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segunda-feira, 18 de maio de 2009

Brasil, terra de ninguém.

É apavorante ver na televisão Européia as cenas de horror que acontecem no Brasil. [Clique na imagem para ampliar]

Os horários nobres televisivos passaram a nos fartar com essa desgraceira. Talvez como advertência que políticas populistas analfabetas realmente não funcionam. Muito menos as neoliberais. Felizmente por aqui não temos nada disso.

Das reportagens da Record Internacional chega a espirrar sangue na tela. Ainda bem que as imagens ficam contidas no tubo da televisão. Do contrário, seria necessário um guarda-chuva para assisti-las e um pinico do lado para nele se vomitar.

Ondas de assaltos violentos por todos os lados? Em todas as principais capitais? Em condomínios de luxo? Em prédios repletos de segurança?

São Paulo parece arder em chamas como Roma antiga ao som da lira de Nero. A negrada no alto do morro não usa toga, mas ri e dança de calção barato e fuzil a tiracolo.

Os tiroteios abertos, a esmo pela cidade do Rio de Janeiro, fazem do Iraque atual ou da fronteira Israel-Palestina dois lugares bucólicos.

Os céus noturnos, repletos de balas tracejantes, incitam-me a imaginar mais um novo episódio de “Guerra nas Estrelas”.

Nem a pacata Porto Alegre de antanho escapa da violência diária que tomou conta da vida nacional brasileira.

Que vida triste!

Serão estes os frutos de uma justiça ”à la carte”? De uma política petista anhota, corrupta e alimentadora da preguiça brasileira? Ou será que é passiva?; resultado da incompetência generalizada do cidadão para enfrentar a conjuntura econômica?

Não é necessário ser adivinho, mas uma mistura de sobre-crescimento social sem oferta de empregos, adicionado a leis que beneficiam os prevaricadores e o aumento do custo de vida, é fácil calcular esta fórmula.

Há quem diga que a tendência brasileira para encontrar culpados escolhe sempre os governantes da ocasião. Sei!

Deve ser por isso que misturam falta de caráter, criminalidade e política no mesmo balaio, sem entenderem que a lei é igual para todos; independentemente de serem políticos, banqueiros ou cidadãos comuns.

Berram por justiça diante do filho atropelado e calam-se na ignorância diante dos roubos do PT ou da pilhagem dos senadores e deputados em cima do erário nacional.

Os brasileiros contemporizadores que me perdoem, mas não posso desculpar o indesculpável.

Em vez de ajudar a criar as condições necessárias para que as forças de segurança sejam respeitadas e apoiadas tanto em benefícios sociais, como legais e profissionais, o povo brasileiro prefere a inação à ação!

Prefere o silêncio e a conivência nos desmandos petistas, mas solta gritos estridentes diante do corpo estendido da menina atingida por uma bala.

Clama por justiça a qualquer preço pelo abate do soldado do tráfico, a quem chama de "inocente morto pela polícia". Mas convive porta com porta, ao lado dos traficantes e nada faz se o filho se transforma em “vapor” ou “avião” e abastece a despensa da casa.

Será que ninguém se dá conta que o segundo é resultado do primeiro?

Acho graça quando assisto às exigências do povo brasileiro para que o governo, [ou seja lá o que isso for], apresente soluções. Porém, esse mesmo povo cumprimenta a marginalidade sem a denunciar ou combater. Faz campanhas pela paz e depois vai aos morros comprar drogas.

Nem se dá conta que tal ida aumenta mais a criminalidade e incute no favelado o desejo de ser criminoso; traficante, ladrão, sequestrador, assassino...

Concordo que têm que ser exigentes com a vida. Entretanto, de que vale toda essa exigência se nada fazem diante da condição deplorável da saúde pública? Do ensino público? Da situação quase de mendicância em que se encontram os policiais?

Onde estão os berros e as manifestações populares contra a degradação da saúde pública que tanto prezam e nada fazem? Onde estão as passeatas para exigir melhores professores? Ou para exigir melhores salários para os policiais?

Saúde pública? Mais polícia na rua? Sei!

Todos os Estados do Brasil governados pelo PT apresentam os piores hospitais; os maiores índices de mortalidade infantil; os casos mais estarrecedores de atendimento público... Pará e Bahia são dois exemplos vexatórios. Mais até que os Estados governados pelo PSDB ou PMDB. Porquê?

Temos que ser exigentes com a segurança e qualidade de vida é bem verdade! Porém, porque há tantas campanhas e tantas advertências a favor do não reagir diante dos assaltos e seqüestros?

Para facilitar o trabalho dos bandidos? Perdoe o sarcasmo, mas para preservar a vida é que não é.

Chega de tratar o criminoso como um coitadinho!

O brasileiro precisa exigir que o criminoso seja efetivamente punido, de preferência executado, e as vítimas apoiadas e defendidas.

Chega de tantos analfabetos! Chega de ter um analfabeto na presidência do país!

O cidadão precisa reagir! Tem de reagir! Não só aos assaltos, mas em primeiro lugar contra a corrupção; contra os desmandos dos senadores e deputados; contra os aumentos salariais desses desgraçados feitos na calada da noite; e, sobretudo contra esse governo petista que está a levar o Brasil para um caos cujas conseqüências sociais são absolutamente imprevisíveis.

Não compreendo como aí no Brasil podem aceitar esse clima de insegurança a se perpetuar; ou que permitam os filhos terem receio de sair da Escola com medo de serem assaltados, seqüestrados ou mortos; ou que as pessoas tenham medo de andar nas ruas; e dentro dos carros vivam verdadeiras fobias que um moleque lhes quebre o vidro e roube a bolsa ou o celular.

Se é preciso alterar as leis, que as alterem. Se é preciso reforçar os efetivos policiais, que se reforcem. Se é preciso dar melhores meios à Polícia, que se dêem. Essa é a obrigação do Estado.

Porém... Ah, porém! Mais que essa obrigação, devia existir por parte do povo brasileiro o comprometimento primário e o dever responsável de escolher políticos honestos, capazes de enfrentar e atender a todas essas necessidades.

Mais que a obrigação de exigir do governo seja o que for, deveriam exigir dos professores menos preguiça; mais aperfeiçoamento; mais capacidade, sobretudo que aprendessem a falar corretamente o português.

Afinal de contas, o povo brasileiro é o verdadeiro Estado! É ele, povo, quem deveria mandar!

Porém, – ainda dentro dos “porém”, – este conceito não entra na cabeça dos brasileiros... Nem a pau! Nem na ponta da pistola! O Brasil virou terra de ninguém.


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