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domingo, 6 de março de 2011

ABL e Ferreira Gullar

Dias atrás, um bom amigo deu-se ao trabalho de telefonar, só para despertar-me da letargia, cada vez maior, que soçobra a vontade de atualizar este blog.

O Brasil não tem jeito!” – disse-me pesaroso, – “Mas é importante, e cada vez mais necessário, que mais e mais pessoas como você continuem a mostrar o que está errado no país...”

– Mais e mais pessoas? – interrompi-o com absoluta ironia. – Onde estão essas “mais pessoas” que não as vejo?; nem leio! Quantas paredes as acoitam que as impede de se darem às claras do dia? O Brasil continua a ser roubado, dilapidado, enganado e o povão quer é mais... Onde estão essas pessoas de vozes tão sonoras, que tanto se importam e de quem você tanto fala?

Ele não soube dar nomes ou não quis; o que deu no mesmo! Poderia ter mencionado Reinaldo Azevedo, o único, na minha opinião, a demonstrar realmente, e a diário, que se incomoda com a velhacaria, roubos e mentiras petistas... Mas não o fez. Preferiu o conforto da ambigüidade generalizada.

A conversa prosseguiu ainda por algum tempo sem ele se preocupar com a conta do telefone. A despeito dos meus alertas para o fato, parecia determinado a persuadir-me de que há pessoas em seu infausto país a se importarem com os rumos desvirtuados pelos quais está enveredando... E eu deveria continuar a me importar...

Nesta altura, não sei como, veio à baila o nome de Ferreira Gullar, de quem ele é amigo. O fato que narrou eu já havia lido e aplaudido. O extraordinário poeta recusara a indicação para a Academia Brasileira de Letras, mesmo que recebesse muitas cartas de “imortais” pedindo-lhe que aceitasse.

Quando finalmente nos despedimos, apesar da satisfação de ter conversado com ele, pois há anos não nos falávamos, uma onda de tristeza abateu-se sobre mim. Entre uma baforada e outra do charuto percebi o quanto esse “paíf”, aos poucos, tal como a fumaça, vai-se diluindo no meio dos arquivos das minhas reminiscências; sobretudo por entre as frestas dos meus interesses...

Nada como a distância para se experimentar o provérbio: “olho que não vê, coração não sente”.

Se antes os absurdos éticos e amorais dos brasileiros causavam-me agonia, um desespero de tirar o sono, hoje toda essa falta de vergonha resvala... Parece até resto de pesadelo sonhado que, já desperto, as horas do dia vão se encarregando em desvanecer.

Confesso que depois de uma reles ladra de bancos ter sido eleita para assumir a presidência da república, algo no meu intimo se quebrantou definitivamente. Por fim, enxerguei com toda a claridade o quanto o Brasil é um país sem esperança, repleto de canalhas; comandado por escroques eleitos por humanóides sem cérebro, a serviço da bandidagem que prolifera em cada esquina.

Se algum dia sonhei em ver o Brasil se transformar num país decente, hoje não sonho mais.

Não há mais brasileiros de verdade. Não há mais patriotas capazes de lutar contra a corja de bandidos que dominou Brasília. Quanto muito, haverá, talvez, algumas poucas vozes isoladas, roucas, a pregar no deserto da indiferença nacional, como é o caso de Ferreira Gullar. Este poeta admirável prefere declarar-se deprimido para justificar a recusa de fazer parte da Academia Brasileira de Letras; indicação que havia aceitado reservadamente em junho do ano passado.

Em boa hora a vaidade sedutora do primeiro momento cedeu lugar à afirmação da honra; à dignidade dos seus 80 anos de vida integra e muito laureada sem precisar de fardões e plumas para receber um “mérito” tardio, tirado do desespero de um grupelho em encontrar alguém realmente imortal para lhes dar sentido à imortalidade que julgam possuir, mas não possuem.

Mario Lago dizia que o bom da ABL eram os biscoitos do chá das cinco. Apenas e tão-somente os biscoitos. Assisadas palavras!

Não é de hoje que a ABL se transformou num lupanar de vaidades. Numa agremiação de ignorantes; de estúpidos também. Velhos decrépitos que nem a idade os tornou sábios... salvo, obviamente, alguns honrosos e eternos nomes como Lygia Fagundes Telles, Ana Maria Machado, Ariano Suassuna, Cleonice Berardinelli e João Ubaldo Ribeiro. O resto, resto é.

Machado de Assis dizia que a ABL "é a glória que fica, eleva, honra e consola"... - Talvez no seu tempo. Talvez até final dos anos 1970... Quando José Sarney lá se sentou tais palavras perderam sentido.

