O Papa no Brasil?
[não leia este artigo se você crê em dogmas ou em demagogias]
Que Papa vem ao Brasil? O chefe da Inquisição? O mesmo que, enquanto cardeal, mandou dois matões, clérigos, pegar à força, à base de cotoveladas, o ex-frei Leonardo Boff, [segundo este mesmo revelou em entrevista], para que fosse a Roma explicar a Teoria da Libertação?
O papa que vem é o mesmo homem que, após essa cena chocante, [Ai, meu Deus!], recomendou a excomunhão do lúcido Frei? [pena que L. Boff. seja Petista. Mas ninguém é perfeito].
Sim! Sim Senhor! É ele mesmo, em carne, osso e sinete papal!
— Habemos Papa in Brasilis!
E que dinherama se está a gastar, não é mesmo?
De onde vieram tantos milhões, assim, de repente, para pagar o despautério das obras para receber sua Santidade? Sua santidade, uma ova!
Minha, certamente não é!
E penso que tampouco deve ser para qualquer pessoa medianamente inteligente e sem o ranço da hipocrisia.
Cem médicos, de plantão, para atender o Papa?
Caramba!
O pobre doente que bate à porta de uma igreja é escorraçado!
Vinho chileno para saciar-lhe a sede? Nada mau!
Para a plebe, Lei seca na cidade de Aparecida!
Milhares de homens das três forças armadas e da polícia Federal para protegê-lo?
Não é muita gente?
O cidadão comum é assaltado, seqüestrado, vilipendiado e assassinado e não consegue ajuda nem de um policialzinho recém admitido na gloriosa força...
É nestes momentos que memórias como a minha relembram a ajuda e o apoio da Igreja Católica ao regime nazista; a omissão e a indiferença, por atos, obras e palavras, da dita igreja ao genocídio judeu.
Isto sem detalhar a falsificação de milhares de documentos, por padres da “santa Igreja”, para permitir a fuga de notórios assassinos nazistas, disfarçados de padres... [com batina, colarinho, escapelo e a bíblia, claro].
Neste momento quero relembrar, também, a ajuda da Igreja Católica, sob a forma de venda de armas, às forças terroristas que lutaram nos territórios portugueses; as quais, mais tarde, se transformaram nos exércitos de libertação de Moçambique, Angola e Guiné-Bissau.
Passados tantos anos, ainda vejo os altares com fundos falsos repletos de armas.
E o que falar dos padres espanhóis e portugueses operando como informantes dos regimes fascistas de Franco e de Salazar?
Coitada da gente que se confessava a tão "santas" figuras e acabava nas prisões... e de cujos paradeiros nunca mais se soube?
Alguém se lembra do Papa Pio XII?
Alguém se lembra da operação Odessa?
Um estratagema vil, organizado pelo Vaticano em 1945, sob a ordem direta do papa Pio XII e a supervisão do Bispo Alois [Luigi] Hudal [escolhido pelo mesmo papa], para ajudar e coordenar a fuga de oficiais nazistas dos julgamentos aos quais deveriam ser submetidos?
– Centenas de assassinos nazistas desembarcaram no Brasil e na Argentina vestidos de padres e com documentação religiosa...
É sempre bom lembrar os mais notórios:
- o médico Josef Mengele, o carniceiro de Auschwitz, que morreu de velho no Brasil; e
- Adolf Eichman o arquiteto do Holocausto, preso pelos Israelitas na Argentina e devidamente enforcado, posteriormente, em Israel.
Alguém se lembra de Dom Carlos Duarte Costa? Aquele antigo bispo Católico, da diocese de Botucatu-SP, duro crítico do regime de Getúlio Vargas e da aliança do Vaticano com os regimes totalitários?
Foi ele quem denunciou, no Brasil, a Operação Odessa. Conseqüentemente, o Papa Pio XII excomungou-o.
