Fã petista ensina como ler documentos do WikiLeaks. Pode?
... ou será um ato desesperado para evitar que a irresponsabilidade derive em tragédia?
Já virá o dia, espero, em que permanecerei indiferente aos desvarios do bando vermelho. Por enquanto não consigo.
Quinze dias atrás comecei a desconfiar das preferências ideológicas de Natália Viana, – a jornalista, – segundo o seu apregoamento, – convidada a colaborar com o Wikileaks. A moça é chegada a um PT! Surpresa das surpresas...
Nem tanto! Mas há momentos em que me deixo levar pela pressuposição que todos são inocentes, até prova em contrário. Defeito de formação.
Contudo, quando se trata de vermelhos preciso aprender que supor inocência neles é a exceção e não a regra.
Quem mais, exceto a esquerda libertária, apoiaria fanática e cegamente o WikiLeaks... sem refletir nas conseqüências? Melhor evitarmos que os sinos repiquem em alerta... Se dobrarem em breve, muito temo, poderão dizer o nome de Clifford Andrew Welch...
Até há poucos dias, os resumos assinados pela jornalista, no site WikiLeaks, mais pareciam um duelo feroz entre os erros ortográficos e a pobre sintaxe.
Para ver quem dominava, as anadiploses arbitravam; os erros impunham-se; os nomes dos citados ora suprimiam, ora adicionavam letras adventícias; e as frases rebelavam-se em anacolutos indômitos.
Bem ao estilo aloprado, percebo hoje, influenciado pelo acento insofismável dos “lingüinha plesa”.
Mas... – grugunzava eu com os meus botões, lá no início de dezembro: – coitada! Deve andar assoberbada com a leitura de tantos telegramas... Mal consegue parar pra escrever um resumo, quanto mais revisá-los... Não dispõe de tempo para reler o escrito, – compadecia-me eu. – Tampouco deve ter alguém para ajudá-la. Pobrezinha. Tão esforçada...
À partida, sempre penso o melhor de qualquer criatura. Ponderações lúdicas, reconheço. Por mais que me esforce, raramente questiono a credibilidade de alguém. Infelizmente, logo depois a decepção não se faz esperar.
Retirar documentos do site do WikiLeaks e formatá-los de modo a permitirem uma leitura fácil, leva o seu tempo. Bem posso afirmá-lo com 122 telegramas postados «aqui».
Então eu corrigia. Por solidariedade. Por acreditar que no WikiLeaks brilhava uma centelha de liberdade que não poderia delir.
Ledo engano.
Depois de expurgar toda a sujeira nos resumos, sorria entusiasmado. O conteúdo abrangia com certa propriedade os assuntos tratados. A moça parecia ter algum mérito, embora parco talento.
A imundice no texto logo era esquecida.
Até pesquisei nomes nos telegramas para descobrir o modo certo de corrigi-los nas transcrições para o meu blog. Quantos e quantos documentos não precisei ler para descobrir a quais Natália se referia... Quase todos os links especificados por ela estavam errados ou inativos; ou levavam a lugar nenhum...
Mesmo assim, por várias vezes, a piedade instou-me a oferecer-lhe auxilio na revisão. Fez-me lembrar até de Santo Agostinho: – “credo quia absurdum!” – Parecia-me uma absurdidade ver alguém, – intitulando-se jornalista, – soltar textos daquela maneira.
Mesmo em Bruxelas poderia ajudá-la... Especialmente em dezembro, cercado de neve, e o nariz quase congelado se saía à rua. Com a internet, o longe fica perto, pertinho; num dá nem légua, sô!, já diria o mineiro. – Ainda bem que fiquei calado!
Os primeiros seis ou oito resumos (o que Natália escreve não se pode chamar de artigos), que arquivei, nem fiz observações. Depois, comecei a ficar indignado a cada novo parágrafo.
A moça era muito relaxada.
Pior.
No dia 27/12 percebi que esse descaso e incompetência também se esparramavam para assuntos mais sérios, com propósitos confusos, quiçá obscuros.
Toda a minha boa vontade em relação à moça esfumou-se. Em 22/12 já havia descoberto que o WikiLeaks não passa de uma grande farsa sensacionalista, coberta de irresponsabilidade. E a jornalista...
De repente deixou de “resumir” no site do WikiLeaks e mudou-se de mala e cuia para a Carta Capital. Fiquei assustado. Surpreso! Não gostei... Mas nada errado pensei. Palavra de honra!
Sou a favor da liberdade total.
Cada um mora onde quer e dá o que quer. A liberdade não é suprema virtude de ninguém, mas de todos; tem amplitude e caráter universal. Apenas me enfureço com a farsa, com a hipocrisia...
A Revista Carta Capital é a penúria cinzenta, pintada de vermelho; a casa da má hora; quem lá vai não torna! O panfleto que lá publicam dá-me ojeriza. E o editor-chefe mais ainda; por ser sujeito magano; o maior vedóia que já conheci. Se penso no nome fico com urticária. Coço-me todo.
Melhor voltar ao ensejo deste post.
Pois bem, não é que as minhas suspeitas se confirmaram?! Natália Viana, bem ao estilo petista-aloprado, vem ensinar-nos como devemos ler e interpretar os telegramas do WikiLeaks.
Isso sugere! Confusa, é certo. Com que propósito?
Pretensão e água benta cada um toma a que tem ou pode. Até parece que os telegramas do WikiLeaks permitem leitura fácil por qualquer brasileiro... mesmo usando o tradutor do Google, que é pior que a "Brastemp".
Mas o texto da jornalista intui algo mais... Há nele um certo toque molambo...
As palavras ressoam a ato de desespero a mitigar culpas para tentar evitar uma tragédia; que se acontecer, bom quinhão de culpa lhe caberá.
Vamos aos fatos:
No dia 19/12/2010, por volta das 00:00 hs. GMT, (22:00 hs de 18/12, horário de Brasília), o site do WikiLeaks divulgou o Telegrama 09SAOPAULO317, titulado “O método do MST: Trabalhar o Estado, desapropriar os residentes”, assinado por Thomas White, Cônsul-geral dos Estados Unidos em S. Paulo. «Leia aqui» (em inglês).
O assunto versa sobre atividades e proezas do MST. No texto, o nome de Clifford Andrew Welch, professor americano, residente legal no Brasil, adjunto do Curso de História, da Universidade Federal de São Paulo, e coordenador adjunto do Núcleo de Estudos, Pesquisas e Projetos de Reforma Agrária (NERA), aparece como fonte de várias informações e opiniões sobre o MST.
Informações supostamente passadas, de viva voz, ao vice-cônsul americano Benjamin A. Leroy, personagem que no texto do telegrama aparece identificado com a sigla “EconOff”.
Nota: Ninguém sabe, (exceto os diplomatas americanos, claro), se “EconOff” é uma sigla de segurança interna do consulado ou se foi inventada pelo WikiLeaks, pois estes senhores, com Julian Assange à cabeça, deram para apagar, – arbitrariamente e no melhor estilo sem nexo, – nomes ou partes de textos, e até para acrescentarem frase nos documentos. A ilação entre “EconOff” e o nome de Benjamin A. Leroy é minha, baseado no texto do telegrama, em comparação com o conteúdo narrado na carta, supostamente escrita por Clifford Andrew Welch. «Leia aqui»
Nota: Junto com o telegrama em questão, o WikiLeaks divulgou simultaneamente mais outros seis, todos versando sobre o MST. Para ler os sete documentos, acesse a página do WikiLeaks «aqui». São os últimos da relação.
No dia 19/12/2010, às 09:17 hs, hora de Brasília, isto é, cerca de dez horas após a divulgação do telegrama, o Jornal o Globo publicou uma matéria titulada – “MST teria espiões no Incra para orientar invasões, revelam telegramas vazados pelo WikiLeaks” – assinada pela jornalista Tatiana Farah. «Leia aqui».
No mesmo dia 19/12/2010, às 14:00 GMT, (equivalente às 16:00, hora Brasília. O texto foi elaborado em S. Paulo), portanto, sete horas depois do jornal, Natália Viana escreveu, em português e inglês, um resumo, titulado “Brasil - Os relatórios sobre o MST”, postado no WikiLeaks, «leia aqui»
Ainda no mesmo dia, em horário incógnito, e sem assinatura, o site da Rede de Comunicadores pela Reforma Agrária, postou uma entrevista, real ou imaginária, (não está especificado), titulada “Humor: Entrevista com o ‘espião’ no Incra”. «Leia aqui».
No dia 23/12/2010, o site do MST reproduziu um artigo titulado, "Os telegramas do Wikileaks, a mídia e o MST" do professor Igor Fuser, da Faculdade Cásper Líbero, desancando com o que ele chama de “imprensa empresarial brasileira”, referindo-se especialmente à família Marinho, das organizações Globo, e aos Frias da Folha de S. Paulo, enquanto desfila os impropérios de praxe contra o “império gringo”. «Leia aqui».
Nota: Se o leitor decidir ler o artigo de Igor Fuser, sugiro fazê-lo com atenção redobrada. Já a seguir encontrará outro texto onde a memória residual dessa leitura será importante para detectar as semelhanças.
No dia 27/12/2010, na página do MST apareceu uma nota, titulada "O Globo distorce Wikileaks para atacar Reforma Agrária", – na verdade um arrazoado de palavras estrepitosas e propagandistas, – para divulgar uma carta, supostamente escrita pelo professor Clifford Andrew Welch, mencionado no telegrama americano 09SAOPAULO317, como fonte de informações. «Leia aqui».
Nota: Neste momento recomendo que o leitor compare o estilo de redação da carta com a do artigo do professor Igor Fuser.
Também no dia 27/12, sem horário especificado, embora tudo leve a crer que ocorreu após o anúncio do MST, Natália Viana, espargiu no bolg da Carta Capital uma espécie de epístola gnóstica, titulada “MST, o jornalismo em rede – e afinal, documentos são documentos”, que desencadeou a minha disposição para escrever este post. «Leia aqui».
Não fosse Natália, auto-proclamada jornalista, ligada ao WikiLeaks, para escrever matérias a respeito ou dar justificações falsas, como já as deu para mim, eu não estaria gastando os meus dedinhos.
Nem teria ficado indignado!
Preocupado fiquei, e muito, quando li a matéria no Globo e nela vi estampado o nome do professor, descrito lá como aficionado do MST a passar informações para os americanos.
O que eu antevira no post “Reflexões sobre o WikiLeaks, «parte-1» e «parte-2»”, acabava de acontecer. Alguém, sem poder algum, Clifford Andrew Welch, acabava de ser ascendido a possível vítima de uma organização criminosa, o MST.
Em cada palavra da reportagem eu senti a irresponsabilidade do WikiLeaks. Se dúvida alguma tinha, não tenho mais. São uma turba de imbecis a manipularem documentos, sem terem a menor idéia do que fazem ou do dolo iminente que podem causar na segurança das pessoas citadas nos documentos.
Natália Viana, por associação, por tabela e, principalmente pelo já demonstrado, é outra aloprada ao estilo da revista que a abriga e uma imagem à semelhança de quem ela parece admirar. Volto ao tema mais adiante.
As comparações:
É evidente que o resumo de 19/12 da Natália foi tirado do Globo, cuja matéria despertou a ira do mostrengo MST.
O texto é quase um plágio, mal feito, diga-se, do que foi publicado. Natália faz referência apenas a dois telegramas, 04BRASILIA873 e 05BRASILIA2692, sem levar em consideração ou mencionar outros cinco.
Como profissional do ramo, ligada ao WikiLeaks, supõe-se que deveria substanciar o que escreve com mais embasamentos que qualquer outro colega de profissão. Não foi o caso. Tampouco pesou as conseqüências da sua ignorância.
Derivado dessa irresponsabilidade, ao copiar o Globo, atirou também às fauces do MST o nome de Clifford Andrew Welch.
Sem mesmo pesquisar sobre o assunto, antes de se espraiar por ele, para saber a quantas andavam os tópicos relatados pelo docente ao seu vice-Cônsul, na entrevista, Natália desatou-se a copiar o Globo; talvez para “mostrar serviço” a Julian Assange...
Em suma, o que mais me choca nesse texto da jornalista, além do mencionado e dos erros ortográficos infantis, é que ela sequer obedeceu à regra, também informada por ela de que, (transcrevo novamente):
O WikiLeaks igual. No documento diplomático o nome do informante, passível de “sofrer riscos reais de segurança” é mencionado com nome e sobrenome.
Fosse o WikiLeaks menos mentiroso e a jornalista mais atenta, menos irresponsável e cumpridora da suposta regra, talvez Clifford Andrew Welch não tivesse sido exposto pelo Globo à execração, nem sua vida estaria em perigo ou ameaçada pelos integrantes do MST.
