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segunda-feira, 30 de junho de 2008

Rasgado rouba esfarrapado e morre.

Brasileiro morre esfaqueado por ter roubado um sanduíche.

Aconteceu em Madrid na madrugada de terça-feira, da semana passada. Luciano W. N, de 30 anos, assim se chamava o ladrão, morreu depois de roubar um dos sanduíches que um vietnamita ambulante vendia na rua Fuencarral, em frente ao nº. 27, no bairro de La Chueca. Já vão pra mais de 20 as mortes de brasileiros nesses arrabaldes de Madrid. Que tristeza!

Luciano, o brasileiro morto, de fome também, tentou comprar um dos sanduíches que Nguyen H. A., de 20 anos, vendia em cima de uma caixa de papelão, pousada na calçada. Como a qualidade deveria ser de "primeira", pediu desconto. O vietnamita não deu. O brasileiro roubou-o. O vietnamita chamou os amigos. Estes correram atrás do brasileiro e o brasileiro morreu. Esfaqueado. 


Que morte!

Quando li esta notícia no jornal El País, acabava de embarcar num vôo rumo a Londres. Sempre tenho o azar de ler este tipo de informe ao entrar em aviões. Sempre são sobre brasileiros. Interessante que no Brasil não leio o mesmo sobre europeus.

Pedir desconto num sanduíche de rua? Vendido por um outro miserável? É o cúmulo da pouca vergonha, da falta de caráter e da cara de pau que os brasileiros fazem questão de demonstrar aqui e alhures e onde quer que vão. E de fome, igualmente.

Não sei como este fato foi transmitido aí no Brasil e que impacto teve. Se teve. Eu fiquei chocado. Uma raiva dolente sangrou-me as entranhas. Brasileiros nunca foram respeitados na Europa nem em qualquer outro lugar. Parecem que fazem questão disso. As mulheres têm fama de putas; os homens de travestis... E agora de crápulas que roubam até sanduíches de outros tão ou mais miseráveis quanto eles.

Não se pode julgar um balaio de maçãs por causa de uma que está podre. E quando muitas e muitas estão putrefatas, como se julga esse cabaz? É a geração Lula exportando a educação petista. Não foi só a ética, a moral e a honradez que esse Lula acabou no Brasil. Acabou também com a dignidade, com a decência e com o orgulho de ser gente e não um animal.


Três avisos aos brasileiros e brasileiras que pretendam vir para a Europa:

Não viagem com a mentalidade nacional de pedir desconto nas compras. Europa não é Brasil onde existem mascates que se disfarçam de comerciantes e se intitulam empresários. Por isso o desconto é tão comum. Mascates são desonestos e ladrões. Na Europa, o comércio é composto por pessoas, [na sua grande e esmagadora maioria], íntegras com visão comercial a longo prazo. 


Existem bem poucos com a calanha e mentalidade brasileira.

Não pensem que na Europa existe o ‘jeitinho’ brasileiro. Não existe! Não queiram dar uma de espertos(as), porque acabam num necrotério como esse infeliz do Luciano e tantos outros e outras que exportam o Brazilian way of live. 


O modo de viver brasileiro está errado, é promíscuo e sem vergonha; só serve para o Brasil sob o governo Lula, petísta ou tucano, sob os augúrios da TV Globo.

Às mulheres, recomendo fortemente que não venham tentar ‘arrumar marido’. Além de correrem o risco de serem maltratadas, poderão ser presas quando os favores sexuais deixarem de interessar. 


A mulher brasileira na Europa não é respeitada. Salvo raras e precisas exceções, tem má fama em todos os sentidos. 

A moda atual é a seguinte: Quando um sujeito se cansa de uma brasileira denúncia-a às autoridades policiais por causa da situação ilegal em que ela se encontra. A polícia irrompe no apartamento do sujeito, à causa de uma denúncia anônima, geralmente quando o proprietário está no trabalho. 

A brasileira é deportada e o sujeito, apenadíssimo, nada pode fazer. Em lágrimas acompanha-a à delegacia e dela se despede. À saída arruma outra. Brasileira, claro. Duas semanas atrás, em Bruxelas, ocorreram dois casos destes. 

Em Lyon, na França, e em Milano na Itália, seis brasileiras foram deportadas de forma semelhante.

6 – Amor alanzoado.

Independente do cataclismo existencial espiralado em que te encontras, há algo que devemos refletir com certa urgência. Aonde nos levará esta aventura da escrita? Depois da primeira palavra digitada, esse é o fascínio, nunca sabemos que emoções se sobreporão até ao final. É como sexo. Quando é bom, sempre esconde aspectos obscuros da relação. Escrever, minha amiga, é optar pelo espírito, sublimando a tentação da carne.

Mas, já reparaste como as cartas de amor são esdrúxulas? Se não fossem esdrúxulas, não seriam de amor, não verdade? Fernando Pessoa já o disse. Parece que atravessamos um túnel sombrio cheio de mitos e lendas que parecem residir na memória como gotas de lágrimas que nos encharcam pingo a pingo. Vivemos lado a lado, em convivência, e apenas nos tornámos peões num alfobre de quadrados onde só enxergávamos quatro lados. Enfim...

Deixámos para trás a época da tolerância e uma disputa de poder desfraldou-se entre nós como a bandeira das hordas da dominação. Banhámo-nos na tina da purificação e ainda assim nos disfarçámos de culpados. Um caso de paixão proibida nos subjugou num leito de amor efêmero. Nunca te vi tão radiante e pura como nesse dia. Diante da alternativa de ser feliz ou sofrer, como todo o ser humano, escolhemos a paixão, a distância e tu, o sofrimento.