Alguém se lembra do CAMDE, [Campanha da Mulher pela Democracia], ligada à igreja Católica, um dos braços do IBAD, [Instituto Brasileiro de Ação Democrática], que foi a cabeça de uma organização tenebrosa, anticomunista, fundada em maio de 1959 para combater o estilo populista de Juscelino Kubitschek e o comunismo no Brasil?
Quem não se lembrar recomendo a leitura do livro “1964: A Conquista do Estado, de René Dreifuss"; ou, para os menos afoitos a literatura, da Revista Veja nº. 1295 de julho 1993.
Diante de todas estas simples lembranças, não é de surpreender a diminuição da fé católica no Brasil.
Entre a visita do Papa João Paulo II, dez anos atrás, e a atual chegada do Sr. Joseph Ratzinger [recuso-me a chamá-lo de Benedictus ou Bento, pois de abençoado não tem nada], as hordas católicas despencaram de 74% para 64% da população Brasileira.
Obviamente não sou ingênuo, a ponto que acreditar que as reminiscências acima residam na mente do povo brasileiro e por causa disso haja caído o número de católicos.
Hummm!
Se nem lembram em quem votaram nas últimas eleições, vão lá lembrar do que aconteceu sessenta anos atrás?...
Mas, cá entre nós, eu até gostaria que tais lembranças, vale o pleonasmo, fossem lembradas pela minha geração e por todas vindouras. Talvez as pessoas acreditassem mais em Deus.
Não no Deus católico que vive numa dicotomia ácida entre castigo e bondade, mas no Deus de todas as raças e credos, que nos criou, que nos deu a luz do dia e fez o céu e a terra... [poético, não? Eu também acho!].
Pois é, e lúdico também.
Na verdade, eu gostaria que se acreditasse menos naqueles que se auto-intitulam interlocutores de Deus e mais em Deus. Certamente, sairia mais barato e, possivelmente, haveria maior boa vontade, mais solidariedade, maior sentido cívico, mais fraternidade... menos cinismo, menos hipócritas, menos ganância, menos guerras.
Porém, fazer o quê?
Tampouco ninguém se lembra que a chamada Bíblia foi um documento político composto por um papa e um Imperador Romano para angariar homens e formar um exército. Menos ainda que as bases da Igreja Católica se firmaram em cima de orgias, assassinatos, corrupção e egoísmos pessoais... Sobretudo sobre cadáveres e rios de sangue.
Querer que as emanações fétidas recentes, executadas pelos homens que comandam a igreja Católica, sejam lembradas no futuro, é querer demais, reconheço.
O Ser humano tem uma necessidade enorme de justificar os próprios erros atribuindo-os ao destino, ao diabo e, na falta de outro servidor, à vontade de um Deus que ele nunca viu, mas habita em estátua dentro das Igrejas Católicas.
Por isso os Edir Macedos, os R R Soares, os Milleritas [para quem não sabe, antigo nome dos seguidores da Igreja Adventista do 7º. Dia], e outros tantos iguais, estão em plena competição para ver quem fica mais rico... no menor tempo possível.
A campanha de marketing deles é mais atualizada, mais fácil de ser engolida pela ignorância e sem estátuas.
Por causa de tudo isto o sr. Joseph Ratzinger vem ao Brasil.
O ancião-propaganda, paramentado de papa, vem ao Brasil para tentar recuperar a grana que perdeu. Assim entendo o investimento, aos milhões, que estão a gastar para a reforma de um mosteiro que levava décadas caindo aos pedaços.
Entendo os vinhos chilenos caros, embora eu goste dos vinhos brasileiros. Mas, minha gente, o homem não é simples e gosta de acomodações espartanas?
Sei!
As acomodações espartanas que mostraram na televisão, eu também quero.
Se aquilo é espartano, os meus aposentos no Flat são dignos de pena.
