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quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Votantes e simpatizantes do Lula e petistas afins:

O poeta Heinrich Heine, escreveu que temia os idealistas revolucionários, apesar de ter-lhes alguma simpatia, porque quando têm o poder depreciam a liberdade e a arte, não amarão as flores, nem respeitarão as diferenças.

Em outro texto fala da fantasia que está na cabeça de um revolucionário, aparentemente angelical. Suas súplicas ao bom Deus começam exibindo inocência: uma habitação arejada, uma sólida mesa para comer e escrever, e uma janela ampla pela qual veriam grandes e formosas árvores;... nas quais pendurarão os seus inimigos.

Os Lulas e petistas da vida sempre agitam a ilusão prévia da libertação, que logo se corrompe com assassinatos, campos de concentração e tirania. 


Até parece que, continuamente, lançam chispas à maldição etimológica; em vez de conduzir ao futuro, a tração é para trás, em direção aos males que pretendiam corrigir. Muda a decoração e os atores. 

Mas não o roteiro.

A aparência e a realidade.

Para você que vota ou votou no lula; por favor, leia e releia.

Maquiavel escreveu que os homens se guiam pela aparência e não pela realidade


No Brasil isso é mais que um fato. 

O político, portanto, tem dois caminhos. Se é um estadista tratará de mostrar a realidade e poderá sofrer um alto custo político até que sua audiência lhe dê razão. 

Só neste momento o estadista se converterá em um líder capaz de conduzir o seu povo a novos patamares. Como Domingo Sarmiento, (presidente argentino no final do século 19), dizia: “o estadista, definitivamente, é um educador”.

Churchill advertiu aos ingleses que Hitler era um perigo, mas estes acreditaram na ilusão da paz. Depois deram-lhe razão. Mas aí ele só pôde oferecer "sangue, suor e lágrimas" e assim os conduziu à vitória.

Estadistas como Sarmiento e Churchill são excepcionais. 


Ao contrário deles, a maioria dos políticos só aspira mover-se com astúcia num mundo de aparências, para despertar os aplausos da audiência. 

Assim o faz lula que não hesita em mentir, falsear informações ou deturpar a verdade. Maquiavel, que era um descarnado realista, não se fazia ilusões sobre a envergadura moral dos príncipes e políticos que tratavam com o povo. Por isso supunha que todos eles estariam dispostos a disfarçar a realidade.

Antes e depois de Maquiavel a arte da política aproximou-se perigosamente da arte da simulação.

Nas pequenas localidades, como o foram a Ágora ateniense, o fórum romano, e os reduzidos ambientes de republicas do Renascimento como Florença, cidade de Maquiavel, a arte da simulação tinha que exercer-se cara a cara, frente a uma realidade imediatamente perceptível. 


Quando um príncipe decidia enganar a seus interlocutores, como o fez César Borgia, a quem Maquiavel apresentou como um exímio cultor da arte da simulação, sua tarefa não era fácil porque os iludidos eram no fundo, seus próprios pares. 

Ainda assim, quando o príncipe devia atuar como uma pessoa, (persona), frente a outras pessoas, (personas), a dissimulação já formava parte da arte da política. Não devemos esquecer nunca que a palavra persona significou em sua origem: a máscara que usavam os atores.

A situação atual é diferente. Entre o lula que procura enganar e as massas a quem ele se dirige, há um abismo de informações. Os cidadãos agora, já não estão na presença direta dos políticos. 


Entre uns e outros permeia uma imensa distância, porque o povo já não é uma "persona" em carne viva. Há uma trama complexa de mensagens que passam pela mídia com a ajuda de pesquisas manipuladas e indicadores adulterados. 

Entre os receptores da mensagem política, impera hoje uma aguda sensação de desconfiança.

A economia vai bem como diz o governo ? Ou as mensagens da oposição estão mais perto da verdade? 


No meio de um choque de argumentos em conflito, os cidadãos não sabem em quem acreditar. Por isso, para que se recupere a confiança do povo, se criaram as pesquisas e indicadores. 

Portanto, quando um político envia as suas mensagens, necessita apoiar-se em pesquisas e indicadores econômicos ou sociais avalizados por instituições cuja imparcialidade, percebida, lhe sirva de guarda-chuva. 

Entenderam bem? “instituições cuja imparcialidade, percebida, lhe sirva de guarda-chuva”.

Quem dá essa “suposta” imparcialidade a tais instituições?

A política, as agências de publicidade e a corrupção!

São inúmeros e repetitivos os casos de CPIs, escândalos, evidências e investigações que ocorrem em torno da execução dos contratos dos governos com as agências de publicidade. Aliás, não cabe em tese às agências mais do que responder a seus clientes não tendo - em tese - a responsabilidade sobre o cumprimento ou não dos governos da legislação que caiba. 

Claro que há exceções a esta regra, cujo caso explícito foi o da agência do seu Marcos Valério que cumpriu papel de intermediário politico-financeiro.

Os casos - conhecidos - são inúmeros e publicados, como os do Marcos Valério - em Minas e depois em Brasília, ou os que as CPIs - e o Estado do Rio de Janeiro, foi um exemplo- mostraram, ou o caso auto-reconhecido da agência do Duda Mendonça, ou mesmo agora este caso da agência que servia ao ministério da reforma agrária anos atrás.

Como funciona esse processo. Começa com a escolha de um conjunto de agências pelos governos, de forma a incluir aquela que lhe serviu nas eleições ou que lhe servirá nas próximas eleições. A partir daí o diagrama se abre em dois vetores.

No primeiro vetor os governos usam as agências para fazer contratações sem licitação ou seleção. São casos diversos de pesquisas, clippings, produções desconectadas de veiculações, contratações de pessoal que na verdade serve a assessoria de comunicação dos governos e não a agência, etc... etc...

O segundo vetor é mais complexo, mas importante e menos fiscalizável. Exigiria uma auditoria técnica. E mais: poderia ser demonstrado - no caso da agência servir ao governo na eleição seguinte - comparando os valores de produção contabilizados na campanha e os mesmos valores de produção, contabilizados no contrato com o governo que serve ou serviu.

Dentro deste vetor os altos valores implicados vem do plano de mídia e da comissão para veiculação. Imaginemos que um plano de mídia para comunicar uma ação do governo seja de 80 inserções na TV. O governo acerta com a agência uma veiculação de 200 inserções e combina que o - digamos - extra, será para a campanha eleitoral. 


De onde vem estes recursos? Esta é a segunda parte associada: as comissões. Estas em geral - e legalmente - variam entre 10% e 20%. Como há uma veiculação extra, toda esta, valorada pela comissão paga, deve reverter ao partido do governo na próxima campanha eleitoral ou mesmo nos programas partidários semestrais. 

Claro, descontado o imposto de renda relativo.

Com isso, quem paga para valer as produções de TV e Rádio na campanha são os contribuintes, através dos contratos dos governos com agências de publicidade.

São estes dois vetores - e seus desdobramentos - que explicam estes casos publicados e denunciados e auditados. Claro que não se pode generalizar. Aqui refiro-me aos desvios e não ao funcionamento adequado que - espero - seja o da maioria dos governos. Como sou tolinho.

Quando um governante diz que não botou um tostão no bolso nestes casos é - em geral - verdade, na maioria dos casos. 


O que o político fez foi burlar a lei das licitações por um lado, e por outro superfaturar para cobrir gastos de campanha com produção. Só que para isso terá que pagar ao veículo o custo das inserções, o que torna o custo efetivo das campanhas na TV e Rádio absurdamente altos e pagos pelo contribuinte; super-super-faturados.

O populismo


Extraído do livro de Luiz Felipe D'Avila - Os Virtuosos.

"As instituições refletem o grau de maturidade política de uma nação. Quanto maior a consciência política da sociedade, maior será seu grau de legitimidade, eficiência, transparência e liberdade institucional. 


A fragilidade das instituições expõe os sinais de um Estado que valoriza pouco a política, a liberdade e revela uma país que prefere as relações pessoais às praticas institucionais, o mando à lei. 

A proliferação de lideres demagogos e de governos autoritários só ocorre em paises que não conseguiram criar instituições fortes e democráticas. 

Quanto mais frágeis forem as instituições, maior a liberdade dos demagogos. Na visão política destes a função das instituições é legalizar os atos arbitrários do governo. 

Querem reduzir as instituições a meros instrumentos de legitimação da política populista".

Teoria da catástrofe!

A calmaria de um período pode ser o prenúncio de mudanças. 25 anos sem crescimento produziram expectativa de mudança em 2002, que teve fôlego para 2006. Mas os sinais abaixo da superfície podem estar apontando a mudanças.

São os estudos das causas de eventos na natureza que surgem como ruptura, quando tudo antes parecia normal. Desenvolvidos - 40 anos atrás, por René Thom, do Instituto de Altos Estudos Científicos da França. As equações de previsão são de alta complexidade. Sabemos como caem as folhas secas de uma árvore ou os flocos de neve. Há uma equação para isso?