Sofres, sim, eu sei; como pecadora antes do batismo. Eu com os tormentos da contrição e em comum o arrependimento da confissão. Quiseram os deuses que nos desterrássemos no degredo do amor que nos consumiu. Como um pecado, pois amar é pecar numa sociedade que se regozija em torturar um ao outro. Parecemos blasfemadores e renegados do amor de Deus. Não temos igreja, nem estado e eu nem cidade. Amedrontámo-nos ante a possibilidade da anunciação e sucumbimos à tentação como pinceladas de Hieronymus Bosch. Todos os nossos rituais do ciclo de vida que nos ilumina já os vivemos sem, contudo, senti-los na sua luminosidade.

Que San Benitos envergamos! Os amarelos da vergonha sem arrependimento ou os negros da condenação à morte? Ardemos em chamas em nome das nossas heresias, porque nelas acreditamos e não nos arrependemos. Como num auto de fé, sem resquícios do batismo.

Tantas perguntas e nenhuma verdade... Como podes existir em tamanha inquisição? Confessa a extensão da tua culpabilidade... Não a mim, nem por mim. Mas a quem te estenda a mão e te convide com excepcional sagacidade para uma amizade, ainda que ornamental.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

5 – Amor rasgado,

olha só como te puseste... Se a escrita gritasse teria ficado surdo. A foto é minha, mulher. Tu a deste. Posso rasgar a cabeça; recortar as pernas; fazer o que me apetece, sem que te peça. Posso até triturá-la em mil pedaços se consolo algum proviesse.

Rio-me. Eu sabia que isso ia acontecer. Já te disse que quando falamos de amor, Maquiavel baixa e se interpõe cheio de malefícios? Especialmente quando estamos a sós. Não acredito que te tenham reconhecido. Que presunção... [risos]. Nem mesmo sabem quem és. Esqueceste o segredo exigido? As entradas desencontradas no apartamento alugado? Eu sempre cumpro o que prometo. Só tu e eu sabemos o que ignoram os demais.

As duas únicas pessoas que nos viram juntos em todos estes anos não entram na Internet. Coitados, mal sabem ler e escrever. A propósito, para que não duvides mais, saiu o visto de permanência deles. Permanente, vê só. Definitivo. Nada de temporário. Sou ou não sou o máximo? [risos] A vaidade me transborda. Agora vou tratar de naturalizá-los para obterem um passaporte que os diferencie dos demais brasileiros. Assim não serão presos quando quiserem sair de férias... Na Bahia serão estrangeiros, vê só que chique.

Mas... Espera aí... Não me digas que tens uma cópia dessa foto? Claro! Que bobagem a minha. Esqueci-me do ego; do alter ego e até do Lexotan. É muita coisa junta. Por isso a cama era tão pequena. Só agora me dei conta. Sabes que quando saías correndo eu sempre me perguntava se tinha a sorte de teres esquecido algum desses atuendos. Inclusive o Lexotan. Nunca se sabe quando se vai precisar. Nas chegadas atropeladas e nas saídas tempestivas, nunca soube a qual prestar atenção primeiro.

E os egos vão bem, dou-me conta. A afinidade que tens com eles é deveras brilhante e nada sutil. Até em letras são difíceis de ignorar. Sem dúvida alguma merecem ser imortalizados. A propósito de imortalização, a matrioshka que me ofereceste quebrou. Hoje de manhã. Sem ninguém lhe tocar, quebrou-se. Vai ver, foram as tuas ondas que explodiram a boneca. Não quero ser cruel ou indelicado, mas achei bom. Um ego a menos.

Fiquei comovido com o teu “exílio que a chorar me vês”. Lindo! Entretanto, não tem alguma coisa errada? Não deveria ser ao contrário? O exilado, auto-exilado, sou eu e tu é que choras? Se quebraste a alma, então deves estar dolorida. O choro está explicado. Parece que tens mais contrições agora do que quando saías... São ironias. Junta os cacos, cola-os e ela ficará nova, de novo. Lembras do custo e benefício? Que ótima oportunidade para colocares em prática a tua própria teoria.

Jamais te escreverei diretamente. Não insistas. Nem ligues para o meu celular brasileiro. Não atenderei. Só o uso quando vou aí. O número local não darei. O que te disser será sempre público; sem segredos; sem mistérios; sem mentiras ou meias-verdades. Deixei de ser petista, exatamente para me poupar e salvaguardar de tais veleidades. Deixei o Brasil exatamente por isso. Nada mais quero disfarçado nem encontros velados. Ler-me ou não ler será sempre uma questão tua. Se quiseres a minha essência, só a terás em palavras abertas que só tu entenderás. O meu abandono também. Portanto, não escutes o grito do vento. Melhor que escutes o seu sussurro e não me apertes assim contra os teus seios. Disseste-me que tinhas o peito rasgado. Como se eu acreditasse... Claro que acredito...

Tu escreveste: – “...você nunca verteu uma lágrima por mim...” – É verdade! Esqueceste que adoro metáforas e alegorias. São divertidas. Mais até que o nosso jogo que já perdeu a graça. Quantos anos foram mesmo? Oito? A frescura do teu mar salgado não tem uma lágrima minha. Era só o que faltava. Mas o céu proporciona mais males aos corações magnânimos.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

4 – Amor assaz

Hoje estou rouco e tu em cotos de tanto escrever. Tanto fez como tanto faz.

Por que uso o blog para te responder? Por um vício antigo de agatanhar o peito; de me exibir a Cristo. Por ter desfilado pela tua rua e ao te deixar nua não quisestes atender. Porque nem Deus me move a te escrever. Até o inferno tão temido não te impede de me ofender. Tampouco quero ver o teu corpo ferido. Ainda que o céu exista não o tens de me dar. O que restou para amar? Lê-me em público com os teus olhos negros, pois amar fizeste em segredo. São palavras, meu anjo. Hoje toca a mim angelizar.

