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terça-feira, 21 de agosto de 2007

Está aberta a temporada de Roubos aos cemitérios.

O juiz que absolveu o estilista Ronaldo Ésper, escreveu: “É bem de ver que aparentemente se tratava de local em aspecto de abandono, um jazigo desamparado, o que podia induzir a idéia de que se tratava de coisa sem dono, largada, renunciada por quem de direito”. Mais adiante, afirma: “E a fortalecer tal idéia, durante a instrução nenhuma pessoa que se intitulasse proprietária dos objetos compareceu nos autos, mesmo que espontaneamente”.

Sempre entendi que cemitério é um local sagrado, guardado e administrado pela Prefeitura Municipal ou até pelo Estado [em alguns países]. Aparentemente, segundo se pode entender pelas palavras do meritíssimo juiz Marcio Lucio Falavigna Sauandag, da 30ª Vara Criminal de São Paulo, não é assim.

Também sempre entendi que morto, morrido, não volta. Entretanto, segundo se pode deduzir do despacho do juiz, o sujeito quando morre, se nao tiver família, tem por obrigação cuidar do túmulo onde foi enterrado e, em caso de roubo, comparecer no tribunal para reclamar que um Costureiro andou afanando os vasos que lá estavam, no túmulo, para decorar a sua residência perpétua.

Daqui para a frente, qualquer um poderá ir a um cemitério, um daqueles que possua, no seu terreno, túmulos centenários, decorados em mármore e cristais Tiffany, e se apropriar do que bem entender. Basta, para isso, que o local apresente “aspecto de abandono”; que esteja “desamparado” e que o ladrão seja induzido [presumo que por avaliação pessoal], de que se trata “de coisa sem dono, largada, renunciada por quem de direito”. Só precisa ter cuidado, não vá o morto aparecer para reclamar.

Gente, eu conheço uns dois ou três cemitérios que têm túmulos lindíssimos. E estão desamparados. Que tal nos fingirmos de dopados e ir até lá pegar uns três ou quatro vitrais, duas ou três pedras de mármore Carrera e alguns castiçais de prata centenária?

Quando eu digo que este “páif” é uma merda, todo o mundo berra contra. Idiotas! Só queria saber quanto esse juiz levou para escrever um absurdo desses. Provavelmente, o renomado estilista e famoso costureiro, Ronaldo Ésper, homossexual assumido, rico, fabricante de vestidos de noiva, e ladrão de túmulos nas horas vagas, deve ter oferecido ao juiz todos os vestidos de noiva que ele, o Dr. [Deus me livre] Marcio Lucio Falavigna Sauandag, precisar até ao fim dos seus dias. Só pode ter sido isso.

Vocês já se deram conta como a justiça funciona neste infinito e amaldiçoado país de qüinquagésima categoria? E ninguém faz nada! Cambada de covarde! Nem o Ministério Público decidiu recorrer da sentença. Vejam só!

A empregada doméstica, Angélica Aparecida Souza Teodoro, de 19 anos, profissão doméstica desempregada, mãe de uma criança de 2 anos de idade, que roubou uma lata de manteiga de R$ 3,20 para comer, passou 128 dias na prisão logo após o delito e, depois, foi condenada pela 23ª Vara Criminal de São Paulo a quatro anos de prisão.

Agora neste “páif” não existe só o efeito “Gerson”, aquele de levar vantagem em tudo. Senhores e Senhoras que me lêem, estamos diante de um novo fenômeno sócio-patológico que passa a imperar por estas terras: – A ÉSPERTIZAÇÃO – prodígio, genuinamente brasileiro, achegado do famoso costureiro, Ronaldo Ésper, especialista, não só em vestidos de noiva, mas, e muito especialmente, em travestir a realidade com justificações hipócritas aos desvios da sua conduta e à defesa da impunidade por crimes cometidos por ele e absolvidos pelo [não esqueçam o nome], juiz de Direito, Marcio Lucio Falavigna Sauandag.


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