aqui!”


(*) Agamenon Mendes Pedreira, para quem não sabe, é um personagem criado pelos humoristas Hubert e Marcelo Madureira, integrantes do grupo Casseta & Planeta. Desde 1989 Agamenon tem uma coluna com seu próprio nome no Segundo Caderno do jornal O Globo.

domingo, 13 de maio de 2007

A CNBB e as suas habituais imbecilidades

O Sr. Dimas Barbosa, [ Dom Dimas Lara Barbosa
– Bispo Auxiliar de São Sebastião do Rio de Janeiro – RJ], secretário-geral da CNBB [Conferência Nacional dos Bispos do Brasil], comparou as garotas que “ficam” [em bom português, as meninas que transam, eventualmente, com os namorados], a prostitutas. Para isso ele usou o eufemismo de “garotas de programa”.

Agora pergunto eu:

1. - E os padres que trepam com meninas, menores de idade”? Sr. Dimas Barbosa, secretário-geral da CNBB, como sua eminência os chamaria ou compararia?

2. - E os padres que pervertem meninos, menores de idade”? Sr. Dimas Barbosa, secretário-geral da CNBB, como sua eminência os chamaria ou compararia?

3. - E os padres que pedem donativos de R$ 300.000,00 para a reforma do teto de uma Igreja em São Paulo e são vistos em bares gays, [terças e quintas-feiras], esbanjando à doidada com bebidas para rapazes sarados?, como, sua eminência, Sr. Dimas Barbosa, secretário-geral da CNBB, o senhor os denominaria?

Sr. Dimas Barbosa, sua eminência não é só um empulhador, mas também um hipócrita, mesmo! Vá ter vergonha nessa cara e olhe primeiro para o seu quintal, antes de criticar o dos outros. 

Olhe primeiro para os pedófilos, pederastas e homossexuais que, travestidos de padres moralistas, praticam e são capazes dos atos mais sórdidos em nome de uma religião que só tem sido utilizada para aumentar a riqueza daqueles que a dirigem.

Gostaria também, sr. Dimas Barbosa, que sua eminência classificasse a enorme quantidade de padres cercados de “sobrinhos”, coitados, abandonados na vida. 

Gostaria também que sua eminência, do alto da sua “sapiência”, nos dissesse como chamar as freiras que, dentro das paredes dos conventos, no meio da noite, pelo frio, se deitam nas camas umas das outras... ou, atrás da sacristia, “ficam” de joelhos, diante os párocos de pé, confessando-se do enorme peso que levam em suas consciências.

Excomungado – Parte 2

O texto abaixo, em azul, do Sr. André Petry, publicado também na revista Veja desta semana, edição nº. Edição 2008, de 16 de maio de 2007, [Assinante da Revista Veja clique aqui], vale a pena ler. 

É a minha auto-excomungação elevada ao quadrado. 

Não só transcrevo um, mas dois textos de imprensa, cujo teor discorda ou questiona as infinitas "verdades" da Igreja católica. E ainda por cima, aplaudo! Felizmente existe gente de porte e reputação que advinha os meus pensamentos.

Que cada um fique com a sua própria opinião. Vocês já sabem a minha e, por favor, não me encham o saco. Leiam e pensem, mentecaptos que me escrevem para insultar.


André Petry

A IGREJA É CHICLETE?

"É sempre bom lembrar que a plena liberdade de culto contempla a liberdade de qualquer culto, inclusive nenhum"

Durante a visita do papa, trataram a Igreja Católica como chiclete, puxando-a para todos os lados. Os católicos, enlevados com a presença do papa, voltaram a defender o de sempre: que a doutrina da Igreja vire política de estado. Puxando a Igreja para lá, condenam a camisinha, o aborto, o divórcio, o casamento gay – e querem que suas condenações morais sejam válidas para todos os brasileiros, e não apenas para os católicos. Chiclete para um lado.

Os que discordam disso tudo tentaram fazer com que a Igreja Católica deixe de ser o que é – uma igreja, com seus dogmas e doutrinas, suas crenças e suas verdades. Puxando a Igreja para cá, querem que ela autorize o aborto, libere o uso da camisinha, aprove o divórcio, concorde com o casamento gay – para todos os brasileiros e, inclusive, para os católicos. Chiclete para o outro lado.

Está tudo errado. Certo mesmo seria que, num estado laico e com liberdade de culto, cada lado pudesse viver segundo suas convicções. Portanto, está certo o papa quando defende a excomunhão de políticos que aprovam o aborto. O PPS chegou a divulgar nota criticando a postura supostamente autoritária do papa. Não é autoritária. 

O deputado José Genoíno, que começa a voltar à luz depois de ser abatido pelo mensalão, acha que é uma posição intolerante. Também não é. É apenas uma posição da Igreja Católica válida para os católicos. "O direito de matar um inocente, uma criança humana, é incompatível com estar em comunhão com o corpo de Cristo", disse o papa. Eis a palavra do representante do Deus dos católicos na Terra. É simples. Quem concorda vive segundo esses ensinamentos. Quem não concorda tem o direito de rezar em outra freguesia ou de não rezar em freguesia alguma.

