Translate

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

A absolvição de Palocci pelo STF brasileiro.


Muito já se escreveu – e eu li – sobre a absolvição de António Palocci por ter mandado violar o sigilo bancário de um certo Francenildo Santos Costa, aprendiz de caseiro, – à esquerda na foto.

Esquecem os distintos articulistas que as leis são criadas para inibir a compulsão humana de causar o mal a qualquer coisa ou... para dogmatizar condutas que uma sociedade acha por bem implementar.

Países há onde uma lei lá existente é repudiada por outro. Nem todas as sociedades pensam ou agem igual ou possuem valores morais e éticos iguais. Vejam-se as leis islâmicas e o quanto diferem das chamadas leis romanas. Ou o direito inspirado no Commonwealth britânico, comparado, por exemplo, ao direito brasileiro. As diferenças são abissais.

Em virtude de tais esquecimentos ou consciência de valores, os articulistas brasileiros – a favor ou contra da decisão do Supremo Tribunal Federal – fecham os olhos ou sequer compreendem a razão de existir um STF:

Atacam apenas na superfície sem investigar ou levar em conta o fundo da questão.

Num país decente, a existência de um STF visa, sobretudo, – por isso é “supremo” – provar à sua sociedade que a justiça é cega, equânime e justa de acordo com o desejo, clamor e entender dessa mesma sociedade como um todo e não do indivíduo em si.

Menos ainda de meia dúzia de homens.

Mas o Brasil é um país indecente!

Com a fraude perpetrada pelo sr. Nelson Jobim na Constituição de 1988 ao introduzir – à socapa e ilegalmente – dois artigos espúrios, proporcionou que, – de lá para cá, – o STF brasileiro, como justiça máxima, deixasse de ser cego e passasse a sentenciar de acordo com este ou aquele interesse, subvertendo completamente os anseios éticos – já fracos – da sociedade brasileira.

De um povo desvairado que gosta mais de tocar berimbau e matar por dá-cá-aquela-palha.

Um dos artigos fraudados pelo sr. Nelson Jobim permite que se possa mentir descaradamente, sem prejuízo de qualquer punição.

Não é há toa, portanto, que o STF tenha produzido e continuará assinando centenas de Hábeas Corpus com essa finalidade; algo jamais visto em outro país do mundo democrático.

O Brasil é o único país auto-denominado democrático onde se pode mentir à vontade, bastando para isso a mera, simples e fácil formalidade de obter a correspondente autorização da corte suprema de justiça.

Ao se poder mentir, quebraram-se todas as regras e prescrições soberanas emanadas pela sociedade de impor a todos os indivíduos a obrigação de submeter-se a elas, sob pena de sanções.

Neste sentido, a justiça brasileira, nos seus mais variados níveis, é a vergonha que se vê, – todos os dias – estampada nos jornais.

Por conseguinte, outra coisa não se poderia esperar que o STF brasileiro relegasse à imundice a sua razão de existir e passasse a desempenhar – apenas – a função para a qual os seus membros são escolhidos e em nome de quem devem proferir as sentenças.

Num país onde a índole política e cidadã do seu povo estão abaixo da ignorância e do civismo é lógico que o seu STF decida – ad nauseum – conforme o interesse de quem manda ou no interesse do partido que estiver no governo; seja no mensalão, ou na violação de um sigilo bancário por António Palocci; seja no caso das células-tronco, ou no da Raposa Serra do Sol; seja na liberação de um criminoso como Daniel Dantas, ou dos muitos vigaristas e ladrões do Partido dos Trabalhadores já absolvidos...

Por falta de provas!

Que mais poderia ser?

Leia também:

"Anatomia de uma fraude à Constituição de 1988"

"O jurista e a corrupção"

"Paulicentrismo! Nelson Jobim mentiu! Vergonha!"

"Como pensam os brasileiros"

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Os desabafos nos blogs.

Cada vez que acesso algum blog de política nacional brasileira e leio os comentários dos leitores tenho a impressão de ter entrado num lava-pés onde todos, – de um lado ou de outro, – a favor ou contra, – purgam-se contritos num “ora pro nobis peccatóribus

Tenho para mim que o fazem, talvez na esperança de conseguirem obter forças para retirarem a venda que colocaram em si mesmos, para não enxergarem, envergonhados, a mediocrização das suas expectativas; o quão laxos se tornaram nos seus padrões e princípios morais, nas suas lutas pela sobrevivência e, sobretudo, pelas escolhas políticas que fizeram e, irresponsavelmente, reelegem.

– Eu sinto pena!

O mais curioso é ver ou ler a enxurrada de comentários quando um petista é absolvido das falcatruas que cometeu. O coro aumenta.

– Eu sinto pena.

Em cada palavra escrita, – tida como indignação, – vejo apenas gotas da covardia do(a) autor(a); pois, ao escrever, delega ao teclado a ação e ao espaço da mensagem o que ele/ela próprio(a) deveria executar como cidadão(ã)... se responsável fosse.

Assim, em nome dessa tal sobrevivência, pelo ego fraco que possuem; pela inabilidade de mediarem entre o instinto e a própria idéia de moralidade... todos os amantes de blog de política brasileira deveriam formar um coro e entoar bem alto: – “ora pro nobis peccatóribus”...

Porém, sendo brasileiros, a única coisa que esperam é: Ego te absolvo a peccatis tuis in nomine Patris et Filii et Spiritus Sancti...
Viva o Brasil, o país da pusilaminidade; dos hipócritas sem um pingo de vergonha na cara.

– Eu sinto pena!

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Tempos de retrocesso

Editorial do Jornal folha de S. Paulo - domingo, 23 de agosto de 2009.

Assinante lê «
AQUI»

Lula e seus aliados transformam a política em acobertamento mútuo e camaradagem sem nenhum escrúpulo”.

SEM NOVIDADE. Sustentando o senador José Sarney no Conselho de Ética, o PT simplesmente repete o clássico roteiro a que já se assistiu durante o escândalo do mensalão, o episódio dos "aloprados" e a manipulação do caso Oi-Brasil Telecom.

