Prosopografia do político brasileiro - 2
Com vocês o deputado federal Sérgio Moraes, (PTB-RS), relator da Comissão de Ética, ao inocentar o deputado Edmar Moreira, o dono do castelo de R$ 25.000,00, no processo por quebra do decoro parlamentar:
"Estou me lixando para a opinião pública. Até porque parte dela não acredita no que vocês [jornalistas] escrevem. Vocês batem, mas a gente se reelege."
Dizer que sua excelência, o deputado Sérgio Moraes, extrapolou nas palavras seria dissimular o significado assustador e incontestável que enceram. Não entendo como no Brasil fizeram tanto banzé por isso. Moraes apenas afirmou o que realmente acontece. A mais pura e cristalina verdade.
A imprensa brasileira quase sempre é leviana. Todos sabemos. Vive de manchetes. Se aborda um assunto sério fica apenas na superficialidade e, com freqüência, os fatos revelam-se contraditórios e até fraudes escrachadas.
Portanto, é verdade que a "opinião pública", – no Brasil composta por ventríloquos amestrados, – pouca ou nenhuma importância dá ao que é noticiado.
Ademais, como é do conhecimento dessa mesma “opinião pública” – e fartamente comprovado ao longo dos anos, – a imprensa brasileira funciona de acordo com quem manda, do dinheiro que precisa ou do custo do papel, este subvencionado pelo governo.
Independência jornalística? Ora... também não exageremos! Certo? Seria pedir a um desdentado para quebrar nozes com os dentes.
Responsabilidade social, cívica ou jornalista... só a favor das causas e necessidades governamentais! Ou dos anunciantes, por suposto! Os interesses verdadeiros de um povo não vendem jornal nem dão Ibope. Contudo, as suas agruras, sim! E quanto mais sangue, sexo ou drama tiver, melhor!
Quem diabos quer saber se o povão vive na favela no meio do esgoto a céu aberto? Isso lá é notícia? Ou que o deputado tal roubou o dinheiro da antena coletiva?, e continua por aí feliz da vida a passear de rolex no braço? Ou que o vereador de nome japonês desviou a merenda escolar para o supermercado da esquina vender às mães desses mesmos alunos? Obviamente isso não é noticia! E se for, um parágrafo no jornal ou dois segundos na televisão já está de bom tamanho. Seguimento ou desdobramento que é bom, nem pensar.
Se a imprensa brasileira – de modo geral, televisionada ou escrita, – noticia que falsificaram o leite e não informa qual a marca desse leite ou quem são os envolvidos, que credibilidade pode ter essa imprensa?
Se a agência bancária tal é assaltada e as câmaras da reportagem têm toda a parcimônia para preservar o nome do banco ou cobri-lo com uma faixa translúcida quando da exibição, como acreditar que essa imprensa é séria ou que pretende prestar um serviço – realmente – informativo?
Se um dia, determinado jornalista – de reputação ilibada; famoso no âmbito nacional por suas verdades nuas e cruas sobre o governo, – é promovido a âncora de televisão e, de repente, muda completamente o discurso, que seriedade pode ser atribuída a esse profissional?
Se uma colunista, de igual fama e projeção pátria, diretora de uma sucursal jornalística, transparece na sua coluna a influência ou idéias no namorado da vez, sem se importar de se contradizer a ela mesma, como acreditar que dita senhora é possuidora de opinião própria? Ou o que informa tem alguma autenticidade?
Se um vespertino – de grande tiragem – fabrica intencionalmente uma fraude com fins políticos, de caras a sedimentar na mente da tal “opinião pública” uma “verdade” capaz de pender o fiel da balança – a favor de determinado sorridente ou apontado cara de defunto – nas eleições presidenciais de 2010, como acreditar no conteúdo ou na veracidade do que publica?
Por outro lado, o povo brasileiro que se diz pacífico, [entenda-se covarde], também tem memória galinácea e nenhum patriotismo. Portanto, merece bem que políticos como este sejam eleitos vezes sem conta. Faz até questão de elegê-los! Não elegeram o Lula duas vezes, apesar de todos os escândalos? E o Sarney? E o Collor de Melo? E todos os petistas corruptos e ladrões apanhados com a mão na massa?