O outro problema é quando o chiclete espicha para o outro lado – e a Igreja Católica não se contenta em falar apenas ao seu rebanho. É contra o aborto? Nenhum problema. Que oriente seus fiéis para que jamais o façam. Em vez disso, a Igreja Católica quer que o estado brasileiro mantenha uma proibição legal que atinge a todos... É contra o uso da camisinha, pois, segundo a clarividência divina de dom Geraldo Majella, ela incentiva "a criança, o adolescente" à "promiscuidade"? Nenhum problema. Peça aos seus fiéis, "a criança, o adolescente", que se abstenham de usá-la. Em vez disso, a Igreja Católica quer que o governo brasileiro suspenda a distribuição de camisinha nos postos de saúde para todos os brasileiros... Não gosta que os adolescentes "fiquem", pois, segundo a infinita elegância de dom Dimas Lara Barbosa, as meninas que o fazem se comportam como "garotas de programa"? Nenhum problema. Basta orientar suas meninas a não se comportarem como "garotas de programa". O raciocínio vale para tudo. Casamento gay, eutanásia, divórcio. Quando não é assim, fica parecendo que a Igreja não confia na sua capacidade de convencer seus fiéis e precisa transformar seus pontos de vista em obrigação legal para todos.

É sempre bom lembrar que a plena liberdade de culto, que a Igreja Católica tão corretamente defende, contempla a liberdade de qualquer culto, inclusive nenhum.

Excomungado – Parte 1

O sr. Joseph Ratzinger [recuso-me a tratá-lo ou reconhecê-lo como Papa, pois nenhuma qualidade lhe vejo para isso], arengou por aí que não se devia dar ouvidos à imprensa que fala mal da Igreja, do sacramento do matrimônio e outras sandices mais. 

Pois bem. Não vou atendê-lo e, desde já aviso que sentir-me-ei privilegiado se ele me excomungar, pois, há muitos anos, euzinho já excomunguei a igreja católica como instituição e os hipócritas que a dirigem. 

Diante desta posição, não posso furtar-me à qualidade de um texto bem escrito e, a meu ver, tão verdadeiro e cristalino como a luz do sol que nos ilumina.

Em tempo, só para esclarecer: Sou contra a qualquer tipo de igreja, seita, religião, dogma ou ritual. 

O ser humano deveria ter a capacidade e a racionalidade de acreditar em Deus, seja qual for o nome que Lhe dêem, sem precisar de intermediários, pastores, padres, bispos, bispas, cardeais ou papa, para a Ele recorrer. 

Igualmente não deveria frequentar templos e lá acreditar que está na casa do “senhor”. – Entendo a fragilidade humana, assim como a sua covardia. – Talvez por isso, quando saem dessas “casas” esqueçam de Deus e se dediquem toda a sorte de vilanias, egoísmos e sacanagens.

Enfim, muito diferente das baboseiras da igreja católica, o texto a seguir, [que transcrevo em azul], é do jornalista Roberto Pompeu de Toledo publicado na revista Veja desta semana, edição nº. Edição 2008, de 16 de maio de 2007. Assinante da Revista Veja clique aqui


Vale a pena ler e que cada um de vocês tire as conclusões que melhor aprouver. Afinal, alguém já disse que a religião é o ópio do povo.


Ensaio: Roberto Pompeu de Toledo


O PAPA, FREI GALVÃO E O RELATIVISMO

O santo brasileiro, lá em cima, seria mais tolerante com os usos do século XXI do que Bento XVI

Um discreto casamento foi celebrado no sábado 5, na capela do velho Mosteiro da Luz, em São Paulo. Os noivos eram Sandra Grossi de Almeida e César Augusto Gallafassi, os dois de São Paulo, mas moradores de Brasília. Não chegavam a setenta as pessoas presentes. Eram elas parentes, amigos, fiéis que por acaso àquela hora se encontravam na capela e dois profissionais que os noivos gostariam que não estivessem por perto – a repórter Laura Capriglione e o fotógrafo Leonardo Wen, da Folha de S.Paulo. Graças a eles, na segunda-feira a notícia do casamento saía, com texto e fotos, no jornal. Com isso, vinha à tona um curioso detalhe da história da canonização de frei Galvão, o primeiro santo genuinamente brasileiro.

Sandra Grossi de Almeida é a protagonista do segundo e decisivo milagre atribuído a frei Galvão. Seu sonho de ser mãe, acalentado desde cedo, resultou duas vezes em frustração. Por causa de uma má-formação do útero, ela teve, nas duas vezes, abortos espontâneos. Em 1999, aos 30 anos, apesar das experiências pregressas e das advertências dos médicos, engravidou pela terceira vez. Repetiu-se a provação. Teve sangramentos desde o início, e tudo indicava que a aguardava o mesmo infeliz desfecho quando, por sugestão de uma amiga, ingeriu três das famosas pílulas de frei Galvão. Os sangramentos cessaram, e Sandra pôde dar à luz um menino a quem ela e o pai da criança, César, deram o nome de Enzo. A comissão científica encarregada pelo Vaticano de examinar o caso concluiu que, dadas as condições de Sandra, só o sobrenatural, no caso impulsionado pelas pilulinhas de papel inventadas pelo frade brasileiro, poderia lhe ter propiciado o nascimento do filho. O Vaticano já avalizara outro milagre atribuído ao brasileiro – a cura da menina Daniela Cristina da Silva de uma hepatite. Com o caso de Sandra, chegava-se a dois milagres, o número mínimo exigido para elevar alguém a santo.