Só por causa disso já aumentei os meus honorários. Para os meus clientes justifico que pretendo redecorar o meu apartamento de modo a ficar tão espartano quanto o do Papa. O pior é que ninguém acredita!
Só o custo daquele cadeirão de vime, onde ele se sentará, perto da janela, para meditar, representa um ano de trabalho para a maioria dos católicos “destepaiz”. R$ 8.000,00, cristãos, custa aquela droga de cadeira.
Pode?
Vou ter que continuar na pobreza... ai ai...
No fim de tarde, com um copo de vinho na mão, não poderei meditar de frente para o Rio Pinheiros, do vigésimo andar do meu flat. Isto sim é que é humildade. Isto é que é ser espartano.
Para finalizar, quero informar a todos e a todas que tiveram a força cristã de me lerem até aqui, e que pensaram um monte de bobagens no meio do caminho, eu não sou judeu, nem árabe, nem taoísta, nem evangélico.
Nasci católico, no seio de uma família com dois tios prelados da Igreja de Pedro. Fui seminarista. Aos doze anos dei uma surra num padre marista que tentou me bolinar. Fui expulso do seminário e enviado para Roma, onde estudei dentro da cúria [castigo dos meus pais que não acreditaram no que o pedófilo tentou fazer]. Aos 14 tive um romance luxuriante com uma freira, minha professora de piano, que se apaixonou pelo meu dedilhar nas teclas. Um belo dia, nem sei como, a coitada foi transferida para uma missão, daquelas fraternas, na África Central, hoje Burundi. E eu fui convidado pelo monsenhor, meu tutor espiritual romano, a voltar para minha casa, para novos desafios escolares...
Com este pequeno briefing curricular, posso afirmar que conheço mais sobre as entranhas da Igreja católica que a maioria dos fiéis que nela professam e acreditam. Eu não!
Não mesmo!
Lembrar do que vivi, conheci e presenciei, me dá até um pouco de nojo. Não posso acreditar num sujeito que se diz representante de Deus na Terra e prega a burrice de ser contra o uso da camisinha; ou contra o aborto, seja em que situação for; que acoberta pedófilos aos milhares e proíbe o casamento dos padres, homens, humanos, como qualquer um de nós; que vivem no maior luxo, em conjunto com uma caterva de pervertidos que têm como único propósito a ganância financeira e campanhas para fins nada fraternos.
Não posso acreditar numa igreja que vende armas, ou pelo menos vendeu. Que matou milhões; que dizimou povos inteiros e culturas avançadíssimas, em nome de um Cristo, que, pelo que sabemos, nunca quis nada de César.
Os escândalos, na década de 80, da loja Maçônica P2 e do banco do vaticano, existiram para corroborar a minha descrença final na figura do papa, no que ele representa e na instituição que administra.
O mesmo penso em relação a qualquer outra igreja, templo ou seita. Apenas os pobres de espírito se refugiam em tais lugares.
Entretanto, tal como Napoleão, acredito na liberdade de crença. Cada um come do que gosta, ajoelha onde quer e acredita no que a sua infelicidade quer que acredite.
Entretanto, pactuar com esse desparramar de dinheiro por causa da visita do sr. Ratzinger, cujo nome mais parece o som de um espirro, [como diz o José Simão], não posso.
Não posso, porque ele, de benedictus, só tem o nome e é postiço.
Na minha opinião, jamais poderia ser Papa, pelo passado negro e nefasto que possui. Vir ao Brasil para recuperar os 10% de fiéis que a igreja perdeu... Os pentecostais não vão deixar. Quando o próximo papa voltar, certamente haverá baixado, ainda mais, o número.
Que Papa vem ao Brasil? O chefe da Inquisição? O mesmo que, enquanto cardeal, mandou dois matões, clérigos, pegar à força, à base de cotoveladas, o ex-frei Leonardo Boff, [segundo este mesmo revelou em entrevista], para que fosse a Roma explicar a Teoria da Libertação?
