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sábado, 29 de janeiro de 2011

A imprensa e o PanAmericano

Nada me dá mais nojo no Brasil do que a grande imprensa no geral; ou todos os jornalistas, (todos mesmo), que nela trabalham, em particular e individualmente. Maior incompetência, venalidade e leviandade não se poderiam encontrar no ramo.

Nem no Burundi ou no Zimbabwe encontrei plumitivos tão abjetos como os brasileiros. E olha que nesses dois países, onde eu já morei, os jornais são uma espécie de apêndices da voz dos respectivos ditadores.

Os áulicos já dirão que generalizar é errado. Em toda a regra há sempre alguma exceção... Algum jornalista sério deverá existir na Folha, no Estadão, no Globo, etc...

Sei! Talvez em sonhos. Talvez por obra do efeito orphidya trouxéssemos o passado para revivê-lo no presente. Talvez os recém contratados, saídos de faculdades de quinta categoria... que ainda estão aprendendo a ler e a escrever... mas que muito em breve já se igualarão aos demais... se quiserem manter os empregos e as mixarias que ganham... as quais, diga-se, são a meu ver até muito elevadas para a ignorância e burrice que demonstram.

Não é sem razão que o deputado Sérgio Moraes afirmou para quem quisesse ouvir:

– “Estou me lixando para a opinião pública. Até porque parte dela não acredita no que vocês [jornalistas] escrevem. Vocês batem, mas a gente se reelege".
O homem estava e continua coberto de razão. Apenas disse a verdade, mas a imprensa magoou. Sentiu-se ofendida.

Prostituta também se ofende se é chamada de “puta”.

A verdade sempre dói se a aleivosia é a base do viver profissional.

Realmente os brasileiros não lêem jornal. Pouca importância ou credibilidade dão ao que é publicado. Mesmo via internet, a maioria apenas lê as manchetes... quando lê!

Por que será?

De certa forma, conhecendo bem o jornalismo brasileiro como infelizmente conheço, o grande público tem razão ao ignorar, ou pouco ligar para o que é noticiado.

Segundo o site do Clube Online «aqui», em 2010 a média somada da circulação total diária dos 20 maiores jornais, filiados ao IVC, chegou somente a 2.888.238 exemplares por dia. Esse número é bruto. Dele não foram abatidos os milhares de jornais não vendidos, portanto, devolvidos pelas bancas e quiosques.

Se tomarmos a grosso modo, (fazendo um belo arredondamento), a base da população ativa com mais de 16 anos, capaz de ler, isto é, o número de eleitores habilitados nas últimas eleições, (130 milhões), poderíamos supor que somente 2,2% dos brasileiros lêem jornal impresso. Poderíamos!

Obviamente nesse número está incluído o deputado Tiririca, assim como a maioria da população carcerária que é votante e todos os usurpadores e invasores que fazem parte do MST, apesar de nenhum deles saber ou desejar ler uma linha sequer.

Pois bem, ontem, a Folha de São Paulo «aqui», informou que o “Rombo do banco PanAmericano deve ir a R$ 4 bilhões”. Eu já havia escrito esse exato valor em 18/11/2010 «aqui». Jornalismo ruim é assim mesmo.

Segundo a reportagem, o valor mencionado foi obtido junto a “técnicos que finalizam o balanço”.

Técnicos que finalizam o balanço???? Eu gostaria de ver a cara desses “técnicos”.

A informação mais parece ter sido passada pela "moça" do cafezinho ou pelo ascensorista do elevador de serviço... se levarmos em conta a "riqueza" de detalhes espraiados pela reportagem.

É uma pena que o autor da matéria, Mário César Carvalho, desconheça que o balanço ainda está longe de terminar, pois as trapaças e documentos forjados/ falsificados que surgiram “do nada”, são muitos.

Como eu disse aqui, dias atrás, jornalismo no Brasil se faz aos bochechos... Mário César Carvalho segue a tônica tão peculiar a toda a mídia brasileira. Parece que todos estudaram na mesma universidade Tabajara do Casseta e Planeta. Sinceramente, não entendo a lógica informativa dos "profissionais" brasileiros da informação; nem as “fontes” a que recorrem.

Como podem ser tão incompetentes? Tão imbecis? Como a Folha pode empregar um sujeito como esse Carvalho? Pior, onde estava o editor quando a matéria foi enviada para impressão?

Ontem, sexta-feira, por volta das 17 horas, aqui em Bruxelas, portanto, cerca das 14 horas no Brasil, eu, a 10.000 kms de distância, soube que o valor da fraude praticada no PanAmericano já havia passado dos R$ 4.3 Bilhões e muito ainda faltava para concluir a auditoria.

Soube também que o Banco Central e a Caixa Econômica têm feito uma pressão danada para que as consultorias apresentem logo um resultado final. Porém, devido às difamações e maledicências que Luiz Sandoval, o próprio Silvio Santos e até a CEF disseram delas, parece que tal finalização não irá ocorrer tão cedo... embora um valor parcial, para amanhã à noite, (domingo), esteja sendo somado para ser divulgado.

Edemar Cid Ferreira, do Banco Santos, deve estar se remoendo de inveja. Tadinho! Como deve se sentir injustiçado pelo seu desfalque, que no princípio era só de 700 milhões, mas que ao final, por má vontade e zelo exacerbado do gestor da massa falida, chegou a R$ 3,5 bilhões... Até a encomenda de papel higiênico, que no fechamento do banco estava apenas prevista para o mês seguinte, foi computada como dívida...

É de dar dó!

Menos mal que José Sarney pôde retirar os seus milhões... horas antes se ser decretada a intervenção...

E ainda dizem que o Sarney não é um visionário...

Mas, como já disse a "renomada" Miriam Leitão, «aqui», que me inspirou a escrever “Brasil, um país de Pinóquios”, o "PanAmericano foi um caso pontual". Ela só não disse quanto recebeu para escrever tantas mentiras.

Silvio Santos, mentor de um desfalque que deve ultrapassar R$ 5 Bilhões, ainda não foi preso! Tampouco alguém lhe enfiou uma estaca no coração. Uma pena!

Pelo contrário! Bandido que é bandido mesmo, no Brasil, não lhe acontece nada! Recebe toda a ajuda possível. Até o governo se desdobra em mil para ajudar... levando o “seu” por fora, é claro!

Contudo, que ninguém se engane, o grande idealizador e mandante da fraude do PanAmericano é o próprio Silvio Santos em pessoa; em carne, osso e peruca ruiva. Edemar Cid Ferreira é um anjinho comparado ao sr. Senor Abravanel...

Obviamente o jornalismo brasileiro ignora esse fato. Faz-se de autista. A troco de quanto seria interessante saber. Não obstante, fica reclamando pelas esquinas que não vende jornal e os plumitivos se ofendem todos, tal qual vestal pudica, quando são cobertos pela mesma lama e adjetivos dedicados aos políticos.

Hoje em dia, mais ainda neste caso do PanAmericano, ou no fato de uma ladra de bancos ter chegado à presidência do Brasil, o jornalismo brasileiro tornou-se comprovadamente pior do que a classe política degenerada que governa o país.


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