De lá para cá vi a outro, igualmente corrupto e corruptor, infestar essa casa: Roberto Campos. E antes dele, Roberto Marinho, o execrável manda-chuva das organizações Globo que deveria ter sido trancafiado num uniforme listrado e não galardoado com um fardão emplumado.

Vi também a um ignorante da gramática, a um iletrado da sintaxe, a um medíocre do idioma ser escolhido para envergar o fardão: Paulo Coelho. O homem de mente fértil, dos gerúndios abstrusos, do “acabando de começar”, do “descendo para baixo”, do “subindo para cima” e de tantos e múltiplos acintes à inculta e bela, última flor do Lácio.

Tão abjeta figura recorda-me outra, a do hipócrita eclesiástico Dom Lucas Moreira Neves, ex-arcebispo de Salvador, a quem conheci bem, tanto na vaidade megalomaníaca como nos enredos políticos em que se emporcalhou. Que o inferno o torrifique!

E por falar em coisas desagradáveis, melhor esquecer que Getúlio Vargas um dia passou pela casa ou que o pequeno Murilo Melo Filho todavia a ela pertence, fazendo-a ainda menor do que ele.

Portanto, não é de surpreender que a principal função da Academia Brasileira de Letras, a de vigiar e cuidar da evolução do idioma, esteja hoje relegada à irresponsabilidade... ao absurdo!

Não nos esqueçamos do fiasco na publicação do VOLP (Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa) e das sandices que até hoje lá constam... malgrado todas a correções e inspirações oníricas... face à esdrúxula nova ortografia... do favelês.

Da incompetência na escolha dos seus membros “imortais” é possível compreender os motivos pelos quais o português-brasileiro caminha a passos largos para o favelês-afavelado, misturado a Lulês e Dilmês, na mais vil inescrupulosidade de uma morfologia estólida, pautada por lexicologias e lexicografias aberrantes, tudo derivado como comprovam as publicações dos próprios “imortais”... que da Academia Brasileira de Letras fazem parte... e que das letras perderam o rumo.

Se Mario Lago ainda fosse vivo, com absoluta certeza, nem para provar dos biscoitos, apareceria hoje nessa casa para sentir alguma glória pelo seu trabalho.

Não há glória em ombrear com Paulo Coelho ou José Sarney ou Marco Maciel. Menos ainda sentar-se ao lado de um Eduardo Portella ou do patético e confuso Carlos Heitor Cony ou de um tal Antonio Carlos Secchin que nem no fardão de imortal consegue ser conhecido...

Muito pelo contrário!

Creio que de junho de 2010 para cá, Ferreira Gullar, ganhador do Prêmio Camões, percebeu a desonra imensa que seria ver seu nome e obra se imiscuírem a tais necedades. Não surpreende que tenha se declarado em depressão.

Eu diria o mesmo, pois seria perda de tempo explicar o óbvio. De nada adiantaria jogar luz na indecência em que se transformou a casa de Machado de Assis e José do Patrocínio. Os vaidosos que hoje por lá arrastam os pés, e as almas também, dificilmente conseguiriam entender a verdade... se esta lhes fosse mostrada.

Para os atuais 39 “imortais” creio que a vaidade e a astúcia são mais fortes que a defesa do idioma ou dos princípios que fundaram a ABL, conquanto mais forte que a vaidade seja o sentimento de que a Globo já se encarrega do assunto e a eles só compete desempenhar o papel determinado pelo cerimonial no chá das cinco.

Essa fidelidade ao ritual dos fundadores e patronos, esses sim, imortais de fato, parece ser suficiente para levar aos espíritos dos trinta e nove vivos as suas próprias recompensas.

Não obstante, embora vaidosos, loucos não são. Já se deram conta que as suas obras e politicagens são insuficientes e que desconhecem, sobretudo, as formas mais sutis do razoamento filosófico daqueles que, de verdade, deram vida e razão à ABL. Portanto só lhes resta aceitarem criaturas de igual obscurantismo, pois imortais autênticos, como Ferreira Gullar e tantos outros, sensatamente se recusam a dar brilho a tamanha opacidade.

Que frustrações enormes devem sentir as almas de Olavo Bilac, Castro Alves, Manuel Bandeira, Joaquim Nabuco, Coelho Neto, Gonçalves Dias, Jorge Amado e, principalmente, Machado de Assis... apenas para recordar alguns verdadeiramente imortais.

Parabéns a Ferreira Gullar por ter-se recusado a sentar ao lado de velhacos e de medíocres da língua portuguesa.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Corrupção e bandidagem no Brasil é pragmatismo

Agora pela manhã, via Estadão, descobri que ladroagem, corrupção e má administração publica no Brasil se passou a chamar pragmatismo...

Pode?