Provoca alguma tristeza, e alguns sorrisos, o drama pessoal do líder petista no Senado, Aloizio Mercadante, que anunciou em plenário sua disposição de continuar no cargo, apesar da demissão "irrevogável" veiculada na véspera.

A respeito de seu choroso depoimento no Senado, afirmando que continuaria a ser líder da bancada petista, mais vale o silêncio do que qualquer comentário crítico.

Não cabe, aqui, julgar dilemas individuais de quem quer que seja. O que importa notar, entretanto, é o vazio partidário e político que se abriu no país, conforme se consolidou o poder de Lula na Presidência e os acordos que possibilitaram seu exercício.

Mais do que cogitar acerca do caráter pessoal dos participantes da comédia, seria importante refletir sobre as condições práticas do que, a torto e a direito, chama-se a "governabilidade".

Será de fato necessário preservar uma suposta ordem nos negócios de Estado ao preço do pleno desprezo pela ética básica dos cidadãos?

Será que, em nome de uma candidatura artificial e estranha às instâncias partidárias -a da ministra Dilma Rousseff-, cumpre defender não os interesses de um partido aliado, mas esta ou aquela personalidade sob o foco das investigações?

No fundo, reedita-se hoje um comportamento político que, há quase sete décadas, foi definido pelo sociólogo Sérgio Buarque de Hollanda no seu clássico "Raízes do Brasil".

Lula e seus "companheiros", Lula e seus aliados, seus acólitos, ou seja lá que nome tenham: tudo corresponde exatamente ao perfil do "homem cordial", traçado por Sérgio Buarque.

Princípios, valores, códigos e programas não importam nesse modo de viver a política.

O "cordial", no caso, não se refere às características próprias de amabilidade e simpatia que um político possa ter -sobram a Lula, faltam a Dilma Rousseff, pouco importa. Trata-se, sobretudo, do predomínio do favorecimento pessoal sobre o cálculo e a racionalidade de Estado.

Lula, Sarney, Mercadante e tantos outros abdicaram de valores e princípios. A política se transforma em acobertamento mútuo e camaradagem sem escrúpulo.

Naufragam nesse processo tanto o PT -antigo arauto da renovação social e ética no país- como o PMDB, valioso instrumento, se é que alguém se lembra, da luta contra a ditadura.

O que resta de toda a farsa? Talvez a atitude de alguns políticos que abandonam o partido; talvez as reações de uma aturdida opinião pública, que acompanha cada lance de desmoralização institucional e de vergonha pessoal vivida durante o governo Lula. Tempos cordiais. Tempos de retrocesso e de vexame.

domingo, 23 de agosto de 2009

As patacoadas do Lula.

Lula completamente
embriagado
Lula, ao deixar o Pinheiro Palace Hotel em Rio Branco, no Acre, ontem, 22/08, afirmou:

"É muito difícil alguém dividir o eleitorado do PT. Acho que nem eu divido. Petista é que nem flamenguista, que nem corintiano, não se divide nunca”.

Tirando a metáfora futebolística, a primeira parte da fala do Lula é uma tradução parafraseada das primeiras palavras de Adolf Hitler, no discurso após as eleições de Setembro de 1930, quando o partido Nazi teve a sua primeira vitória.

Será que os marqueteiros do Lula andam reavivando velhos conceitos, acreditando serem os novos Goebbels tupiniquins?

Em marketing já diz o ditado: – "Nada se cria tudo se copia". – Mais no Brasil onde o desconhecimento histórico campeia a olhos vistos a memória nem se lembra que existe.

Quem sabe, esses marqueteiros – que deram para racionalizar o irracional, ensinando esse tipo de patacoada ao analfabeto, – algum dia se dêem conta que democracia tem o fulgor de astro nas mãos do um justo, mas brilha como espada se empunhada por um celerado.

Venezuela, Bolívia, Equador e agora a Colômbia estão aí para mostrar os riscos que corre o Brasil na sua imberbe democracia.

Porém, não nos esqueçamos que historicamente o Brasil tem sido o dia seguinte da América Latina.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Pior que ex-fumante só mesmo ex-petista.

O jornal O Globo publicou hoje:

Para analistas, ética cedeu lugar ao pragmatismo no PT.
De ex-petistas de carteirinha a sociólogos, historiadores e cientistas políticos, o raciocínio recorrente quando analisada a atual crise que atinge o PT é o de que, há tempos, a ética deu lugar à conveniência eleitoral
”.

Se tiver estômago, leia o resto da reportagem «
AQUI»

Esta reportagem global faz-me lembrar que, cinco séculos antes de Cristo, existiu na Grécia um filósofo que costumava chorar diante das conjeturas da vida e de coisas que realçam o conhecimento humano.

Seu nome era Heráclito.

Entre os seus conceitos havia este: – “Se tudo se torna tudo, cada coisa contêm em si o que nega”.

Diante da realidade atual do Brasil certamente Heráclito não choraria. Sorriria como faço eu; especialmente diante dos proselitismos de “ex-petistas de carteirinha, sociólogos, historiadores e cientistas políticos”: – “de que, há tempos, a ética petista deu lugar à conveniência eleitoral”.

Desde quando o PT teve ética? ou;

Desde quando o PT, como partido, teve algum interesse em modificar algo político no Brasil que não fosse a locupletação dos seus próprios dirigentes e a perpetuação no poder?

Entre o ter e o alardear há uma diferença enorme. Do mesmo modo entre o ser doutor em algo e sequer ter estudado para tal; algo muito ao gosto idiossincrático brasileiro.

Em outras palavras, é como ter uma carteira de motorista comprada, hábito praticado e procurado por uma enorme parcela da sociedade brasileira.

Enfim, é o que sempre digo: - ex-petista é como ex-fumante. - São um pé no saco! Usam e abusam da hipocrisia e do cinismo que a falta de escrúpulos lhes proporciona.