Alexander Woodcock e Monte Davis deram forma didática num pequeno livro e incluíram a aplicação desta teoria à política.

O entendimento das descontinuidades exige uma análise qualitativa e não quantitativa. A regularidade dos eventos atuais é qualitativa?

4. Uma catástrofe para Thom é qualquer transição descontínua que ocorre quando um sistema pode ter mais de um estado estável ou quando pode seguir mais de um curso estável, em direção à mudança. A catástrofe é o salto de um estado ou curso, a outro. E isso se dá de repente.

Thom: "a sociedade só encontra sua identidade frente a uma ameaça urgente quando suas existência e estabilidade estão ameaçadas".

As guerras Púnicas destruíram Cartago, mas produziram mudanças internas que destruíram a república romana. Os escravos eram usados nas plantações, a produtividade caiu, os impostos aumentaram. As elites foram para o exército. O poder passou aos imperadores.

A longo prazo a decadência fez inevitável a catástrofe do império romano. Os analistas devem olhar para baixo da superfície política.

Para o modelo de mudança na atividade política, podemos usar como fatores de controle, o grau de participação popular e o grau de controle político. Onde o controle central não é intenso, uma mudança no nível de participação popular não produz revoltas políticas. Os partidos coexistem compartindo instâncias de poder e atraindo um publico maior.

A transição não violenta ocorre em condições de controle moderado, onde a superficie da catástrofe está dobrada sobre si mesma, e assim as transições não são suficientes para produzirem ruptura.

Os tempos prósperos quando o bolo da política é suficientemente grande para satisfazer a todos, são favoráveis a estabilidade. A participação popular arrefece: estamos bem! Os tempos difíceis levam as pessoas a adotar posturas mais militantes. O lema é: chegou o momento da mudança.

Um governo democrático pode seguir a pista de sua situação relativa, na superfície de catástrofe, por meio de pesquisas de opinião e outros métodos de aferição. Mantém o poder através da manipulação dos sucessos para evitar a linha critica da superfície. No entanto a análise fundamental é dos elementos não visíveis, abaixo da superfície. Mais vale analisar numa pesquisa os 5% que passaram a 7% e depois a 10%, que se deleitar com os 65% de maioria.

Aí está a revolução científico-tecnlógica do Brasil do lula!


E querem que o Brasil cresça...

Trecho do editorial da Folha de São Paulo.


Um "acordo" (esporte e cultura), na Casa estabeleceu que o esporte não vai mais disputar recursos de renúncia fiscal com a cultura; vai concorrer com o incentivo à inovação científica. O episódio explicita, em microcosmo, como é irracional a resultante da disputa por fundos públicos no país. Entre todas as vítimas potenciais dessa brincadeira de mau gosto castigou-se justamente o setor mais estratégico para o desenvolvimento do país e mais dependente de apoio estatal, que é pesquisa e desenvolvimento.

Por que há tanta corrupção nos governos?

O processo de transição democrática no Brasil foi um dos mais longos do século 20. Levou quase 30 anos. Começou em 74 com a flexibilização da TV para o MDB; passou pela suspensão da censura, pela EC 11 de 1978, pela anistia, pelas eleições de 82 e de 85, pelas eleições para constituinte de 1986, pela promulgação da mesma em 88, pela eleição do presidente em 1989, pela eficácia da constituição com sua cassação. Pelo estabelecimento de consensos no governo FHC (fiscal, monetário...) e pela demonstração que as regras valem, com a eleição de Lula em 2002.

As reformas feitas foram basicamente institucionais, das liberdades individuais, e no governo FHC, reformas do Estado para fora, (fiscal, monetária, venda de estatais...). Mas nada se avançou quanto às reformas do Estado para dentro, ou seja, profissionalização da administração, sua estruturação e a construção de um sistema impessoal de controle interno. Durante o regime autoritário quem fazia o controle interno era o SNI. Com a democratização, essa função termina e não se constrói um sistema de controle interno, próprio de regimes democráticos.

No Brasil são os próprios ministros (secretários no caso dos Estados), que escolhem seus assessores jurídicos e inspetores de finanças para fazer o "controle" jurídico e financeiro. São pessoas de confiança pessoal dos ministros que na prática o que fazem de fato, é "legalizar" os atos de seus ministros. A controladoria geral é um órgão solto que faz auditorias quase sempre para fora (verbas de convênio aplicadas pelos estados e municípios...) e eventualmente, em casos excepcionais, para dentro, como nos escândalos. Assim mesmo para fazer a defesa do governo. No Brasil a advocacia geral (procuradorias nos estados), fazem a defesa dos governos no judiciário e nada tem a ver, a menos que solicitada especialmente, com o processamento dos atos de rotina nos ministérios.

Nos países democráticos o Controle Interno é exercido de forma profissional e impessoal pelos quadros de procuradores e contadores/auditores concursados. Os órgãos centrais, (no caso brasileiro a advocacia geral da união e a controladoria), tem seus quadros de procuradores e contadores/auditores. E cabe a elas designar para as assessorias jurídicas dos ministros e para as inspetorias de finanças, os titulares entre seus quadros de carreira. Mesmo na administração indireta e nas empresas, a designação dos diretores das áreas jurídica e de controle, passa pelo veto ou não dos titulares dos órgãos centrais.

Com isso o controle interno jurídico e financeiro acompanha todos os processo desde o seu início, corrigindo erros na raiz e inibindo a tentação de empurrar do jeito que está.

Este sistema de controle interno chega a seu ponto ótimo quando os assessores jurídicos e inspetores de finanças trabalham num pool, sem estarem alocados a um determinado ministério, e analisam o processo que chega a sua mão quando está na sua vez.

Com um sistema de controle interno montado dessa forma, os mensalões, sanguessugas, vampiros, etc... não teriam como prosperar. A corrupção endêmica, que transforma o Estado numa Cleptocracia, desaparece. A corrupção passa a ser tráfico de influencia, favores, etc... feitos a nível individual.

Enquanto o Brasil não completar as reformas do Estado para dentro tudo ficará na mesma. Não há reforma mais importante no Brasil que a reforma do Estado para dentro, e nela a construção de um efetivo Sistema de Controle Interno, (jurídico e financeiro). A cama de gato do Brasil é de tal ordem que para criar um sistema como esse se faz necessário uma consciência cidadã, vontade política e uma emenda constitucional. Ou seja, o sistema atual está feito para ficar. E não funcionar!

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Por que doeu

Por Renata Lo Prete – Do Jornal Folha de São Paulo – quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Em público, o Planalto fará as contemporizações de praxe. Em privado, porém, reconhece que o resultado do exame da denúncia do mensalão pelo Supremo saiu pior que a encomenda, e não apenas pela homogeneidade no acolhimento da peça do procurador-geral da República. "Os debates foram especialmente ruins para o governo", diz um jurista simpático a Lula. Neles, os ministros avançaram no mérito de uma série de questões, contrariando o discurso das defesas de que apenas receberiam -ou não- a denúncia. Falaram claramente em "compra de apoio" e fizeram referências explícitas à existência do mensalão. No mínimo, será difícil sustentar doravante o bordão oficial de que ele foi invenção "das oposições e da mídia".

"O STF demoliu a propaganda governamental de que o mensalão simplesmente não existiu".Do deputado tucano JUTAHY JÚNIOR, sobre os processos abertos contra os 40 acusados pelo procurador-geral, Antonio Fernando de Souza.

Os réus que faltaram


Por Clóvis Rossi – Do Jornal Folha de São Paulo – quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Ainda falta muita gente no banco dos réus armado pelas decisões do STF. Falta a intelectualidade chapa branca que cometeu o crime de corromper ativamente os fatos ao tentar transformar os réus em vítimas de uma conspiração da mídia que jamais existiu.

Se um funcionário nomeado por Lula, o procurador-geral da República, diz que há provas para processar a "organização criminosa"; se o Supremo Tribunal Federal, com maioria de juízes nomeada por Lula, diz que há indícios de peculato, corrupção ativa e formação de quadrilha, é escandalosamente óbvio que a única conspiração havida contra o governo Lula e o PT foi a conspiração dos fatos.

Falta também, no banco dos réus, a instituição PT. Aos fatos, preferiu aderir aos gritos debilóides de "conspiração/conspiração". Por isso, só puniu um dos réus de hoje, Delúbio Soares, como se fosse possível a uma só pessoa armar tanta "corrupção ativa".

Um partido que tem dois de seus presidentes (José Dirceu e José Genoino) e um punhado de quadros relevantes no banco dos réus estaria obrigado, se fosse sério, a dar explicações ao público. O PT vai continuar refugiado no silêncio covarde? [É claro que vai, afirmo eu. Há maior hipocrisia que aquela que se vê nos petistas? Há maior bandido que um petista? Fernandinho Beira-mar é anjinho perto de petista.]

Ou vai dizer que todos os ministros do STF fazem parte da tal conspiração que não houve? Ou vai simplesmente relaxar, gozar e incorporar a frase à estrela vermelha como seu novo dístico?

