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terça-feira, 21 de agosto de 2007

Agora prestem ATENÇÃO!


JUSTIÇA ABSOLVE ESTILISTA RONALDO ÉSPER

A sentença foi dada na quarta-feira (15). Cabe recurso.

MP havia denunciado Ésper pelo furto de vasos de cemitério.

Por Marta Cavallini - Do G1 [Portal de Notícias da Globo], em São Paulo – 20/08/2007 - 18h36

Ronaldo Ésper disse que tudo não passou de armação (Foto: Divulgação) O juiz Marcio Lucio Falavigna Sauandag, da 30ª Vara Criminal de São Paulo, absolveu o estilista e apresentador Ronaldo Ésper. A sentença foi dada na quarta-feira (15). Cabe recurso.

O Ministério Público de São Paulo denunciou no dia 31 de janeiro o estilista pela suposta tentativa de furto de dois vasos ocorrida em 19 de janeiro, no Cemitério do Araçá, na Zona Oeste de São Paulo. A denúncia havia sido feita pelo promotor Leonardo Leonel Romanelli.

Na sentença dada na semana passada, o juiz alega que a conduta de retirar os vasos de local abandonado não constitui crime. “É bem de ver que aparentemente se tratava de local em aspecto de abandono, um jazigo desamparado, o que podia induzir a idéia de que se tratava de coisa sem dono, largada, renunciada por quem de direito”, diz trecho da sentença.

Ainda segundo o juiz, ninguém reclamou os vasos. “E a fortalecer tal idéia, durante a instrução nenhuma pessoa que se intitulasse proprietária dos objetos compareceu nos autos, mesmo que espontaneamente”. Segundo o advogado do estilista, Francisco Bonilha, foram realizadas três audiências antes da sentença – uma com o depoimento de Ésper, outra com testemunhas de acusação e a última com testemunhas de defesa.

Ésper foi detido na manhã do dia 19 de janeiro, passou a noite no 91º Distrito Policial e foi liberado após obter um alvará de soltura. O caso comoveu até desafetos do estilista, como o também estilista e apresentador Clodovil Hernandes, hoje deputado federal pelo PTC-SP, que afirmou ter sentido pena do colega. Livre, Ésper foi à TV e procurou se justificar dizendo que agiu sob efeito de remédios.

O estilista disse ao G1 nesta segunda-feira (20) que tudo não passou de uma armação para prejudicá-lo. “Aquilo foi um fuá armado e montado, me prejudicou muito”, disse.
Ele diz que não retirou nada do cemitério, alegando que havia pego os vasos de um túmulo muito antigo que parecia abandonado para colocar flores e levá-las para a capela central do cemitério. “Fui indevidamente preso. Roubo é quando se leva algo para fora. Eu poderia ter pego latas de querosene em vez dos vasos para pôr as flores, mas eu tirei os vasos do lixo, ninguém reclamou”, disse.

Ésper disse que teve prejuízo no seu ateliê nos meses seguintes à prisão, mas que agora o movimento está normal. “Tenho 43 anos de profissão, sou decano da moda brasileira, foi um desrespeito à minha pessoa”, disse.


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