O que a celebração da capela da Luz trouxe à tona é que Sandra e César, na época do nascimento de Enzo, não eram casados na Igreja. Nem por isso se deixou de presenciar uma bonita cerimônia. A Enzo, um menino vivo e alegre, hoje com 7 anos, coube entregar as alianças aos pais. Mas melhor ainda seria, do ponto de vista dos noivos, se não tivesse havido a presença de jornalistas. Sandra, dias antes, conversara com outro repórter da Folha de S.Paulo, Fábio Victor. Chegou a dizer-lhe que no sábado estaria em São Paulo, mas omitiu o motivo da viagem. Fábio Victor perguntou se Enzo ia junto, e ela respondeu que não. Mais tarde o repórter entrevistou uma das responsáveis pela escola em que Enzo estuda. A entrevistada, a certa altura, deixou escapar que Enzo no sábado iria a São Paulo. "Ele vai para o casamento da mãe", acrescentou.

Foi assim que a notícia de que havia um casamento no ar chegou à redação da Folha. Concluir que se daria na capela da Luz era fácil. O mosteiro, do século XVIII, foi construído por frei Galvão, que nesse labor empenhou seus dotes de arquiteto, mestre-de-obras e pedreiro. São as freiras que ali habitam que fabricam e distribuem as pílulas. E frei Galvão está enterrado na capela. Tudo ali, em suma, lembra o santo. O casal não escolheria outro local. Depois do casamento, a repórter Laura Capriglione falou com a noiva. "Não autorizo a publicação da notícia", disse esta. Laura lembrou que não havia como não autorizar, pois casamentos são atos públicos. A repórter perguntou em seguida se o casamento tinha sido precipitado pela iminência da canonização do frade. Sandra disse que não. O dia fora escolhido em homenagem a seus pais, que também casaram num 5 de maio.

O papa Bento XVI iniciou seu pontificado avisando que com ele não haveria lugar para relativismo. Por relativismo, entende-se a transigência com os princípios da fé e os valores humanos que a Igreja considera fundamentais. Bento XVI comprometeu-se, dessa forma, com um programa de alto risco. Defende a qualidade sobre a quantidade. Quer fiéis observantes das determinações da Igreja, mesmo que ao custo de perder parte do rebanho. O que tem em vista é desferir um golpe de morte no laxismo que, mais do que os fiéis de outras religiões, caracteriza os católicos, uma coletividade que vai cada vez menos à missa e dá cada vez menos ouvidos a ordens como não praticar o sexo antes do casamento, não adotar métodos anticoncepcionais, não se divorciar e não recorrer ao aborto.

Eis no entanto – suprema surpresa – que o próprio Vaticano deixa passar uma grande relativizada ao aceitar como milagre o nascimento do filho de um casal que, aos olhos da Igreja, vivia em pecado. De duas, uma. Ou bem o próprio Vaticano, no fundo, reconhece como inviável o caminho da rigidez, ou bem frei Galvão, um homem da virada do século XVIII para o XIX, mas que lá em cima tem tido tempo de sobra para atualizar-se, encara os usos da sociedade do século XXI de forma mais suave do que Bento XVI. Sim, eles viviam em pecado, mas também mereceriam um milagresinho.

sábado, 12 de maio de 2007

O maior mentiroso do Brasil.


Quem digitar no “Google” a frase “maior mentiroso do Brasil” e clicar em “PROCURAR”, finalmente encontrará a resposta.

Se a pessoa, cuja biografia aparece, fosse alguém, minimamente respeitável, eu acharia que era uma sacanagem. Em se tratando de quem é, só posso aplaudir a pessoa que elaborou tal vinculação. Bravo pela coragem e parabéns pela iniciativa.

Com uma oposição podre, fisiologista e adesista que temos, pelos menos, alguém com sentido patriótico, faz alguma coisa para denunciar tamanho energúmeno.

Para acessar o Google clique aqui.


Se quiser acessar direto a página mencionada, clique aqui.

quinta-feira, 10 de maio de 2007

Joseph Ratzinger o Ranzinza

O sr. Joseph Ratzinger deveria se chamar Zé Ranzinza. Ele é:

Contra o Aborto [em qualquer estágio, mesmo diante do risco de morte da mãe]

Contra o Segundo casamento [isto, porque é solteiro. Se fosse casado seria contra o primeiro]

Contra os Homossexuais [e protege milhares de pedófilos disfarçados de padres assim como centenas de Seminários, autênticos centros de iniciação homossexual]

Contra a Eutanásia [embora a Igreja tenha queimado milhões de saudáveis na fogueira]

Vem ao Brasil em busca dos fiéis perdidos e chega ameaçando todo o mundo com a excomunhão, se formos contra as idéias dele. [como se alguém desse bola para isso. Alguém esqueceu de dizer-lhe que não estamos mais na idade média] Quem esse sujeitinho temporal pensa que é? Com que direito chega a este país [como convidado] para nos ameaçar? Com a excomunhão dele, recomendo que faça um canudinho e a enfie lá no lugar onde ele gosta mais. Que desaforo, não? Que sujeitinho mais desaforento.

Critica o catolicismo praticado à moda Brasileira, sem levar em conta as idiossincrasias nacionais, gentes de todas as raças, QUE CONVIVEM EM PAZ, sem sectarismos religiosos. É preciso que alguém da cúria brasileira o informe que aqui não é a Itália; tampouco é o Vaticano. Felizmente!

Depois, quando eu digo que o sr. Ratzinger só fala besteira, vocês enchem a minha caixa de e-mail com um monte de agressões. Tolinhos(as)....!!!

Bom, pelo menos uma coisa o sr. Ratzinger mostrou: Consegue falar melhor português que o sr. Silva que é o presidente da República Federativa do Brasil, cujo idioma oficial é o português. Pode? Qualquer um pode falar e escrever melhor que o sr. Silva. Isso é óbviolulante!!!