Não só a inculta e bela é vilmente adulterada no Brasil para dar lugar ao favelês... O significado das palavras está sendo também modificado de forma paulatina e persistente.

Graças ao sr. João Domingos, do jornal O Estado de São Paulo, no seu texto titulado “Pragmatismo no poder faz PT perder fundadores”, «aqui», a palavra pragmatismo passa a ter outro significado.

Se alguém nunca viu um jornalista escrever a mando de petistas, o artigo desse sujeito é uma prova incontestável de como no Brasil há indivíduos sem escrúpulos, sem moral, sem vergonha na cara, capazes de venderem a mãe em troca de um almoço mais nutritivo.

Às vezes, até por um simples sanduíche de mortadela, que por lá pronunciam “mortandela”.

É certo que jornalista brasileiro, no geral, é um ser morto de fome, mas assim também é demais.

Sendo o João um brasileiro e jornalista de profissão, eterno defensor e arauto de certos petistas, nem sei porque tal constatação me surpreende...

O artigo do contumaz plumitivo mais parece um edital de aviso aos petistas. O arrazoado de nescidades lá escritas significa mais ou menos isto: [escrevo em favelês para melhor entendimento] – "Atensão os cumpanhero! Si num obidessê o que o Lula qué, óia o qui acuntesseu com quem era más importante qu'ocês!

A prolixidade de João Domingos prima pela mascarada despudorada em cima dos verdadeiros motivos que levaram vários fundadores, esses sim, homens e mulheres realmente honestos, a largarem o PT. Além disso, não contente com a sua farsa proseada, o Joãozinho ainda se pôs a transcrever o que o presidente desse partido disse na festa dos 31 anos... Dos 31 anos de vivência da maior quadrilha de bandidos que já existiu no Brasil.

Dizer que o PT é hoje: – “um partido pragmático, com experiência na condução do País, com experiência de governos estaduais e municipais, de atuação no Congresso, de força administrativa”, – é o mesmo que chamar o bode de “meu Louro”!

Seria preciso esquecer do caos e do desastre estrondoso da administração corrupta de Marta Suplicy à frente da Prefeitura de São Paulo e de todas as taxas abusivas que essa ignorante criou.

Teríamos que esquecer a destruição e enorme corrupção, roubos e assassinatos ocorridos no Estado do Pará sob administração da deslumbrada Júlia Carepa, sempre de dermatologista a tiracolo. Deve ser por isso que o sistema de saúde pública no Pará é um dos piores do Brasil.

O que Olívio Dutra fez em Porto Alegre com as FARC ou os Vianas no Acre, igualmente precisaria ir para o saco do olvido.

O mais certo seria afirmar que o PT é hoje um partido de bandidos, de assassinos! De verdadeiros estelionatários; escroques especializados em roubar acintosamente o erário público, com vocação e capacidade assombrosas para ludibriar o povão abestalhado, através de políticas enganosas sem qualquer consistência prática ou propósitos evolutivos ou patrióticos.

Os PAC 1 e 2 estão aí às claras para comprovarem como o PT é desprovido de capacidade para governar o país... Sequer é capaz de implementar ou desenvolver os projetos que tira da cartola da própria imbecilidade.

A desindustrialização galopante em andamento na indústria nacional reforça esse fato. Os sucessivos e intermináveis apagões no fornecimento elétrico só robustecem a abissal incompetência dos petistas na condução dos serviços públicos.

Esqueçamos igualmente os desmandos financeiros, os subornos, os superfaturamentos e os cabides de empregos existentes na Petrobras, nos Correios, na Funasa, nos Fundos de Pensões, no Banco do Brasil, na Caixa Econômica Federal, nos trinta e não sei quantos ministérios, no Senado e Câmara... e por aí vai.

Fosse isso pouco, fosse o PT esse exemplo autopropagado de "bom governante", a classe mais pobre do país não pagaria, numérica e substancialmente, mais impostos do que as classes abastadas. No entanto, na realidade cruel e meliante do governo petista, os brasileiros mais pobres pagam muito mais impostos que os ricos.

E isso, porque o PT é um partido de trabalhadores, voltado para os interesses do povo. Imagino se não o fosse!

Nem os militares ou os sucessivos e continuados governos corruptos que prevaleceram no Brasil até 2002 se atreveram a tanto.

Não obstante, se me lembrar do caos presente e generalizado na saúde pública, no ensino escolar, na segurança, no saneamento básico e, sobretudo no sistema judiciário, seria capaz de escrever um tratado para provar, sem qualquer sombra de dúvida, como o PT tem sido a pior coisa que já aconteceu no e para o Brasil...

Mas é melhor não lembrar... Seria perda de tempo e desgaste inútil dos meus dedinhos.