Alguma vez as palavras encontraram asilo em teu peito para fazer-te gozar em minha alegria? Por favor não sofras com a minha dor. Não o faças! Sabes que não vale a pena. Que exagerada és. Sente o palpitar da vida, isso sim. A oferenda da nossa vida; o riso e lágrimas do nosso amor. Faz isso. Se pus nas tuas mãos a minha alma e os sonhos rasgados? Eu nem vi a poeira deles que o teu gesto espalhou pelo chão.

Carlos Drummond, a quem tanto recorres, perguntou certa vez: – “Por que é que revoa à toa o pensamento, na luz? E por que nunca se escoa o tempo, chaga sem pus?” – Vês? Acho que ele nunca soube responder. Da minha parte, como aprendi a conhecer-te, apago a luz, paro o tempo e assim não sinto chagas nem vejo pus.

Obrigado pelos beijos. Agora todos sabem que me beijas... Em letras, sim. Numa palavra. Mas eu beijar-te? Hummm... isso receio, não poderá se dar. Temo tremer ao te abraçar.

Volto a angelizar meu anjo formoso, mãe dos raptados, parente dos assassinados. E a tua vida como anda? O que fazes com ela? Não que me interesse, mas vejo que é sobejo para a ignorares. Novas eleições se avizinham, afinal... Oportunidade ímpar para se repetirem os mesmos erros. Os colossais e persistentes enganos da maioria. Soube que a tua amiga é candidata novamente. Essa mulher parece um herpes, não crês? Não me digas que quer ser eleita para encher com botox os buracos das ruas . Talvez numa parceria com o velho Serra para sepultar de vez a ética nacional? Votarás nela, claro; e nele pra presidente, estou seguro. Rio-me. Que os anjos te protejam. A todos que aí vivem, também. E tu ainda queres que regresse? Sei...

Sei que és fresca como um mar salgado. Doce como néctar. Que suave são os teus seios... Meigos como brisa em final de primavera. Mas... parafraseando Fernando Pessoa, diz-me: – Quanto do teu sal são lágrimas minhas? – Tu sabes como sou. Perco-me fácil no murmúrio de uma promessa e tu nunca encontras a certeza de um sentimento. Eu sei que quando olhas para trás te sentes linda e desejada. Então anda; caminha. Não tenhas medo. A orquestra está a tocar. Caminha. Agora pára! Olha para trás. Como me vês? Ainda te sentes linda e desejada?

Tu me destes o direito de indagar, embora não espere qualquer resposta. É verdade! Crê-me! Arrastar anacronismos românticos faz mal à saúde. Como te disse antes, fizeste das tuas ações a exceção à lei da amizade e cumpriste a regra, infelizmente, de todo o amor. Se nunca antes perguntei nada, foi porque nada havias roubado verdadeiramente de mim. No âmago da tua exacerbada presunção achaste que eu nunca perceberia? Eu te dei um voto de confiança e tu não soubeste merecê-lo. Nada em meu peito os anos hão deixado. Se queres contemplar, contempla. Diante de ti está o deserto e Deus não está por perto.

Ah, sim, “uma boa lembrança terrena é melhor que a boa fortuna”. – Será? Será mesmo? Não sei se concordo com isso. – Que bom que as minhas palavras “te permanecem como uma doce lembrança ecoando sem cessar num moto-contínuo, no teu pensar”. Que lindo! Se não fosse tão profundo até poderia acreditar... que o teu “coração se rasga a cada hora que nos distanciamos”. Anda, clica «aqui» e lê pra lembrares.

E se memória faltar, nunca pensei chegar a tal desencanto. Só a idéia já me horrorizava. Contudo, hoje, agora, faço minhas as tuas palavras. Do baú na minha ermita retiro o teu Alfred de Musset e os versos que gentilmente me contemplaste:

Je te bannis de ma mémoire,
Reste d'un amour insensé,
Mystérieuse et sombre histoire
Qui dormiras dans le passe!
Et toi qtíi, jadis, d'une amie
Portas la forme et le doux nom,
L'ínstant suprême oú je t'oublie,
Doit être celui du pardon.

3 – Amor no ar...

Ah, minha amiga... Agora somos anjos? Se me chamaste de anjo... Quanto do meu limo te contaminou? Quantas absurdas intrigas queres contar? Dos medos que lutei? Das penas que perdi? – Não! – Nem dos enredos que tu acreditas. Eu sei...

A honestidade de hoje não é mais valorizada. O que importa é o dinheiro. Não interessa se sou honesto e tu... Importa sim quem tem dinheiro. Quanto mais tu tens, mais respeitada és; quanto menos eu tenho, mais me faltas ao respeito. Parece que é assim que as coisas acontecem no Brasil, não é verdade? Mas, olha...

Lembras do teu amigo Zé Dirceu? Era um pé rapado, um malfeitor, um seqüestrador. De repente, ficou milionário e hoje todos o bajulam e ouvem os seus conselhos. Não importa o quanto roubou e quantos mandou matar... ou o quanto instiga o azêmola para iniciar um governo totalitário a lo Chavez, amantado em Castro. As portas se lhe abrem e não sei quantas calcinhas caem-lhe às pencas pela frente. E tu...

Tu ainda me chamas de herege? Que eu saiba, em grego, heresia significa opção de escolha. Entendo que não conheças o verdadeiro significado da expressão. Assim, permite-me dizer-te que sou. Sou! Claro que sou! Eu optei por escolher o meu futuro. Se fiz uma opção de escolha, sou um herege, sem dúvida alguma. Não concordo com o que acontece no Brasil nem posso seguir esse comportamento nacional que tanto me envergonha. Entretanto, se com tal palavra pretendes atribui-me o mesmo significado maléfico que a igreja católica dá para me transformares em inimigo ou em alguém que falseia ou não acredita, não poderias estar mais equivocada; tanto na acepção, quanto na dose da temperatura...