Pela mesmíssima lógica antes exposta, faltam também, no banco dos réus, todos os parlamentares que votaram pela absolvição dos mensaleiros.

Sei que ser réu não significa necessariamente ser culpado do ponto de vista penal. Mas, do ponto de vista ético, todos já estão condenados com sentença transitada em julgado. Uns por confessarem caixa dois, que é crime. Outros denunciados pelo próprio presidente de honra do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, ao pedir perdão ao público.

Os ladrões começam a ser nominados


Do Jornal Folha de São Paulo – quarta-feira, 29 de agosto de 2007
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
(Leonardo Souza, Ranier Bragon, Marta Salomon e Andrea Michael)

Em novas revelações do mensalão, doleiro complica PR e Dirceu

Segundo Lúcio Funaro, Valdemar Costa Neto obteve empréstimo de R$ 3 mi e Dirceu fez transações com fundos de pensão.

Em depoimento sob o acordo de delação premiada, o operador de mercado financeiro Lúcio Bolonha Funaro fez uma série de denúncias contra a cúpula do PT e PR no caso do mensalão, segundo documentos obtidos pela Folha que compõem a denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República ao Supremo Tribunal Federal.

Funaro disse que ele e dois doleiros emprestaram R$ 3 milhões ao então presidente do PL Valdemar Costa Neto para cobrir despesas da campanha do partido em apoio à candidatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ao Ministério Público, afirmou que um empresário pediu que fosse feito o empréstimo a Valdemar "com o intuito de pagar fornecedores da campanha a presidente do sr. Luiz Inácio Lula da Silva, da coligação PL-PT", disse ele.

Em três depoimentos, entre novembro de 2005 e março de 2006, Funaro disse que o ex-ministro José Dirceu pode ter recebido R$ 500 mil "por fora" de fundos de pensão. "Que tem conhecimento de que o diretor-presidente e o diretor financeiro da Portus foram indicados por Dirceu; que essa transação envolveu um pagamento "por fora", que não sabe se destinado ao próprio deputado ou ao PT, da ordem de R$ 500 mil", disse Funaro, segundo trechos do depoimento.

Segundo Funaro, vários fundos de pensão sofriam ingerência do grupo de Dirceu e foram usados pelo PT para irrigar o mensalão. O fundo Portus estava entre as instituições que, segundo a CPI dos Correios, teriam abastecido o mensalão.

O doleiro acusou ainda o ex-deputado José Mentor (PT-SP) de aceitar propina para livrar nomes da CPI do Banestado. Funaro foi investigado por essa CPI - Mentor era relator.

Mentor estava num compromisso e não pôde falar com a reportagem até o fechamento desta edição. Valdemar Costa Neto não foi encontrado para falar sobre o assunto.

Funaro admitiu ser sócio oculto da empresa de fachada Guaranhuns, usada para repassar dinheiro do mensalão ao PL (hoje PR). Ele foi apontado na CPI dos Correios como um dos principais suspeitos de operar transações ilegais com fundos de pensão para alimentar o mensalão. Na CPI, Funaro negava ser sócio da Guaranhuns.

Ao Ministério Público Federal, confirmou ser o verdadeiro dono da empresa e contou como recebia dinheiro da SMPB, usada por Marcos Valério para repassar o mensalão, em pagamento a supostos empréstimos que diz ter feito a Valdemar.

Em dois dos meus posts abaixo expliquei como essa corja que compõe o PT recebia dinheiro. Agora sai na Folha de São Paulo uma das fontes como esse meliante do Zé Dirceu consegue fumar charutos caros, jantar em restaurantes de luxo e embebedar-se com whisky 30 anos. Tudo isto claro, justificado, recentemente por ele mesmo, como honorários das consultorias que presta. E ainda tem gente [monte de artistas e intelectuais], que quer a reabilitação desse facínora.

Devagar já saberemos como o Estado foi ROUBADO por aqueles que passaram 20 anos alardeando serem os mais éticos entre os éticos. Um bando de bandidos é o que são. A verdadeira natureza do petismos vai aos poucos aparecendo.

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Mensalão oculto

De Fernando Canzian, repórter especial da Folha Online – 27/08/2007

Diante da atual "blindagem" da economia brasileira frente às sacudidas externas e da perspectiva de um PIB na faixa de 5% em 2007, está sendo jogado para debaixo do tapete um problema fundamental do setor público nacional: seu constante inchaço e a falta de mecanismos de aferição de sua eficiência.

Sob FHC e Lula, principalmente, o Estado não parou de crescer em termos de pessoal e gastos, engolindo recursos gerados na economia privada para alimentar uma máquina ineficiente.

A carga tributária no ano passado atingiu 34,2% do PIB (já depois da revisão do método de cálculo), o que é uma enormidade em um país onde são conhecidas as qualidades dos serviços públicos.

O recente caos na saúde no Nordeste, onde pessoas estão morrendo aos montes em corredores sem que ninguém se diga "cansado" a respeito, é apenas o exemplo mais recente. Para as camadas mais abastadas, há filas enormes para tirar passaportes que também dão uma dimensão do problema.

Não existe nenhuma regulamentação eficiente em relação à política salarial e de reajustes no setor público. A única medida do PAC (Plano de Aceleração do Crescimento) destinada a atacar o problema (fixando o teto de reajuste em 1,5% ao ano mais a inflação) está parada no Congresso desde janeiro. Uma dezena de parlamentares se recusaram a relatar a emenda e o petista finalmente encarregado do assunto, José Pimentel (CE), não toca o projeto adiante.

Resultado: só neste ano, os gastos com o funcionalismo público cresceram 13% no primeiro semestre, além de outros (todos na faixa dos dois dígitos, 14%, 16%, 19% etc.) vinculados à Previdência e a outros programas.

Reportagem de Fábio Zanini nesta semana na Folha mostra que Lula multiplicou por 7,6 vezes o ritmo da criação de cargos comissionados no seu ainda breve segundo mandato. A média mensal de criação desses cargos, com salários polpudos e geralmente destinados a apadrinhados políticos, saltou de 23,8 no primeiro mandato para 189 no segundo. Boa parte dos novos contratados são petistas. Com seus novos rendimentos, pagam para o partido o dízimo que financia as contas do PT.

Com a receita de impostos "bombando" em função da recuperação da atividade econômica (o crescimento hoje é da ordem de 13%), o governo está tranquilo em empurrar mais essa conta para a sociedade.

Problema: em uma eventual desaceleração da economia e da arrecadação, esses gastos, fixos, continuarão lá. A receita para bancá-los, não.

Outro problema, não menos sério, é que esses gastos não agregam quase nada em termos de investimentos em infra-estrutura para ajudar o setor privado a melhorar a sua eficiência. Ao contrário, é um saco sem fundo que, em momentos de aperto, suga todos os recursos adicionais que poderiam ser destinados a obras em estradas, portos e aeroportos.

É um crime lento e silencioso com o Orçamento federal. Ele jamais terá a repercussão de um mensalão, mas pode-se apostar que a conta será bem maior.

Lula novamente mentiu e enganou!

Recentemente, durante a queda das bolsas de valores, o sapão covarde afirmou categoricamente que o Brasil não seria afetado pela crise. Pois bem, vejam o que noticia o Jornal Folha de São Paulo:
BRASIL É UM DOS MERCADOS QUE MAIS PERDE NA CRISE

“Considerando o período de um mês encerrado no último dia 23, o Brasil só perdeu menos que a Turquia. O índice MSCI-Barra, feito pela instituição financeira americana Morgan Stanley Capital International, aponta queda de 17,60% para o mercado brasileiro, enquanto o da Turquia perdeu 20,37% nesse período. Esse índice é calculado a partir da oscilação de ativos (ações e outros títulos), dolarizados, dos mercados de capitais de cada país. Os EUA, epicentro da crise, viram seu mercado cair de forma bem mais moderada nesse período: 5,16%. O mercado japonês sofreu queda próxima à norte-americana, de 5,36%. Dentre os latino-americanos, o México amargou baixa de 9,98%, a Argentina, de 7,93%, e o Chile, de 7,22%”.

As vaias nacionais, a TV e a manipulação do cenário!

Depois das vaias no Maracanã, no interior do Rio de Janeiro, em Natal e em outros lugares, Lula escondeu-se.

O sr. Silva agora só fala em público para platéias selecionadas a dedo e com convite pessoal a ser checado na portaria. Só falta cartão eletrônico. Assim tem sido! Pode? - Só um covarde de marca maior age assim!

Em Realengo, bairro suburbano do Rio de Janeiro, o colégio Pedro II, vai inaugurar a ampliação da escola no dia 1 de setembro, semana que vem. No convite enviado às autoridade diz que essa inauguração é para a comunidade e a anterior, reservada para o Lula. Semana passada foi assim no Rio Grande do Sul e no Paraná. Quando Lula abriu um pouquinho, em Campos-RJ e em Natal, levou duas vaias localizadas que as TVs não noticiaram. Só os jornais o fizeram.