O papa que vem é o mesmo homem que, após essa cena chocante, [Ai, meu Deus!], recomendou a excomunhão do lúcido Frei? [pena que L. Boff. seja Petista. Mas ninguém é perfeito].
Sim! Sim Senhor! É ele mesmo, em carne, osso e sinete papal!
— Habemos Papa in Brasilis!
E que dinherama se está a gastar, não é mesmo?
De onde vieram tantos milhões, assim, de repente, para pagar o despautério das obras para receber sua Santidade? Sua santidade, uma ova!
Minha, certamente não é!
E penso que tampouco deve ser para qualquer pessoa medianamente inteligente e sem o ranço da hipocrisia.
Cem médicos, de plantão, para atender o Papa?
Caramba!
O pobre doente que bate à porta de uma igreja é escorraçado!
Vinho chileno para saciar-lhe a sede? Nada mau!
Para a plebe, Lei seca na cidade de Aparecida!
Milhares de homens das três forças armadas e da polícia Federal para protegê-lo?
Não é muita gente?
O cidadão comum é assaltado, seqüestrado, vilipendiado e assassinado e não consegue ajuda nem de um policialzinho recém admitido na gloriosa força...
É nestes momentos que memórias como a minha relembram a ajuda e o apoio da Igreja Católica ao regime nazista; a omissão e a indiferença, por atos, obras e palavras, da dita igreja ao genocídio judeu.
Isto sem detalhar a falsificação de milhares de documentos, por padres da “santa Igreja”, para permitir a fuga de notórios assassinos nazistas, disfarçados de padres... [com batina, colarinho, escapelo e a bíblia, claro].
Neste momento quero relembrar, também, a ajuda da Igreja Católica, sob a forma de venda de armas, às forças terroristas que lutaram nos territórios portugueses; as quais, mais tarde, se transformaram nos exércitos de libertação de Moçambique, Angola e Guiné-Bissau.
Passados tantos anos, ainda vejo os altares com fundos falsos repletos de armas.
E o que falar dos padres espanhóis e portugueses operando como informantes dos regimes fascistas de Franco e de Salazar?
Coitada da gente que se confessava a tão "santas" figuras e acabava nas prisões... e de cujos paradeiros nunca mais se soube?
Alguém se lembra do Papa Pio XII?
Alguém se lembra da operação Odessa?
Um estratagema vil, organizado pelo Vaticano em 1945, sob a ordem direta do papa Pio XII e a supervisão do Bispo Alois [Luigi] Hudal [escolhido pelo mesmo papa], para ajudar e coordenar a fuga de oficiais nazistas dos julgamentos aos quais deveriam ser submetidos?
– Centenas de assassinos nazistas desembarcaram no Brasil e na Argentina vestidos de padres e com documentação religiosa...
É sempre bom lembrar os mais notórios:
- o médico Josef Mengele, o carniceiro de Auschwitz, que morreu de velho no Brasil; e
- Adolf Eichman o arquiteto do Holocausto, preso pelos Israelitas na Argentina e devidamente enforcado, posteriormente, em Israel.
Alguém se lembra de Dom Carlos Duarte Costa? Aquele antigo bispo Católico, da diocese de Botucatu-SP, duro crítico do regime de Getúlio Vargas e da aliança do Vaticano com os regimes totalitários?
Foi ele quem denunciou, no Brasil, a Operação Odessa. Conseqüentemente, o Papa Pio XII excomungou-o.
Alguém se lembra do CAMDE, [Campanha da Mulher pela Democracia], ligada à igreja Católica, um dos braços do IBAD, [Instituto Brasileiro de Ação Democrática], que foi a cabeça de uma organização tenebrosa, anticomunista, fundada em maio de 1959 para combater o estilo populista de Juscelino Kubitschek e o comunismo no Brasil?