Adotam e proclamam novas opiniões/convicções que nunca tiveram no afã de se tornarem um tudo, negando a própria essência.

Deixam de ser o que sempre foram para apresentar uma face caiada com a qual tentam esconder a podridão de caráter que possuem.

Só quem lidou com o PT numa mesa de negociação sindical pode testemunhar o que aqui afirmo. Do contrário, digam o que disserem, nenhum desses hipócritas sequer conhece a verdadeira índole do petismo; muito menos as suas entranhas.

Se hoje saem com essas parlapatices é porque deixaram de ser pagos.

Alegar hoje que sempre lutaram contra José Sarney por este representar todo o contrário do ideário petista é uma grande falácia. É uma mentira enorme. Uma MEN-TI-RA das mais sujas que já existiu.

Melhor fosse que esses mesmos ex-petistas e sociólogos revelassem o quanto receberam pela publicação dos seus livros que ninguém leu ou lê; cujo fato, em prol da ganância pessoal, os fez apequenarem os escrúpulos e racionalizarem o que é irracional...

E a patuléia nem se deu conta que se tornou motivo de riso e, ao mesmo tempo, de dolorosa vergonha.

Melhor fora que esses hoje auto denominados analistas políticos e historiadores contassem de viva voz sobre os subsídios, viagens e ajudas que receberam para se tornarem papagaios repetidores da falsa ideologia petista que ajudaram a prevalecer durante vinte anos.

Brasileiro é sem dúvida alguma um ser sem caráter e a imprensa nacional um texto à parte na comédia nacional.

Inegavelmente, quando tudo se torna tudo, cada coisa contêm em si o que nega!

O triste fim de Aloizio Mercadante


Aloizio Mercadante, senador pelo PT-SP, representa bem o fenótipo do petista que, ao fim e ao cabo, é a manifestação detectável do genótipo brasileiro.

Desde as manchetes de jornais falsas que apresentava no horário eleitoral na tentativa de reeleição de Marta Suplicy à prefeitura de SP, passando pelas suas absurdas concepções econômicas, ridicularizadas pelos próprios companheiros de partido, até à presente e patética atuação na crise do Senado, este senador nada mais é que um equilibrista bamboleante na vida de um partido amoral.

É um verdadeiro outsider, apenas imbuído do oportunismo representativo de cada situação.

Falta de escrúpulos, de caráter e de hombridade são os seus melhores atributos.

Foi assim durante a luta pela queda da CPMF; piorou durante a crise do mensalão e atingiu o auge no ataque a Lina Vieira.

Em síntese, é só mais um brasileiro desprovido de atributos morais que se reveste de arrogância na tentativa de mostrar algo que não é, nem capacidade tem para ser.

Quem afirmar que esse homem é decente estará acreditando numa utopia ambulante com bigode na frente.

Mercadante diz que vai renunciar ao posto de líder do PT no senado. Pois eu, contra todos os prognósticos, duvido!

Aloizio Mercadante não é homem nem tem caráter para manter a palavra dada. Era assim de garoto; é assim de adulto. Se fosse o contrário, não estaria no PT.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

O governo petista está nu.

Com a saída do Senador Flávio Arns o PT ficou reduzido à sua origem; à sua essência. Aos sindicalistas que o fundaram; ao grupo alavão que deu à ética o seu significado mais brasileiro; a sua verdadeira índole.

Lula por excelência e Mercadante ou os demais petistas por adjacência, pois são incapazes de outros fins, representam bem o natural alborqueiro, idiossincrasia inata do brasileiro.

Mas alguém acha que tal peculiaridade é ou será percebida pelo povo?

Lastimo quem pensar que sim. Especialmente os 69% que, brasileiros sendo, apóiam o próprio reflexo.

Como tenho repetido à exaustão, – há anos, – se FHC foi uma ferida para o Brasil, o Lula foi um câncer e o PT a sua metástase.

Não é de surpreender, portanto, que:

1- a criminalidade brasileira esteja à espera em cada esquina das principais cidades;

2- a imprensa nacional seja estrábica e geralmente fútil ou embrionária;

3- a política brasileira seja com “p” bem minúsculo;

4- o povo seja acéfalo e arapuqueiro.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Collor de Mello versus Pompeu de Toledo


Antes de prosseguir, gostaria de convidá-lo, caro leitor, a ler primeiro os dois artigos que me inspiraram a escrever estas palavras. Se os ler poderá entender melhor o texto abaixo. Para tanto, clique «AQUI» ou nas respectivas fotos. Após a leitura encontrará um link para retornar a esta página.

Na extrema-esquerda desta crônica coloquei Fernando Collor de Mello; atual senador pelo PTB de Alagoas. Um autêntico filho de reputíssima dama da necessidade, no sentido mais comprovado que a expressão possa abranger; cujo significado político é igual.

Já foi presidente do Brasil, veja só. O povo votou nele por ser “bonitinho”, graças a uma das campanhas mais sórdidas, vis e corruptas já realizadas diretamente pela Rede Globo de Televisão e suas venais e depravadas organizações Globo.

Collor de Mello, aos poucos dias do seu governo, arruinou milhões de vidas populares. Congelou a poupança e as aplicações financeiras de todos os brasileiros. Teve gente que se suicidou de vergonha por não poder atender aos compromissos. Milhares de pequenas empresas faliram. Milhões ficaram sem comer.

Nada aconteceu com Collor de Mello. O povo prejudicado mostrou o esplendor da sua excelsa covardia congênita e calou; a estudantada pintou as caras e os pais aceitaram o que a TV Globo disse para aceitar!

Foi um carnaval fora de época, pintado de verde e amarelo.

No entanto, Collor de Mello por ter cuspido no prato que comeu, isto é, não ter atendido aos interesses nada republicanos de quem o pôs no Palácio da Alvorada, foi escorraçado da presidência como rato miserável que é, pra neguinho algum botar defeito.

A TV Globo igualmente trabalhou bastante para isso acontecer.

Os místicos alegaram logo que, o que aqui se faz aqui se paga. Santa ingenuidade!