Esses eventos são cada vez mais comuns. Em seu lugar surgem farsas puras; engodos para a maioria. No rumo da farsa há que destacar o que é mais grave: - as grosseiras manipulações dos noticiários da noite nas TVs, com especial destaque na Bandeirantes e na Globo. Essas redes cobrem e até mostram o Lula, quase sempre no início dos seus discursos populistas habituais e vazios e a claque – com cartão de entrada e de ponto – a aplaudir entusiasticamente. Os espectadores podem até achar que o Lula fala para o Povo. Mas NÃO! Não Fala! O sapo fala para a TV. Os jornais dessas TVs dão essas coberturas dos cenários artificiais que o PT monta, porque querem; porque estão mancomunados com a corrupção, pois todos eles, quase falidos, precisam da ajuda do governo. É claro que essas TVs não são bobas. Mas o povão, imbecil, acredita.

Este é um alerta para o jornalismo na TV que deveria respeitar a audiência, informando as imagens verdadeiras e não as forjadas. Mas... Se Lula e o seu governo corrupto constroem cenários falsos, cabe a um noticiário de TV séria, mostrar o Lula a falar no início, no meio ou no final de um evento e não no palco falso da política farsa que esse sujeito desenvolve.

domingo, 26 de agosto de 2007

O(s) covarde(s)!

O sr. Luiz Inácio Lula da Silva, protegido pela sua condição de presidente da pseudo-república federativa democrático-stalinista conhecida como Brasil, recentemente chamou a classe média e o jornalismo, como um todo, de "covardes".

Só posso acreditar que tal destempero ocorreu porque o sr. Silva parou diante de um espelho. Provavelmente para se limpar do suor nauseabundo que o costuma acometer à medida que vamos enxergando quem ele, efetivamente, é.

A classe média que, covardemente, votou nele em duas eleições seguidas, criou o “Cansei” numa tentativa de se redimir, ainda que atabalhoadamente, dos votos que nele depositou. Sem dúvida alguma são covardes. Afinal, o sr. Silva esperava que todos que nele votaram, continuassem cegos, surdos e mudos, como bem manda o manual stalinista.

Quanto aos jornalistas que escreveram rios e cachoeiras de palavras defendendo a candidatura do sr. Silva a presidente da república, - e depois a sua reeleição - e foram, na sua esmagadora maioria, contra a criação de um Conselho Federal de Jornalismo, é claro que são covardes. Incoerentes, pelo menos.

A classe média, que a cada dia vê mais perto a soleira da miséria, e os jornalistas, que são contra a censura, só podem ser covardes. Não votaram no homem? Não o defenderam? Não o chamaram de salvador da pátria? – Então, por que diabos os carregue, são agora contra a um aumentozinho de impostos e à criação de um Conselho Federal de Jornalismo, cujo nome correto é “CENSURA”? Na ótica pessoal do sr. Silva, isso são atos de covardia extrema que deveriam, – ah, se ele pudesse, – ser punidos com a mais severa pena.

Eu, Félix Jarreth, brasileiro comum, atual membro honorário da classe média e blogueiro imberbe, rejeito, categoricamente, a alcunha de “covarde” que o sr. Silva, sudoriferamente e tão alegórico, me atribuiu.

Antes de continuar, gostaria de ressaltar que nenhuma gota de suor lulista me atingiu [eca!], e nada tenho contra o sr. Silva. Para mim, como brasileiro consciente do “páif” onde vivo, ele é a exemplificação, sobre duas pernas curtas, dos meus compatriotas; a maioria esmagadora que votou no seu nome para me governar. Ele é a expressão da preguiça e da ignorância de um povo, no meio do qual, infelizmente eu nasci. Ele representa o pior que uma nação pode ter no que tange à ignorância, à malandragem, à corrupção, à venalidade, à mentira,... à falta de patriotismo, à falta de honra, à falta de ética, à falta de escrúpulos e, sobretudo, à falta de responsabilidade moral, cívica e social.

Se a classe média e o jornalismo são covardes, algum exemplo, de cima, haverão tido. Por isso, e entretanto, cabe aqui uma reflexão quanto a esse notório senhor: Covarde é ele, Lula, que passou vinte anos pregando uma linha de comportamento ético e administrativo e acabou praticando exatamente o oposto quando o seu grupelho foi eleito, numa prática de estelionato eleitoral sem precedentes na história do mundo - perfeitamente proporcional ao ciclópico número de votos que obteve nas duas eleições.

Covarde é você, lula, – duplamente, nesse caso – porque corta calado, por meio de veto, o acesso dos parlamentares ao Siafi (sistema de acompanhamento de gastos públicos), para que eles não tenham a mínima noção de como o dinheiro rapinado dos bolsos da população está sendo gasto e depois, com a gritaria geral, recua.

Covarde é você, lula, que "inaugura" obras iniciadas em governos anteriores e as chama de suas.

Covarde é você, lula, que abandonou os seus próprios amigos à execração pública, os mesmos que te deram o cargo de presidente. Sem eles, você jamais seria mais do que a merda que você é.

Covarde é você, lula, que após o acidente da TAM teve medo de aparecer no Rio Grande do Sul para cumprir a sua agenda oficial.

Covarde é você, lula, que bebe até cair; nega que bebe e até fica bravo com quem observa tal comportamento.

Covarde é você, lula, que berrava aos sete ventos contra a CPMF e agora berra mais alto ainda para mantê-la.

Covarde é você, lula, que chega para uma mulher apaixonada, com quem viveu durante anos e até teve um filho, e diz, na maior cara de pau: "Olha, minha filha. Meu nome não é Fidel. Meu nome é Hugo, e eu estou dando o fora. Fui!!!"

Covarde é você, lula, que cobra imposto no preço da gasolina a título de recuperar estradas e abrir novas rodovias e desvia o dinheiro, relegando a malha rodoviária a um nível de indigência tal que, em certos casos, faz com a perda de produtos agrícolas durante o transporte - como no caso do tomate - chegue a absurdos 50%.

Covarde é você, lula, que cria um conto do vigário e o batiza de Fome Zero.

Covarde é você, lula, que deixa gente pobre sem remédio para poder pagar o avião onde tem se escondido na maior parte dos seus mandatos, após criticar seu antecessor pelo número supostamente excessivo de viagens.

Covarde é você, lula, que diante da vaia que recebeu na abertura dos Jogos Pan-Americanos se escondeu e nem teve hombridade para aparecer no encerramento.

Covarde é você, lula, que duplicou o seu patrimônio pessoal à custa de negociações espúrias, associações ilícitas e mortes misteriosas.

Covarde é você, lula, que em quatro anos de mandato como deputado federal poucas foram as vezes que apareceu no congresso e, sequer foi capaz de apresentar algo que justificasse o salário e votos que recebeu. Isso faz de você um ladrão do nosso dinheiro.

Covarde é você, lula, que faz um presidente do Banco Central virar ministro porque ele está com medo de ser preso por seu envolvimento com doleiros.

Covarde é você, lula, que foi incapaz de reagir a um Evo Morales quando este roubou o nosso patrimônio na Bolívia.

Covarde é você, lula, que foi oposição e defendeu uma atuação vigorosa do Ministério Público e agora, no governo, quer esmagar a cabeça da cobra criada e alimentada por você, porque a cobra pode se virar contra você, e com bons motivos.

Covarde é você, lula, quando diz que não sabe de nada, quando todos aqueles que lhe conhecem sabem, ao detalhe, o quanto você é ditador, centralizador e manipulador.

Covarde é você, lula, que fuma escondido, até em cerimônias públicas.

Covarde é você, lula, que inventa orçamentos de ficção sabendo que eles jamais serão executados em nome de um superávit primário, mas diz exatamente o inverso para a população.

Covarde é você, lula, que não aparece em Gramado para prestigiar um tradicional festival de cinema e encarar a crítica unânime da classe artística ao projeto ditatorial da Ancinav.

Covarde é você, lula, que pega em armas ou faz discurso em porta de fábrica para lutar pela democracia e depois, refestelado no couro das poltronas do poder, sugere que as liberdades - como a de imprensa, ou de pensamento - são "relativas".

Covarde é você, lula, que por sua própria condição de iletrado, joga a Educação dos jovens pela janela, enxovalhando o futuro do país.

Covarde é você, lula, que pretende criar um suposto "Conselho Federal de Jornalista", quando, na verdade você quer amordaçar todos aqueles que revelam com é o seu caráter verdadeiro e os bandidos, ladrões e assassinos que formam o PT.

Covarde é você, lula, que quer impedir que funcionários públicos falem com jornalistas, na tentativa de conter a publicação dos males praticados silenciosamente pelo seu governo contra a sociedade, depois de você mesmo ter utilizado deste mesmo artifício para construir, no passado, o seu palanque de oposição.

Covarde é você, lula, que saca dinheiro do bolso dos aposentados, depois que eles contribuíram por dezenas de anos com base num plano que foi subitamente alterado e cuja alteração abre portas para muitas outras.

Covarde é você, lula, que se declarou [em discurso na Venezuela] que nunca foi de esquerda. Você é tão covarde que nega até a sua origem política.