Não há mais calor nem fogo, querida. Não reparastes que há muito perdemos o fogo e logo o calor? Sem que para isso tivesses te dado conta? Eu fiquei apenas para tentar parar o tempo. Sou um sonhador incorrigível, já vês. Acredito em paraíso infinito e que cada gaivota é uma promessa. Tu destes vida à minha virilidade e a fizeste cantar como um amanhecer de primavera. Em tua alma vivi um outro universo. Hoje não me disperso...

O que acontece com a idade que quanto mais velhos nos tornamos, mais subvertemos o amor? E às sobras ainda chamamos de amor... Eu chamo! Talvez por me lembrar das tuas formas... dos ângulos onde me achavas e eu te fazia descobrir a ti mesma... A ti...

A ti que embalei em meus sonhos, cheguei a ouvir o que nunca foi dito... e aprendi a saber de mim através do que eu sei de ti. Ah... mas isso é apenas vaidade, que menos tu entenderás. O meu respeito por ti vai além de quanto vivo, embora saiba que nunca fomos um, que somos dois e continuaremos a ser dois. Em toda a nossa vida sempre seguimos caminhos diferentes... Nossa vida? Vê só como me ponho.

Que sinfonia nos ligava à mesma freqüência? O riso? Como era inebriante dançar contigo naquele piso lajotado da Confraria... E no clube? A orquestra era horrorosa, mas o show era só nosso. Lembras? Claro que sim! Nem tantos anos se passaram daquele estúpido vestido vermelho... Da contrição que vivi para descobrir depois que foi por maldade... A mesma iniqüidade do eufemismo dos cravos... Sem razão...

O pensamento faz engolir um vômito de fel... Faz, não faz?

Como se ama o silêncio, a luz e o aroma? Aconselho-te a perguntar a Gonçalves Dias. A mim... Ele me disse que amo em ti tudo quanto sofro.

Liberdade é uma coisa rara minha amiga e há que saber usá-la com sensatez.

domingo, 22 de junho de 2008

2 – Amor passado...

Por que não me amas no presente?... Amor vazio, vaidoso, sem escrúpulos e prepotente... Só para variar.

Como todo o mundo aí no Brasil, manipulas e deformas as opiniões. Quando as tens. Se as tens.

Outrora respeitável, destes para te comportares como viúva alegre? A exemplo desse governante da estulta maioria, eleito para governar o teu país. Meu não é mais. Tal como ele, cedes às tentações e aos prazeres e passas vergonhas em público por causa dos vícios privados e hábitos clandestinos.

Dignidade, respeitabilidade e ética não são palavras do teu dicionário. Já vejo. Igualmente como ele, quando não as relativizas, gerencias cada um dos seus significados às tuas necessidades. Não me surpreende. Afinal, esse é o espírito brasileiro que deixou de ser heróico para se tornar apenas canalha na voz da maioria. Inclusive na tua.

Que fizestes dos cravos que roubaste do meu jardim? A perversão dos teus atos deu lugar a eufemismos como esse? São apenas flores de vida efêmera; não falam nem têm o meu perfume. Nada arrebataste de mim. O motorista já se encarregou de reconstruir o canteiro e a governanta de plantar novas sementes. Orquídeas, desta vez.

Quando te chegará o dia do amor? Não o meu nem o nosso, pois sei que com ele só no passado convives. Quando tiveres o coração feito em tiras?

O que acontece com as pessoas aí no Brasil que as torna incapazes de tomar o futuro pelas mãos? Todos deram para viver num hiato de tempo entre o que eram e no que se tornaram? Vivem e ouvem vidas que nunca tiveram. Imergem nas novelas da Globo... nos dramas reais e na ficção do que gostariam que as respectivas vidas fossem? Aí nesse ‘paíf’ deram pra ser parentes da criança assassinada ou do menino raptado e choram pelos amores dos Globais enquanto odeiam os malvados das estórias pra boi dormir... contadas por Datenas a serviço do melhor pagador. Viver a vida dos outros, vi, causa-lhes indignação, mas não angústia de pensar nas próprias. Ou no leite falsificado; ou nos preços dos alimentos velhacamente majorados. Nem nas demais, nas favelas a crescer dominadas pela droga que a maioria mesmo alimenta; seja pelo consumo, seja pela covardia de enfrentar o problema, a começar dentro de casa; seja pela estupidez de acreditar que tal luta pertence ao Estado.

Mas tolos, agora se orgulham de serem viajantes solitários de mares internáuticos, do MSN, pecado para quem não o tem. Nem se dão conta que estão apenas perdidos no deserto, tendo por companhia um teclado e a própria imagem refletida na tela do computador.

Assim te vejo. Incapaz de tomares o futuro pelas mãos, sentas-te no estribo da tua vida à espera do jantar e de que alguém ligue a televisão. Não ouves os teus filhos a reclamarem? Eu sei. Tu apenas os escutas enquanto prestas atenção à novela rejeitada, de baixa audiência e péssimos atores.

Não precisas repetir que somos causa, condição e efeito das ações dos outros. Quem te disse isso, certamente não tinha espelho em casa. Por isso quebraste o da minha entrada? Mas não te preocupes. Já o substitui. No teu próximo aniversário, prometo, enviar-te-ei um de presente.

sábado, 21 de junho de 2008

1 – Amor epistolar.

Eu sei que tamanho, beleza e fortuna fazem parte do regesto social e são elementos do espicilégio humano. Então, como é possível levarmos dentro de nós a alma do outro se nenhum de nós atende a tais atributos e quando nos vemos nos pomos a dizer adeus?

Ouve-me: tem certos eventos que nunca são narrados nem escritos, mas tão somente guardados na memória... – Ou na alma, como nos guardamos um ao outro. – Alguns possuem cheiro, tato... como se ao recordá-los pudéssemos vivê-los do mesmo modo que aconteceram. Não importam os anos nem a distância; tampouco as recordações, sejam elas boas ou más. Na Lua nova preencho o teu pensamento; na cheia, tu em mim transbordas. Sempre foi assim desde aquele primeiro dia.