Obviamente, como acontece sempre no Brasil com esta classe de gente, o Supremo Tribunal Federal declarou-se hipocritamente incompetente para julgá-lo pelos crimes dos quais era acusado; apesar das testemunhas, provas fartas, cheques e demais falcatruas documentadas.

Foi inocentado. Fez o que quis e nada pagou.

Com maior obviedade ainda, – também como é habitual no Brasil, – Collor de Mello voltou à cena política brasileira, – como senador, – pelos braços de um povo alienado, tolo, comprovadamente estulto; sem um pingo de dignidade ou vergonha na cara. O povo alagoano! O qual, cabe o destaque, não difere em absoluto de qualquer outro vivente, espalhado às pencas pelos demais Estados brasileiros.

Os mesmos que o levaram à presidência. Os místicos.

Assim, no flanco direito, para contraponto, caro leitor, coloquei em linha reta de admiração no escrever o senhor Roberto Pompeu de Toledo. Comparado ao chibalé acima, só posso afirmar que é um colunista renomado da revista Veja, onde, na maioria das vezes, para meu deleite, escreve artigos muito interessantes e verdadeiros.

Como eu gostaria de escrever assim.

Tão verdadeiros são, com freqüência as palavra neles refletidas parecem-me terem sido arrancadas do meu pensamento, cuja razão foi incapaz de dar ordem aos dedos para pô-las num papel.

Não conheço pessoalmente nenhum dos sublimes brasileiros com os quais ilustro esta crônica. No entanto, se diferenças faço, é porque, – como se diz lá na terra onde nasci, – eu não estava lá, não vi nem ouvi, mas posso ser testemunha.

É fato sabido, – aqui tampouco é novidade – que brasileiro adora merda. Convive no meio dela. Vota nela. Come-a todos os dias e, freqüentemente expressa-a nas idéias, nos atos; até nos diálogos mais quotidianos e imaculados.

Quem nunca escutou nas reuniões familiares o marido ou a esposa enviarem-se um ao outro, metaforicamente, à merda; como modo de falar tipo “não me enche” ou “pára de dizer bobagem”? Não é tomado como ofensa. Nem poderia. É só um modo brasileiro de expressar...

As namoradas para os namoradinhos – e vice-versa, – são pródigos na sua utilização. Colegas de trabalho abusam da verbalização.

De igual forma pouco espanta, portanto, que o sonho de consumo luxurioso de todo o brasileiro seja a bunda, de onde sai a merda.

Mulheres e homens brasileiros, inclusive, fazem questão de se exercitarem para desenvolverem glúteos avantajados e protuberantemente singulares. Talvez para maior produção e doação.

Se descaídos, querem-nos alçados; se achatados, lutam para avolumá-los. Existem até meias-calça com recheio tundá para os(as) mais tímidos(as).

Uma vez logrado os volumes desejados balançam-nos tremulantes com orgulho, para dá-los com prazer a desnudo.

Diante desta realidade não é de estranhar que o Senador Renan Calheiros, outro alagoano corrupto, refira-se – em plenário – ao Senador Tasso Jereissati com o produto que mais gosta.

Porque será que brasileiro tem a mania de falar para os outros o que come em casa?

Deve ser por isso que mudei de nacionalidade.

Enquanto brasileiro, pouco importa agora, jamais alardeei desse quitute nacional. Sequer provei. Nem de garoto briguento, nem de namorado preterido... Nem à falecida esposa – na intimidade viva ou ante o féretro – fui capaz de pronunciar tão abominável expressão. Talvez seja porque não engulo arroz nem feijão.

Não obstante, foi preciso sair do Brasil para mandar alguém àquela parte. Um brasileiro, tinha de ser.

Como a vida dá voltas.

Aconteceu recentemente; aqui em Bruxelas. Um funcionário do nacional-petismo-falocrata veio ao meu escritório tentar dissuadir-me de apresentar o relatório sobre o péssimo controle da rastreabilidade do gado brasileiro. Tadinho. Quando se atreveu a ameaçar-me, a minha estatura avolumou-se tal qual bunda brasileira para empurrá-lo escada abaixo.

A cada degrau, confesso, repeti essa odiosa palavra nas suas muitas e variadas combinações substantivas e adjetivas.

Será que o fiz para compensar os anos de Brasil que lá não a verbalizei? Se não foi, dou-me conta, enquanto escrevo, esqueci de exorcizar alguns gêneses brasileiros, sobreviventes à minha saída desse país de merda.

Portanto, o fato do atual Senador Collor de Mello repetir à insanidade no seu discurso em plenário: – “Eu tenho obrado em sua cabeça [referindo-se a Pompeu de Toledo], nesses últimos dias, venho obrando, obrando, obrando em sua cabeça...” – só comprova o que disse acima, no começa desta crônica:

– Fernando Collor de Mello é um sujeito sem princípios. Um meliante! Um crápula. Existe porque no Brasil só há homens de merda; – ou como se diz em Portugal: só há merdinhas pois nem para merda servem; – daí a insistência dos brasileiros em tê-la sempre na boca.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Segurando as 6 alças do caixão de José Sarney:

1.– No Plenário do Senado, o senador Demóstenes Lázaro Xavier Torres (DEM-GO) foi à tribuna dizer que, na sua visão, “o Senado chegou à sua situação mais degradante; a um ponto extraordinariamente baixo”.

O ínclito senador deve desconhecer que no Brasil o buraco é sempre mais em baixo. A baixaria nunca tem limite de profundidade.

Ou talvez seja um otimista... e use óculos cor-de-rosa para enxergar o cenário político surreal do qual faz parte e para o qual, ele e seu partido, nada têm contribuído para mudar. Pelo contrário.

É bom lembrar que o DEM votou unânime pela eleição de Sarney.

Será que o senador Demóstenes não sabia antes quem é Sarney?

Haja cinismo!

Se o Senador quer tanto um holofote deveria pendurar uma melancia no pescoço.