Covarde é você, lula, que se diz defensor da democracia mas não se preocupa em manter o país num sistema de voto proporcional - uma excrescência que permite aberrações eleitorais das mais esdrúxulas e abre as portas para os mais diversos tipos de corrupção e manutenção do atraso em que o país chafurda.

Covarde é você, lula, que se finge de democrata, mas na hora "H", não aceita dissidências e parte para o stalinismo descarado, expulsando membros do partido que não enxergam as coisas da mesma forma.

Covarde é você, lula, que trabalha na surdina para acabar completamente com a vinculação orçamentária, que obriga o Executivo a gastar certas porções do dinheiro arrecadado em áreas específicas, e com isso poder jogar tudo no baú do Tesouro, gastar como bem entender e transformar a contabilidade do país num samba do crioulo doido.

Por tudo isto, lembro-me agora de uma brincadeira infantil, nada pessoal, mas... covarde é quem me chama, cavalo que te ama, debaixo da tua cama.

E os PRETRALHAS continuam a roubar

Da Revista VEJA – Edição 2023 – 29 de agosto de 2007
Por Duda Teixeira, de Joinville

OCUPAR E ARRUINAR
Radicais do PT criam o MST das fábricas e usam o dinheiro das empresas ocupadas em proveito próprio

Invasões de terras, de repartições públicas, de universidades – num país que garante impunidade à violência política, é natural o surgimento de um grupo de lunáticos ansiosos por pavimentar o caminho da revolução com a tomada de fábricas. Desde 2002, militantes da Esquerda Marxista, facção radical do PT, tomaram posse de cinco indústrias em São Paulo e Santa Catarina e formaram o Movimento das Fábricas Ocupadas. Na empresa em que a ocupação foi mais prolongada, a Cipla, tradicional fabricante de produtos plásticos em Joinville, isso significou quatro anos e sete meses de irregularidades administrativas, desvio de fundos e violência política.

Três meses atrás, a Cipla sofreu intervenção judicial, ordenada porque os patrões socialistas descontavam o INSS do salário dos empregados, mas não o repassavam à Previdência Social. Recibos de compras, comprovantes de transferências bancárias, cópias de e-mail e outros papéis encontrados pelo interventor revelam uma administração perniciosa, que sistematicamente desviou recursos para atender a objetivos políticos e particulares. No interior das fábricas, funcionários eram coagidos a freqüentar aulas sobre a ideologia comunista, a ler a respeito da Revolução Russa de 1917 ou a contribuir com ações políticas de outros sindicatos ou com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), sob ameaça de perder o emprego.

A proximidade com o MST não é sem propósito. Tomar uma fábrica é um ato fora da lei da mesma forma que invadir uma fazenda. Nas empresas ocupadas o controle acionário não passou oficialmente para as mãos dos trabalhadores. Na Cipla, sob concordata desde 1994, a dívida tributária ultrapassava 312 milhões de reais e os salários não eram honrados. Membros do Ministério Público Federal, da Delegacia Regional do Trabalho, do governo estadual, da Câmara dos Vereadores e do sindicato da categoria decidiram entregar a administração da fábrica a uma comissão de funcionários. Foi o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Material Plástico de Joinville que indicou o radialista Carlos Castro, da Esquerda Marxista do PT, para membro da comissão. Por sua vez, Castro abriu a porta da empresa para que fosse tomada pelos militantes de sua facção política.

"O objetivo da comissão era salvar a empresa e os empregos, mas o que se seguiu foi pura politicagem", diz Reinaldo Schroeder, presidente do sindicato, que rompeu com a administração esquerdista da fábrica em fevereiro de 2003. A meta imediata do Movimento das Fábricas Ocupadas é a estatização das empresas sob administração dos funcionários. "Nós queremos ser trabalhadores como os da Petrobras e do Banco do Brasil", disse a VEJA Serge Goulart, líder máximo do movimento e, durante o período de ocupação, coordenador administrativo da Cipla. Ex-corretor de imóveis em Florianópolis, Goulart é fundador e membro do Diretório Nacional do PT. Descontentes com a falta de entusiasmo do governo Lula em estatizar uma fábrica de assentos de vasos sanitários, os militantes adotaram Hugo Chávez como patrono. No ano passado, a Cipla recebeu três lotes de matérias-primas da Pequiven, a estatal petroquímica venezuelana, no valor de 2,5 milhões de reais, em condições camaradas de pagamento.

O assalto ao caixa da empresa foi feito de diversas formas. Foram contratados 28 petistas, entre eles líderes estudantis, agricultores e um garçom ligados à Esquerda Marxista. Um sitiante, presidente do Sindicato Rural de Araquari, cidade próxima, foi empregado como auxiliar administrativo em 2003 ganhando 1.690 reais. Em abril deste ano, era gerente com salário de 5.316 reais. Nessa condição, empregou dois irmãos, uma cunhada, uma prima e um sobrinho. Funcionários eram coagidos a doar parte do salário a uma certa Associação Ferreirinha, criada para financiar projetos políticos, que também recebia 0,5% do faturamento da empresa. Comprovantes de depósito revelam que o dinheiro ia direto para a conta bancária de Goulart. Recibos mostram que a Cipla pagou 16.633 reais pela instalação de um sistema de segurança na casa de Goulart em Florianópolis. A empresa custeou ainda passagens de avião para militantes do MST e do sindicato dos ferroviários. "A companhia estava deficitária e os impostos não eram pagos. Não havia dinheiro sobrando para gastos desse tamanho", diz o interventor Rainoldo Uessler. Perito de Florianópolis especializado em recuperar empresas, ele está no comando da Cipla e de outras duas fábricas que estiveram sob ocupação da Esquerda Marxista do PT. Sua missão é prejudicada por sabotagens praticadas pelos militantes remanescentes nas fábricas.

Os petistas alegam que a gastança foi aprovada em reuniões de funcionários. Fiéis ao previsto nos manuais comunistas, as assembléias eram convocadas apenas para legitimar decisões já tomadas pelos dirigentes. O voto era aberto, e quem não comparecia às assembléias ou manifestava oposição recebia a visita de militantes e tinha de se explicar. "Se alguém era contra, ia direto para o paredão. Todos tínhamos medo de demissão", diz José Nazareno de Oliveira, 47 anos, técnico em eletromecânica na Cipla. Mais de 230 empregados foram demitidos durante a ocupação, a maioria por razões políticas.

Não é à toa que temos um presidente analfabeto!

Enquanto países como a Espanha, Portugal, Grécia e outros tantos, que há 30 anos tinham índices de analfabetismo e pobreza enormes, nos últimos trinta anos investiram maciçamente no ensino. 

No Brasil, nos últimos trinta anos, para não mencionar mais, desenvolveu-se a cultura da ignorância, do oportunismo e da "éspertização". – O famoso Jarbas Passarinho, então ministro da cultura achou por bem avacalhar com o ensino neste país, e, os nossos chamados “intelectuais”, que de araque apenas o são, não fizeram nada.

Temos uma Academia Brasileira de Letras que quando não tem o que fazer, (provavelmente quando o chá está ruim), para ocupar o tempo dos nossos imortais, fica inventando moda, “ajeitando” o idioma Português. Ora tira acentos, ora os coloca, sem falar, é claro, nos tempos dos verbos que, sabe-se lá, de onde os inventam.

Não fosse isso pouco, precisamos entender a preguiça congênita do nosso ilustre corpo professoral que existe neste país. 


Os “pra mim fazer” em vez de; pra eu fazer; os “nóis véve” em vez de; nós vivemos; os tais: “a nível de...; “a menas que...”; “um chopps e dois pastel”; "a gente vamos"; etc, etc., são expressões comuns no linguajar de qualquer professor de escolas publicas e até em algumas particulares. 

E o que dizer dos nossos radialistas e suas trapalhadas com os pronomes reflexivos? Autênticos oragotangos na intimidade com a gramática.

Quando universidades de Direito têm à frente de determinadas cátedras sujeitos formados em odontologia, relações públicas, Recursos Humanos, etc., não é de se estranhar que nas provas da OAB apenas 15% dos alunos consigam passar.

Alguém já pegou um livro de geografia da terceira série? Certamente ninguém viu a quantidade de erros que crassam por lá. Ensina-se mal e, ainda por cima, errado.

Enfim..., Não é à toa que temos um presidente analfabeto. Não são os políticos os dignos reflexos do povo que os elege? 


Elegemos um ladrão: - Fernando Collor de Melo; 

Depois elegemos um vaidoso, corrupto como ele só: Fernando Henrique Cardoso; 

Depois, um Analfabeto: Luis Inácio Lula da Silva que tomou o Estado de assalto. 

Só fico imaginando quem será o próximo presidente.... Provavelmente o Fernandinho Beira-mar.

Somos um país de ignorantes, preguiçosos e adoramos viver pendurados nas tetas do governo. 


Somos incapazes de procurar um livro para ler, porque não sabemos ler. 

Somos incapazes de exigir do governo medidas efetivas no ensino porque somos venais demais e só queremos tirar vantagem e viver sob o efeito “gersom”, cerrrto? 