Novamente o WikiLeaks gera outra fila interminável de interrogações:
Eu não culpo o Globo por divulgar a matéria com nome e sobrenome do professor Welch.
Esse é o seu papel.
A informação estava lá, disponível, clara e cristalina.
Se inventou a palavra “espião” ou interpretou errado o substantivo usado pelo Cônsul, não vale a discussão do mérito. O que me aborrece é a conversa mole, pra boi dormir, que Julian Assnge entoa pelo mundo e Natália Viana repete tal qual papagaio de pirata; nenhum dos dois cumpre o que fala.
Pior ainda, ver que Natália, mesmo sabendo que meteu o pé na jaca, ainda vem dar uma de "intilékitual", do pau-oco, tentando ensinar a ler documentos. Pior do pior é a jornalista corrigir / alterar um artigo seu, já publicado, adicionando palpites que ela própria não segue, nem cumpre.
Por outro lado, o MST está acostumado (todos estamos), a que o jornal o Globo, às vezes, gosta de puxar a brasa para a sua sardinha ou para o peixe que o alimenta melhor. Desta vez decidiu introduzir a palavra espião, que a rigor, não consta no telegrama americano.
E daí?
Só está no título da matéria para chamar à atenção... e para provar que eu tenho razão quando afirmo que brasileiro só lê o rótulo das coisas e emprenha pelas orelhas ao imaginar o conteúdo.
No narrado por Tatiana Farah tal palavra não entrou e a repórter manteve-se muito fiel ao que os documentos dizem. Verdade seja dita, o jornal deixou de lado o ajeitar habitual das brasas e esparramou calor em cima dos telegramas americanos.
Não tergiversou. Não inventou.
O MST é tudo o que está lá narrado e muito, muito mais, e pior.
Entretanto, o MST com a sua visão caolha, – para não variar nem mudar o disco, – na suas mensagens, tanto via professor Igor Fuser, quanto na chamada para anunciar a carta, supostamente escrita (que não foi), por Clifford Andrew Welch, manteve o tom histriônico – e burro – que o caracteriza. Ainda não conseguiu retirar o cabresto que José Rainha lhe pôs em cima.
Na minha opinião, a reportagem do Globo só peca pela habitual e permanente superficialidade a favor do sensacionalismo.
Em vez de escrever a palavra “espião” que tanto aborreceu o MST, a repórter Tatiana Farah deveria ter procurado antes os cavalheiros que menciono adiante, os quais ocupavam, em 2003 (não sei agora), funções importantes, mas de segundo e terceiros escalões, onde o MST gosta de se lambuzar.
Disto isto, espero que o leitor já tenha lido a “epístola gnóstica” que Natália postou em 27/12. Se não o fez, por favor faça-o «aqui» antes de continuar a leitura. Terá uma compreensão melhor do que lerá a seguir... Ou o quanto o escrito pela “jornalista” mais se assemelha a um mar de sandices pretensiosas... ou, talvez... a uma contrição apressada, em duplicado, para disfarçar ou aliviar o peso da consciência... do medo que algo aconteça a Clifford Welch.
Eis o texto da Natália. Em vermelho!
Desconfio que o MST conheça qualquer outra retórica que se aproxime do bem estar, da verdade ou do progresso daqueles que diz representar... embora gaste milhares de palavras para explicar o inexplicável.
O telegrama “mais polêmico sobre o MST” ao qual a “jornalista” se refere é o 09SAOPAULO317, «aqui», que ela, sem exibir o código de identificação, menciona em seu artigo, porém, sem disponibilizar o link. O Globo sequer o mencionou.
Para começo de conversa, duvido muito que o professor (pois é professor primeiro e pesquisador depois), tenha sido “ouvido” pelo MST.
Como conheço bem as práticas e táticas dessa gentalha metida a campesina. Clifford Andrew Welch deve ter sido cercado por três ou quatro jagunços, com fuças de dar medo em susto, e forçado a se desdizer.
Provavelmente foi obrigado a assinar a carta publicada, como se de sua autoria fosse. Portanto, quem analisar o teor, redação e até a pontuação, (posso afirmar, sem medo de errar), perceberá que foi redigida pelo professor Igor Fuser; outro encarnado de MST até à medula.
Welch nem deve ter dado palpite no texto.
Na conjunção da carta, quem a escreveu aproveitou até para fazer propaganda dos sucessos “emesseteístas”.
Um professor americano, mesmo com 50 anos de Brasil, (que não é o caso), falando fluente o português, ao estilo Rui Barbosa, (que também não é o caso), jamais escreveria frases do tipo:
Legalmente, Andrew Welch é um visitante convidado a residir no Brasil. Por conseguinte, passível de ter a sua residência e emprego cancelados, a qualquer tempo; e pelas razões mais estapafúrdias possíveis, que qualquer petista amoral (são quase todos), do Ministério da Justiça puder inventar.
Que tal lembrarmos, para ilustrar, do jornalista Larry Rohter do NYT? Da sua elogiável coragem em denunciar ao mundo, pela primeira vez, o cachaceiro, o bêbado inveterado que o Lula é. E que aconteceu? O apedeuta mandou expulsá-lo; apesar do cidadão americano ter Visto de residência legal no país.
A coisa só ficou no “deixa-disso” devido à intervenção de Márcio Thomaz Bastos, homem cauto, razoavelmente inteligente, mas de caráter infausto quanto o de qualquer petralha.
Em seus anos de governo dedicou-se praticamente a limpar as sujeiras e vigarices lulistas... sem receio de atentar contra a liturgia do cargo... mesmo sendo Ministro da Justiça. Ironia ou paradoxo maior não poderia haver.
Outro exemplo da sua heresia ministerial em defesa da corrupção petista, (nunca é demais lembrar), o caso emblemático do caseiro Francenildo Santos Costa e a violação da sua conta bancária a mando de Antônio Palocci, então Ministro da Fazenda.
Novamente foi Thomaz Bastos quem costurou e pôs panos frios no jornalismo, na oposição e no Supremo Tribunal Federal. Ninguém foi preso por ter cometido esse crime grave; e no novo governo da ladra de bancos, Palocci foi promovido a Ministro da Casa Civil. Nada mais justo!
Com demonstrações passadas, tão "republicanas e democráticas" assim, Welch não tinha outro remédio senão negar o que disse e afirmar que as “suas frases foram colocadas fora do contexto”.
Não é doido. Precisa trabalhar.
Não deve ter vocação para herói; não tem dinheiro ou o New York Times por trás dele; nem dispõe de esquadrão de guarda-costas armados para o protegerem quando sai à rua.
O que ele contou a Benjamin A. Leroy, narrado no telegrama 09SAOPAULO317, escrito por Thomas White, Cônsul americano em São Paulo, deve ser apenas um milésimo do que ele provavelmente sabe. Eu, sozinho, sei bem mais e com farta documentação para ilustrar.
Meter-se com o PT, e pior, com o MST, cuja organização, certo petista de alto coturno, na época do mensalão, ameaçou pôr na rua, (sabe-se lá com que intenções “benignas”), é atentar a “sorte grande” para aparecer “falecido” na calçada... vítima de “latrocínio”; cujas investigações policiais, neste tipo de ocorrência abrangem menos de 1%; e do total investigado, a duras penas a polícia consegue apurar 1 (um) caso em cada 100 (cem).
Se não houver uma esposa enganada, uma amante despeitada ou um comparsa traído, para ligar para o “disque denúncia”, a polícia pouco faz ou se dedica a fazer.
Para quem não sabe, no Brasil o crime compensa e o assassinato impune é a ordem do dia.
Até hoje ninguém sabe quem matou o Toninho do PT ou quem mandou assassinar Celso Daniel, ou, para citar alguém mais recente, com poucos anos decorridos, o ex-coronel Ubiratan.
Ou, se quisermos celebrar o aniversário de 20 anos pelo assassinato jamais solucionado até hoje, poderemos recordar o do senador Olavo Gomes Pires, de Rondônia, executado com mais de 13 tiros em outubro de 1990...
Poderíamos também, se a paciência permitisse, relembrar a morte, ainda mais antiga, de um general, que faleceu de causas desconhecidas sem nunca ter estado doente; ou a de um deputado que sumiu num vôo de helicóptero e até hoje nem o corpo apareceu... mas pedaços do aparelho vieram à tona, limpos de resíduos marinhos, mesmo depois de supostamente terem passado dez anos submersos no mar.
O azar de Welch foi nunca ter imaginado que uma simples conversa com um compatriota se tornaria assunto de Estado para ser telegrafado a Washington... e que esse documento viria um dia a público.
Conhecendo bem as práticas e táticas, criminosas e asquerosas, do MST, posso até ver, até reviver mentalmente... como o professor deve ter sido pressionado, ameaçado e chantageado para ser forçado a dizer que o dito não foi dito... Eu sei bem como é.
Até hoje tenho pesadelos.
Já enfrentei esses descarnados, filhos de chupa-cabras, bandidos que só existem porque quem governa o Brasil é pior do que eles.
O MST é essencialmente uma mega-quadrilha; uma corja de crápulas, de assaltantes e incendiários disfarçados de mendigos, supostos “lavradores” à procura de terras para trabalhar.
Quando recebem terras, vendem-nas.
Ou alugam-nas.
Gastam o dinheiro recebido em carros, em contrabando de drogas, de armas e em imensas vigarices outras. Todos sabemos que são facínoras querendo enriquecer à custa, ressalva se faça, de uma miríade de gentes sem-eira-nem-beira, pobres de espírito e de corpo, arregimentados temporariamente para os acampamentos, em troca de uma ração de arroz, a fim de parecerem muitos.
Esta é uma das razões porque o movimento não recebe adesão popular. E mostra bem o empenho obsessivo com que o MST luta para que incautos assinem o seu “baixo-assinado contra a criminalização do movimento”.
Quem viajar pelas estradas de Mato Grosso ou Mato Grosso do Sul, verá pelas beiradas a um monte de barracos vazios com meia dúzia de capangas a guardá-los.
Nos dias das respectivas secretarias Estaduais distribuírem as cestas básicas, essas choças aparecem milagrosamente lotadas de homens, mulheres e muitas, muitas crianças; dezenas delas nem aparentadas são com quem as carrega ao colo. Eu já estive lá! Eu vi! Ninguém me contou.
Possuo, inclusive, vários depoimentos de policiais rodoviários e de fazendeiros da região que testemunharam a farsa... e continuam a testemunhar.
Curiosamente, e não por coincidências, os pedintes das cidades, vizinhas a esses acampamentos, desaparecem milagrosamente por dois ou três dias, antes das distribuições das cestas básicas.
É lindo de ser ver a alegria com que regressam aos seus locais de mendicância.
Ainda guardo centenas de entrevistas gravadas com esses indigentes contando-me como são aliciados, transportados, e como são obrigados a dar metade da cesta básica que recebem para os supervisores de grupo... que vendem os produtos para os “mercadinhos” de tábuas e zinco nos bairros periféricos.
As secretarias de abastecimentos nos Estados sabem disso. Inclusive a de S. Paulo. Se o leitor desejar mais detalhes, recomendo a leitura da tese: - "Exculhidos": Ex-moradores de rua como camponeses num assentamento do MST, - de Marcelo Gomes Justo, «aqui»
Quanto ao MST ter “espiões” no INCRA ou no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, (este órgão o telegrama americano não menciona), é realmente um exagero do Globo. O MST não precisa de espiões de capa e mascarilha. Eles transitam às claras do dia, de cara lavada, com nome e sobrenome.
Só por pirraça, para mostrar onde estão os contatos do MST, – sobejamente conhecidos, – o Globo poderia falar (à época de 2003, recordo sem puxar muito pela cabeça) com: o sr. Maçao Tadano – Secretário de Governo, da Secretaria de Plantas e Inspeção Animal e o sr. José Oscar Miranda Pacheco, Assessor de gabinete da Secretaria de Defesa Agropecuária(DAS), ambos em Brasília.
Já em Várzea Grande, Mato Grosso Sul, os senhores Paulo Antônio da Costa Bilégo, Delegado da DFA/MT; o sr. Donizeti Pereira de Mesquita, Chefe do SEDAG e o sr. Plínio Leite Lopes, Chefe do SSA. Já em Campo Grande, com o sr. Carlos Eduardo Tedesco Silva, Fiscal Federal Agropecuário do Serviço de Inspeção Federal. Todos estes senhores conhecem vários espiões do MST. Sabem até onde moram e que funções desempenham... para o MST.