2. – A OAB [Ordem dos Advogados do Brasil], através do seu presidente, Cezar Britto, pede a renúncia coletiva dos senadores. Quer a sobrevivência da instituição, que considera pilar do equilíbrio federativo.

Já vi muita imbecilidade nascer no Brasil, país fecundo nessas minúcias. Entre um charuto e outro pergunto-me que qualidade de asnos forma hoje a OAB para propor semelhante aberração. Só mesmo uma cavalgadura brasileira para propor a tal despautério.

A OAB perdeu o que foi para se tornar nessa coisa amorfa que é.

Este tipo de proposta assemelha-se à daqueles que restam importância para o senado e acham que deveria desaparecer.

E tem gente no Brasil, especialmente entre os membros da OAB que diz viver em plena democracia?

3. – Ao pronunciamento do Senador Pedro Simon, Fernando Collor de Mello de rosto tenso, olhos esbugalhados de ódio, sibilava ameaçador: – “As palavras que o senhor acabou de pronunciar são palavras que (...) eu quero que o senhor as engula. E as digira como julgar conveniente...”.

Será que na hora “aquilo” também ficou roxo?; como na época em que foi presidente e, enquanto roubava feito ladrão barato, diante do pote de mel preferia lambuzar-se?

É inacreditável ver esse dejeto humano, esse pilantra desnaturado de volta ao cenário político brasileiro. Como senador, vejam só.

O povo de Alagoas deve estar muito orgulhoso... seguindo o gosto nacional de escolher outro excremento para representá-lo.

Que gentalha! Como gostam de merda!

4. – “Coronel de merda”, assim se dirigiu Renan Calheiros, outro alagoano, ao Senador Tasso Jereissati.

Logo o Renan, ao estilo rato de navio que costuma abandonar quando está a ponto de afundar.

Esse meliante de colarinho encardido tem uma fazenda cheia de bois fantasmas, cujo registro pra lá de falso, apenas existe em papel datilografado, cheio de rasuras... Paga amante com dinheiro de empreiteiras... Tem uma esposa, [ou seja lá o que isso for], pra lá de luxuriosa que o enfeita com qualquer boy sarado de Maceió... Os cariocas têm a preferência...

Porque será que corno sempre se define de índole conciliadora e insulta os outros com os adjetivos que lhe são inerentes e absolutamente intrínsecos?

5. – O presidente do Conselho de Ética, Senador Paulo Duque (PMDB-RJ), apelidado de "arquivador geral do Senado", diz que não teme a rejeição da opinião pública.

Como suplente do suplente, – com um pé na cova e outro na casca de banana, – não tem com o que se preocupar. Não foi eleito. Está quase morto. É só mais outro corrupto a caminhar debaixo da apatia política de um povo que vota em troca de um par de botas.

Contudo, mesmo que tivesse sido eleito, pouco caso daria à opinião pública que sofre também de amnésia. Os fatos na memória do povo brasileiro permanecem presentes só até ao próximo escândalo ou ao novo reallity show da rede Globo de televisão. Em dois dias está tudo esquecido.

Tenho certeza que se Paulo Duque se candidatar, será eleito. Ainda mais, sendo carioca, céérrrto?

6. – Aloízio Marcadante, senador do PT-SP: “Não queria ver minha foto naquela moldura...”, declarou para justificar o motivo que o levou a fugir do plenário do senado enquanto os palhaços brigavam.

Aloizio Mercadante é aquele do bigode que logo após a posse do Lula foi jogado para escanteio. Depois, bem mais tarde, ganhou o posto de office boy do Lula, com o título de líder... do PT. Líder? Não apita nada e obedece a tudo o que lhe mandam... até se auto-humilha de joelhos pra não perder o boquete.

Mercadante, cujos conhecimentos de economia sequer são levados a sério pelo seu próprio partido, que os critica severamente, também não vota pela saída de Sarney. Emite nota pedindo o afastamento do Presidente do Senado e, depois de ser humilhado mais uma vez pelo Lulão, declara: “o partido não pretende dar fôlego à idéia da oposição de assinar uma nota conjunta cobrando o afastamento do senador José Sarney (PMDB-AP) da presidência do Senado”.

Existe alguém mais pedante, mais mercante, mais abaixante que o Mercadante aldagrante?

Fico até com pena do neto que este petralha espera ter. Tadinho do garoto!

Enfim... com estes seis voluntários, – já que o enterro do Sarney se aproxima, de uma forma ou de outra, – tenho certeza que não faltará gente para carregá-lo no caixão e alabar-lhe a biografia.

Que baita biografia! Até Fernandinho beira-mar morre de inveja. Da biografia e dos "colega" senadores.

sábado, 8 de agosto de 2009

Os telhados da sociedade Sarney de brasileiros

Escrevi aqui há dias que no Brasil a ética sumiu e a moral suicidou-se de vergonha. Parece que entreabri a cortina do túnel, – tenebroso e denso, – da veracidade social que prevalece no país.

Tudo no Brasil se encharca em fedentinas múltiplas. Desde o meu nascimento, há mais de meio século, tenho observado, – ano a ano, – a degradação moral, social e política do povo brasileiro.

Hoje, a milhares de quilômetros de distância, sob outra nacionalidade, o conjunto do panorama aparece-me ainda mais cruel. Mais insano. Mais descontrolado. Mais sórdido.

Se alguém tinha dúvidas ou se ofendeu quando o deputado do Rio Grande do Sul afirmou que se lixava para a opinião pública, talvez agora esteja mais tranqüilo(a).

Não e só ele a se lixar; a dar a mínima para o que pensa a opinião pública brasileira. Esse desleixo é unânime em todas as camadas políticas; desde a federal à municipal, incluindo as inoperantes sub-prefeituras, secretarias e outros antros tais.

Mas quando começa o horário eleitoral fica até difícil escolher o mais probo...

A opinião pública brasileira não pensa. Fazer o quê? Tem apenas um neurônio que passa a maior parte do tempo capengando. Sofre de artrose congênita. E, apesar do ferro no feijão que come, tampouco tem memória.