Quem não se lembrar recomendo a leitura do livro “1964: A Conquista do Estado, de René Dreifuss"; ou, para os menos afoitos a literatura, da Revista Veja nº. 1295 de julho 1993.
Diante de todas estas simples lembranças, não é de surpreender a diminuição da fé católica no Brasil.
Entre a visita do Papa João Paulo II, dez anos atrás, e a atual chegada do Sr. Joseph Ratzinger [recuso-me a chamá-lo de Benedictus ou Bento, pois de abençoado não tem nada], as hordas católicas despencaram de 74% para 64% da população Brasileira.
Obviamente não sou ingênuo, a ponto que acreditar que as reminiscências acima residam na mente do povo brasileiro e por causa disso haja caído o número de católicos.
Hummm!
Se nem lembram em quem votaram nas últimas eleições, vão lá lembrar do que aconteceu sessenta anos atrás?...
Mas, cá entre nós, eu até gostaria que tais lembranças, vale o pleonasmo, fossem lembradas pela minha geração e por todas vindouras. Talvez as pessoas acreditassem mais em Deus.
Não no Deus católico que vive numa dicotomia ácida entre castigo e bondade, mas no Deus de todas as raças e credos, que nos criou, que nos deu a luz do dia e fez o céu e a terra... [poético, não? Eu também acho!].
Pois é, e lúdico também.
Na verdade, eu gostaria que se acreditasse menos naqueles que se auto-intitulam interlocutores de Deus e mais em Deus. Certamente, sairia mais barato e, possivelmente, haveria maior boa vontade, mais solidariedade, maior sentido cívico, mais fraternidade... menos cinismo, menos hipócritas, menos ganância, menos guerras.
Porém, fazer o quê?
Tampouco ninguém se lembra que a chamada Bíblia foi um documento político composto por um papa e um Imperador Romano para angariar homens e formar um exército. Menos ainda que as bases da Igreja Católica se firmaram em cima de orgias, assassinatos, corrupção e egoísmos pessoais... Sobretudo sobre cadáveres e rios de sangue.
Querer que as emanações fétidas recentes, executadas pelos homens que comandam a igreja Católica, sejam lembradas no futuro, é querer demais, reconheço.
O Ser humano tem uma necessidade enorme de justificar os próprios erros atribuindo-os ao destino, ao diabo e, na falta de outro servidor, à vontade de um Deus que ele nunca viu, mas habita em estátua dentro das Igrejas Católicas.
Por isso os Edir Macedos, os R R Soares, os Milleritas [para quem não sabe, antigo nome dos seguidores da Igreja Adventista do 7º. Dia], e outros tantos iguais, estão em plena competição para ver quem fica mais rico... no menor tempo possível.
A campanha de marketing deles é mais atualizada, mais fácil de ser engolida pela ignorância e sem estátuas.
Por causa de tudo isto o sr. Joseph Ratzinger vem ao Brasil.
O ancião-propaganda, paramentado de papa, vem ao Brasil para tentar recuperar a grana que perdeu. Assim entendo o investimento, aos milhões, que estão a gastar para a reforma de um mosteiro que levava décadas caindo aos pedaços.
Entendo os vinhos chilenos caros, embora eu goste dos vinhos brasileiros. Mas, minha gente, o homem não é simples e gosta de acomodações espartanas?
Sei!
As acomodações espartanas que mostraram na televisão, eu também quero.
Se aquilo é espartano, os meus aposentos no Flat são dignos de pena.
Só por causa disso já aumentei os meus honorários. Para os meus clientes justifico que pretendo redecorar o meu apartamento de modo a ficar tão espartano quanto o do Papa. O pior é que ninguém acredita!
Só o custo daquele cadeirão de vime, onde ele se sentará, perto da janela, para meditar, representa um ano de trabalho para a maioria dos católicos “destepaiz”. R$ 8.000,00, cristãos, custa aquela droga de cadeira.
Pode?