Somos covardes porque sofremos da completa ausência do sentido cívico e da responsabilidade social.

Portanto, não é que admirar que o Brasil tenha ficado em ÚLTIMO LUGAR na avaliação da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). 


Afinal de contas, quem somos nós? 

Brasileiros com muito orgulho! Ou será que é com muito “ourfulho”.

Viva os Jarbas Passarinhos, os Lulas, os Sarneys,..... e, claro.... os Gilbertos Giles..... Afinal, quem não precisa de um do-in escatológico na sua cultura?

Aquisição de terras por estrangeiros

Qualquer país com as dimensões territoriais, variações geográficas e climáticas como as do Brasil, (Estados Unidos e Canadá são um exemplo), tem o sucesso do seu desenvolvimento econômico condicionado à exploração da terra. É esta, sob o auspício da mãe natureza quem há-de prover rendimentos, cujos lucros possam ser aplicados em outros setores como ensino, ciência, tecnologia, etc.

Terra fértil não significa só ela ser produtiva.... precisa ser bem administrada. 


Precisa ter um governo comprometido com ela, de braços dados com o pequeno, médio e grande agricultor... Não um espectador passivo, apenas aproveitando o bom..., fechando olhos e ouvidos ao ruim, ao pequeno ou ao médio....

Todos nós sabemos que um dos problemas cruciais do Brasil é a reforma agrária, cuja enfermidade, vive recebendo panos quentes, em vez de um tratamento curativo. A mesma terapia ineficaz estende-se à aquisição de terras por investidores estrangeiros.... sejam estes pessoas físicas ou jurídicas....

Parafraseando um certo humorista, ninguém aqui é contra ou a favor da aquisição de terras pelos estrangeiros. 


Muito pelo contrário... 

A favor sou, sob a orientação de uma legislação unificada, moderna, eficaz, adequada à realidade geográfica do nosso país, com regras e medidas claras, onde o interesse comunitário e a saúde financeira nacional prevalecessem por cima de outras importâncias, algumas delas bastante questionáveis e não menos indesejáveis.

Contra, sou, pela forma como se processa atualmente sob a esperteza petista.

A Lei n.º 5.709 de 7 de Outubro de 1971, de uma maneira geral e, o decreto 74.965 de 27/11/1974, em particular, (no tangente às competências, fixação e normas de exploração), regulam a compra, - por estrangeiros, - de propriedades rurais no território nacional. 


Entretanto, a estas duas prescrições, vieram juntar-se, depois, a Lei n.º 006572 de 03/10/1978, com alterações, no seu art. 1º, § 2; a Lei n.º 006815 de 21/08/1980, cuja revogação, foi apenas parcial. 

Mais recentemente, veio o Decreto n.º 087040 de 18/03/1982 e a Lei n.º 008629 de 26/02/1993, cujos conteúdos oferecem uma legislação correlata.

Todos estes documentos são leituras interessantes para um estrangeiro, desejoso de comprar terras no Brasil, unicamente, com fins especulativos. 


Sim, porque... se for para investir, montar um projeto, criar empregos.... aí a disposição muda de talante. É tanta a complicação, burocracia e agências governamentais envolvidas que, o investimento em recursos, tempo e profissionais especializados, consumirão boa parte da vontade do investidor estrangeiro. (Nem vou falar dos subornos)

Neste sentido, atinando para esta dificuldade, o parecer AGU/LA-04/94 da Advocacia Geral da União, diz: - "a pessoa jurídica brasileira, com participação estrangeira em seu capital social, não mais se encaixa no art. 1º da Lei n.º 5.709". Em outras palavras, não estão enquadradas nos requisitos dessa Legislação. Porém, não dispensa essa empresa do pedido formal ao INCRA, só para que o mesmo possa expedir o ofício de dispensa de autorização.

Falar da Lei das terras de 1850 seria um tanto penoso para quem hoje possuiu o seu pedaço de chão. 


No entanto, mencionar o Estatuto da Terra de 1964, em pleno 2007, acredito eu, poderá ser a alavancagem inspiradora corretiva, como Nação, se quisermos ter investidores rurais estrangeiros gerando exportações para o país e não, meros mercantilistas especuladores de terras brasileiras.

Quando esse Estatuto foi criado pretendia-se suavizar as relações com o campo, pois havia por parte do governo e da elite agrária brasileira, medo de uma eclosão revoltosa no meio rural. Entre outras coisas, permitiu, pela primeira vez, o dimensionamento das propriedades rurais no Brasil, a partir da efetivação do Módulo Rural(*).

Em pleno século XXI, embora não tenhamos nenhuma sinfonia de Strauss tocando no céu, poderíamos criar algo parecido a um estatuto da terra para investidores estrangeiros...  


Algo com controle, é claro, afinal de contas esta terra é nossa e ninguém tasca. 

Uma Lei direcionada ao investidor sério.... Aquele que quer gerar riquezas; emprego para tanta fome espalhada por todo este nosso território nacional...., sem a necessidade de pedir a uma agência governamental, autorização para não precisar de autorização. 

Criar uma Lei sem ambigüidades métricas como é o caso do Módulo Rural. Algo plausível de desenvolvimento agrícola em moldes parecidos aos do México, unicamente voltado para exportação, para geração de “Superávit”. 

Algo, como já existe no Vale do São Francisco, cujo sucesso, por ali ficou mesmo, sem gerar crias em outros locais inóspitos mas, igualmente férteis, como é a maior parte do solo Brasileiro...

O art. 3º da Lei n.º 5.709, diz textualmente: - “A aquisição de Imóvel rural por pessoa física estrangeira não poderá exceder a 50 (cinqüenta) módulos de exploração indefinida, em área contínua ou descontínua”. - e o seu § 1º acrescenta: - “Quando se tratar de imóvel com área não superior a 3 (três) módulos, a aquisição será livre, independendo de qualquer autorização ou licença, ressalvadas as exigências gerais determinadas em lei”.

Diante destas especificações e, baseado na definição da medida de Módulo Rural, o tamanho de uma área agrícola pode variar de Estado para Estado e até, de município para município... 


O resultado disso? Todos nós sabemos.

Por outro lado, o Art. 4º do Decreto n.º 74.965, cujo teor, deveria, supostamente sanar as lacunas apresentadas pela Lei que ele regulamenta, diz: - “Compete ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) fixar, para cada região, o módulo de exploração indefinida, podendo modificá-lo sempre que houver alteração das condições econômicas e sociais da região”.

Diante das conjunturas econômicas, cuja negatividade, sucessivamente vêm assolando o Brasil, o conteúdo do artigo 4º do decreto em questão, tornou-se um remédio pior que a doença. 


Qualquer investidor estrangeiro de âmbito rural, diante da Lei atual, pensará sério, antes de investir, com perdão da redundância, seriamente no Brasil.

No entanto, o território Nacional é enorme, com oportunidades rurais por todos os lados. Basta ver a onda de investimentos atuais nos Estados de Mato Grosso e Goiás.

O Art. 2º da Lei 5.709 e o Art. 6º do decreto 74.965, ambos com o mesmo texto, afirmam: - “Ao estrangeiro que pretende imigrar para o Brasil é facultado celebrar, ainda em seu país de origem, compromisso de compra e venda do imóvel rural desde que, dentro de 3 (três) anos, contados da data do contrato, venha fixar domicílio no Brasil e explorar o imóvel”.

O mercantilista rural, diante desta generosidade legal, pode muito bem comprar as terras, construir duas ou três malocas à laia de melhorias e.... antes de vencer o prazo, vender a fazenda, retirar não só o seu investimento como o lucro e, levar os dólares daqui.

Democracia com dependência do capital estrangeiro, alguém uma vez já publicou, podem conviver em perfeita harmonia. Atualmente, talvez, quem escreveu isso, pense diferente diante dos últimos acontecimentos sociais que vêm ocorrendo na Argentina, Venezuela, e na maior parte dos países da América Latina, incluindo o Brasil.

Hoje, um investidor rural, estrangeiro, sério, seja ele pessoa física ou jurídica, se pretender aventurar-se em investimentos rurais, precisa obter tal número de documentos e visitar tantos organismos federais que, diante do necessário, vê apenas um modo de obter lucro fácil com o respectivo risco ou, uma possibilidade de fracasso.

O Brasil precisa de investimentos estrangeiros na área rural. 


Isso é fato. 

O equilíbrio da nossa balança comercial depende muito das exportações agrícolas. Precisamos de tecnologia nova; de canais seguros, com garantias de colocação no mercado internacional dos produtos gerados. 

Em suma, temos as terras... a fertilidade comprovada.... só precisamos de investidores sérios. 

De quem pretenda realmente, contribuir para o desenvolvimento do Brasil. 

É claro, eles vão querer lucros e estes, depositados lá fora. Isso é humano e até justo.... ou não? 

Contudo, só será possível se existirem Leis claras; se houver uma vontade política voltada para o bem comum nacional; se os grandes latifundiários e exportadores agrícolas Brasileiros entenderem a necessidade de branquear a reputação nacional no mercado internacional de alimentos.... 