O arquivamento das onze denuncias contra José Sarney pelo conselho de ética do senado é a prova – cabal, clara e contundente, – da verdadeira realidade dos atributos políticos que a sociedade brasileira escolheu e nos quais pauta as escolhas:

— Política deve ser feita com 'p' minúsculo; quanto menor, melhor!

Por favor, não me venham com a lengalenga que nem todos são assim. Posso demonstrar sem qualquer pejo o que afirmo.

Até aqueles que se dizem apolíticos, que anulam o voto ou apenas o justificam no correio, são responsáveis! Talvez até mais do que aqueles que votam de cabresto ou, na sua santa ignorância, escolhem mal.

Se no Brasil existe alguém politicamente inocente, são os estrangeiros que lá residem. — Não votam. — Contribuem apenas para o progresso do país; não para a sua desgraça. Tanto assim é que compram o Brasil a retalhos, pois os brasileiros são incapazes de possuir a menor competência para administrá-lo.

O comportamento político de uma sociedade é o reflexo dessa sociedade. Senadores, deputados, prefeitos, governadores e presidente são eleitos por voto direto. Por brasileiros! Portanto, todos esses "representantes" do povo são escolhidos em base a afinidades, sejam elas políticas, sociais ou empáticas; ou, tão-somente cabresteiras em troca de um par de botas ou cesta básica.

Sei que o voto é obrigatório. Porém, ninguém é obrigado ou instado na ponta de uma pistola a votar em fulano ou beltrano. A escolha dos personagens é livre.

Assim, só para lembrar:

José Sarney, senador eleito, é a imagem unificada do comportamento social dos brasileiros que o elegeram; antes no Maranhão e atualmente no Amapá. O mesmo é Collor de Mello em relação a Alagoas e Paulo Maluf referente a São Paulo. Isto apenas para citar três ignominiosos e pretejantes nomes da política brasileira.

Atrás deles vêem os ilustres Mercadantes, os Suplicy, as Martas, os Henrique Cardoso, Haddads, Lulas e Dirceus, assim como milhares de outros salafrários, – pois outra coisa não são, – que se instalaram em Brasília, nos poucos quilômetros quadrados que formam a sede do poder central; o Q.G. da choldra brasileira.

Todos esses déspotas, ladrões, assassinos, vigaristas e petistas, têm sido eleitos e reeleitos incontáveis número de vezes; apesar das falcatruas amplamente noticiadas, comprovadas, documentadas e... judicialmente absolvidas.

Sarney sempre foi tirano e gatuno! A sua origem é sua digital. No Maranhão primeiro e no Amapá atual todos sabem disso desde criancinhas. No entanto votam nele! Sinal que representa a verdadeira índole dos eleitores. Sinal que gostam de ser tiranizados, roubados e vilipendiados, pois igual fariam se calçassem os mesmos sapatos.

Não nos enganemos nem tampemos o sol com a peneira.

Alguém já se perguntou porque Ulysses Guimarães desapareceu de forma tão decisiva? E, porque a partir daquele Outubro de 1992 José Sarney apoderou-se do cenário político nacional?

– Nem como presidente da República, alguns anos antes, desfrutou de tanto poder e fortuna como passou a usufruir desde o desaparecimento de Ulysses. Do Doutor Ulysses Guimarães.

Isso me recorda um pouco a história e vida de Fernandinho Beira-mar.

Ilações homicidas à parte, o domínio do senado e todo o enfoque jornalístico no vilão Renan Calheiros, só tem uma causa: José Sarney.

O não-impeachment do vigarista do Lula também se deve a José Sarney.

Da mesma forma a sua vil imortalidade acadêmica ao autor dos livros que em seu nome são escritos, publicados e depois comprados aos milhares pela própria família.

E ainda tem gente a alabar a biografia de José Sarney...

Como sei tudo isto? Recorro a Fernando Pessoa para responder: “Se eu pudesse te dizer o que nunca te direi, terias de entender aquilo que nem mesmo eu sei”.

Mas sorrio quando o jornalismo brasileiro atira culpas a Fernando Henrique Cardoso, o vaidoso beócio, com tanta coluna vertebral quanto éclair de chocolate recém terminado. FHC é demasiado cínico; o seu maior fraco é gostar de ser bajulado. Portanto, é o homem perfeito para ser dirigido. Para levar créditos sem remorsos, tal como ser o pai do plano real.

Brasileiro também é assim. Adora se auto-colgar medalhas. Procura um herói em cada esquina e me faz lembrar do provérbio: "bendito o país que tem heróis; triste o país que precisa deles".

Na mesma paridade, engana-se quem pensar que o Lula é diferente.

Entre todos, a diferença está na caligrafia. Se uns estudaram para escrever, outros escrevem só para assinar... o nome.

Por fim, toda a lama que jorra Brasil afora deve-se também à perda da perspectiva histórica por parte da sociedade Sarney de brasileiros. Além da memória galinácea, não olham mais o seu próprio governo com a mesma intimidade.

Os últimos quarenta anos de história parecem ter-lhes desaparecido das mentes. Não recordam mais que nestes anos todos, tanto na ditadura como no atual nacional-petismo-falocrata, os freqüentadores do Palácio da Alvorada, do Congresso Nacional e os ocupantes da esplanada dos ministérios são os mesmos.

Exatamente os mesmos que todos conhecem; a maioria deles, com o passar dos anos, substituídos pelos filhos, sobrinhos, netos, afilhados, genros... Todos aproveitadores, trapaceiros, larápios e farsantes que...

Que brasileiros sendo, foram eleitos por outros brasileiros de igual caráter, imagem e semelhança; sem memória, sem hombridade, sem vontade de ser ético ou proceder de forma decente...

Portanto, arquivem-se todas as denúncias! Na sociedade Sarney de brasileiros todos os telhados são de vidro.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

O Lula cometeu Crime de Responsabilidade.


Nos trinta e dois dias de inferno que passei no Brasil, ao saber da oferta do Lula, ao pedófilo paraguaio, a minha indignação para com os brasileiros dilatou-me as veias do pescoço; náuseas profundas quase catapultaram-me ao pronto socorro.