Dos espiões no INCRA propriamente ditos, cujas dezenas de nomes não recordo neste momento, e não estou com vontade de pesquisá-los nos meus arquivos, lembro-me de estalo do sr. Raimundo Pires Silva, superintendente regional do INCRA, no Pontal do Paranapanema, que terceirizava (ilegal e criminosamente) o quadro de funcionários do Instituto, contratando militantes do MST como coordenadores dos núcleos de apoio. Esse é espião. Esse é bandido e corrupto até às orelhas.
Outro que me vem à lembrança é o sr. João Bosco de Morais, em Cuiabá, igualmente superintendente do mesmo órgão, que gostava de desapropriar terras, fraudulentamente, a favor de militantes do MST. Esse também é espião. Esse também é bandido e corrupto até às orelhas!
E falando de capital quente, recordo outra figura depreciável em Campo Grande; este último, travestido de motorista. (não vou revelar o nome porque é um enjeitado).
Em 2003 acompanhou a delegação da União Européia durante a inspeção para certificação, (que não foi certificado), do SISBOV, (sistema de rastreabilidade do gado para corte), que até hoje não funciona como deveria. O sujeito estava emprestado pelo INCRA ao Ministério da Agricultura.
Num fim de tarde, lembro como se fosse hoje, entre uma cerveja e outra, esse homem contou-me poucas e boas sobre o sr. Waldir (ou Valdimir, não recordo exatamente) Cipriano Nascimento, que distribuía terras para o MST ou para quem pagasse, para ele, claro, a quantia que pedia.
Fui até convidado a tornar-me latifundiário legítimo, com a garantia de que o MST não invadiria a fazenda. Quando perguntei a esse motorista como podia assegurar-me tal coisa, ele respondeu que o superintendente do INCRA, seu chefe e amigo, era quem comandava o MST no Estado. Dois dias depois, só para ilustrar o meu trabalho, tive uma linda reunião com o sr. Cipriano Nascimento.
Ele confirmou tudo.
Fui até convidado a visitar uma, (repare bem), das várias fazendas que ele tinha “à venda”. Em nenhum momento me escondeu que eram terras da União ou que, pertencentes a proprietários legítimos, seriam “desapropriadas legalmente”.
Para não prolongar estas recordações nefastas, o que eu mais achei graça no resumo da ilustre Natália, é que ela, não menciona nada, nem o Globo, sobre o sr. João Farias, Superintendente Regional do INCRA, em Pernambuco, e dado como ex-ativista do MST, a conversar com o Cônsul Americano em Recife, cujo relato é mencionado no telegrama 04BRASILIA873 assinado pela Embaixadora Donna Hrinak. Nesse documento é mencionado o nome de João Pedro Stédile a quem Natália faz leve referência, assim como o Globo. Entretanto, que coisa mais esquisita ambos não terem visto o nome de João Farias para mencioná-lo.
A Policia Federal também conhece vários e muitos nomes dentro do INCRA a trabalharem para o MST. Se não faz nada, aí haverá que perguntar a quem de direito; a Tarso Genro, por exemplo.
A atuação criminal do MST e a permissividade com que as autoridades a consentem é estarrecedora.
Fico até preocupado com Andrew Welch, pois se nada lhe acontecer – de repente, (tomara que não), – certamente terá de deixar o Brasil... onde reina a impunidade e a lambança delinqüente petista... que não perdoa; principalmente a um gringo metendo o nariz onde não é chamado.
O MST fez o que deve ter feito? Certamente!
Quem sou eu para contradizer palavras tão capadócias. Afinal, pelos seus Progroms, essa parece ser a especialidade e personalidade. Destruir, Encostar na parede e Forçar a assinatura de carta de desmentido de quem fala mal deles.
Suponho que tanto Natália como o Wikileaks devem se sentir muito orgulhosos. Se algum “acidente infeliz” acontecer com Andrew Welch, espero que ambos fiquem felizes...
Talvez para provarem o quanto eu tinha razão no que comentei nas minhas “Reflexões sobre o WikiLeaks”...
Novamente as palavras de Natália são uma demonstração inequívoca e escabrosa de dois pesos e duas medidas.
De como o Sr. Julian Assange, o WikiLeaks e a própria Natália Viana são reles amadores de jornalismo. Aventureiros inconseqüentes, oportunistas sem dois dedos de inteligência para administrarem o material que têm nas mãos.
Na verdade, mostram-se bastante irresponsáveis. Jogaram aos leões um professor por ter falado com o seu vice-Cônsul, mas protegem a escudo e espada o nome de traidores que traem os seus próprios países.
Isso não é certo. Não é direito! Não é justo! Não é jornalismo! Não é profissional.
Será que o professor Clifford Andrew Welch é um dos “poderosos” que tanto Julian Assange quer expor à execração para “cobrar responsabilidades”? Deve ser! Só pode ser, coitado! O professor parece ser dono de uma mente perniciosa que “inventa” coisas sobre o coitadinho do MST.
Pois não inventou nada! Nem foi mal interpretado! Nem as suas frases foram colocadas fora do contexto.
Por que o nome de Welch não foi apagado como o da criatura que passa informações francesas para os americanos? Ou o substituído por “XXX” no telegrama 09RIODEJANEIRO357, referentes ao Brasil, (apenas 1 para exemplificar, já que há muitos.), de papo com o agente Dennis W. Hearne? - Por que corria “risco de segurança”?
Um simples professor, passando informações sobre o MST não se enquadra na mesma categoria de “risco de segurança”?
Será que a plumitiva Natália, brasileira, nascida em S. Paulo, e o seu WikiLeaks de irresponsáveis, têm idéia dos bandidos e assassinos que formam a cúpula do MST?
Por acaso já ouviram falar de cinco assassinos, ladrões, incendiários e co-fundadores do MST, chamados José Rainha Júnior, João Paulo Rodrigues, Sérgio Pantaleão, Clédson Mendes e Márcio Barreto?
E de mais outros 50 parasitas, disfarçados de “trabalhadores rurais”, já condenados pelos mais variados crimes, mas prófugos da justiça?
Onde está a posta em prática do que Natália me informou? (transcrevo novamente):
"o WikiLeaks retira todos os nomes de pessoas que possam sofrer riscos reais de segurança por causa da divulgação. É um princípio da organização não colocar em risco a vida de pessoas".
Será que foi por ter-me escrito uma mentira como essa, – posto que já está provado que o WikiLeaks não cumpre a sua própria regra, nem a própria Natália o faz, – que a distinta plumitiva se apressou a escrever um “artigo” ensinando-nos que “afinal, documentos são documentos”?...
Por acaso a ilustre moça, que escreve mal como o diabo, quer insinuar que o vice-Cônsul ou o Cônsul Geral, ou a Embaixadora, mentem ou deturpam a realidade nos relatórios que escreveram?
Que os documentos escritos e assinado por esses diplomatas “...são produto de um momento específico, escritos por pessoas específicas, com objetivos específicos. Não são prova de uma verdade cabal, embora tragam fortes indícios de que algo está se passando – e que deve ser investigado”????
Natalia Viana, sem dúvida alguma, meteu outra vez os dois pés na jaca. Agora está com medo que algo “triste” aconteça com Clifford Andrew Welch...
A mocinha parece que ainda não se deu conta que está insinuando contra a honra de diplomatas americanos, que são genuinamente americanos dignos de suas carreiras, e não brasileiros pervertidos no jeitinho nacional, na cara de pau brasileira, ou na falta de caráter e moral tipicamente petistas, acima de tudo, brasileiros.
Bom... se dermos uma de Lula e enchermos bem cara, talvez os vapores alcoólicos nos permitam considerar por instantes alguma possibilidade de levar a sério o que Natália insinua. Porém, curada a borracheira, veremos que os telegramas são absolutamente cabais.
Por outro lado, quando recuperados totalmente do hipotético porre, perceberíamos que Natália também mente. E mente por escrito! Levianamente mostra-se outra aloprada, tanto na prosa... como no que pratica, absolutamente contrário ao que preconiza.
Ou a sua competência profissional, por desconhecer o caráter e as propostas de controle e mordaça para a imprensa já apresentadas pelo escorraçado da Globo.
A ilustre colaboradora do WikiLeaks sequer deve ter lido a reação da ABERT (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão) ao discurso de Franklin Martins em 09/11/2010. Leia 'Não estamos vendo fantasmas', reage Abert. «aqui» no Estadão.
Tampouco deve saber da afirmação dita por Franklin Martins: “Nova regulação para mídia digital será feita com ou sem consenso”. Leia «aqui» na Folha de S. Paulo.
Ou do repúdio da OAB à vontade ditatorial do ex-seqüestrador e do PT em criarem mecanismos de controle da imprensa. Leia "Projeto de lei pretende criar conselho de comunicação em Minas Gerais" «aqui» no UOL Notícias.
Natália parece justificar a máxima de quem feio ama, bonito lhe parece. Bem que gostaria de incluir aqui as centenas de links que disponho em relação a esse dejeto do jornalismo que tanto desperta o arrebatamento de Natália.
Só não o faço, porque a jornalista não merece; nem estou disposto a fornecer material que ela, pela profissão que se titula, deveria saber com sobras; até mais do que eu. Infelizmente peco pela falta de pachorra com gente burra, embora com os ignorantes disponha de toda a paciência do mundo.
Expor ao opróbrio e à tragédia o nome de um professor que só contou verdades ao seu vice-cônsul, não é transição nenhuma e sim, uma baita irresponsabilidade da “organização” e da própria jornalista que escreve textos inundados de erros, dos mais primários possíveis; tão pouco inteligente que sequer sabe acionar o corretor do Word para ajudá-la.
Assim, “nesse momento de transição”, (que não é “nesse” e sim, “neste”, pois o momento é presente e não passado, nem futuro.), caso a jornalista possuísse uma idéia do que o ex-seqüestrador quer dizer, poderia aprender que: – nesta fase da comunicação instantânea, da globalização e do petismo meliante que crassa Brasil afora, quando até a ingenuidade procura exibir-se com certa liberdade e representa força expressiva na arte, na música, na pintura e na poesia, não deveria assustar a ninguém que a humildade também se apresentasse a favor da liberdade ampla, sem peias ou dogmas.
Natália e o seu WikiLeaks deveriam saber que a liberdade deve estar a serviço do trabalho com método. Nem o WikiLeaks nem Natália Viana podem prescindir da orientação do saber... por exemplo, conhecer os bandidos que são os do MST e as barbaridades que cometem. Ou as barbaridades que Franklin Martins pretende, ou pretendia, para amordaçar a imprensa.
Assim, quando o cérebro falta, toda a divulgação dos documentos, que poderia ser algo bom para o mundo, está se tornando numa farsa sem precedentes...
Porque os encarregados de publicar os telegramas não raciocinam, e essa preguiça mental transforma os vazamentos numa amalgama sem consistência;... o conjunto da obra sem durabilidade;... e os artigos de Natália apenas um resumo fraco e inconseqüente, assim como o da Globo que despertou iras no MST.
Novamente insisto: Sou a favor da divulgação dos telegramas, mas não da forma em que está sendo executada. Ou apagam todos os nomes, seja de diplomatas ou informantes, ou se revelam TODOS os nomes que aparecem nos documentos.
O que não pode é, como no caso deste professor, o WikiLeaks permitir que pessoas de boa-fé sejam ameaçadas por bandidos, como os do MST, e obrigadas a assinar cartas, desmentindo o que foi dito... para evitar conseqüências trágicas. Do mesmo modo, no caso de diplomatas, – e membros de governos outros, – não-americanos, sejam envolvidos numa capa de suspeição, apenas porque trataram de assuntos legítimos de seus países com os americanos.
O que não pode é Natália Viana dar-me uma resposta mentirosa ou não cumprir o que propaga, até em seus próprios resumos cheios de erros.
Quando o sr. Assange fala de liberdade da informação, deveria primeiro entender que liberdade não é uma espada para ser empunhada por um celerado a cortar ou a abrir onde lhe dá vontade. Deveria se lembrar de Heráclito, o filósofo grego, que disse: – “Se tudo se torna tudo, cada coisa contêm em si o que nega”.
E Natália Viana, muito em especial, deveria ter em mente que a humildade ensina que há uma diferença muito grande entre os humildes e os humilhados: — as humilhações devem ser repelidas, por desumanas, mas a humildade deve ser cultivada como atributo do Criador à criatura.
No MST não existem pessoas com inglês suficiente, nem com interesse para ler documentos do WikiLeaks. A ignorância por lá campeia como gado erado e o olho grande-angular político é vesgo, com miopia profunda, voltado para o próprio umbigo.
O mesmo acontece com as demais organizações ou organismos mencionados nos telegramas.