Lula diz que o País espera liderança de Bento XVI


De Felipe Gil - Direto de São Paulo do site do Terra.
Quarta, 9 de maio de 2007, 16h 35 Atualizada às 17h 47

“Em seu discurso de boas-vindas ao papa Bento XVI, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que sentiu-se duplamente honrado com a visita, tanto como cristão quanto como presidente. "Nosso País o recebe de braços abertos porque muito espera muito de sua liderança espiritual e moral", disse...”

Quem quiser ler o resto clique aqui.



É claro que o sr. Silva espera uma liderança moral do Papa no Brasil. Ele, sr. Silva, não tem nenhuma. Está mais sujo que pau de galinheiro. Mas, aqui entre nós, logo para quem ele foi pedir liderança moral... como se diz lá de onde eu venho, “é o roto pedindo ajuda para o esfarrapado”.


Outra coisa: .... “porque muito espera muito”... Será que o sr. Silva falou assim mesmo? Desse jeito? Ou será que é um erro de digitação do repórter? Só pode ser do jornalista. O sr. Silva fala mutxo bem para dar um pontapé desses na morfologia... Meu caro Felipe Gil, não cometa um erro assim... O que o sr. Silva irá pensar?

Cardeais aprovam beatificação do polêmico Pio XII



Esta é de arrancar os cabelos.


Mal termino de postar o que eu penso do Papa, dos Papas e, em especial do Pio XII, deparo-me com uma nota da BBC Brasil, no site do Terra que diz:

“Depois de 40 anos de deliberações, o painel de 15 cardeais e 15 bispos aprovou a beatificação do polêmico papa dos tempos da Segunda Guerra Mundial, Pio XII. A decisão final, no entanto, ainda deverá ser tomada pelo papa Bento XVI...”

Quem quiser ler o resto clique aqui.


É ou não é de lascar? Como podem beatificar um sujeito que protegeu milhares de nazistas, mandou falsificar documentos e compactuou com o genocídio de milhões de Judeus, Ciganos, Intelectuais, etc.,? Alguém duvida que, rapidinho, vai aparecer um bando de gente dizendo que o sujeito fez, pelo menos, dois milagres? Será o suficiente para se tornar santo.

E a Igreja Católica ainda reclama que perde fiéis até pela janela? Pode?

A minha empregada está certa. É o fim dos tempos!!! Ou o fim da picada e da demonstração mais cabal de picaretagem e fisiologismo apostólico romano.

quarta-feira, 9 de maio de 2007

O Papa no Brasil?

[não leia este artigo se você crê em dogmas ou em demagogias]

Que Papa vem ao Brasil? O chefe da Inquisição? O mesmo que, enquanto cardeal, mandou dois matões, clérigos, pegar à força, à base de cotoveladas, o ex-frei Leonardo Boff, [segundo este mesmo revelou em entrevista], para que fosse a Roma explicar a Teoria da Libertação?

O papa que vem é o mesmo homem que, após essa cena chocante, [Ai, meu Deus!], recomendou a excomunhão do lúcido Frei? [pena que L. Boff. seja Petista. Mas ninguém é perfeito].

Sim! Sim Senhor! É ele mesmo, em carne, osso e sinete papal! 


Habemos Papa in Brasilis

E que dinherama se está a gastar, não é mesmo? 

De onde vieram tantos milhões, assim, de repente, para pagar o despautério das obras para receber sua Santidade? Sua santidade, uma ova! 

Minha, certamente não é! 

E penso que tampouco deve ser para qualquer pessoa medianamente inteligente e sem o ranço da hipocrisia.

Cem médicos, de plantão, para atender o Papa? 


Caramba! 

O pobre doente que bate à porta de uma igreja é escorraçado! 

Vinho chileno para saciar-lhe a sede? Nada mau! 

Para a plebe, Lei seca na cidade de Aparecida! 

Milhares de homens das três forças armadas e da polícia Federal para protegê-lo? 

Não é muita gente? 

O cidadão comum é assaltado, seqüestrado, vilipendiado e assassinado e não consegue ajuda nem de um policialzinho recém admitido na gloriosa força...

É nestes momentos que memórias como a minha relembram a ajuda e o apoio da Igreja Católica ao regime nazista; a omissão e a indiferença, por atos, obras e palavras, da dita igreja ao genocídio judeu. 


Isto sem detalhar a falsificação de milhares de documentos, por padres da “santa Igreja”, para permitir a fuga de notórios assassinos nazistas, disfarçados de padres... [com batina, colarinho, escapelo e a bíblia, claro]. 

Neste momento quero relembrar, também, a ajuda da Igreja Católica, sob a forma de venda de armas, às forças terroristas que lutaram nos territórios portugueses; as quais, mais tarde, se transformaram nos exércitos de libertação de Moçambique, Angola e Guiné-Bissau. 

Passados tantos anos, ainda vejo os altares com fundos falsos repletos de armas. 

E o que falar dos padres espanhóis e portugueses operando como informantes dos regimes fascistas de Franco e de Salazar? 

Coitada da gente que se confessava a tão "santas" figuras e acabava nas prisões... e de cujos paradeiros nunca mais se soube?

Alguém se lembra do Papa Pio XII? 


Alguém se lembra da operação Odessa? 

Um estratagema vil, organizado pelo Vaticano em 1945, sob a ordem direta do papa Pio XII e a supervisão do Bispo Alois [Luigi] Hudal [escolhido pelo mesmo papa], para ajudar e coordenar a fuga de oficiais nazistas dos julgamentos aos quais deveriam ser submetidos? 