Se houver vantagem para quem reinvista os benefícios em vez de enviá-los para o exterior.

Se não temos o dinheiro para tudo isso, precisamos de quem o tenha. 


Infelizmente, também é fato... pois o investidor brasileiro não pensa a longo prazo. 

Porém, ao invés de criar lacunas propícias aos mercantilistas rurais, cuja ganância especulativa só serve para prejudicar o setor, precisamos criar mecanismos atrativos para atrair o investidor sério.

É necessário juntar todas as Leis e Decretos já escritos sobre o tema e fazer um novo, onde o Investidor saiba exatamente quanto é um módulo Rural na Bahia ou em Santa Catarina. 


Que ele saiba como o seu investimento estará protegido. 

Que ele seja bonificado, de alguma forma, (exceto com financiamentos nacionais), por quanto mais pessoas empregar; por quanto mais produzir.... etc.

Façamos então, não na forma de 1964, mas no molde de um Brasil moderno, comprometido com o futuro, o Estatuto do Investidor Rural Estrangeiro no Brasil.

(*) Módulo Rural - "Área explorável que em determinada posição do país, direta ou pessoalmente explorada por um conjunto familiar, equivalente a 4 pessoas adultas, correspondendo a 1000 jornadas anuais, lhes absorva toda a força de trabalho em face ao nível tecnológico adotado naquela posição geográfica, conforme o tipo de exploração considerado, proporcione um rendimento capaz de assegurar-lhe a subsistência e o progresso social e econômico".

sábado, 25 de agosto de 2007

A quem a Paixão interessar possa!


Quero referir-me agora à paixão. Como todos sabemos, - e você em especial, também sabe, - ela é fogo e logo se extingue. É claro que pode haver paixão junto com amor. Entretanto, ela seria mero complemento de algo que é mais sublime; nunca será o elemento decisivo numa relação. A paixão pura consome, desgasta, enfraquece. Tristão e Isolda; Marco Antônio e Cleópatra; Romeu e Julieta são demonstrações que assim é.

A paixão faz do ser humano escravo dos seus anseios e desejos; não nos permite experimentar um sentimento mais firme e encobre o mais nobre deles todos, a Amizade. A paixão, que nada mais é do que ardor e idolatria, embora possa ser real muitas vezes, quando se instala dentro de nós é sempre frágil; logo se consome como fogo em palha. Diante deste raciocínio, podemos, você e eu, concluir que o sentimento que a paixão evoca, embora o sintamos, por vezes, verdadeiro, não é sólido.

O mesmo se dá com a ilusão do poder. Quando alguém diz que ama apenas porque foi abandonado(a), ou porque não pode ter aquilo que deseja, costuma-se dizer que sofre por amor. Mas, ninguém sofre por amor! O Amor, com ‘A’ maiúsculo jamais é ou será causa de sofrimento. Quem assim age apenas exacerba o próprio orgulho, porque não se conforma em perder o que, na realidade, nunca possuiu.

É preciso que aprendamos que o verdadeiro amor não se coaduna com a posse; não se impõe pelo desejo, não vacila ante o ciúme e não se prende pelo apego.

Não possuímos nada na vida, senão as boas ou más sementes que plantamos em nossos corações. Portanto, se algo ou alguém que amamos, um objeto, um animal ou uma pessoa, quiser ou tiver que sair das nossas vidas, não procuremos desculpas ou justificativas para retê-lo(a). Saber perder é a forma excelsa de amar; consiste em renunciar ao ser amado em nome de um sentimento mais nobre, que é o respeito à liberdade de determinação e ao livre arbítrio que cada um de nós possui.

Requiem aeternam dona eis(*) ao MERCOSUL!

A integração dos países da América do Sul, a partir do Mercosul, implodiu definitivamente, levando consigo o Mercosul. As dificuldades de acordos comerciais e a unificação macroeconômica levaram os países integrantes a definir como estratégia e método, a integração em dois vetores: Infra-estrutura e Energia.

O Acordo do Gás entre Argentina, Bolívia e Venezuela, realizado no dia 10 de Agosto de 2007, que IGNOROU os demais países consumidores e até produtores, é a pedra de cal em cima dos programas anteriores e das inúmeras reuniões entre presidentes, que produziram fotos e bons propósitos.

As trapalhadas do trapalhão e antipatriota, conhecido como Marco Aurélio Garcia, que levou o Brasil e o Mercosul para esse atoleiro, foram retribuídas pela trinca Morales/ Chávez/ Kirchner, com um "top, top, top" através do acordo.
Isso é um desastre para o Brasil, que colocou bilhões do BNDES, do Banco do Brasil e das estatais a serviço dos bolivarianos.

Até quando vamos aturar esse bando que assalta o país? Até quando?
(*) – Parte do ofício dos mortos, na liturgia católica, que principia com as palavras latinas réquiem aeternam dona eis, “dai-lhes o repouso eterno”.

O apagão de energia deve ocorrer ainda no governo lula!

A crise do setor aéreo e da saúde [só para mencionar duas] têm uma origem clara: O PT; esse partido execrável dirigido por analfabetos, ladrões, corruptos e corruptores. Em vez de colocarem técnicos e conhecedores do sistema, inventaram a ANAC e a ANVISA e, nelas, assentaram um monte de pelegos do PT, sem conhecimento, sem credenciais, exceto o saber de angariar fundos para o partido, dilapidando as instituições que deviam cuidar.

Agora, em Furnas, colocaram outros pelegos, disfarçados de PMDB, partido este pior, em todos os sentidos, que o PT. No Jornal O Globo (Panorama Político) do dia 23 de Julho de 2007 o ministro da articulação política disse que o candidato do PMDB para presidente de Furnas, o tal do Conde que já foi prefeito do Rio, pôde assumir porque não houve um grampinho contra ele nos quatro meses em que o nome dele esteve no ar. Isso realmente é ótimo dentro da visão petista! É uma ótima razão para ser presidente de Furnas e para “foder” de vez com a energia no Brasil.

A mesma lógica conduziu a crise que se vive hoje nos hospitais; a qual, por exemplo, fez o Hospital do Câncer, referência na América Latina e um dos melhores do mundo, transformar-se na lástima que se encontra atualmente, sem falar no resto. Tal lógica formou também a ANAC e no saldo já lá vão 354 mortos e horrores vividos nos aeroportos.

Portanto, que continuem os narizes de palhaços, pois outra coisa a covardia deste “páif” não é capaz de fazer, nem se usar.

Lembram-se do boca-de-sovaco-de-cobra, FHC, quando rebentou o apagão de energia no governo dele? É claro que não! Nem sei por que pergunto isto às memórias galináceas. Bom, esperem um “remake”; incluso com as mesmas baboseiras e vigarices a serem proferidas, executadas e obradas na excrescência limítrofe da ilegalidade.

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

A Moral e a Política


Da psicanalista Silvia Bleichmar [falecida dia 15/08/2007]:

Já se sabe: a política é impiedosa com a moral. Mas isso é assim, não porque todo mundo seja corrupto, mas porque, mais além da corrupção, que parece inerradicável, e na qual se envolve grande parte da corporação política de diversos signos e ideologias, as decisões de poder, em seu caráter pragmático, obrigam a escolha de ações regidas pelo que se considera necessário, contra aquilo que se concebe como correto.

A partir da diferença entre corrupção e imoralidade, se perfila um aspecto da política e da vida que deve ser levado em conta. Há atos que não são necessariamente corruptos, mas são imorais, porque quem os exerce sabe que não estão sob a opção que consideram válida e que os deixaria em paz com suas consciências.

Não há duvida de que os atos de corrupção seguem minando nossa confiança nas instituições e nas decisões que o poder tomará sobre eles. Mas a imoralidade com a qual se estabelecem algumas alianças políticas às vezes não deixa perceber a voracidade econômica dos que dela participam. Transparece como um afã de poder que, em seu movimento mesmo, deixa inertes a quem se vê por ele capturado.

Daí o pudor que sentimos, [?!], esse sentimento que surge após a exibição de um ato imoral. E vemos as idas e voltas com as quais alguns setores exercitam esse jogo, mediante o qual negociam lugares e postos em função da perspectiva eleitoral, como se o acesso à função pública fosse um prêmio de loteria ou bingo. E o fato de que se nos degrade – em muitos programas propostos – de nossa condição de cidadãos àquela de "vizinhos", não se dando conta, das verdadeiras necessidades que nos atravessam, cortando as propostas dos nexos que as determinam, ou escamoteando as condições que levam a uma ou outra escolha daqueles programas de governo. Disfarçam de forma sistemática com as idas e vindas – sorrindo – que realizam pelos bairros.

E é também aqui onde a política deveria ser restituída na sua função de princípios, como exercício da cidadania e não como puro mercadejo. Porque o problema não está só em que a mentira esteja disfarçando a verdade, mas que venha a surgir exercícios que impossibilitem – não só o engano de outros, mas o auto-engano – que lhe dá sustentação.

