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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

O Brasil é um país dantesco! – parte 2

A maior tragédia brasileira dos últimos cem anos no país, sumiu dos jornais. Ninguém mais fala ou escreve sobre as centenas de mortos e desaparecidos na região serrana do Rio de Janeiro.

Nem mais o número de mortos é informado. A última vez que li algo, a estatística estava em 840 mortos e 500 desaparecidos.

O jornalismo brasileiro superficial, - velhaco e corrupto como sempre, - esqueceu novamente que uma das suas obrigações é cobrar providências das “otoridades”. Acompanhar que tais providências estejam sendo implementadas e praticadas adequadamente NOS PRAZOS PROMETIDOS, deveria ser outro dos seus deveres! Mas, em se tratando de jornalismo brasileiro seria pedir demais. Seria pedir um profissionalismo que não existe.

Não há inteligência para tanto, especialmente, porque moral e ética há muito não fazem parte dos seus atributos. Amor ao país, tampouco... exceto durante a copa do mundo de futebol...

Os milhares de desabrigados que se virem! Cada um que arrume um teto para se abrigar. Muitos desses infelizes já estão até reconstruindo os seus barracos de tábuas nos mesmos locais onde os pais e/ou filhos morreram soterrados. Fazer o quê? Ignorância e burrice são características tão brasileiras...

Omissão e desleixo das "otoridades", também!

A “presidenta” Dilma, ladra de três bancos na juventude, que na velhice nada me garante que não esteja praticando ou orientando outros assaltos, (recordemos as falcatruas da Erenice Guerra), já prometeu coisas que já existem... como boa vigarista que é! Prometeu também mais não sei quantas mil casas para os infelizes que perderam tudo... e voltou silenciosamente para Brasília... Não sem antes dar uma paradinha em São Paulo para receber diretamente outras orientações do vigarista mentor.

O silêncio da “presidenta” deu lugar às habituais masturbações mentais do “Se”, que no Brasil ocorrem usualmente após cada desgraça.

Tentar prever ou prevenir com antecedência não faz parte do proceder nacional; seja do governo ou do povo.

O povo brasileiro acostumou-se, por defeito genético, suspeito eu, a esperar que alguém tome as decisões por ele ou que alguém lhe diga o que fazer. Como a “presidenta” calou, pois competência para mais não tem, o silêncio da mídia sobre a desgraça no Rio, imperou. As vozes voltaram-se todas para o que acontece na Tunísia e no Egito... Os plumitivos brasileiros preferem noticiar à exaustão os distúrbios no mundo árabe do que cobrar e exigir soluções imediatas para as mazelas e omissões governamentais do Brasil.

Fosse essa imbecilidade pouca, recordo agora que semanas atrás, pela Globo News, assisti a um desfile de utopias:

Primeiro, apareceu um desses muitos “chefes” da defesa civil, obviamente vestido com o uniforme de trabalho, para mostrar que estava trabalhando... Apenas disse as patacoadas de sempre. Todas elas reativas, atabalhoadas, um chover no molhado que dar enjôo. Em nenhum momento falou que parte da culpa da tragédia se devia à omissão do seu departamento e à corrupção que existe dentro do seu departamento! Nem poderia.

Depois foi a vez do sujeito do CREAA (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia), arrazoar do alto da estultice que o caracteriza, uma porção de “Se” sobre a tragédia na região serrana.

Sem se envergonhar ou enrubescer , o estulto pôs-se a desfilar condicionalidades na base do se porventura:

Se” o governo dos Estado tivesse feito isso....

Se” a secretaria tal tivesse feito aquilo e aqueloutro...

Se” as prefeituras tivessem fiscalizado tal coisa e outra coisa tal... etc, etc.

Os “Se” foram muitos. No final, encerou a entrevista prometendo criar uma comissão fiscalizadora...

Comissão Fiscalizadora?

Que cara-de-pau! Melhor tivesse ficado mudo ou ido para o galpão da escola de samba preferida e ensaiar o enredo para o carnaval de Março.

Esse tipo de gente só serve para dar comichão.

Não há nada pior do que fazer uma promessa, cuja concretização todo mundo sabe que jamais se realizará. Especialmente vindo ela de quem veio... sem que aqui insinue qualquer maledicência. Obviamente!

Especialmente em relação ao CREAA do Rio de Janeiro, que tantos “bons” serviços fiscalizadores tem prestado ao Estado; um tanto sutis e mal compreendidos, é bem verdade. Coitados! Que dó.

Neste instante recordo 1983 e a merda de apartamentos caríssimos, construídos pela Sérgio Dourado, na barra da Tijuca, de um dos quais fui um dos muitos proprietários infelizes. Levei cinco anos para me ver livre do abacaxi. Recordo também o desabamento do Palace 2 construído com areia da praia pelo Sérgio Naya, onde morreram oito pessoas...

Se me esforçar um pouco mais... sou capaz de recordar a tragédia da construção da ponte Rio-Niterói, que só existe hoje porque o governo de então pediu ajuda à engenharia portuguesa... e a faculdade de engenharia da UFRJ passou a ser dirigia por professores portugueses, com programa e exigências acadêmicas portuguesas.

Menos mal que a engenharia brasileira melhorou um pouco... embora as grandes construtoras nacionais estejam repletas de engenheiros portugueses.

O CREAA, em todas as épocas trágicas, tem um gosto todo especial de vir a público para verbalizar os seus “Se” e nos fazer crer que servem para alguma coisa... quando, de fato, de prático, não servem para porcaria nenhuma! Nenhuma, mesmo! Nem para punir os vigaristas associados, exceto se o caso se tornar trágico e público. Se for só trágico nem se manifestam... como ocorreu na época das vigarices do Sérgio Dourado.

Criar uma “comissão” para “isto” e para “aquilo” é a epítome gloriosa, habitual e generalizada a que as “otoridades” e Conselhos Regionais brasileiros deitam mão para demonstrarem à patuléia o firme propósito de fingirem que trabalham... enquanto os membros participantes se aboletam com o dinheiro destinado à criação das “comissão”... para aliviarem a comichão do bolso.

Tomar ações preventivas ou usarem das prerrogativas legais que dispõem para evitar desabamentos, ou que maus engenheiros e maus arquitetos enganem incautos, ou alertar/ prevenir tragédias como as que aconteceram na região serrana do Rio, para isso eles não têm expediente nem imaginação.

O PT, o Lula e agora a Ladra de bancos devem estar muito orgulhosos. Só fazem bem ao Brasil, tantos são os exemplos “éticos” e "críveis" que dão ao país. Que bom ver o povo brasileiro votar tão bem para eleger a incompetência, a corrupção, a ladroagem e a imbecilidade para governá-los e para formarem os CREAs da vida.


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