– Centenas de assassinos nazistas desembarcaram no Brasil e na Argentina vestidos de padres e com documentação religiosa... 

É sempre bom lembrar os mais notórios: 

- o médico Josef Mengele, o carniceiro de Auschwitz, que morreu de velho no Brasil; e 

- Adolf Eichman o arquiteto do Holocausto, preso pelos Israelitas na Argentina e devidamente enforcado, posteriormente, em Israel.

Alguém se lembra de Dom Carlos Duarte Costa? Aquele antigo bispo Católico, da diocese de Botucatu-SP, duro crítico do regime de Getúlio Vargas e da aliança do Vaticano com os regimes totalitários? 


Foi ele quem denunciou, no Brasil, a Operação Odessa. Conseqüentemente, o Papa Pio XII excomungou-o.

Alguém se lembra do CAMDE, [Campanha da Mulher pela Democracia], ligada à igreja Católica, um dos braços do IBAD, [Instituto Brasileiro de Ação Democrática], que foi a cabeça de uma organização tenebrosa, anticomunista, fundada em maio de 1959 para combater o estilo populista de Juscelino Kubitschek e o comunismo no Brasil? 


Quem não se lembrar recomendo a leitura do livro “1964: A Conquista do Estado, de René Dreifuss"; ou, para os menos afoitos a literatura, da Revista Veja nº. 1295 de julho 1993.

Diante de todas estas simples lembranças, não é de surpreender a diminuição da fé católica no Brasil. 


Entre a visita do Papa João Paulo II, dez anos atrás, e a atual chegada do Sr. Joseph Ratzinger [recuso-me a chamá-lo de Benedictus ou Bento, pois de abençoado não tem nada], as hordas católicas despencaram de 74% para 64% da população Brasileira.

Obviamente não sou ingênuo, a ponto que acreditar que as reminiscências acima residam na mente do povo brasileiro e por causa disso haja caído o número de católicos. 


Hummm

Se nem lembram em quem votaram nas últimas eleições, vão lá lembrar do que aconteceu sessenta anos atrás?... 

Mas, cá entre nós, eu até gostaria que tais lembranças, vale o pleonasmo, fossem lembradas pela minha geração e por todas vindouras. Talvez as pessoas acreditassem mais em Deus. 

Não no Deus católico que vive numa dicotomia ácida entre castigo e bondade, mas no Deus de todas as raças e credos, que nos criou, que nos deu a luz do dia e fez o céu e a terra... [poético, não? Eu também acho!]. 

Pois é, e lúdico também. 

Na verdade, eu gostaria que se acreditasse menos naqueles que se auto-intitulam interlocutores de Deus e mais em Deus. Certamente, sairia mais barato e, possivelmente, haveria maior boa vontade, mais solidariedade, maior sentido cívico, mais fraternidade... menos cinismo, menos hipócritas, menos ganância, menos guerras.

Porém, fazer o quê? 


Tampouco ninguém se lembra que a chamada Bíblia foi um documento político composto por um papa e um Imperador Romano para angariar homens e formar um exército. Menos ainda que as bases da Igreja Católica se firmaram em cima de orgias, assassinatos, corrupção e egoísmos pessoais... Sobretudo sobre cadáveres e rios de sangue.

Querer que as emanações fétidas recentes, executadas pelos homens que comandam a igreja Católica, sejam lembradas no futuro, é querer demais, reconheço.

O Ser humano tem uma necessidade enorme de justificar os próprios erros atribuindo-os ao destino, ao diabo e, na falta de outro servidor, à vontade de um Deus que ele nunca viu, mas habita em estátua dentro das Igrejas Católicas. 


Por isso os Edir Macedos, os R R Soares, os Milleritas [para quem não sabe, antigo nome dos seguidores da Igreja Adventista do 7º. Dia], e outros tantos iguais, estão em plena competição para ver quem fica mais rico... no menor tempo possível. 

A campanha de marketing deles é mais atualizada, mais fácil de ser engolida pela ignorância e sem estátuas.

Por causa de tudo isto o sr. Joseph Ratzinger vem ao Brasil. 


O ancião-propaganda, paramentado de papa, vem ao Brasil para tentar recuperar a grana que perdeu. Assim entendo o investimento, aos milhões, que estão a gastar para a reforma de um mosteiro que levava décadas caindo aos pedaços. 

Entendo os vinhos chilenos caros, embora eu goste dos vinhos brasileiros. Mas, minha gente, o homem não é simples e gosta de acomodações espartanas? 

Sei!

As acomodações espartanas que mostraram na televisão, eu também quero. 


Se aquilo é espartano, os meus aposentos no Flat são dignos de pena. 

Só por causa disso já aumentei os meus honorários. Para os meus clientes justifico que pretendo redecorar o meu apartamento de modo a ficar tão espartano quanto o do Papa. O pior é que ninguém acredita! 

Só o custo daquele cadeirão de vime, onde ele se sentará, perto da janela, para meditar, representa um ano de trabalho para a maioria dos católicos “destepaiz”. R$ 8.000,00, cristãos, custa aquela droga de cadeira. 

Pode? 

Vou ter que continuar na pobreza... ai ai... 

No fim de tarde, com um copo de vinho na mão, não poderei meditar de frente para o Rio Pinheiros, do vigésimo andar do meu flat. Isto sim é que é humildade. Isto é que é ser espartano.