Quando o assunto é amor, Maquiavel se interpõe entre nós e nos possui com a sua dialética obscura e paradoxos grotescos. Só o que fazemos é perder a autoconsciência do quanto nos queremos, apesar da distância que se interpõe entre nós... a cada dia... a cada mês... a cada ano. Pessoas que se amam não devem viver juntas, sabias? Um sempre acaba levando o outro à loucura; idealistas não convivem bem juntos. Não importa o quanto como deuses nos tratemos um ao outro, sempre acabamos por nos comportar como desprezíveis mortais. Tu não podes punir-me com o teu amor, nem eu reprimir os teus sentimentos.

Ninguém pode ser feliz sem ser punido? – Deverias querer viver de amor e não morrer de amor. Ele jamais foi uma melancia onde cada um sacou a sua talhada e depois cuspiu as sementes. Lamento que te deixes levar pela devassidão que apodrece a cada instante o Brasil. Entendes agora porque não posso viver aí?

Sabemos tanto sobre filosofia, política e ciência, porém, sabemos tão pouco um sobre o outro. Vens e vais como um sopro, uma aragem que me acaricia o rosto. Eu sei que és um ser humano. E eu o que sou? Quando alguém sofre de ciúmes, pouco se pode fazer a respeito. É um ralo por onde todos os créditos se esvaem para nos conduzir à falência e ainda nos coloca em débito com a mediocridade. É bom confiar em alguém de vez em quando. Deverias experimentar de tempos em tempos. Talvez fora do Brasil. Quantas noites nos convencemos a passá-las juntos? E sempre temos a sensação que esquecemos alguma coisa...

Só dentro do quarto parecíamos ser felizes? Nada foi esquecido. Somos a incontestabilidade viva da paixão que nos une... Que nos guarda como um anjo da guarda... apesar da distância e do frio da minha ermita. Eu me tolero e aceito como és. Sem restrições. Não foi sempre assim?

Claro que tenho fé no futuro; continuo a ser o mesmo sonhador. As ilusões não têm defeitos e servem para nos fazer companhia. A eternidade nos alcançou no começo do nosso inverno e eu me senti abençoado naquele pequeno apartamento com colchão molenga e travesseiros manchados... Pensei que nesse antro, apesar de emprestado, havíamos enterrado as sementes da tragédia e as mágoas dos nossos passados. Pão italiano e queijo gouda jamais terão sabores tão extraordinários como naquele fim de tarde. É certo que o teu corpo sempre me inspirou milhares de promessas. Do mesmo modo que o teu rosto me deu mil interrogações.

Complexa eu sei que és. Não somos todos? Crês tu que a minha bagagem é mais leve que a tua? Que só as tuas esperanças e sonhos se perderam ao longo de todos estes anos? Trinta e cinco pontes cruzam o Sena em Paris... Cada uma atravessei e em nenhuma delas te vi à minha espera. Em nenhuma delas, hoje sei, sequer estiveste. Se frio passei em tantas caminhadas, pelo menos fico contente que o calor tenha-te aninhado e alijado do pérfido afável aperto de mão. Seria banal demais ter só Paris para lembrar.

Idolatrarmo-nos só nos torna mais obscuros. Deixemos que o obsceno se transforme em sagrado; um mantra a ser rezado. Se antes tinhas o frescor de quem não conhecia o amor físico, hoje possuis, na beleza do teu sorriso, a maturidade da realização sexual. Aproveita-a sem culpas, sem medo. O êxtase de cada manhã só de ti depende agora. Tu tens razão: as coisas só se tornam importantes conforme o nosso estado de espírito.

Que mais queres tu de mim? Incandescer-me como uma ilusão que não és? A tua vagina sempre foi para mim uma flor em ninho e uma caverna voraz cheia de mistérios e sensações. Ininterruptamente foi inebriante tocar-te o clitóris com a língua e perceber a avalanche de sabores e o sem fim de nuances das fragrâncias que me enlouqueciam e faziam delirar... Vieste aqui para me humilhar... Apenas me deixaste mais infeliz do que quando saías correndo do quarto onde me amavas... e eu te amei. Idéias e moral não são peso para ti, eu sei. Sentimentos do desconhecido só concernem aos outros. Se tu própria fazes as escolhas sozinha, como podes culpar-me ou eu em ti confiar?

Por ter fé no futuro não posso voltar enquanto acredito; enquanto ainda tenho alma.

terça-feira, 17 de junho de 2008

O Ministro da Justiça Brasileira e o Pugilista Cubano.

Na foto ao lado: o ministro “Deus me livre” da justiça do Brasil, Tarso Genro [ele é o branco de óculos] e o negro, um dos mais talentosos pugilistas, bicampeão mundial na categoria meio médio, o cubano, o Sr. Erislandy Lara.

É o algoz, o mentiroso, o safado, o branco, ao lado do negro a quem ofereceu a famosa justiça brasileira pela mão do seu próprio ministro.

Durante os jogos Jogos Pan-Americanos no Rio, em 2007, o Sr. Erislandy Lara fugiu do alojamento olímpico para pedir asilo político no Brasil. Pretendia com isso tentar contatos internacionais, já escolhidos, para seguir a sua carreira de atleta e escapar da miséria Cubana. 


Ele só queria fugir desse outro mentiroso e assassino chamado Fidel Castro, que não há quem o faça morrer. 

Coisa ruim é assim mesmo.

Pois bem, para resumo da história, Erislandy Lara foi preso pela “eficiente”, “honrada” e “honesta” polícia Brasileira e, no dia 6 de agosto de 2007, deportado para Cuba como se fosse um criminoso. 


A deportação se deu, segundo esse ser pusilânime chamado Tarso Genro, a pedido do próprio Lara que queria voltar para Cuba. 