No momento em que o Lula elogiou o vazamento dos documentos, quitou-lhe toda a curiosidade que porventura existisse em alguns poucos. Tivesse ficado calado ou criticado, certamente os telegramas estariam sendo esmiuçados até nas vírgulas.
Se o Globo não tivesse escrito um artigo em português, falando do MST, sobre o qual o editor mandou a repórter saber mais, nem em sonhos a cúpula criminosa do MST se interessaria por ler, no WikiLeaks, o que o Cônsul conversou com Andrew Welch e reportou a Washington.
Nem o professor teria sido incomodado ou forçado a assinar uma carta que jamais redigiu... em cujo texto, repito, até foi incluído um parágrafo publicitário das façanhas “emesseteístas”.
Os brasileiros só têm atração pelo proibido, pelo sórdido, pelo mexerico.
“Tem-se discutido muito pouco”, porque os documentos são chatos de ler e chatos de se formatar para permitirem uma leitura fluida; partindo-se, claro, da suposição que quem se disponha a fazer tudo isso possua um inglês decente. Não é a realidade brasileira.
“Tem-se discutido muito pouco” e creio eu, esse pouco se tornará cada vez menor, pela arbitrariedade burra de quem limpa os documentos, quitando-lhe qualquer interesse investigativo. Sem se saber as fontes não há o que investigar, nem desperta interesse para publicar; exceto para aquele jornal com espaço livre que usa a matéria para “bombar” um espião, e logo perde interesse no momento em que a imprime.
Quanto ao cidadão comum, e até a estudantes universitários despertarem algum interesse pelos documentos... bom... É mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha, do que uma dessas criaturas ligar o computador para ler um telegrama americano.
Se nem se interessam na pesquisa do perfil daqueles que elegem para os governar, o que dirá de textos sem imagens, sem sexo explícito e sem a última fofoca do protagonista da novela das oito?
E pior, como é habitual, basta ver pelos comentários que vão espalhando pelos blogs...
Nem a mais remota idéia têm do que versam os telegramas, exceto um conhecimento atabalhoado e de orelhada, baseado neste ou naquele título de matéria em jornal sobre a qual lêem meia dúzia de palavras e deduzem o resto por imaginação.
Por outro lado, o fato de Natália afirmar e reafirmar no seu artigo que – “...em primeiro lugar, são documentos. E devem ser tratados e olhados como tal...”, – eu fico imaginado como a jornalista imagina a maneira que qualquer pessoa, até uma com pouca inteligência, poderia encarar esses telegramas?
A Quem a jornalista pretende dar lições de Leitura?
Ao MST?
Sem dúvida, tanta insistência em asseverar que os telegramas são documentos, permite que deduzamos o quanto ela está preocupada com o que poderá acontecer ao professor.
Conhecendo o MST como conheço, para esses animais o relato da entrevista do professor com o vice-Cônsul tornou-se uma prova cabal de traição e injúria de um estrangeiro contra os princípios dogmáticos e “nobres” do MST; passível, portanto, da punição mais severa.
Ou, melhor, tem gente que prefere esquecê-la e até pilhá-la. Os petistas estão aí mesmo para provar que esquecer é tão rentável, tanto para testemunhas quanto para protagonistas.
Não é o caso do telegrama “mais polêmico sobre o MST”, o 09SAOPAULO317. Nada do que lá está escrito foge uma vírgula da verdade; da realidade como o MST leva a cabo as suas vigarices, sacanagens e crimes infindáveis.
Quem conhece bem o MST, como eu conheço até os nomes dos bandidos, sabe perfeitamente que o relato documentado é veraz, porém, ínfimo, se comparado à imensidão de velhacarias e sabotagens que o MST comete.
Surpreende-me que Natália Viana, dizendo-se jornalista, não tenha realizado, pelo menos, uma pequena pesquisa a respeito. Talvez se o tivesse feito, não viria agora com ares de santarrona tentando insinuar que o relato posto no telegrama americano é só um documento, pelo que deve ser somente encarado como tal;... porque ela... por experiência... muitas vezes descobriu que “os documentos mentem”.
Ora vamos!
A quem a egrégia plumitiva pretende enganar?... ou que verdade tenta disfarçar com tal insinuação? Provavelmente os documentos do jornal “O Movimento”, cujas folhas, cortadas em pedaços, lá nas roças de Minas Gerais da minha infância, eram usadas na “casinha” para fins sanitários.
Certamente isso ocorre pela mão de irresponsáveis uespenianos, tipo Marilena Chauí, que plagia livros de filósofos franceses e os transforma em teses “originais” de própria lavra. Ou, inclusive, apenas para relembrar, o caso daquele economista famoso, do PT, (só podia ser), que na sua tese de mestrado apresentou a cópia exata de um livro escrito por Gonzaga Belluzzo e foi aprovada com louvor.
Portanto, não surpreende vermos que Natália também plagiou o artigo do Globo. Faz parte da alma “libertária” petista e de simpatizantes afins.
Aparentemente, pelo que Natália afirma no parágrafo destacado acima, o seu artigo anterior que deu passo ao presente, inerente a este post, parece ter sido fundamentado apenas em documentos... que documentos são, tão-somente! Portanto, não compreendo a razão da jornalista, no seu resumo plagiado, ter mencionado o nome do professor Welch.
Afinal de contas, haveríamos de perguntar à Natália: – O documento do cônsul é verdadeiro ou falso?
Se para ela os documentos "mentem muitas vezes”, (na sua primeira versão publicada do artigo), e, na correção/ alteração com erros ortográficos, "os documentos podem mentir ou distrocer", (ela quis dizer "distorcer."), então não deveria citar, no seu resumo plagiado, o nome do professor. Ponto!
Por outro lado, se ela achou que era verdadeiro, deveria ter omitido o nome de Welch, apenas para se mostrar coerente com o que afirma. Isto é, (sempre é bom lembrar o que me escreveu): – “o WikiLeaks retira todos os nomes de pessoas que possam sofrer riscos reais de segurança por causa da divulgação”.
Que estranha forma de negar o dito, pelo não dito, mas muito pelo contrário... Parece até o samba do crioulo doido a ser escrito pelo Lula na sua aposentadoria e cantado pela Dilma, tendo no pandeiro o “percursionista” Franklin Martins.
Mesmo um bandido condenado ou indiciado, o jornalismo encarrega-se de escrever e dizer que o meliante “seria” suspeito.
Por outro lado, mau jornalismo faz a Natália! Primeiro por não saber escrever sem erros e soltar textos mais vergonhosos dos que uma criança recém alfabetizada a escrever a redação sobre a vaca.
Na sofreguidão de aliviar a consciência por ter publicado o nome de um professor que conversou com um diplomata e, por essa razão, ao plagiar o Globo, tê-lo colocado igualmente em risco de morte, mau jornalismo faz a Natália ao tentar agora desacreditar os documentos sobre os quais faz resumos e suspostamente deveria ajudar a "espalhar".
Ao vir com essa conversa mole, levantando dúvidas e suspeições, no afã de pretender ensinar a ler documentos, só revela o medo que a invadiu e o remorso que sente pelas mentiras que diz sobre a lisura do WikiLeaks. Ademais, em cada palavra que escreveu mostra bem o receio velado que algo ruim aconteça a Clifford Andrew Welch.
Talvez alguém a tenha alertado sobre o MST e a consciência pese muito.
Mau jornalismo faz Natália por tentar desacreditar o trabalho de diplomatas sérios, cujo labor e obrigação principal é o de informar o seu país sobre o que ocorre no local onde a missão diplomática está instalada.
Mau jornalismo faz a Natália (e o mesmo vale para Tatiana Farah, do Globo), por publicar um artigo irresponsável sem ao menos se dar ao trabalho de pesquisar para saber se o exposto no documento americano demonstrava algum assomo de verdade... Verdade que não foge nem um pouco do retrato fiel da realidade do MST, mas que deveria ter vindo acompanhada, (se a preguiça pesasse muito), dos links de inúmeras reportagens a respeito desses bandidos.
Afinal, como deveremos... ou deveríamos ler os documentos?
E para finalizar, acrescenta:
“Revelante” que vem de revelação ou de revelar? Ou será que ela quis dizer "Relevante"?
O lado bom do “artigo” da Natália, como um todo, pela piedade que me abraça o peito, é permitir-nos, não só a possibilidade de intuir o quanto é péssima jornalista, mas o quanto é também mulher com consciência moral ao demonstrar-nos o remorso das parvoíces que escreve e defende.
Que rumores anômalos terá escutado Natália Viana para querer nos ensinar que "documentos são documentos"?
Não há rumores.
O MST, como qualquer petista, só ataca pelas costas, na calada da noite quando todos dormem...
Já virá o dia, espero, em que permanecerei indiferente aos desvarios do bando vermelho. Por enquanto não consigo.
Quinze dias atrás comecei a desconfiar das preferências ideológicas de Natália Viana, – a jornalista, – segundo o seu apregoamento, – convidada a colaborar com o Wikileaks. A moça é chegada a um PT! Surpresa das surpresas...
Nem tanto! Mas há momentos em que me deixo levar pela pressuposição que todos são inocentes, até prova em contrário. Defeito de formação.
Contudo, quando se trata de vermelhos preciso aprender que supor inocência neles é a exceção e não a regra.
Quem mais, exceto a esquerda libertária, apoiaria fanática e cegamente o WikiLeaks... sem refletir nas conseqüências? Melhor evitarmos que os sinos repiquem em alerta... Se dobrarem em breve, muito temo, poderão dizer o nome de Clifford Andrew Welch...
Até há poucos dias, os resumos assinados pela jornalista, no site WikiLeaks, mais pareciam um duelo feroz entre os erros ortográficos e a pobre sintaxe.
Para ver quem dominava, as anadiploses arbitravam; os erros impunham-se; os nomes dos citados ora suprimiam, ora adicionavam letras adventícias; e as frases rebelavam-se em anacolutos indômitos.
Bem ao estilo aloprado, percebo hoje, influenciado pelo acento insofismável dos “lingüinha plesa”.
Mas... – grugunzava eu com os meus botões, lá no início de dezembro: – coitada! Deve andar assoberbada com a leitura de tantos telegramas... Mal consegue parar pra escrever um resumo, quanto mais revisá-los... Não dispõe de tempo para reler o escrito, – compadecia-me eu. – Tampouco deve ter alguém para ajudá-la. Pobrezinha. Tão esforçada...
À partida, sempre penso o melhor de qualquer criatura. Ponderações lúdicas, reconheço. Por mais que me esforce, raramente questiono a credibilidade de alguém. Infelizmente, logo depois a decepção não se faz esperar.
Retirar documentos do site do WikiLeaks e formatá-los de modo a permitirem uma leitura fácil, leva o seu tempo. Bem posso afirmá-lo com 122 telegramas postados «aqui».
Então eu corrigia. Por solidariedade. Por acreditar que no WikiLeaks brilhava uma centelha de liberdade que não poderia delir.
Ledo engano.
Depois de expurgar toda a sujeira nos resumos, sorria entusiasmado. O conteúdo abrangia com certa propriedade os assuntos tratados. A moça parecia ter algum mérito, embora parco talento.
A imundice no texto logo era esquecida.
Até pesquisei nomes nos telegramas para descobrir o modo certo de corrigi-los nas transcrições para o meu blog. Quantos e quantos documentos não precisei ler para descobrir a quais Natália se referia... Quase todos os links especificados por ela estavam errados ou inativos; ou levavam a lugar nenhum...
Mesmo assim, por várias vezes, a piedade instou-me a oferecer-lhe auxilio na revisão. Fez-me lembrar até de Santo Agostinho: – “credo quia absurdum!” – Parecia-me uma absurdidade ver alguém, – intitulando-se jornalista, – soltar textos daquela maneira.
Mesmo em Bruxelas poderia ajudá-la... Especialmente em dezembro, cercado de neve, e o nariz quase congelado se saía à rua. Com a internet, o longe fica perto, pertinho; num dá nem légua, sô!, já diria o mineiro. – Ainda bem que fiquei calado!
Os primeiros seis ou oito resumos (o que Natália escreve não se pode chamar de artigos), que arquivei, nem fiz observações. Depois, comecei a ficar indignado a cada novo parágrafo.
A moça era muito relaxada.
Pior.
No dia 27/12 percebi que esse descaso e incompetência também se esparramavam para assuntos mais sérios, com propósitos confusos, quiçá obscuros.
Toda a minha boa vontade em relação à moça esfumou-se. Em 22/12 já havia descoberto que o WikiLeaks não passa de uma grande farsa sensacionalista, coberta de irresponsabilidade. E a jornalista...