Para finalizar, quero informar a todos e a todas que tiveram a força cristã de me lerem até aqui, e que pensaram um monte de bobagens no meio do caminho, eu não sou judeu, nem árabe, nem taoísta, nem evangélico. 


Nasci católico, no seio de uma família com dois tios prelados da Igreja de Pedro. Fui seminarista. Aos doze anos dei uma surra num padre marista que tentou me bolinar. Fui expulso do seminário e enviado para Roma, onde estudei dentro da cúria [castigo dos meus pais que não acreditaram no que o pedófilo tentou fazer]. Aos 14 tive um romance luxuriante com uma freira, minha professora de piano, que se apaixonou pelo meu dedilhar nas teclas. Um belo dia, nem sei como, a coitada foi transferida para uma missão, daquelas fraternas, na África Central, hoje Burundi. E eu fui convidado pelo monsenhor, meu tutor espiritual romano, a voltar para minha casa, para novos desafios escolares...

Com este pequeno briefing curricular, posso afirmar que conheço mais sobre as entranhas da Igreja católica que a maioria dos fiéis que nela professam e acreditam. Eu não! 


Não mesmo! 

Lembrar do que vivi, conheci e presenciei, me dá até um pouco de nojo. Não posso acreditar num sujeito que se diz representante de Deus na Terra e prega a burrice de ser contra o uso da camisinha; ou contra o aborto, seja em que situação for; que acoberta pedófilos aos milhares e proíbe o casamento dos padres, homens, humanos, como qualquer um de nós; que vivem no maior luxo, em conjunto com uma caterva de pervertidos que têm como único propósito a ganância financeira e campanhas para fins nada fraternos.

Não posso acreditar numa igreja que vende armas, ou pelo menos vendeu. Que matou milhões; que dizimou povos inteiros e culturas avançadíssimas, em nome de um Cristo, que, pelo que sabemos, nunca quis nada de César. 


Os escândalos, na década de 80, da loja Maçônica P2 e do banco do vaticano, existiram para corroborar a minha descrença final na figura do papa, no que ele representa e na instituição que administra. 

O mesmo penso em relação a qualquer outra igreja, templo ou seita. Apenas os pobres de espírito se refugiam em tais lugares. 

Entretanto, tal como Napoleão, acredito na liberdade de crença. Cada um come do que gosta, ajoelha onde quer e acredita no que a sua infelicidade quer que acredite.

Entretanto, pactuar com esse desparramar de dinheiro por causa da visita do sr. Ratzinger, cujo nome mais parece o som de um espirro, [como diz o José Simão], não posso. 


Não posso, porque ele, de benedictus, só tem o nome e é postiço. 

Na minha opinião, jamais poderia ser Papa, pelo passado negro e nefasto que possui. Vir ao Brasil para recuperar os 10% de fiéis que a igreja perdeu... Os pentecostais não vão deixar. Quando o próximo papa voltar, certamente haverá baixado, ainda mais, o número.

Como diz a minha empregada, que é evangélica, o fim dos tempos se aproxima e só Jesus é a verdade... 

Na Igreja Católica há muitas "verdades" e o povão fica confuso em qual acreditar. A Cúria Romana, estulta que é, assim permanecerá, porque jamais poderá admitir uma só "verdade". Se o fizer, ruirá!... E o Papa ficará nu. Até o Cristo redentor virará palhaço.

Prefeito César Maia - do Rio de Janeiro

De uma maneira geral [quase nunca] concordo com a maioria das opiniões ou artigos que o Prefeito do Rio de Janeiro, César Maia, escreve ou transcreve no seu Ex-Blog.

Contudo, a tecla que ele insiste em bater, referente à guerra que existe na sua cidade, tratando-a como mera violência urbana, está errada.

É GUERRA, Prefeito. É Guerra sim!, embora sua excelência não queira enxergá-la dessa forma e só veja 2010 na sua frente.
Por quê? Por ser o senhor o Prefeito da cidade que um dia foi maravilhosa ou, porque, o senhor é parte responsável do problema e pouco faz ou pode fazer pela solução?

Prefeito, o senhor é medianamente inteligente para se dar conta que o seu papo não cola. Com se diz em São Paulo, “menas”, Prefeito; “menas”!

E o povão nem se dá conta!!!

Do Ex-Blog do César Maia – 08/05/2007

IMPRENSA E AMÉRICA LATINA! - Extraído da BBC.

1. Em um relatório anual sobre a liberdade de imprensa no mundo, divulgado semana passada pela Freedom House - ONG americana que trata do tema- a porcentagem de países latino-americanos classificados como tendo liberdade de imprensa, caiu de 60% para 48% desde 2002.

2. Mais preocupante - olhando os últimos 16 anos - é o numero de países com liberdade de imprensa no continente que caiu de 22 em 1990 para 17 em 2006. Houve retrocessos (claro na Venezuela), mas também na Argentina e Brasil (serão as medidas tentadas pelo governo Lula?).

3. O Brasil está entre os 16 classificados como com Liberdade Parcial. No continente o Brasil ocupa o 22º lugar, mas fica na frente da Argentina e México. Os primeiros lugares nas Américas estão com Jamaica, Santa Lúcia e Estados Unidos.

4. No mundo todo de um total de 195 países analisados, só 74 tem imprensa livre. 58 tem liberdade parcial. Finlândia, Islândia e Bélgica são os primeiros. Líbia, Turcomenistão e Coréia do Norte são os últimos.

[MEU COMENTÁRIO] A imprensa “nestepaiz”, ora silente, ora conivente, segue o exemplo dos vizinhos do sul. 