MENTIRA!!!! Deslavada mentira. 

Horrorosa mentira, como só um petista é capaz de mentir.

O bom de não se viver debaixo desse regime espúrio e criminoso que governa o Brasil é que fora dele se sabem das verdades.

À minha chegada encontro uma manchete, datada do dia 12 deste mês, noticiando que Erislandy Lara conseguira fugir de Cuba para a Alemanha onde já ingressara no mundo profissional do Boxe. O seu novo promoter alemão, Ahmet Öner, da Arena Box Promotions, deu uma extensa entrevista revelando o fato.

Felizmente na Alemanha não existe PT. Portanto esse jovem atleta poderá, FINALMENTE, livrar-se do jugo Castrista e não precisará mais do Brasil para nada. Coitado do próximo boxeador brasileiro que o enfrentar. 


No dia 12 eu ainda estava no Brasil e não li nem vi nenhum destaque nos jornais sobre isso. É a boa e venal imprensa Brasileira fazendo o joguinho desses meliantes chamados Lulas, Zé Dirceus e Tarsos Genros.

Erislandy Lara nunca quis voltar para Cuba. Só voltou porque foi algemado a mando do safado ministro. Provavelmente, tal ordem ministerial resultou em retribuição ao fato do assassino Fidel Castro guardar o dinheiro que os petistas roubam do Brasil e escondem na Ilha.

Continuem a votar no PT, Brasileiros idiotas. 


Qualquer dia verão Gulags e Lubiankas serem instalados no Brasil. Depois não reclamem nem queiram vir para a Europa ou EUA para tentar a vida. Serão presos e deportados como já acontece atualmente.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Encino com ‘C’. Assim se ensina no Brasil.

Assim está escrito em alguns dos livros distribuídos pelo MEC [Ministério de Educação e Cultura] do nobre e valoroso governo do estulto Lula. Menos mal que não escreveram com ‘C’ de cedilha. É ou não é uma “levantagem” [assim também está escrito] de se estudar português no Brasil?

“A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo distribuiu livros com um erro de português, a palavra "encino", a professores da rede estadual de escolas públicas. O material com o erro é utilizado para orientar os professores de inglês que dão aulas à 8ª série”.
E o presidente da Associação de professores, APEOESP, sr. Carlos Ramiro de Castro, que foi condenado a pagar quase R$ 4 milhões por passeata contra o PLC do desemprego, ainda atribuiu tal imbecilidade a um erro de “digitação”. Que meigo! Realmente no teclado do MEC o ‘S’ fica pertinho do ‘C’. Lado a lado; e o(a) digitador(a) tecla com luvas de pele de carneiro. Na minha opinião, professor no Brasil ganha um salário demasiado alto para o que sabe. Isso sim!. Não sei do que reclamam. Acho que deviam ganhar ainda menos; de acordo com a burrice e falta de cultura que lhes são inerentes.
“O material não será recolhido para correção porque ele não chega às mãos dos alunos, de acordo com a Secretaria. As apostilas são materiais bimestrais editados pela Secretaria. Outros erros já foram apontados por professores e corrigidos pelo órgão neste ano”.

Com um ministro da cultura que nos envergonha, que mais "descultura" faz, e um ministro da educação que fala ‘obijetivo’ e ‘pissicologia’, vocês brasileiros, porque eu não sou mais, estão bem arrumados. Espero que estejam felizes e contentes. Afinal, eu sei, vocês acreditam que um país não se faz com educação. Eu sei que pra vocês é mais importante um risco no carro do que um professor faltar à escola ou falar a torto e a direito: nóiz vai; nóiz faz; a gente vamos; e nóiz véve muito bem


Cambada de imbecis, é o que vocês são.

Acho que têm que continuar a votar mesmo nesse governo ignorante e malfeitor que tanto gostam. Assim poderão aperfeiçoar a estupidez que lhes crassa e obterem imediatamente os certificados de imbecis que tanto merecem.

Um desses livros, o de geografia, localiza o “Xingu” no Rio Grande do Sul. Como o ministro da cultura usa aquele penteado fenomenal de dar nojo e o da Educação enche o cabelo de laquê, vai ver, os dois andam com o mapa virado ao contrário. 


Certamente não se trata de um erro de digitação, mas de penteado. Kakakakaka.

sábado, 14 de junho de 2008

Adão e Eva

Ainda estou na sala de embarque. O vôo está atrasado. Outra vez. 

Não sei o que acontece. Tampouco me importa. 

Na fila de cadeiras à minha frente tem um casal verdadeiramente apaixonado. Daqui a pouco os seios dela vão virar purê. 

Ou será que devo dizer “pirê”, como falam por aqui? 

No perna pra cá, perna pra lá; mão aqui, mão acolá, já vi a calcinha da moça umas duas ou três vezes. É branca com algum tipo de florzinha, cujos detalhes passaram desapercebidos. 

Acho que o casal não teve tempo de amassos antes de vir para o aeroporto. 

Ou, quem sabe, os de antes ficaram incompletos para serem finalizados justo diante de mim? 

No dedo dela tem uma aliança; no dele também. Se são recém-casados, a aliança brilha demais, leva-me a outros pensamentos...

Hoje em dia, as pessoas casam-se mais na busca utópica de um futuro tranqüilo, do que propriamente para exaltação de um sentimento chamado amor. O casal na minha frente contraria essa afirmação. 


Acabo de ver a calcinha outra vez.

Nos séculos passados, raros eram as uniões realizadas em nome dessa afeição sublimada entre duas pessoas. A mulher era vendida pelo pai a uma outra família para uma união, cujos interesses políticos ou situacionais, resultassem em benefícios de ambas. Na minha frente acho que nada disso aconteceu.