De repente deixou de “resumir” no site do WikiLeaks e mudou-se de mala e cuia para a Carta Capital. Fiquei assustado. Surpreso! Não gostei... Mas nada errado pensei. Palavra de honra!
Sou a favor da liberdade total.
Cada um mora onde quer e dá o que quer. A liberdade não é suprema virtude de ninguém, mas de todos; tem amplitude e caráter universal. Apenas me enfureço com a farsa, com a hipocrisia...
A Revista Carta Capital é a penúria cinzenta, pintada de vermelho; a casa da má hora; quem lá vai não torna! O panfleto que lá publicam dá-me ojeriza. E o editor-chefe mais ainda; por ser sujeito magano; o maior vedóia que já conheci. Se penso no nome fico com urticária. Coço-me todo.
Melhor voltar ao ensejo deste post.
Pois bem, não é que as minhas suspeitas se confirmaram?! Natália Viana, bem ao estilo petista-aloprado, vem ensinar-nos como devemos ler e interpretar os telegramas do WikiLeaks.
Isso sugere! Confusa, é certo. Com que propósito?
Pretensão e água benta cada um toma a que tem ou pode. Até parece que os telegramas do WikiLeaks permitem leitura fácil por qualquer brasileiro... mesmo usando o tradutor do Google, que é pior que a "Brastemp".
Mas o texto da jornalista intui algo mais... Há nele um certo toque molambo...
As palavras ressoam a ato de desespero a mitigar culpas para tentar evitar uma tragédia; que se acontecer, bom quinhão de culpa lhe caberá.
Vamos aos fatos:
No dia 19/12/2010, por volta das 00:00 hs. GMT, (22:00 hs de 18/12, horário de Brasília), o site do WikiLeaks divulgou o Telegrama 09SAOPAULO317, titulado “O método do MST: Trabalhar o Estado, desapropriar os residentes”, assinado por Thomas White, Cônsul-geral dos Estados Unidos em S. Paulo. «Leia aqui» (em inglês).
O assunto versa sobre atividades e proezas do MST. No texto, o nome de Clifford Andrew Welch, professor americano, residente legal no Brasil, adjunto do Curso de História, da Universidade Federal de São Paulo, e coordenador adjunto do Núcleo de Estudos, Pesquisas e Projetos de Reforma Agrária (NERA), aparece como fonte de várias informações e opiniões sobre o MST.
Informações supostamente passadas, de viva voz, ao vice-cônsul americano Benjamin A. Leroy, personagem que no texto do telegrama aparece identificado com a sigla “EconOff”.
Nota: Ninguém sabe, (exceto os diplomatas americanos, claro), se “EconOff” é uma sigla de segurança interna do consulado ou se foi inventada pelo WikiLeaks, pois estes senhores, com Julian Assange à cabeça, deram para apagar, – arbitrariamente e no melhor estilo sem nexo, – nomes ou partes de textos, e até para acrescentarem frase nos documentos. A ilação entre “EconOff” e o nome de Benjamin A. Leroy é minha, baseado no texto do telegrama, em comparação com o conteúdo narrado na carta, supostamente escrita por Clifford Andrew Welch. «Leia aqui»
Nota: Junto com o telegrama em questão, o WikiLeaks divulgou simultaneamente mais outros seis, todos versando sobre o MST. Para ler os sete documentos, acesse a página do WikiLeaks «aqui». São os últimos da relação.
No dia 19/12/2010, às 09:17 hs, hora de Brasília, isto é, cerca de dez horas após a divulgação do telegrama, o Jornal o Globo publicou uma matéria titulada – “MST teria espiões no Incra para orientar invasões, revelam telegramas vazados pelo WikiLeaks” – assinada pela jornalista Tatiana Farah. «Leia aqui».
No mesmo dia 19/12/2010, às 14:00 GMT, (equivalente às 16:00, hora Brasília. O texto foi elaborado em S. Paulo), portanto, sete horas depois do jornal, Natália Viana escreveu, em português e inglês, um resumo, titulado “Brasil - Os relatórios sobre o MST”, postado no WikiLeaks, «leia aqui»
Ainda no mesmo dia, em horário incógnito, e sem assinatura, o site da Rede de Comunicadores pela Reforma Agrária, postou uma entrevista, real ou imaginária, (não está especificado), titulada “Humor: Entrevista com o ‘espião’ no Incra”. «Leia aqui».
No dia 23/12/2010, o site do MST reproduziu um artigo titulado, "Os telegramas do Wikileaks, a mídia e o MST" do professor Igor Fuser, da Faculdade Cásper Líbero, desancando com o que ele chama de “imprensa empresarial brasileira”, referindo-se especialmente à família Marinho, das organizações Globo, e aos Frias da Folha de S. Paulo, enquanto desfila os impropérios de praxe contra o “império gringo”. «Leia aqui».
Nota: Se o leitor decidir ler o artigo de Igor Fuser, sugiro fazê-lo com atenção redobrada. Já a seguir encontrará outro texto onde a memória residual dessa leitura será importante para detectar as semelhanças.
No dia 27/12/2010, na página do MST apareceu uma nota, titulada "O Globo distorce Wikileaks para atacar Reforma Agrária", – na verdade um arrazoado de palavras estrepitosas e propagandistas, – para divulgar uma carta, supostamente escrita pelo professor Clifford Andrew Welch, mencionado no telegrama americano 09SAOPAULO317, como fonte de informações. «Leia aqui».
Nota: Neste momento recomendo que o leitor compare o estilo de redação da carta com a do artigo do professor Igor Fuser.
Também no dia 27/12, sem horário especificado, embora tudo leve a crer que ocorreu após o anúncio do MST, Natália Viana, espargiu no bolg da Carta Capital uma espécie de epístola gnóstica, titulada “MST, o jornalismo em rede – e afinal, documentos são documentos”, que desencadeou a minha disposição para escrever este post. «Leia aqui».
Não fosse Natália, auto-proclamada jornalista, ligada ao WikiLeaks, para escrever matérias a respeito ou dar justificações falsas, como já as deu para mim, eu não estaria gastando os meus dedinhos.
Nem teria ficado indignado!
Preocupado fiquei, e muito, quando li a matéria no Globo e nela vi estampado o nome do professor, descrito lá como aficionado do MST a passar informações para os americanos.
O que eu antevira no post “Reflexões sobre o WikiLeaks, «parte-1» e «parte-2»”, acabava de acontecer. Alguém, sem poder algum, Clifford Andrew Welch, acabava de ser ascendido a possível vítima de uma organização criminosa, o MST.
Em cada palavra da reportagem eu senti a irresponsabilidade do WikiLeaks. Se dúvida alguma tinha, não tenho mais. São uma turba de imbecis a manipularem documentos, sem terem a menor idéia do que fazem ou do dolo iminente que podem causar na segurança das pessoas citadas nos documentos.
Natália Viana, por associação, por tabela e, principalmente pelo já demonstrado, é outra aloprada ao estilo da revista que a abriga e uma imagem à semelhança de quem ela parece admirar. Volto ao tema mais adiante.
As comparações:
É evidente que o resumo de 19/12 da Natália foi tirado do Globo, cuja matéria despertou a ira do mostrengo MST.
O texto é quase um plágio, mal feito, diga-se, do que foi publicado. Natália faz referência apenas a dois telegramas, 04BRASILIA873 e 05BRASILIA2692, sem levar em consideração ou mencionar outros cinco.
Como profissional do ramo, ligada ao WikiLeaks, supõe-se que deveria substanciar o que escreve com mais embasamentos que qualquer outro colega de profissão. Não foi o caso. Tampouco pesou as conseqüências da sua ignorância.
Derivado dessa irresponsabilidade, ao copiar o Globo, atirou também às fauces do MST o nome de Clifford Andrew Welch.
Sem mesmo pesquisar sobre o assunto, antes de se espraiar por ele, para saber a quantas andavam os tópicos relatados pelo docente ao seu vice-Cônsul, na entrevista, Natália desatou-se a copiar o Globo; talvez para “mostrar serviço” a Julian Assange...
Em suma, o que mais me choca nesse texto da jornalista, além do mencionado e dos erros ortográficos infantis, é que ela sequer obedeceu à regra, também informada por ela de que, (transcrevo novamente):
“o WikiLeaks retira todos os nomes de pessoas que possam sofrer riscos reais de segurança por causa da divulgação. É um princípio da organização não colocar em risco a vida de pessoas. Por isso, todas as informações que possibilitaram a identificação dessas fontes – como, por exemplo, “fulano trabalha na divisão X da organização Y” – também são retiradas”Resumindo, a jornalista ignorou olimpicamente a norma que tanto divulga com ares de paladina da confidencialidade e defensora dos informantes.
O WikiLeaks igual. No documento diplomático o nome do informante, passível de “sofrer riscos reais de segurança” é mencionado com nome e sobrenome.
Fosse o WikiLeaks menos mentiroso e a jornalista mais atenta, menos irresponsável e cumpridora da suposta regra, talvez Clifford Andrew Welch não tivesse sido exposto pelo Globo à execração, nem sua vida estaria em perigo ou ameaçada pelos integrantes do MST.
Novamente o WikiLeaks gera outra fila interminável de interrogações:
– A “organização”, como Julian Assange gosta de chamar o seu site, não cumpre o que promete?Como não possuo as respostas nem posso obtê-las, melhor dedicar-me ao que a moçoila escreveu e discorrer sobre o que sei.
– Esqueceu dessa promessa no caso do professor Welch?
– Não deveria preservar o nome dos informantes? Foi proposital?
– Terá sido pelo fato do telegrama levar a chancela de – “Importante mas não sigiloso. Por favor, proteger adequadamente” – que foi relegado ao descaso?
– O auto-compromisso de proteger quem corre “risco de segurança” é igual ao auto-comprometimento pela liberdade de informação?; que já se descobriu ser a farsa da liberdade, sem liberdade?
– Quem no WikiLeaks analisa e decide que nomes apagar e que nomes revelar?
Eu não culpo o Globo por divulgar a matéria com nome e sobrenome do professor Welch.
Esse é o seu papel.
A informação estava lá, disponível, clara e cristalina.
Se inventou a palavra “espião” ou interpretou errado o substantivo usado pelo Cônsul, não vale a discussão do mérito. O que me aborrece é a conversa mole, pra boi dormir, que Julian Assnge entoa pelo mundo e Natália Viana repete tal qual papagaio de pirata; nenhum dos dois cumpre o que fala.
Pior ainda, ver que Natália, mesmo sabendo que meteu o pé na jaca, ainda vem dar uma de "intilékitual", do pau-oco, tentando ensinar a ler documentos. Pior do pior é a jornalista corrigir / alterar um artigo seu, já publicado, adicionando palpites que ela própria não segue, nem cumpre.
Por outro lado, o MST está acostumado (todos estamos), a que o jornal o Globo, às vezes, gosta de puxar a brasa para a sua sardinha ou para o peixe que o alimenta melhor. Desta vez decidiu introduzir a palavra espião, que a rigor, não consta no telegrama americano.
E daí?
Só está no título da matéria para chamar à atenção... e para provar que eu tenho razão quando afirmo que brasileiro só lê o rótulo das coisas e emprenha pelas orelhas ao imaginar o conteúdo.
No narrado por Tatiana Farah tal palavra não entrou e a repórter manteve-se muito fiel ao que os documentos dizem. Verdade seja dita, o jornal deixou de lado o ajeitar habitual das brasas e esparramou calor em cima dos telegramas americanos.
Não tergiversou. Não inventou.
O MST é tudo o que está lá narrado e muito, muito mais, e pior.
Entretanto, o MST com a sua visão caolha, – para não variar nem mudar o disco, – na suas mensagens, tanto via professor Igor Fuser, quanto na chamada para anunciar a carta, supostamente escrita (que não foi), por Clifford Andrew Welch, manteve o tom histriônico – e burro – que o caracteriza. Ainda não conseguiu retirar o cabresto que José Rainha lhe pôs em cima.
Na minha opinião, a reportagem do Globo só peca pela habitual e permanente superficialidade a favor do sensacionalismo.
Em vez de escrever a palavra “espião” que tanto aborreceu o MST, a repórter Tatiana Farah deveria ter procurado antes os cavalheiros que menciono adiante, os quais ocupavam, em 2003 (não sei agora), funções importantes, mas de segundo e terceiros escalões, onde o MST gosta de se lambuzar.
Disto isto, espero que o leitor já tenha lido a “epístola gnóstica” que Natália postou em 27/12. Se não o fez, por favor faça-o «aqui» antes de continuar a leitura. Terá uma compreensão melhor do que lerá a seguir... Ou o quanto o escrito pela “jornalista” mais se assemelha a um mar de sandices pretensiosas... ou, talvez... a uma contrição apressada, em duplicado, para disfarçar ou aliviar o peso da consciência... do medo que algo aconteça a Clifford Welch.