Vou ter que continuar na pobreza... ai ai...
No fim de tarde, com um copo de vinho na mão, não poderei meditar de frente para o Rio Pinheiros, do vigésimo andar do meu flat. Isto sim é que é humildade. Isto é que é ser espartano.
Para finalizar, quero informar a todos e a todas que tiveram a força cristã de me lerem até aqui, e que pensaram um monte de bobagens no meio do caminho, eu não sou judeu, nem árabe, nem taoísta, nem evangélico.
Nasci católico, no seio de uma família com dois tios prelados da Igreja de Pedro. Fui seminarista. Aos doze anos dei uma surra num padre marista que tentou me bolinar. Fui expulso do seminário e enviado para Roma, onde estudei dentro da cúria [castigo dos meus pais que não acreditaram no que o pedófilo tentou fazer]. Aos 14 tive um romance luxuriante com uma freira, minha professora de piano, que se apaixonou pelo meu dedilhar nas teclas. Um belo dia, nem sei como, a coitada foi transferida para uma missão, daquelas fraternas, na África Central, hoje Burundi. E eu fui convidado pelo monsenhor, meu tutor espiritual romano, a voltar para minha casa, para novos desafios escolares...
Com este pequeno briefing curricular, posso afirmar que conheço mais sobre as entranhas da Igreja católica que a maioria dos fiéis que nela professam e acreditam. Eu não!
Não mesmo!
Lembrar do que vivi, conheci e presenciei, me dá até um pouco de nojo. Não posso acreditar num sujeito que se diz representante de Deus na Terra e prega a burrice de ser contra o uso da camisinha; ou contra o aborto, seja em que situação for; que acoberta pedófilos aos milhares e proíbe o casamento dos padres, homens, humanos, como qualquer um de nós; que vivem no maior luxo, em conjunto com uma caterva de pervertidos que têm como único propósito a ganância financeira e campanhas para fins nada fraternos.
Não posso acreditar numa igreja que vende armas, ou pelo menos vendeu. Que matou milhões; que dizimou povos inteiros e culturas avançadíssimas, em nome de um Cristo, que, pelo que sabemos, nunca quis nada de César.
Os escândalos, na década de 80, da loja Maçônica P2 e do banco do vaticano, existiram para corroborar a minha descrença final na figura do papa, no que ele representa e na instituição que administra.
O mesmo penso em relação a qualquer outra igreja, templo ou seita. Apenas os pobres de espírito se refugiam em tais lugares.
Entretanto, tal como Napoleão, acredito na liberdade de crença. Cada um come do que gosta, ajoelha onde quer e acredita no que a sua infelicidade quer que acredite.
Entretanto, pactuar com esse desparramar de dinheiro por causa da visita do sr. Ratzinger, cujo nome mais parece o som de um espirro, [como diz o José Simão], não posso.
Não posso, porque ele, de benedictus, só tem o nome e é postiço.
Na minha opinião, jamais poderia ser Papa, pelo passado negro e nefasto que possui. Vir ao Brasil para recuperar os 10% de fiéis que a igreja perdeu... Os pentecostais não vão deixar. Quando o próximo papa voltar, certamente haverá baixado, ainda mais, o número.
Como diz a minha empregada, que é evangélica, o fim dos tempos se aproxima e só Jesus é a verdade...
Na Igreja Católica há muitas "verdades" e o povão fica confuso em qual acreditar. A Cúria Romana, estulta que é, assim permanecerá, porque jamais poderá admitir uma só "verdade". Se o fizer, ruirá!... E o Papa ficará nu. Até o Cristo redentor virará palhaço.
Na Igreja Católica há muitas "verdades" e o povão fica confuso em qual acreditar. A Cúria Romana, estulta que é, assim permanecerá, porque jamais poderá admitir uma só "verdade". Se o fizer, ruirá!... E o Papa ficará nu. Até o Cristo redentor virará palhaço.