Em princípios do século vinte e até aos anos setenta, suportavam-se situações degradantes, em nome da moral e dos bons costumes. O divórcio era um ato abominável, repudiado por toda a sociedade. 


Os amassos também. 

A sede incontrolável do homem em dominar tudo à sua volta fez criar conceitos inescrupulosos sobre a mulher. Se falarem mal da moça à minha frente, ela não poderá reclamar. 

A ciência nunca conseguiu explicar, claramente, essa atitude genética entranhada no bicho homem. Talvez, porque a maioria dos cientistas são homens e só recentemente, a mulher ganhou a pulso o direito de entrar nesses círculos masculinos. 

Quem sabe, num futuro ainda distante, isso possa ser esclarecido e eu não fique envergonhado com a mão dele entre as pernas dela, justo neste momento.

Um amigo meu defende uma teoria muito interessante a respeito. 


Diz ele que esse domínio masculino sobre a mulher provém de uma vingança milenar trazida desde Adão; por causa da maçã da Eva, ele havia sido privado da boa vida, do “dolce far niente” do Paraíso. 

Esse ódio transformou-se num fator genético passado de geração em geração. Por isso, os homens foram subjugando as mulheres em todos os seus aspectos. Primeiro classificaram-nas de “apenas fêmeas reprodutoras”. 

Depois de “rainhas do lar”. 

Muitos séculos mais tarde, quando algumas, contra tudo e todos, decidiram trabalhar, inventaram a profissão, “doméstica”, para diferenciar as independentes, as mundanas, daquelas que teoricamente valorizavam, as “domesticadas”. 

Assim criaram dois tipos de castas femininas: As domesticadas e as rebeldes; estas últimas com quem procediam e ainda procedem com os assédios vários e desrespeitos mil. 

Quando se deram conta que as “domesticadas” não eram assim tão mansas, numa tentativa de manter vantagem sobre elas, mudaram a profissão para “do Lar” ou “dona de casa”, tomando o cuidado na preposição “de” e não “da casa”. 

Afinal, com esse pequeno eufemismo disfarçaram em nome de quem estava a escritura. Desta forma, permitiam-lhes trabalhos de meio expediente sem perder o controle.

Por sua vez a Eva, cheia de remorsos por ter-se deixado convencer pela cobra, também gerou um gene transmitido a todas as gerações futuras de mulheres. O da aceitação e submissão plena da vontade masculina; a anuência irrestrita da sua condição de reprodutora.

A própria Bíblia no seu Livro dos Gênesis relata, sem qualquer impedimento, a relação incestuosa de Lót, o sobrinho de Abraão, com as filhas depois de terem fugido da destruição de Sodoma e Gomorra. 


Afinal a reprodução da espécie estava em jogo; se existem mulheres por perto, pouco importa o grau de parentesco, elas têm de reproduzir... Aliás, elas fazem questão de reproduzir... 

O casal na minha frente, acho que não.

Escrita por homens, esta narração representa uma prova da deturpação mental masculina em relação à mulher e do domínio ferruginoso exercido sobre ela. 


Aliás, sempre tendo a mulher como uma máquina reprodutora, esse livro histórico, sem perder os méritos intrínsecos e religiosos que possuiu, tende a ser um tratado de relações entre os diferentes personagens dominantes: o homem sobre a mulher. 

Na minha frente parece-me que ocorre o contrário. 

A necessidade constante do prazer masculino e da sua necessidade de auto-afirmação leva o homem a criar situações esdrúxulas e aberrantes em prol desse deleite e da justificação cabal da exigência em satisfazer-se fisiologicamente. 

Será?

Cientistas do passado chegaram a provar que a mulher não sentia prazer no ato sexual. Milhões de mulheres acreditaram e ainda crêem nisso. 


Ainda hoje, alguns povos praticam a infibulação. Ou então, cortam o clitóris da mulher simplesmente, para que estas se dediquem ao seu papel principal, vendando-lhes qualquer tipo de sensação. 

Waris Dirie, a super modelo internacional e tantas mulheres do mundo, estão aí para demonstrar a realidade da estupidez masculina e a subserviência “burra” das mulheres.

Contudo, aparentemente ao longo dos séculos, algo fez com que se criassem anticorpos contra esses genes nocivos. 


Talvez tenha sido a preguiça inerente no homem, diz esse amigo meu, a causa para a abertura e concessão de algumas liberdades femininas. 

Obviamente, o ativismo peculiar da mulher permitiu-lhe aproveitar essas pequenas frestas de liberdade. 

Vieram os decotes, os estudos escolares, a mini saia, o aborto, o divórcio, a capacitação profissional e, ultimamente, o comando de empresas; muitas delas passaram efetivamente a serem “donas da casa” e da fila de cadeiras à minha frente. 

As pessoas ao lado levantaram-se incomodadas.

Vocês já imaginaram como o mundo teria sido diferente, se tivessem sido as mulheres a escrever o Antigo Testamento ou o Alcorão, apenas para citar dois livros famosos que modificaram a face do ser humano? 

Sacanagens como as que se desenrolam na minha frente seriam uma maravilha e não inspiração para esta crônica enquanto espero pelo embarque.

Um Pensamento na Sala de Embarque.

Enquanto espero o sinal de embarque para sair do Brasil deu-me para imaginar como serão os adultos amanhã; os que vivem a presente adolescência regida pela mão petista com batuta do Lula. 

Tempos sombrios se avizinham.

O meu avô dizia sempre que quem pensa que sabe o que vai na cabeça de uma mulher, não sabe de nada. 


Era um sábio. 

Tomara que sejam as mulheres o futuro real deste país. Quem sabe a ética retorna e o civismo finca residência. 

Que elas consigam maravilhar-nos de maneira extraordinária como a maioria o faz. 

Não as Dilmas Rousseff ou Martaxas, por suposto. Estas não surpreendem. Atormentam! Ambas são piores que vinte Lulas e dez Zé Dirceus juntos. Infelizmente! 