Eis o texto da Natália. Em vermelho!
“MST, o jornalismo em rede – e afinal, documentos são documentos”.Se a ilustre plumitiva não tivesse deixado bem claro, logo no título, que “documentos são documentos”, qualquer leitor desavisado seria capaz de se confundir. Volto a esta frase mais adiante.
“O MST publicou hoje no seu site um texto acusando o jornal O Globo de distorcer os documentos do WikiLeaks para atacar a organização”.O MST apenas e sempre publica mais do mesmo. Não há surpresas. São essencialmente reacionários retrógrados, pautados numa ideologia muito própria de enriquecimento pessoal da cúpula, disfarçada em objetivos proletários confusos; principalmente criminoso. Essa é a sua ladainha interminável e predileta.
Desconfio que o MST conheça qualquer outra retórica que se aproxime do bem estar, da verdade ou do progresso daqueles que diz representar... embora gaste milhares de palavras para explicar o inexplicável.
“O MST ouviu o pesquisador Clifford Andrew Welch, do curso de história da Universidade Federal de São Paulo, principal fonte do telegrama da embaixada mais polêmico sobre o MST. Welch negou que tenha dito que o MST tem espiões no Incra e afirmou que, no documento, suas frases foram colocadas fora do contexto. Isso merece duas reflexões”.Só duas reflexões? Merece no mínimo uma meia dúzia. Isto mostra bem o grau de absoluta ignorância de Natália em relação ao MST, a Andrew Welch e também à qualidade e alcance da confidencialidade de cada documento.
O telegrama “mais polêmico sobre o MST” ao qual a “jornalista” se refere é o 09SAOPAULO317, «aqui», que ela, sem exibir o código de identificação, menciona em seu artigo, porém, sem disponibilizar o link. O Globo sequer o mencionou.
Para começo de conversa, duvido muito que o professor (pois é professor primeiro e pesquisador depois), tenha sido “ouvido” pelo MST.
Como conheço bem as práticas e táticas dessa gentalha metida a campesina. Clifford Andrew Welch deve ter sido cercado por três ou quatro jagunços, com fuças de dar medo em susto, e forçado a se desdizer.
Provavelmente foi obrigado a assinar a carta publicada, como se de sua autoria fosse. Portanto, quem analisar o teor, redação e até a pontuação, (posso afirmar, sem medo de errar), perceberá que foi redigida pelo professor Igor Fuser; outro encarnado de MST até à medula.
Welch nem deve ter dado palpite no texto.
Na conjunção da carta, quem a escreveu aproveitou até para fazer propaganda dos sucessos “emesseteístas”.
Um professor americano, mesmo com 50 anos de Brasil, (que não é o caso), falando fluente o português, ao estilo Rui Barbosa, (que também não é o caso), jamais escreveria frases do tipo:
– “...confesso que estava pouco animado com a visita do Vice Consul Benjamin A. LeRoy do Consulado Geral dos EUA, em São Paulo...”;
– ou “...quando nos pediu uma hora para “conhecer o trabalho do Nera...”; – “nos pediu”? Sei! A quantos?
– ou, “...Como historiador especializado em estudos da política externa dos EUA na América Latina, já conhecia figuras como LeRoy e seus relatórios...”; - "figuras como LeRoy e seus relatórios"??? Até parece a Ideli Salvati, falando.
– ou “A Folha aproveitou o esvaziamento dos documentos para alegar que o MST...”
Bom...“esvaziar” e “vazar” para alguém do MST, sendo professor da Cásper Líbero, os dois verbos possivelmente signifiquem a mesma coisa.
Não para um professor de História, seja ele de que nacionalidade for, ou o ruim que fale o idioma local. Há uma diferença enorme entre essas duas palavras. Portanto, só por este detalhe, sem considerar os anteriores, fica bem claro que Clifford Welch não escreveu a carta que o MST divulgou.Está na cara que a missiva publicada com o nome de Welch, tratando-o de "Prof. Ajunto", foi escrita por um brasileiro, de pouca cultura e com um sebo retórico tão vermelho, que nem mesmo os inventores do comunismo se atreveriam a usar num documento dessa natureza.
Legalmente, Andrew Welch é um visitante convidado a residir no Brasil. Por conseguinte, passível de ter a sua residência e emprego cancelados, a qualquer tempo; e pelas razões mais estapafúrdias possíveis, que qualquer petista amoral (são quase todos), do Ministério da Justiça puder inventar.
Que tal lembrarmos, para ilustrar, do jornalista Larry Rohter do NYT? Da sua elogiável coragem em denunciar ao mundo, pela primeira vez, o cachaceiro, o bêbado inveterado que o Lula é. E que aconteceu? O apedeuta mandou expulsá-lo; apesar do cidadão americano ter Visto de residência legal no país.
A coisa só ficou no “deixa-disso” devido à intervenção de Márcio Thomaz Bastos, homem cauto, razoavelmente inteligente, mas de caráter infausto quanto o de qualquer petralha.
Em seus anos de governo dedicou-se praticamente a limpar as sujeiras e vigarices lulistas... sem receio de atentar contra a liturgia do cargo... mesmo sendo Ministro da Justiça. Ironia ou paradoxo maior não poderia haver.
Outro exemplo da sua heresia ministerial em defesa da corrupção petista, (nunca é demais lembrar), o caso emblemático do caseiro Francenildo Santos Costa e a violação da sua conta bancária a mando de Antônio Palocci, então Ministro da Fazenda.
Novamente foi Thomaz Bastos quem costurou e pôs panos frios no jornalismo, na oposição e no Supremo Tribunal Federal. Ninguém foi preso por ter cometido esse crime grave; e no novo governo da ladra de bancos, Palocci foi promovido a Ministro da Casa Civil. Nada mais justo!
Com demonstrações passadas, tão "republicanas e democráticas" assim, Welch não tinha outro remédio senão negar o que disse e afirmar que as “suas frases foram colocadas fora do contexto”.
Não é doido. Precisa trabalhar.
Não deve ter vocação para herói; não tem dinheiro ou o New York Times por trás dele; nem dispõe de esquadrão de guarda-costas armados para o protegerem quando sai à rua.
O que ele contou a Benjamin A. Leroy, narrado no telegrama 09SAOPAULO317, escrito por Thomas White, Cônsul americano em São Paulo, deve ser apenas um milésimo do que ele provavelmente sabe. Eu, sozinho, sei bem mais e com farta documentação para ilustrar.
Meter-se com o PT, e pior, com o MST, cuja organização, certo petista de alto coturno, na época do mensalão, ameaçou pôr na rua, (sabe-se lá com que intenções “benignas”), é atentar a “sorte grande” para aparecer “falecido” na calçada... vítima de “latrocínio”; cujas investigações policiais, neste tipo de ocorrência abrangem menos de 1%; e do total investigado, a duras penas a polícia consegue apurar 1 (um) caso em cada 100 (cem).
Se não houver uma esposa enganada, uma amante despeitada ou um comparsa traído, para ligar para o “disque denúncia”, a polícia pouco faz ou se dedica a fazer.
Para quem não sabe, no Brasil o crime compensa e o assassinato impune é a ordem do dia.
Até hoje ninguém sabe quem matou o Toninho do PT ou quem mandou assassinar Celso Daniel, ou, para citar alguém mais recente, com poucos anos decorridos, o ex-coronel Ubiratan.
Ou, se quisermos celebrar o aniversário de 20 anos pelo assassinato jamais solucionado até hoje, poderemos recordar o do senador Olavo Gomes Pires, de Rondônia, executado com mais de 13 tiros em outubro de 1990...
Poderíamos também, se a paciência permitisse, relembrar a morte, ainda mais antiga, de um general, que faleceu de causas desconhecidas sem nunca ter estado doente; ou a de um deputado que sumiu num vôo de helicóptero e até hoje nem o corpo apareceu... mas pedaços do aparelho vieram à tona, limpos de resíduos marinhos, mesmo depois de supostamente terem passado dez anos submersos no mar.
O azar de Welch foi nunca ter imaginado que uma simples conversa com um compatriota se tornaria assunto de Estado para ser telegrafado a Washington... e que esse documento viria um dia a público.
Conhecendo bem as práticas e táticas, criminosas e asquerosas, do MST, posso até ver, até reviver mentalmente... como o professor deve ter sido pressionado, ameaçado e chantageado para ser forçado a dizer que o dito não foi dito... Eu sei bem como é.
Até hoje tenho pesadelos.
Já enfrentei esses descarnados, filhos de chupa-cabras, bandidos que só existem porque quem governa o Brasil é pior do que eles.
O MST é essencialmente uma mega-quadrilha; uma corja de crápulas, de assaltantes e incendiários disfarçados de mendigos, supostos “lavradores” à procura de terras para trabalhar.
Quando recebem terras, vendem-nas.
Ou alugam-nas.
Gastam o dinheiro recebido em carros, em contrabando de drogas, de armas e em imensas vigarices outras. Todos sabemos que são facínoras querendo enriquecer à custa, ressalva se faça, de uma miríade de gentes sem-eira-nem-beira, pobres de espírito e de corpo, arregimentados temporariamente para os acampamentos, em troca de uma ração de arroz, a fim de parecerem muitos.
Esta é uma das razões porque o movimento não recebe adesão popular. E mostra bem o empenho obsessivo com que o MST luta para que incautos assinem o seu “baixo-assinado contra a criminalização do movimento”.
Quem viajar pelas estradas de Mato Grosso ou Mato Grosso do Sul, verá pelas beiradas a um monte de barracos vazios com meia dúzia de capangas a guardá-los.
Nos dias das respectivas secretarias Estaduais distribuírem as cestas básicas, essas choças aparecem milagrosamente lotadas de homens, mulheres e muitas, muitas crianças; dezenas delas nem aparentadas são com quem as carrega ao colo. Eu já estive lá! Eu vi! Ninguém me contou.
Possuo, inclusive, vários depoimentos de policiais rodoviários e de fazendeiros da região que testemunharam a farsa... e continuam a testemunhar.
Curiosamente, e não por coincidências, os pedintes das cidades, vizinhas a esses acampamentos, desaparecem milagrosamente por dois ou três dias, antes das distribuições das cestas básicas.
É lindo de ser ver a alegria com que regressam aos seus locais de mendicância.
Ainda guardo centenas de entrevistas gravadas com esses indigentes contando-me como são aliciados, transportados, e como são obrigados a dar metade da cesta básica que recebem para os supervisores de grupo... que vendem os produtos para os “mercadinhos” de tábuas e zinco nos bairros periféricos.
As secretarias de abastecimentos nos Estados sabem disso. Inclusive a de S. Paulo. Se o leitor desejar mais detalhes, recomendo a leitura da tese: - "Exculhidos": Ex-moradores de rua como camponeses num assentamento do MST, - de Marcelo Gomes Justo, «aqui»
Quanto ao MST ter “espiões” no INCRA ou no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, (este órgão o telegrama americano não menciona), é realmente um exagero do Globo. O MST não precisa de espiões de capa e mascarilha. Eles transitam às claras do dia, de cara lavada, com nome e sobrenome.
Só por pirraça, para mostrar onde estão os contatos do MST, – sobejamente conhecidos, – o Globo poderia falar (à época de 2003, recordo sem puxar muito pela cabeça) com: o sr. Maçao Tadano – Secretário de Governo, da Secretaria de Plantas e Inspeção Animal e o sr. José Oscar Miranda Pacheco, Assessor de gabinete da Secretaria de Defesa Agropecuária(DAS), ambos em Brasília.
Já em Várzea Grande, Mato Grosso Sul, os senhores Paulo Antônio da Costa Bilégo, Delegado da DFA/MT; o sr. Donizeti Pereira de Mesquita, Chefe do SEDAG e o sr. Plínio Leite Lopes, Chefe do SSA. Já em Campo Grande, com o sr. Carlos Eduardo Tedesco Silva, Fiscal Federal Agropecuário do Serviço de Inspeção Federal. Todos estes senhores conhecem vários espiões do MST. Sabem até onde moram e que funções desempenham... para o MST.
Dos espiões no INCRA propriamente ditos, cujas dezenas de nomes não recordo neste momento, e não estou com vontade de pesquisá-los nos meus arquivos, lembro-me de estalo do sr. Raimundo Pires Silva, superintendente regional do INCRA, no Pontal do Paranapanema, que terceirizava (ilegal e criminosamente) o quadro de funcionários do Instituto, contratando militantes do MST como coordenadores dos núcleos de apoio. Esse é espião. Esse é bandido e corrupto até às orelhas.