O Novo Nome da Demagogia!


O verbo adular provem do latim adulari, uma expressão próxima a acariciar e a adulterar. Este último verbo provem da raiz AL, ou seja, mais além de, ou, no latim - alter, outro.
Seguindo esta pista etimológica poderia dizer-se que a adulação tem o efeito de alterar, de levar mais além de si mesmo, a quem o adulador adultera, primeiro sua própria imagem para manipular depois a vontade. Fascinado pelo adulador, o adulado - acredita -, e cai, a partir daí, debaixo da influência de quem o manipula como um meio para os seus próprios fins. As carícias do adulador corrompem a sua vítima, alteram a sua natureza.

Quando Aristóteles tratou deste tema em A Política, distinguiu dois tipos de adulação, conforme o regime político. Nas monarquias os cortesãos inescrupulosos corrompiam o rei mediante as caricias da adulação. Nas democracias, cujo soberano é o povo, [no Brasil o povo não sabe disso], os políticos corrompiam o povo mediante as caricias da demagogia. Mas hoje os demagogos contam com um poderoso instrumento que os contemporâneos de Aristóteles não possuíam: a capacidade de medir cientificamente os sentimentos e as preferências dos adulados. Hoje a terra fértil que nutre a demagogia é a proliferação das pesquisas.

Aristóteles elaborou dois tipos de discurso: o eXotérico - destinado ao publico em geral -, e o eSotérico, reservado aos seus discípulos. Da mesma forma há que se distinguir dois tipos de pesquisas: a exotérica, que se exibe ao publico, e a esotérica, para uso reservado do cliente.

O objetivo das pesquisas exotéricas, é o marketing. Quando se pode apresentar com um mínimo de verossimilhança, uma pesquisa que favorece a um candidato este decide divulgá-la. Elas tratam de um exitismo, de um jogo de ganhador. O observador deve ter muito cuidado com elas. [são estas as geralmente divulgadas pelos jornais nacionais das diferentes TVs].

As pesquisas esotéricas, são as que mais se aproximam da verdade. Mas só o cliente a conhece. Mas que efeito produzem sobre o político que a contrata?

O sociólogo Dick Morris, consultor a seu tempo de Clinton, distingue três tipos de políticos: o "idealista falido" que tem grandes ideais, mas não consegue comunicá-los ao publico; o "Idealista Astuto", que tendo grandes ideais consegue comunicá-los e que é o melhor dos políticos porque é o estadista capaz de guiar seu povo. E o pior político é o "Demagogo", o qual, - ao contrário dos outros - não abriga nenhuma idéia própria, mas que para triunfar se limita a cultivar, sem escrúpulos, o que o público deseja, usando as pesquisas esotéricas sem preocupação com a realidade ou o futuro. Quer governar em direção ao seu próprio êxito, apenas.

Tanto o idealista astuto como o demagogo utilizam pesquisas esotéricas. Um para comunicar com eficácia seus ideais. O outro para manipular as massas segundo a arte perversa a adulação. [É o caso do Lula, que pouca gente vê e a maioria não enxerga].

Idéias que hoje não atraem majoritariamente o público poderão atrair no futuro quando as fórmulas demagógicas mostrarem sua falácia. Mas no outro extremo da tipologia de Morris milita uma grande quantidade de políticos que se limitam a medir as pesquisas esotéricas para dizer à maioria, em cada momento, o que ela deseja escutar. Estes demagogos dedicam-se, exclusivamente, ao curto prazo: prometem o que se deseja hoje. Quando o humor social muda eles mudam também. [Lula é mestre nesta arte, que pouca gente vê e a maioria não enxerga]

Mas o seu destino lhes espera, certamente, no longo prazo, que agora desdenham. Renan Calheiros que o diga.

A política como traição!

1. Nenhuma outra atividade, como a política, no sentido da luta pelo poder, implica tanta disposição a trair os mentores que se apresentam como companheiros ou amigos.

2. Maquiavel situou a traição dentro da "virtú" política, a qual pouco tem a ver com a moral ou com o ódio.

3. A traição pode plasmar a dialética hegeliana (só que sem a idéia de progresso) na qual se nega o anterior: não se trai para ser igual ao traído. Isso explica que alguém que estava a trabalhar com seu predecessor acabe por ser muito diferente ao chegar à cúspide.

4. Para ser traidor deve-se ter resistência. As traições ocorrem dentro de uma mesma família (política). Não se trata de se passar ao inimigo, mas de trair o amigo, o companheiro, dentro do próprio grupo. Os desdobramentos nem sempre são pacíficos

No início da legislatura, em 1937, Churchill, já deputado veterano, degustava o seu charuto, enquanto aguardava a primeira sessão da Câmara. Nisto, sentou-se ao seu lado um jovem e estreante deputado. Este puxa conversa e aponta para a bancada da frente, simétrica, dos deputados do outro partido, e diz: É deputado... ali na frente estão os nossos inimigos. Churchill reagiu de imediato: Inimigos? Não! Ali estão os nossos adversários. Nossos inimigos estão aqui atrás e ao nosso lado.

Só dois comentários sobre as idiossincrasias Brasileiras:

De Prudente de Morais Neto, jornalista [descendente do ex-presidente Prudente José de Morais e Barros (1841 — 1902), terceiro presidente do Brasil], que escrevia sob o pseudônimo de Pedro Dantas, e está registrada no livro “Quase Política”, de Gilberto Freyre:

O parlamento não é fábrica que deva recomendar-se pelo número de projetos que elabore ou pela rapidez com que os produza... Às vezes a maior virtude de um parlamento está precisamente no número de projetos que elimina ou depura, que corrige ou substitua, depois de estudo quanto possível minucioso dos assuntos”.

De parlamento, o Brasil não tem nada. Teve uma tentativa mal fadada e estrondosamente fracassada em 1961, quando Tancredo Neves foi eleito Primeiro Ministro. Disto, tenho certeza, as minhocas brasileiras nem lembrança têm, sequer. O que existe hoje, neste “páif”, é um Congresso; como tal, para lá congregam bandos e mais bandos de fisiologistas néscios e casmurros, muitos deles facínoras, com o intuito de embolsar dinheiro à custa da ingenuidade e da esperança dos seus iguais; ou para fugir de processos penais pelos muitos delitos que cometeram; como ocorre atualmente com uma série de “deputados” e “senadores”. Todos eleitos por uma maioria de analfabetos, gente preguiçosa que, de consciência cidadã, possuem somente o desejo de dependerem do Estado.

Um antigo professor meu dizia que se resumíssemos o trabalho realizado pelos diversos Congressos eleitos ao longo dos últimos trinta anos, restaria apenas meia dúzia de páginas com algum valor intrínseco.

Só para citar um exemplo, dos muitos que pululam ao nosso redor, aludo a Constituição Federal, que hoje nos rege; nasceu velha, desatualizada e foi acintosamente fraudada pelo então deputado federal Nelson Jobim, premiado com a presidência da mais alta corte do nosso país, o Supremo Tribunal Federal e, mais recente, nomeado ministro da defesa.

De Armand Jean Du Plessis, Cardeal de Richelieu, duque e político francês, primeiro-ministro de Luís XIII de 1628 a 1642

"Editar uma lei e não fazê-la cumprir é autorizar algo que se quer proibir".

Neste aforismo francês enquadra-se visivelmente o furto a cemitérios, protagonizado pelo modista Ronaldo Ésper, cujo delito foi remido pelo juiz Marcio Lucio Falavigna Sauandag, da 30ª Vara Criminal de São Paulo. A absolvição desse meliante, pois outra coisa não é, transformou-se numa afronta – mais uma – a todo o cidadão respeitador das leis que regem a nossa sociedade.

Por que esse juiz absolveu esse elemento, digno representante de uma sociedade em decomposição? Porque ele foi espontaneamente socorrido pelo espírito imunizante da elite nacional atual, representada de forma vil e espúria pelas demagogas Hebe Camargo e Luciana Gimenez. Estas duas mulheres, de pouco saber e muita estultice, valeram-se do espaço da mídia, a qual, de maneira geral e conivente, permaneceu calada, e saíram em defesa do ladrão Ronaldo Ésper. Abriram espaço especial para a defesa desse embusteiro, que riu, dramatizou, chorou, pediu perdão e, hipocritamente, justificou-se com falácias pueris, ora como réu confesso, ora como vítima dos algozes policiais. O Resultado foi um caloroso aplauso de uma platéia embevecida. No final, o meliante foi premiado com um programa de TV. Ele está livre.

Não vale mais a pena comentar o caso da desempregada doméstica, a Angélica Aparecida Souza Teodoro que pegou quatro anos de prisão por roubar uma lata de manteiga para dar de comer ao filho de dois anos. Ela está presa!

Vivemos numa terra de contrastes, sem dúvida alguma. As leis nacionais apenas existem para beneficiar uns poucos “Ésper-tos”, em detrimento de muitas Angélicas e angélicos. Não me surpreende que a ética tenha ido para o ralo.


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