Já não basta o Lula e os petistas roubarem o erário nacional? Deram agora para desbaratar também o patrimônio do país?

Duas ou três notas nos jornais, – tímidas, sem substância, somente preocupadas com o aumento da energia elétrica, – foi o que encontrei; apesar da busca ansiosa e diligente.

Em 32 noites vi apenas o noticiário concentrar-se, – praticamente, – no cadáver ambulante do José Sarney e nas suas monumentais falcatruas. Como se fossem novas e ninguém delas soubesse.

A traição do Lula ao país passou em brancas nuvens... Silenciosa! Desapercebida!

O lula deveria estar preso, porque é um facínora; um traidor do seu próprio país e do povo que o elegeu!

A hipocrisia brasileira e a vocação jornalística para o sensacionalismo deixam-me à beira de um ataque de nervos.

Há muito aprendi que os brasileiros preocupam-se mais com os centavos e se esquecem dos milhões. Mal sabia eu que cegavam também diante de uma fofoca; quanto mais sórdida, mais os ouvidos abrem e as orelhas alçam.

Vivem interessados na vida dos outros. Recusam-se a ter consciência cívica patriótica ou civismo social. De igual modo procede o jornalismo brasileiro.

Mas no "paíf" existem leis para tudo... ou quase tudo, pois mais da metade não funcionam.

Porém, ética e moral são penduricalhos de enfeite. Badulaques para enterros e batizados.

Nenhuma palavra foi escrita na imprensa sobre o
CRIME DE RESPONSABILIDADE cometido pelo Presidente da República, esse picareta chamado Lula.

Será que alguém atentou para o ato que o Lula cometeu? Será que alguém tem consciência da gravidade desse ato insano?

Houvesse no Brasil homens de verdade, há muito esse pilantra teria sido defenestrado para os quintos dos infernos.

Mas não há! Infelizmente! Querer encontrá-los é o mesmo que desejar os números do próximo sorteio da mega-sena, ou encontrar uma agulha no palheiro.

A falta de escrúpulos é geral! A sujeira domina.

Maricagem, pedofilia, homicídio, ladroagem e corrupção são os organelos celulares que compõem o DNA brasileiro.

Até as Forças Armadas dão mau exemplo, quando delas se espera [ou se esperava], o brado maior do patriotismo. – São até incapazes de responder à altura sobre os crimes imaginários de que são acusadas. Assim, imbuídas de assustadora incompetência, limitam-se a emitir protestos tímidos em “notas oficiais”, praticamente inaudíveis ou afônicas.

Quem te viu e quem te vê...

Ó ex-Pátria amada, ex-idolatrada... que vergonha!

Sempre afirmei que os militares brasileiros não passavam de covardes. Foram-no na ditadura. Continuam a sê-lo mesmo agora, vendo um despreparado despilchar o patrimônio nacional. Nem para defender o país sequer servem.

Os brasileiros podem ser o que são. Conviva com eles quem quiser. Junte-se a eles quem tiver estômago! O país é deles; a sociedade é deles. Em canalhas se transformaram. Ou sempre o foram e eu nunca reparei.

Contudo, se nem patriotas são, ou patriotismo possuem, como ter respeito por esse povo um dia vívido, bravo e retumbante... hoje imergido num lamaçal fedorento?

O Lula certamente não tem.

O cocaleiro boliviano foi, pelo menos, mais inteligente; soube aproveitar-se da ignorância política e regional do atual governo brasileiro e de sua covardia militar.

Que bom a cocaína poder transitar livremente pelo Brasil. Virou uma festa!

Don Fernando Armindo Lugo de Méndez, o pedófilo, o ex-bispo hipócrita católico e presidente do Paraguai não precisou de estratagemas para conseguir do corrupto mor brasileiro que um patrimônio nacional importante fosse-lhe jogado nas mãos; melhor, que lhe fosse entregue de bandeja, sabendo, por consciência ou direito, que nem ele nem o Paraguai merecem.

A proposta do infecto Lula, entregue ao governo paraguaio pelo embaixador brasileiro em Assunção, cujo teor, segundo o governo brasileiro, não precisava ser submetida ao exame do Congresso, é uma fraude!

Uma deslavada mentira!

Um desrespeito absurdo aos tratados internacionais que o Brasil já subscreveu e, acima de tudo, um crime federal que fere a Seção III, artigos 85 e 86 da Constituição Brasileira.

O Lula, do alto da sua extremada estultice, permitiu-se – à revelia da lei – alterar uma cláusula do Tratado de Itaipu, quando este, ao entrar em vigor em 1973, foi incorporado ao acervo legislativo do Brasil. Portanto, transformou-se em lei vigente.

E ninguém no Brasil, jornalista, intelectual ou militar sequer atentou para essa violação ignominiosa; um ato claro de traição à Lei, à nação, à Constituição e, sobretudo ao povo brasileiro!

Mas, que povo? A cambada de maricas que grassam Brasil afora?

Que digo eu? Violar Constituições é um passatempo brasileiro. Aceitá-las tornou-se também parte da idiossincrasia nacional.

A atual Constituição foi violada logo no seu nascedouro, em 1988, por Nelson Jobim. Fernando Henrique Cardoso gostou tanto que repetiu a dose para ter a sua reeleição. O Lula, obviamente não poderia deixar por menos.

Nada aconteceu!

Acho que nada acontecerá tampouco desta vez.

Nenhum jornaleco se enojou contra o fato. Nem os brasileiros solenes, – de vã e inábil esperança, – se manifestaram.

Porém, como já disse uma vez o Barão de Itararé, “a esperança é o pão sem manteiga dos desgraçados”.

O Lula, ao ofertar ao pedófilo Fernando Lugo a benesse de dispor e vender a seu bel-prazer a energia gerada pela barragem de Itaipu, cometeu um crime federal.

Violou a Constituição que jurou defender.