Por mais créditos comprovados que se dêem às mulheres, estas duas envergonham a classe. Para algumas o passado é só um contratempo. Isso é absolutamente lastimável.

Nestes dias de férias descobri que viver no Brasil causa-me raiva. Paradoxalmente, amplia a minha visão. 


Dou-me conta que, enquanto aqui morei, sofri de uma extraordinária falta de vista. 

Há coisa de uma ou duas semanas, por exemplo, reparei que as pessoas falam errado. Creio já ter mencionado isso numa das minhas crônicas anteriores. Não só as com quem me encontro pela rua, mas nos noticiários no rádio e TV. 

Sobre a TV Record, do infausto Edir Macedo, não dá nem para começar a falar. Ali não tem jeito mesmo. 

A rádio e a TV Bandeirantes parecem um amontoado de analfabetos reunidos em transmissão. Ressalva seja feita para o Joelmir Betting e José Simão. 

Quanto à Globo, cujo jornal é cheio de erros, parece ter transferido a ignorância do escrever para o falar nos programas e noticiários. 

Fico até com dó de quem escuta a rádio CBN; aquela que diz que só toca notícias, mas toca mais propaganda que outra coisa. Sem falar os constantes tropeços na gramática e nas palavras mal pronunciadas.

Português é um idioma extremamente difícil, se comparado ao inglês, alemão e até ao Francês. Eu que pego facilmente os cacoetes do linguajar popular, se continuasse mais algumas semanas no Brasil, a assistir os jornais nacionais, desaprenderia o pouco que sei. 


Ainda há pouco, com a atendente do Check-in, ouvi-me a falar errado. Isto traz de volta aos adolescentes de hoje. A juventude que se encarregará de reger o futuro deste país amanhã. 

Se tomar como exemplo a maioria dos Promotores Públicos, todos eles jovens nos vinte e tantos anos, na metade deste século o idioma deste país terá sido completamente estuprado... ou devo dizer “extrupado” como li esta manhã na página policial de um grande jornal do Estado de São Paulo?

A verdade é um bicho terrível! Um vício também. Só ela me permitiu enxergar as esperanças que se perderam com o advento tucano no poder e os sonhos desfeitos por causa desse criminoso governo Lula e seus quarenta peteístas. 


Só um governo assim contrata uma criminosa, ladra de bancos, como a Dilma Rousseff, para ser chefe da Casa Civil ou um seqüestrador como o Franklin Martins para ser ministro.

Com um analfabeto na presidência, trocando os ‘S’ por ‘F’ caminhamos até para a desmoralização do idioma. Não é de surpreender que Portugal não concorde com as propostas apresentadas pelo Brasil para a unificação do idioma Português.

Ao meu lado tem quatro jovens brasileiros. 


Pelas roupas, modo de falar e atitudes surrupiadas serão mais quatro a serem presos ou deportados à chegada; seja lá o país para onde vão. 

Que pena!

quarta-feira, 4 de junho de 2008

E-mails e ameaças recebidas!

Gostaria de responder individualmente a todos os e-mails que me chegaram. Alguns o fiz com gosto e prazer; outros, a maioria, devo confessar, faltou-me engenho e arte para decifrá-los e até para lê-los. 

Não obstante, agradeço a todos e a todas por me lerem e mais, por se darem ao trabalho de me escreverem. 

A favor ou contra das minhas palavras, vocês são como um elixir de alento para poder continuar... Embora até hoje não consiga entender como o meu blog tem tantos acessos. 

Enfim, a Internet tem lá os seus mistérios... Talvez nem tantos.

Alguns me perguntam por que fiquei tanto tempo sem postar nada. Alguns meses, é verdade. Contudo, não moro mais “nestepaíz” e este blog tem como objetivo expor o que me aborrece no Brasil e não sobre o país onde decidi viver por não mais me sentir a gosto no meu. 


Se pretendo manter a coerência com o objetivo que dei ao blog, só posso escrever sobre o Brasil, quando nele estou e não à distância. 

Longe, como poderão compreender, os fatos do dia a dia perdem substância por causa da paz e tranqüilidade que lá me rodeia.

O que aqui escrevo não são desabafos como vários e-mails femininos assim explicitam e outros apenas insinuam. Menos ainda frustrações ou qualquer coisa do gênero. 


Lamento que pensem dessa forma. 

Lamento mais ainda que deturpem as minhas palavras e muitos de vocês as canalizem por um filtro peteísta com ameaças e tudo. 

São essas ameaças que me dão a certeza de afirmar categoricamente, sem qualquer sombra de dúvida, que o PT é uma agremiação de bandidos, cujo propósito é se locupletar à custa daqueles que, de boa fé, acreditaram no que hoje se sabe, não passava de um arrazoado de mentiras.

Pelas ameaças recebidas, creio, explica-se a quantidade de acessos a este blog. 


Muito me honra e alegra que o tenham sob vigilância. 

O que escrevo, afinal, não se perde no éter nem cai em saco roto. 

Mais bem melhor”, como diz o Lula, parece que as minhas palavras os incomoda. 

Melhor assim. Fico feliz.

Quanto às ameaças, podem ficar descansados que continuarei a expor aqui a minha opinião. A vocês, peteístas, recomendo-lhes que voltem para a escola e aprendam a escrever e, sobretudo, a falar, já que roubar o sabem fazer muito bem. 

Quem sabe, dessa forma, poderão escrever-me e-mails com ameaças em português correto? 

No fundo, vocês não passam de analfabetos criminosos, ladrões e salafrários. A mim, vocês não me causam medo nem mossa. Os e-mails que me enviaram dão pena. Como não desaprendi português para poder colocar-me no nível onde vocês se encontram, esta é a resposta que lhes dou; a única que o asco que vocês me causam permite que lhes dê.


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