Outro que me vem à lembrança é o sr. João Bosco de Morais, em Cuiabá, igualmente superintendente do mesmo órgão, que gostava de desapropriar terras, fraudulentamente, a favor de militantes do MST. Esse também é espião. Esse também é bandido e corrupto até às orelhas!
E falando de capital quente, recordo outra figura depreciável em Campo Grande; este último, travestido de motorista. (não vou revelar o nome porque é um enjeitado).
Em 2003 acompanhou a delegação da União Européia durante a inspeção para certificação, (que não foi certificado), do SISBOV, (sistema de rastreabilidade do gado para corte), que até hoje não funciona como deveria. O sujeito estava emprestado pelo INCRA ao Ministério da Agricultura.
Num fim de tarde, lembro como se fosse hoje, entre uma cerveja e outra, esse homem contou-me poucas e boas sobre o sr. Waldir (ou Valdimir, não recordo exatamente) Cipriano Nascimento, que distribuía terras para o MST ou para quem pagasse, para ele, claro, a quantia que pedia.
Fui até convidado a tornar-me latifundiário legítimo, com a garantia de que o MST não invadiria a fazenda. Quando perguntei a esse motorista como podia assegurar-me tal coisa, ele respondeu que o superintendente do INCRA, seu chefe e amigo, era quem comandava o MST no Estado. Dois dias depois, só para ilustrar o meu trabalho, tive uma linda reunião com o sr. Cipriano Nascimento.
Ele confirmou tudo.
Fui até convidado a visitar uma, (repare bem), das várias fazendas que ele tinha “à venda”. Em nenhum momento me escondeu que eram terras da União ou que, pertencentes a proprietários legítimos, seriam “desapropriadas legalmente”.
Para não prolongar estas recordações nefastas, o que eu mais achei graça no resumo da ilustre Natália, é que ela, não menciona nada, nem o Globo, sobre o sr. João Farias, Superintendente Regional do INCRA, em Pernambuco, e dado como ex-ativista do MST, a conversar com o Cônsul Americano em Recife, cujo relato é mencionado no telegrama 04BRASILIA873 assinado pela Embaixadora Donna Hrinak. Nesse documento é mencionado o nome de João Pedro Stédile a quem Natália faz leve referência, assim como o Globo. Entretanto, que coisa mais esquisita ambos não terem visto o nome de João Farias para mencioná-lo.
A Policia Federal também conhece vários e muitos nomes dentro do INCRA a trabalharem para o MST. Se não faz nada, aí haverá que perguntar a quem de direito; a Tarso Genro, por exemplo.
A atuação criminal do MST e a permissividade com que as autoridades a consentem é estarrecedora.
Fico até preocupado com Andrew Welch, pois se nada lhe acontecer – de repente, (tomara que não), – certamente terá de deixar o Brasil... onde reina a impunidade e a lambança delinqüente petista... que não perdoa; principalmente a um gringo metendo o nariz onde não é chamado.
“Primeiro, o MST fez exatamente o que deve ser feito. O propósito do WikiLeaks ao disponibilizar documentos na internet é justamente permitir que os mais diversos atores leiam e tirem suas próprias conclusões. E as espalhem”.É!... Natalia está certa! Não posso evitar o sarcasmo.
O MST fez o que deve ter feito? Certamente!
Quem sou eu para contradizer palavras tão capadócias. Afinal, pelos seus Progroms, essa parece ser a especialidade e personalidade. Destruir, Encostar na parede e Forçar a assinatura de carta de desmentido de quem fala mal deles.
Suponho que tanto Natália como o Wikileaks devem se sentir muito orgulhosos. Se algum “acidente infeliz” acontecer com Andrew Welch, espero que ambos fiquem felizes...
Talvez para provarem o quanto eu tinha razão no que comentei nas minhas “Reflexões sobre o WikiLeaks”...
Novamente as palavras de Natália são uma demonstração inequívoca e escabrosa de dois pesos e duas medidas.
De como o Sr. Julian Assange, o WikiLeaks e a própria Natália Viana são reles amadores de jornalismo. Aventureiros inconseqüentes, oportunistas sem dois dedos de inteligência para administrarem o material que têm nas mãos.
Na verdade, mostram-se bastante irresponsáveis. Jogaram aos leões um professor por ter falado com o seu vice-Cônsul, mas protegem a escudo e espada o nome de traidores que traem os seus próprios países.
Isso não é certo. Não é direito! Não é justo! Não é jornalismo! Não é profissional.
Será que o professor Clifford Andrew Welch é um dos “poderosos” que tanto Julian Assange quer expor à execração para “cobrar responsabilidades”? Deve ser! Só pode ser, coitado! O professor parece ser dono de uma mente perniciosa que “inventa” coisas sobre o coitadinho do MST.
Pois não inventou nada! Nem foi mal interpretado! Nem as suas frases foram colocadas fora do contexto.
Por que o nome de Welch não foi apagado como o da criatura que passa informações francesas para os americanos? Ou o substituído por “XXX” no telegrama 09RIODEJANEIRO357, referentes ao Brasil, (apenas 1 para exemplificar, já que há muitos.), de papo com o agente Dennis W. Hearne? - Por que corria “risco de segurança”?
Um simples professor, passando informações sobre o MST não se enquadra na mesma categoria de “risco de segurança”?
Será que a plumitiva Natália, brasileira, nascida em S. Paulo, e o seu WikiLeaks de irresponsáveis, têm idéia dos bandidos e assassinos que formam a cúpula do MST?
Por acaso já ouviram falar de cinco assassinos, ladrões, incendiários e co-fundadores do MST, chamados José Rainha Júnior, João Paulo Rodrigues, Sérgio Pantaleão, Clédson Mendes e Márcio Barreto?
E de mais outros 50 parasitas, disfarçados de “trabalhadores rurais”, já condenados pelos mais variados crimes, mas prófugos da justiça?
Onde está a posta em prática do que Natália me informou? (transcrevo novamente):
"o WikiLeaks retira todos os nomes de pessoas que possam sofrer riscos reais de segurança por causa da divulgação. É um princípio da organização não colocar em risco a vida de pessoas".
Será que foi por ter-me escrito uma mentira como essa, – posto que já está provado que o WikiLeaks não cumpre a sua própria regra, nem a própria Natália o faz, – que a distinta plumitiva se apressou a escrever um “artigo” ensinando-nos que “afinal, documentos são documentos”?...
Por acaso a ilustre moça, que escreve mal como o diabo, quer insinuar que o vice-Cônsul ou o Cônsul Geral, ou a Embaixadora, mentem ou deturpam a realidade nos relatórios que escreveram?
Que os documentos escritos e assinado por esses diplomatas “...são produto de um momento específico, escritos por pessoas específicas, com objetivos específicos. Não são prova de uma verdade cabal, embora tragam fortes indícios de que algo está se passando – e que deve ser investigado”????
Natalia Viana, sem dúvida alguma, meteu outra vez os dois pés na jaca. Agora está com medo que algo “triste” aconteça com Clifford Andrew Welch...
A mocinha parece que ainda não se deu conta que está insinuando contra a honra de diplomatas americanos, que são genuinamente americanos dignos de suas carreiras, e não brasileiros pervertidos no jeitinho nacional, na cara de pau brasileira, ou na falta de caráter e moral tipicamente petistas, acima de tudo, brasileiros.
Bom... se dermos uma de Lula e enchermos bem cara, talvez os vapores alcoólicos nos permitam considerar por instantes alguma possibilidade de levar a sério o que Natália insinua. Porém, curada a borracheira, veremos que os telegramas são absolutamente cabais.
Por outro lado, quando recuperados totalmente do hipotético porre, perceberíamos que Natália também mente. E mente por escrito! Levianamente mostra-se outra aloprada, tanto na prosa... como no que pratica, absolutamente contrário ao que preconiza.
“Ontem no programa É Notícia, da Rede TV, o Franklin Martins dizia que estamos vivendo um momento de transição no jornalismo, que deixa de ser o que ele chama de “jornalismo de aquário”, concentrado por um pequeno grupo de meios que podem dizer o que é ou não verdade, para o jornalismo em rede, em que os produtores de conteúdo são muitos”.A admiração de Natália por Franklin Martins, ao transcrever as suas supostas palavras, ditas numa entrevista que eu não assisti, chega a ser assustadora. Dá até para questionar a sanidade mental da moça.
Ou a sua competência profissional, por desconhecer o caráter e as propostas de controle e mordaça para a imprensa já apresentadas pelo escorraçado da Globo.
A ilustre colaboradora do WikiLeaks sequer deve ter lido a reação da ABERT (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão) ao discurso de Franklin Martins em 09/11/2010. Leia 'Não estamos vendo fantasmas', reage Abert. «aqui» no Estadão.
Tampouco deve saber da afirmação dita por Franklin Martins: “Nova regulação para mídia digital será feita com ou sem consenso”. Leia «aqui» na Folha de S. Paulo.
Ou do repúdio da OAB à vontade ditatorial do ex-seqüestrador e do PT em criarem mecanismos de controle da imprensa. Leia "Projeto de lei pretende criar conselho de comunicação em Minas Gerais" «aqui» no UOL Notícias.
Natália parece justificar a máxima de quem feio ama, bonito lhe parece. Bem que gostaria de incluir aqui as centenas de links que disponho em relação a esse dejeto do jornalismo que tanto desperta o arrebatamento de Natália.
Só não o faço, porque a jornalista não merece; nem estou disposto a fornecer material que ela, pela profissão que se titula, deveria saber com sobras; até mais do que eu. Infelizmente peco pela falta de pachorra com gente burra, embora com os ignorantes disponha de toda a paciência do mundo.
“É nesse momento de transição que aposta do WikiLeaks, ao fazer questão de disponibilizar os documentos na rede”.Que momento de transição é esse? A vontade e obsessão do Franklin Martins em amordaçar a imprensa ou a leviandade com que o WikiLeaks trata os documentos que tem em mãos?
Expor ao opróbrio e à tragédia o nome de um professor que só contou verdades ao seu vice-cônsul, não é transição nenhuma e sim, uma baita irresponsabilidade da “organização” e da própria jornalista que escreve textos inundados de erros, dos mais primários possíveis; tão pouco inteligente que sequer sabe acionar o corretor do Word para ajudá-la.
Assim, “nesse momento de transição”, (que não é “nesse” e sim, “neste”, pois o momento é presente e não passado, nem futuro.), caso a jornalista possuísse uma idéia do que o ex-seqüestrador quer dizer, poderia aprender que: – nesta fase da comunicação instantânea, da globalização e do petismo meliante que crassa Brasil afora, quando até a ingenuidade procura exibir-se com certa liberdade e representa força expressiva na arte, na música, na pintura e na poesia, não deveria assustar a ninguém que a humildade também se apresentasse a favor da liberdade ampla, sem peias ou dogmas.
Natália e o seu WikiLeaks deveriam saber que a liberdade deve estar a serviço do trabalho com método. Nem o WikiLeaks nem Natália Viana podem prescindir da orientação do saber... por exemplo, conhecer os bandidos que são os do MST e as barbaridades que cometem. Ou as barbaridades que Franklin Martins pretende, ou pretendia, para amordaçar a imprensa.
Assim, quando o cérebro falta, toda a divulgação dos documentos, que poderia ser algo bom para o mundo, está se tornando numa farsa sem precedentes...
Porque os encarregados de publicar os telegramas não raciocinam, e essa preguiça mental transforma os vazamentos numa amalgama sem consistência;... o conjunto da obra sem durabilidade;... e os artigos de Natália apenas um resumo fraco e inconseqüente, assim como o da Globo que despertou iras no MST.
Novamente insisto: Sou a favor da divulgação dos telegramas, mas não da forma em que está sendo executada. Ou apagam todos os nomes, seja de diplomatas ou informantes, ou se revelam TODOS os nomes que aparecem nos documentos.
O que não pode é, como no caso deste professor, o WikiLeaks permitir que pessoas de boa-fé sejam ameaçadas por bandidos, como os do MST, e obrigadas a assinar cartas, desmentindo o que foi dito... para evitar conseqüências trágicas. Do mesmo modo, no caso de diplomatas, – e membros de governos outros, – não-americanos, sejam envolvidos numa capa de suspeição, apenas porque trataram de assuntos legítimos de seus países com os americanos.
O que não pode é Natália Viana dar-me uma resposta mentirosa ou não cumprir o que propaga, até em seus próprios resumos cheios de erros.
Quando o sr. Assange fala de liberdade da informação, deveria primeiro entender que liberdade não é uma espada para ser empunhada por um celerado a cortar ou a abrir onde lhe dá vontade. Deveria se lembrar de Heráclito, o filósofo grego, que disse: – “Se tudo se torna tudo, cada coisa contêm em si o que nega”.