O Lula, esse abjeto humano que a burrice brasileira pôs na presidência da República doou algo ao Paraguai que pertence ao Brasil e não a ele, Lula, nem ao PT, nem à puta que os pariu.

O Lula, ao doar o que lhe não pertence e pretender aviltar cláusulas de um Tratado que, quando foi ratificado e promulgado, passou a fazer parte do direito positivo nacional, cometeu
CRIME DE RESPONSABILIDADE.

Nem o Lula, nem o PT, nem governante brasileiro algum pode revogar a seu arbítrio algo disposto em Lei. Se o faz, comete
CRIME DE RESPONSABILIDADE.

O Lula cometeu
CRIME DE RESPONSABILIDADE e não pode ficar impune!

Não desta vez!

Ou pode?

A
Lei nº 1.079, de 10 de Abril de 1950 é um mero texto pra analfabeto ler?

Os artigos 85 e 86 da Constituição Federal são apenas decorativos?

Que lição extraordinária Honduras deu à América Latina e ao Brasil em especial.

A corrupção endêmica existente na Petrobras, no banco do Brasil e a que prevalece no Congresso Nacional, alimentada pelo Lula e seus petistas amestrados, tornou-se peccata minuta se comparada com o ato de doar ao Paraguai parte do patrimônio brasileiro.

A prevalecer tal doação ou se ninguém a impedir, o Brasil imergirá no grupo dos países em que a ordem legal não tem qualquer valor.

Em termos de justiça comum já não tem mesmo...

E no Brasil, alguém se importa com isso?

--------------------------------------

Leia mais sobre o Tratado de Itaipu:

Acordo, por troca de notas, modificativo do Anexo "A", relativo ao tratado de Itaipu - 24.04.1973

Em risco o Tratado de Itaipu.

Entenda o tratado de Itaipu.

Entenda a Polêmica Sobre o Tratado de Itaipu.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

32 dias de Brasil


Se há algo que passou a aborrecer-me solenemente é aparecer alguém insistindo para que realize algum trabalho no Brasil.

Ultimamente, só para isso querem contratar-me. Até agradeço. Assim posso descansar.

Já perdi as vezes que recusei. Muitas empresas também não concordam com o que cobro; 20 vezes mais do que a tarifa diária habitual para ir a qualquer outro lugar.

É a forma delicada que encontrei para recusar um trabalho. E as empresas recusam.

Ainda bem! Ao não aceitarem os honorários, não crio constrangimentos.

Quando saí desse sórdido Brasil e adotei a nacionalidade Belga, risquei do mapa a minha origem. Não sinto a menor saudade.

As vergonhas e humilhações pelas que passei, só por ser brasileiro, levaram-me a isso.

Afinal, ainda no Brasil, percebi que era uma voz isolada num mar de covardia; no meio de um povo abjeto e inescrupuloso que adora chafurdar na lama.

Trinta e dois dias atrás não houve jeito nem esperneio.

Desta vez me dei mal.

Uma empresa de doidos aceitou a exorbitância dos meus honorários, quatro seguranças armados, carro blindado e todas as despesas pagas. Sem questionar tais absurdos, essa empresa deixou-me sem alternativa. Nem acreditei! Não tive outro remédio senão voltar ao Brasil.

Pior, fui obrigado a lá permanecer por infaustos 32 dias; rezando cada noite, na solidão de um quarto de hotel, para que tudo terminasse.

Dentro da minha própria armadilha confirmei que no Brasil a degradação só aumenta ladeira abaixo. É um país “invivível” como me disse o ignorante que se sentou ao meu lado na sala de embarque do aeroporto de Guarulhos.

Regressei trasanteontem, exausto, deprimido... absolutamente enojado.

Nunca na minha vida havia sentido tanta repulsa referente a algo como a que me invadiu em relação aos meus ex-compatriotas.

Que povo pusilânime!

Que gente desprezível!

Que falta de caráter campeia pelo Brasil!

A situação está pior do que três anos atrás quando larguei esse “paíf” imundo.

Até o Partido dos Trabalhadores deixou de lado a habitual hipocrisia da ética e passou a mostrar a sua verdadeira identidade; a mesma com que iniciou a vida política, nascida nos sindicados, o ambiente mais corrupto e venal que existe.

A estupidez absurda dos brasileiros caminha agora lado a lado, ao léu, de braço dado com a leniência, com a roubalheira, com o crime organizado em todos os setores e camadas da sociedade... A ética sumiu de vez e a moral suicidou-se de vergonha.

O maior ladrão de todos preside o senado. O maior hipócrita de todos comete crime de responsabilidade e para ambos prevalece a mudez popular.

Essa viagem ensinou-me uma grande lição: – não importa o que a gente diz. Importa sim se o que a gente diz é compreendido e absorvido por quem nos escuta.

Nunca mais cobrarei valor algum para trabalhar no Brasil. Simplesmente direi alto e de viva voz que não vou. Não aceito. Não quero.

Trabalhar no Brasil requer estômago.

Tenho para mim que a vida a determinada altura começa a tirar mais do que dá.

Acontece com todos nós. Portanto há que se aproveitar o pouco que dá.

Ir ao Brasil é uma dessas experiências que só tira anos de vida.

Esta manhã recebi pelo correio o cheque dos meus honorários. Uma fortuna. Momentos atrás endossei-o e pedi à minha secretária que o doasse para uma instituição de caridade.

Não quero desfrutar de um dinheiro resultante de um trabalho que detestei realizar junto a pessoas e empresas que formam a pior escória que já conheci.

De hoje em diante, por dinheiro algum, jamais regressarei ao Brasil, cujos cidadãos parecem que foram inventados para se torturarem uns ao outros e roubar e enganar até mais não poder.

A filial brasileira da empresa que me contratou será fechada até final de dezembro 2009 e 2.200 brasileiros serão demitidos.

É na rua e na miséria que os brasileiros devem ficar, pois lá, a lama que tanto gostam abunda em maior profusão.


Comentários: Para enviar por E-mail clique «AQUI»



x