Só cego e analfabeto, claro, não se dá conta que a ocultação e a subtração da verdade tornaram-se exercícios aceites, praticados e, depois, deturpados com a mesma superficialidade ou esquecidos tal qual roupa fora de moda. 

Os desvios éticos, quando criticados, têm sido, quase que, imediatamente, abençoados e até verborrágicamente justificados. Toda a expressão ou sentir da imprensa brasileira não ocorre mais de dentro para fora, mas sim de fora para dentro.

Por vontade do Sr. Silva, todos os jornais seriam reunidos num só chamado PRAVDA... 

Ops! Esqueci que ele não é mais comunista. 

Que bobagem! 

O melhor título para unificar deve ser mesmo a “Hora do Povo” que agora dá para ameaçar, de morte, um ou outro jornalista, que, a custo e suor, consegue manter a sua dignidade e independência acima de todas as ameaças e processos. 

Mas, já, já chegaremos aonde o sr. Silva quer! 

A moral nacional está contaminada e os valores da sociedade brasileira fincam-se hoje num solo de mentiras...

terça-feira, 8 de maio de 2007

Homem é tudo palhaço

Quatro mulheres decidiram criar um blog com o título Homem é tudo palhaço.

Fico imaginando se tivesse ocorrido o contrário. Isto é, se quatro homens tivessem montado um site com título e conteúdo inversos, denominando as mulheres de palhaças. Seria um deus-nos-acuda. Os movimentos femininos unir-se-iam num berreiro só. 

Os direitos humanos organizariam logo uma passeata, de protesto, saindo do Arpoador até ao Posto 6, em Copacabana... Em vinte minutos, tudo poderia acontecer. Não quero nem pensar nos desdobramentos.

Pensando bem, pergunto: Homem é tudo palhaço? Se relevar a má construção literária da expressão, sem dúvida, o sentido está correto! Entretanto, preocupante seria se “Homens FOSSEM TODOS palhaços”.


Afinal, não é à toa que, no Brasil, a máxima seguinte tem muito sentido: “Quem gosta de homem é o veado; mulher gosta de dinheiro e de outras coisas.


Sem seguir a generalização das meninas do blog Homem é tudo palhaço, confesso que nunca presenciei tantos efeminados, enrustidos ou não, assim como, jamais vi tamanhos covardes, de atitudes ou de caráter, proliferando no campo político, familiar e, sobretudo, no profissional, como, ultimamente, vejo no Brasil.


De igual forma, tampouco assisti num país, de todos onde vivi ou que visitei, a uma casta feminina tão desfraldada como a brasileira.

Talvez por isso, a existência de um site denominado Homem é tudo palhaço transforma o aforismo acima numa verdade inequívoca?


Vai para dez anos que, felizmente e infelizmente, moro no Brasil; na terra onde Homem é tudo palhaço. Digo felizmente, porque nunca andei tão em dia com a minha vida sexual, atualizada in daily bases, [como dizem os americanos], assim como, nunca ganhei tanto dinheiro como o ganho aqui.


No campo sexual só é possível graças à venalidade, falta de respeito próprio e baixa auto-estima feminina que crassa nestas terras.


Um chopp [o corte de cetim do Chico Buarque está fora de moda], é suficiente para levar uma bela mulher para a cama; e eu nem sequer sou um assomo de galã de bloco de rua de carnaval.


Estou mais para ajudante de operador de câmara em filme brasileiro de curta metragem.


Entretanto, isso jamais foi empecilho para, por diversas vezes, com uma simples limonada, na praia, em frente à Joana Angélica, poder desfrutar de uma tarde e noite fervorosas com uma, e certa feita, com duas belíssimas moças.


No campo profissional e financeiro, as mulheres brasileiras têm-se revelado ferramentas prodigiosas. São, a meu ver, muito mais eficazes que os homens e, geralmente, mais inteligentes e rápidas de raciocínio.


Uma simples caixa de chocolate [não precisa ser muito cara], faz prodígios. Se forem então da Kopenhagen, não só o milagre da informação ou do negócio acontece, como ocorre uma espécie de prolongação mágica, noturna e horizontal, no meu Flat, no bairro dos Jardins, em São Paulo, ou na suíte do Pestana na praia de Boa Viagem, em Recife, onde amiúde me hospedo.


A cada noite, a cada encontro, antes ou após o ato, em minhas abluções higiênicas, uma vez diante do espelho, não consigo furtar-me à expressão calcográfica de bobo-alegre que se me estampa no rosto.


Como?


Um sujeito feio, sem qualquer atrativo físico, a não ser o terno bem cortado, consegue, sem grande esforço e sem gastar, praticamente nada, [a não ser a tal limonada ou o chopp, e às vezes, raras são, um jantar ou outro, geralmente degustado na alcova, trepar [perdoem a expressão] com tão lindas mulheres???? Muitas casadas; outras até noivas... noivas à porta do altar.


É nesta parte que entra o “infelizmente” de morar no Brasil. Na guerra dos sexos sempre tive a consciência de que se alguém “come” alguém, esse alguém é sempre a mulher.


Contudo, essa convicção se desmoronou no Brasil. Em prol de um jantar, um chopp ou de uma companhia, seja ela qual for, inclusive a minha, as mulheres “nestepaíz” apequenaram os escrúpulos e racionalizam o que é irracional...


Os homens, por sua vez, seja no campo profissional, político ou financeiro, transformaram-se numa patuléia que se tornou motivo de riso e, ao mesmo tempo, de dolorosa vergonha.