Não sei porque os jornalistas brasileiros fizeram tanto espalhafato com as palavras desse deputado. – O povo não deu a mínima! – Será que não gostam de ouvir a verdade? Ou será que a hipocrisia, tão brasileira que lhes permeia, não os deixa enxergar quem realmente são, o que fazem e a irresponsabilidade que demonstram?
A imprensa brasileira quase sempre é leviana. Todos sabemos. Vive de manchetes. Se aborda um assunto sério fica apenas na superficialidade e, com freqüência, os fatos revelam-se contraditórios e até fraudes escrachadas.
Portanto, é verdade que a "opinião pública", – no Brasil composta por ventríloquos amestrados, – pouca ou nenhuma importância dá ao que é noticiado.
Ademais, como é do conhecimento dessa mesma “opinião pública” – e fartamente comprovado ao longo dos anos, – a imprensa brasileira funciona de acordo com quem manda, do dinheiro que precisa ou do custo do papel, este subvencionado pelo governo.
Independência jornalística? Ora... também não exageremos! Certo? Seria pedir a um desdentado para quebrar nozes com os dentes.
Responsabilidade social, cívica ou jornalista... só a favor das causas e necessidades governamentais! Ou dos anunciantes, por suposto! Os interesses verdadeiros de um povo não vendem jornal nem dão Ibope. Contudo, as suas agruras, sim! E quanto mais sangue, sexo ou drama tiver, melhor!
Quem diabos quer saber se o povão vive na favela no meio do esgoto a céu aberto? Isso lá é notícia? Ou que o deputado tal roubou o dinheiro da antena coletiva?, e continua por aí feliz da vida a passear de rolex no braço? Ou que o vereador de nome japonês desviou a merenda escolar para o supermercado da esquina vender às mães desses mesmos alunos? Obviamente isso não é noticia! E se for, um parágrafo no jornal ou dois segundos na televisão já está de bom tamanho. Seguimento ou desdobramento que é bom, nem pensar.
Se a imprensa brasileira – de modo geral, televisionada ou escrita, – noticia que falsificaram o leite e não informa qual a marca desse leite ou quem são os envolvidos, que credibilidade pode ter essa imprensa?
Se a agência bancária tal é assaltada e as câmaras da reportagem têm toda a parcimônia para preservar o nome do banco ou cobri-lo com uma faixa translúcida quando da exibição, como acreditar que essa imprensa é séria ou que pretende prestar um serviço – realmente – informativo?
Se um dia, determinado jornalista – de reputação ilibada; famoso no âmbito nacional por suas verdades nuas e cruas sobre o governo, – é promovido a âncora de televisão e, de repente, muda completamente o discurso, que seriedade pode ser atribuída a esse profissional?
Se uma colunista, de igual fama e projeção pátria, diretora de uma sucursal jornalística, transparece na sua coluna a influência ou idéias no namorado da vez, sem se importar de se contradizer a ela mesma, como acreditar que dita senhora é possuidora de opinião própria? Ou o que informa tem alguma autenticidade?
Se um vespertino – de grande tiragem – fabrica intencionalmente uma fraude com fins políticos, de caras a sedimentar na mente da tal “opinião pública” uma “verdade” capaz de pender o fiel da balança – a favor de determinado sorridente ou apontado cara de defunto – nas eleições presidenciais de 2010, como acreditar no conteúdo ou na veracidade do que publica?
Por outro lado, o povo brasileiro que se diz pacífico, [entenda-se covarde], também tem memória galinácea e nenhum patriotismo. Portanto, merece bem que políticos como este sejam eleitos vezes sem conta. Faz até questão de elegê-los! Não elegeram o Lula duas vezes, apesar de todos os escândalos? E o Sarney? E o Collor de Melo? E todos os petistas corruptos e ladrões apanhados com a mão na massa?
Não sei porque os jornalistas brasileiros fizeram tanto espalhafato com as palavras desse deputado. – O povo não deu a mínima! – Será que não gostam de ouvir a verdade? Ou será que a hipocrisia, tão brasileira que lhes permeia, não os deixa enxergar quem realmente são, o que fazem e a irresponsabilidade que demonstram?