E Natália Viana, muito em especial, deveria ter em mente que a humildade ensina que há uma diferença muito grande entre os humildes e os humilhados: — as humilhações devem ser repelidas, por desumanas, mas a humildade deve ser cultivada como atributo do Criador à criatura.
“Mesmo assim, ainda hoje há pouca gente revirando os documentos que já foram publicados – quase 2 mil – para fazer uma leitura crítica, ou uma leitura própria, que seja. Depois de um mês do lançamento, a rede continua fervendo atrás do que é o furo, do que é a novidade. Mas a riqueza dos documentos nem sempre está aí. Uma leitura aprofundada pode revelar coisas muito mais importantes”.No caso do Brasil, querer maior interesse pelos documentos, – do pouco ou quase nenhum – que já existe, é pretender tirar leite de pedras. Fora os 3 grandes jornais, o resto é somente resto ignorante, até dos próprios deveres cívicos e das responsabilidades políticas inerentes que deveriam desempenhar no país.
No MST não existem pessoas com inglês suficiente, nem com interesse para ler documentos do WikiLeaks. A ignorância por lá campeia como gado erado e o olho grande-angular político é vesgo, com miopia profunda, voltado para o próprio umbigo.
O mesmo acontece com as demais organizações ou organismos mencionados nos telegramas.
No momento em que o Lula elogiou o vazamento dos documentos, quitou-lhe toda a curiosidade que porventura existisse em alguns poucos. Tivesse ficado calado ou criticado, certamente os telegramas estariam sendo esmiuçados até nas vírgulas.
Se o Globo não tivesse escrito um artigo em português, falando do MST, sobre o qual o editor mandou a repórter saber mais, nem em sonhos a cúpula criminosa do MST se interessaria por ler, no WikiLeaks, o que o Cônsul conversou com Andrew Welch e reportou a Washington.
Nem o professor teria sido incomodado ou forçado a assinar uma carta que jamais redigiu... em cujo texto, repito, até foi incluído um parágrafo publicitário das façanhas “emesseteístas”.
Os brasileiros só têm atração pelo proibido, pelo sórdido, pelo mexerico.
“E aí vem a segunda reflexão. Tem se discutido muito pouco o que são esses documentos das embaixadas. Eles são, em primeiro lugar, documentos. E devem ser tratados e olhados como tal”“Tem-se discutido muito pouco”, porque a maioria dos brasileiros mal conhece uma palavra de inglês. E refiro-me, obviamente aos jornalistas na sua esmagadora e absurda maioria. Estes deveriam ser os mais interessados por defeito de profissão. No entanto, mal sabem escrever e falar português correto, o que dirá do inglês?...
“Tem-se discutido muito pouco”, porque os documentos são chatos de ler e chatos de se formatar para permitirem uma leitura fluida; partindo-se, claro, da suposição que quem se disponha a fazer tudo isso possua um inglês decente. Não é a realidade brasileira.
“Tem-se discutido muito pouco” e creio eu, esse pouco se tornará cada vez menor, pela arbitrariedade burra de quem limpa os documentos, quitando-lhe qualquer interesse investigativo. Sem se saber as fontes não há o que investigar, nem desperta interesse para publicar; exceto para aquele jornal com espaço livre que usa a matéria para “bombar” um espião, e logo perde interesse no momento em que a imprime.
Quanto ao cidadão comum, e até a estudantes universitários despertarem algum interesse pelos documentos... bom... É mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha, do que uma dessas criaturas ligar o computador para ler um telegrama americano.
Se nem se interessam na pesquisa do perfil daqueles que elegem para os governar, o que dirá de textos sem imagens, sem sexo explícito e sem a última fofoca do protagonista da novela das oito?
E pior, como é habitual, basta ver pelos comentários que vão espalhando pelos blogs...
Nem a mais remota idéia têm do que versam os telegramas, exceto um conhecimento atabalhoado e de orelhada, baseado neste ou naquele título de matéria em jornal sobre a qual lêem meia dúzia de palavras e deduzem o resto por imaginação.
Por outro lado, o fato de Natália afirmar e reafirmar no seu artigo que – “...em primeiro lugar, são documentos. E devem ser tratados e olhados como tal...”, – eu fico imaginado como a jornalista imagina a maneira que qualquer pessoa, até uma com pouca inteligência, poderia encarar esses telegramas?
A Quem a jornalista pretende dar lições de Leitura?
Ao MST?
Sem dúvida, tanta insistência em asseverar que os telegramas são documentos, permite que deduzamos o quanto ela está preocupada com o que poderá acontecer ao professor.
Conhecendo o MST como conheço, para esses animais o relato da entrevista do professor com o vice-Cônsul tornou-se uma prova cabal de traição e injúria de um estrangeiro contra os princípios dogmáticos e “nobres” do MST; passível, portanto, da punição mais severa.
“Ao longo deste ano, enquanto estava escrevendo um livro-reportagem sobre o jornal Movimento, usei primordialmente fontes documentais. Trabalhando com documentos, você percebe muitas coisas, como por exemplo que os documentos mentem. Muitas vezes”.Se os documentos mentem é porque existem referência escritas ou visuais que provam essas mentiras. Portanto devem ser imediatamente descartados e por inteiro. Especialmente no Brasil onde não se cuida da memória.
Ou, melhor, tem gente que prefere esquecê-la e até pilhá-la. Os petistas estão aí mesmo para provar que esquecer é tão rentável, tanto para testemunhas quanto para protagonistas.
Não é o caso do telegrama “mais polêmico sobre o MST”, o 09SAOPAULO317. Nada do que lá está escrito foge uma vírgula da verdade; da realidade como o MST leva a cabo as suas vigarices, sacanagens e crimes infindáveis.
Quem conhece bem o MST, como eu conheço até os nomes dos bandidos, sabe perfeitamente que o relato documentado é veraz, porém, ínfimo, se comparado à imensidão de velhacarias e sabotagens que o MST comete.
Surpreende-me que Natália Viana, dizendo-se jornalista, não tenha realizado, pelo menos, uma pequena pesquisa a respeito. Talvez se o tivesse feito, não viria agora com ares de santarrona tentando insinuar que o relato posto no telegrama americano é só um documento, pelo que deve ser somente encarado como tal;... porque ela... por experiência... muitas vezes descobriu que “os documentos mentem”.
Ora vamos!
A quem a egrégia plumitiva pretende enganar?... ou que verdade tenta disfarçar com tal insinuação? Provavelmente os documentos do jornal “O Movimento”, cujas folhas, cortadas em pedaços, lá nas roças de Minas Gerais da minha infância, eram usadas na “casinha” para fins sanitários.
“Eles são produto de um momento específico, escritos por pessoas específicas, com objetivos específicos. Não são prova de uma verdade cabal, embora tragam fortes indícios de que algo está se passando – e que deve ser investigado”.No Brasil isso ocorre. Bem me lembro que sim. De certa forma justifica haver tão poucas fontes válidas para pesquisa no país criado pelo Lula.
Certamente isso ocorre pela mão de irresponsáveis uespenianos, tipo Marilena Chauí, que plagia livros de filósofos franceses e os transforma em teses “originais” de própria lavra. Ou, inclusive, apenas para relembrar, o caso daquele economista famoso, do PT, (só podia ser), que na sua tese de mestrado apresentou a cópia exata de um livro escrito por Gonzaga Belluzzo e foi aprovada com louvor.
Portanto, não surpreende vermos que Natália também plagiou o artigo do Globo. Faz parte da alma “libertária” petista e de simpatizantes afins.
Aparentemente, pelo que Natália afirma no parágrafo destacado acima, o seu artigo anterior que deu passo ao presente, inerente a este post, parece ter sido fundamentado apenas em documentos... que documentos são, tão-somente! Portanto, não compreendo a razão da jornalista, no seu resumo plagiado, ter mencionado o nome do professor Welch.
Afinal de contas, haveríamos de perguntar à Natália: – O documento do cônsul é verdadeiro ou falso?
Se para ela os documentos "mentem muitas vezes”, (na sua primeira versão publicada do artigo), e, na correção/ alteração com erros ortográficos, "os documentos podem mentir ou distrocer", (ela quis dizer "distorcer."), então não deveria citar, no seu resumo plagiado, o nome do professor. Ponto!
Por outro lado, se ela achou que era verdadeiro, deveria ter omitido o nome de Welch, apenas para se mostrar coerente com o que afirma. Isto é, (sempre é bom lembrar o que me escreveu): – “o WikiLeaks retira todos os nomes de pessoas que possam sofrer riscos reais de segurança por causa da divulgação”.
Que estranha forma de negar o dito, pelo não dito, mas muito pelo contrário... Parece até o samba do crioulo doido a ser escrito pelo Lula na sua aposentadoria e cantado pela Dilma, tendo no pandeiro o “percursionista” Franklin Martins.
“Parte da cobertura sobre o Cablegate tem tratado o conteúdo dos telegramas como se fossem a verdade, e ponto. E nisso, estão fazendo mau jornalismo”.Natália novamente se expõe ad absurdum. Em que país viverá? A imprensa brasileira jamais trata algo como verdade, mesmo sendo comprovadamente verdadeiro. Para tanto usa, exagera e abusa dos verbos no tempo condicional.
Mesmo um bandido condenado ou indiciado, o jornalismo encarrega-se de escrever e dizer que o meliante “seria” suspeito.
Por outro lado, mau jornalismo faz a Natália! Primeiro por não saber escrever sem erros e soltar textos mais vergonhosos dos que uma criança recém alfabetizada a escrever a redação sobre a vaca.
Na sofreguidão de aliviar a consciência por ter publicado o nome de um professor que conversou com um diplomata e, por essa razão, ao plagiar o Globo, tê-lo colocado igualmente em risco de morte, mau jornalismo faz a Natália ao tentar agora desacreditar os documentos sobre os quais faz resumos e suspostamente deveria ajudar a "espalhar".
Ao vir com essa conversa mole, levantando dúvidas e suspeições, no afã de pretender ensinar a ler documentos, só revela o medo que a invadiu e o remorso que sente pelas mentiras que diz sobre a lisura do WikiLeaks. Ademais, em cada palavra que escreveu mostra bem o receio velado que algo ruim aconteça a Clifford Andrew Welch.
Talvez alguém a tenha alertado sobre o MST e a consciência pese muito.
Mau jornalismo faz Natália por tentar desacreditar o trabalho de diplomatas sérios, cujo labor e obrigação principal é o de informar o seu país sobre o que ocorre no local onde a missão diplomática está instalada.
Mau jornalismo faz a Natália (e o mesmo vale para Tatiana Farah, do Globo), por publicar um artigo irresponsável sem ao menos se dar ao trabalho de pesquisar para saber se o exposto no documento americano demonstrava algum assomo de verdade... Verdade que não foge nem um pouco do retrato fiel da realidade do MST, mas que deveria ter vindo acompanhada, (se a preguiça pesasse muito), dos links de inúmeras reportagens a respeito desses bandidos.
“Não é que os telegramas estejam mentindo, mas são apenas interpretações de encontros e informações que, de fato, existiram”.Lá em cima, Natália infunde-nos que “muitas vezes os documentos mentem”. Por conseguinte, os “documentos são apenas documentos”... "e devem ser tratados como tal". Agora diz-nos que “Não é que os telegramas estejam mentindo...”, e que os “...encontros e informações... de fato, existiram”. – Confusa, a moça, não? Seria bom que ela se decidisse...
Afinal, como deveremos... ou deveríamos ler os documentos?
E para finalizar, acrescenta:
“Há muito de substancial nisso: sabemos que os encontros ocorreram, sabemos como os EUA viram e atuaram em relação a cada um dos temas, sabemos quais informações foram transmitidas a Washington e sabemos o que os embaixadores ouviram e o que consideraram revelante. Daí pra ser a prova cabal de que algo que foi informado é verdade, é um longo passo”.Neste último parágrafo Natália realmente se supera. Num louvor à sua estultice esparramada , ainda inventa palavras. Exemplo: “revelante”.
“Revelante” que vem de revelação ou de revelar? Ou será que ela quis dizer "Relevante"?
O lado bom do “artigo” da Natália, como um todo, pela piedade que me abraça o peito, é permitir-nos, não só a possibilidade de intuir o quanto é péssima jornalista, mas o quanto é também mulher com consciência moral ao demonstrar-nos o remorso das parvoíces que escreve e defende.
Que rumores anômalos terá escutado Natália Viana para querer nos ensinar que "documentos são documentos"?
Não há rumores.
O MST, como qualquer petista, só ataca pelas costas, na calada da noite quando todos dormem...