Não surpreende que aviões e caravanas, repletas de homens, desembarquem aos milhares, nas praias “destepaiz” apenas com o único e firme propósito de turismo sexual. Como ter respeito pelos habitantes “destepaíz” se tais espíritos não estão habituados a pensar nem a estudar e, muitos, mal sabem ler? ... a ponto de terem como seu máximo mandatário um sujeito semi-analfabeto, sem ética e executor pleno do maior estelionato político jamais perpetrado nestas terras?


Como ter respeito pelas mulheres “destepaíz” se elas preferem reformar o arbítrio a confirmar a sua existência?..., tal como vejo plasmado no blog Homem é tudo palhaço, o qual, a priori, elaborado por quatro mulheres, supostamente educadas e pensantes, se confessam, em meio a dezenas de palavrões, totalmente solitárias, destratadas e abandonadas, incapazes de um relacionamento estável?; sob a alegativa do homem ser um palhaço?, o qual, efetivamente o é, sem dúvida alguma... no Brasil! Fato este que agradeço intimamente, tanto pelo lado sexual como, e muito em especial, pelo financeiro.


Já imaginaram se os homens, “nestepaiz”, não fossem palhaços? Eu não teria a menooorrr chance.


Quando leio o conteúdo do referido blog, confirmo o que sempre me revelaram as mulheres e homens “destepaíz”: – por aqui habitam seres crédulos dos próprios instintos; preferem a venda dos sentimentos à entrega das emoções...


Vivem no entusiasmo de uma ética pessoal e sazonal para se denegrirem no meio dela e o fazem para se manterem numa espécie de encanto pessoal do proibido; num autêntico desleixo pela vida alheia, em benefício da própria ganância, sexo, busca de ética, de moral, de honra e numa incapacidade atroz de se afirmarem como povo, seja no âmbito comunitário, na sociedade ou até no político.


Felizmente, já falta pouco [só mais três meses] para deixar de suportar uma ética e honra que mais parecem emanações voláteis e misteriosas permeadas por fedentinas sociais inexplicáveis, cujo povo, gente de todas as raças, achou por bem deixar de ser o que foi para passar a ser o que é.


Infelizmente, para onde vou, certamente não poderei contar com uma companhia feminina, diferente, a cada noite, com a efemeridade e descompromisso presentes; tampouco ganharei tanto como aqui.


Em compensação, não serei seqüestrado [como já fui], nem precisarei andar com seguranças [como ando]. Poderei, por fim, exercitar o meu intelecto em conjunto com alguma alma feminina, possivelmente sem tantas curvas ou seios tão firmes, mas com mais saber, noção do ridículo e, sobretudo, pasmem, que saiba utilizar corretamente os talheres.


No frigir dos ovos, o blog Homem é tudo palhaço é um site que deveria ser lido e estudado por todos os homens estrangeiros, como termômetro para comportamento, durante as férias sexuais brasileiras... o qual, se entendido corretamente, proporciona um leque de opções e atitudes que evitam, ao turista sexual, enredar-se na prostituição infantil, a meu ver, abominável e desnecessária... infelizmente tão florescente “nestepaiz”.


O blog Homem é tudo palhaço é também um roteiro extraordinário de como trepar fácil no Brasil sem precisar gastar nada.


Basta ler e entender o que as quatro autoras escrevem, assim como as suas leitoras, para perceber o que a mulher brasileira quer, deseja e espera conseguir: Apenas solidariedade, um chopp ou uma limonada!


Obviamente, o sujeito precisa estar bem vestido e escutar a verborragia habitual sem conteúdo ou nexo e só falar o que elas querem ouvir. Precisa também ter cuidado para evitar perguntas constrangedoras, especialmente aquelas em cima de alguma observação, aparentemente inteligente, que a mulher possa proferir.


Nestas minhas travessias brasileiras descobri que, geralmente, tais pontuações são provenientes de orelhadas e a isso se resumem. Interessar-se um pouco mais poderá deixar a mulher constrangida e poderá fazê-la sentir-se ridícula, o que, fatalmente, abortará o coito, tacitamente implícito e, extraordinariamente visível... no primeiro cruze de olhares.


O resto é irrelevante.


A cama estará garantida em duas ou três horas, após o encontro inicial. [o meu recorde está em quarenta minutos. Que inveja eu tenho dos caras sarados... Bom, nem tanto. A maioria, descobri, joga em outro time ou é, efetivamente, palhaça.]


Com tantas mulheres adultas carentes, mal tratadas, na solidão por causa das palhaçadas masculinas, um pouco de cuidado, atenção, um chope ou uma caixa de chocolates... o prazer e o amor serão eternos enquanto durarem as férias.


Finalmente, a minha vênia às meninas do blog Homem é tudo palhaço; um beijo grande em seus corações ansiosos.


E... viva a mulher brasileira! Que Deus a conserve assim!


E um viva também aos palhaços “homens” brasileiros; que assim permaneçam, existam e proliferem, [sem egoísmo meu], pois eu quero é amar... e bem muito..., [como se diz no nordeste], de aviãozinho, de coelhinho, na rede, no chão, [nem tanto que é duro], numa cama bem larga, de quatro, de carinho de mão, de ipsilóne, de helicóptero... de verso, anverso e transverso... num Kama-Sutra lido de trás para a frente e executado da frente para trás...


E que continuem, povo maravilhoso, com governantes tão excelsos que fizeram de mim um homem rico e sexualmente realizado.


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