Afinal de contas, o Brasil começa o ano com uma ladra de bancos na presidência e com o pior Congresso Nacional que já existiu; com os piores representantes já eleitos... graças à “qualidade do pragmatismo” dos cidadãos que existem “nessepaíf”.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

O Brasil é um país dantesco! – parte 1

Cada vez que abro algum jornal brasileiro tenho a sensação de ver o horror passar diante dos meus olhos. Nunca me atrevi a espremer o noticiário como quem torce roupa molhada. Se o fizer, estou convencido que da espremida sairá sangue, pus e desgraça humana liquefeita.

Hoje descobri que o Brasil chegou ao “honrosoprimeiro lugar do mundo, – em números absolutos, – de pessoas portadoras do bacilo da lepra. O jornalismo e os serviços de saúde brasileiros preferem o termo técnico Hanseníase para denominar essa doença bíblica.

Fica mais suave, politicamente correto, certamente, designar a lepra por um nome que a maioria dos brasileiros mal consegue pronunciar.

Talvez a lepra suma mais rápido...

Até 4 anos atrás, quando ainda morava no Brasil, o mal de Lázaro apresentava estágios controlados; em algumas regiões as incidências regrediam a cada ano. A Índia era o país do planeta com o maior número de casos da doença, seguido pela Birmânia, Nepal e Moçambique. Graças às incompetentes, corruptas e imbecis políticas de saúde do governo bandido dos petistas, os brasileiros podem se orgulhar de terem ultrapassado a Índia.

O Brasil é o campeão de lepra no mundo!

O PT, o Lula e agora a Ladra de bancos devem estar muito orgulhosos. Só fazem bem ao Brasil, tantos são os exemplos “éticos” e “médicos” que dão ao país. Que bom ver o povo brasileiro votar tão bem para eleger a incompetência, a corrupção, a ladroagem e a imbecilidade para governá-los.

O Brasil é um país dantesco! – parte 2

A maior tragédia brasileira dos últimos cem anos no país, sumiu dos jornais. Ninguém mais fala ou escreve sobre as centenas de mortos e desaparecidos na região serrana do Rio de Janeiro.

Nem mais o número de mortos é informado. A última vez que li algo, a estatística estava em 840 mortos e 500 desaparecidos.

O jornalismo brasileiro superficial, - velhaco e corrupto como sempre, - esqueceu novamente que uma das suas obrigações é cobrar providências das “otoridades”. Acompanhar que tais providências estejam sendo implementadas e praticadas adequadamente NOS PRAZOS PROMETIDOS, deveria ser outro dos seus deveres! Mas, em se tratando de jornalismo brasileiro seria pedir demais. Seria pedir um profissionalismo que não existe.

Não há inteligência para tanto, especialmente, porque moral e ética há muito não fazem parte dos seus atributos. Amor ao país, tampouco... exceto durante a copa do mundo de futebol...

Os milhares de desabrigados que se virem! Cada um que arrume um teto para se abrigar. Muitos desses infelizes já estão até reconstruindo os seus barracos de tábuas nos mesmos locais onde os pais e/ou filhos morreram soterrados. Fazer o quê? Ignorância e burrice são características tão brasileiras...

Omissão e desleixo das "otoridades", também!

A “presidenta” Dilma, ladra de três bancos na juventude, que na velhice nada me garante que não esteja praticando ou orientando outros assaltos, (recordemos as falcatruas da Erenice Guerra), já prometeu coisas que já existem... como boa vigarista que é! Prometeu também mais não sei quantas mil casas para os infelizes que perderam tudo... e voltou silenciosamente para Brasília... Não sem antes dar uma paradinha em São Paulo para receber diretamente outras orientações do vigarista mentor.

O silêncio da “presidenta” deu lugar às habituais masturbações mentais do “Se”, que no Brasil ocorrem usualmente após cada desgraça.

Tentar prever ou prevenir com antecedência não faz parte do proceder nacional; seja do governo ou do povo.

O povo brasileiro acostumou-se, por defeito genético, suspeito eu, a esperar que alguém tome as decisões por ele ou que alguém lhe diga o que fazer. Como a “presidenta” calou, pois competência para mais não tem, o silêncio da mídia sobre a desgraça no Rio, imperou. As vozes voltaram-se todas para o que acontece na Tunísia e no Egito... Os plumitivos brasileiros preferem noticiar à exaustão os distúrbios no mundo árabe do que cobrar e exigir soluções imediatas para as mazelas e omissões governamentais do Brasil.

Fosse essa imbecilidade pouca, recordo agora que semanas atrás, pela Globo News, assisti a um desfile de utopias:

Primeiro, apareceu um desses muitos “chefes” da defesa civil, obviamente vestido com o uniforme de trabalho, para mostrar que estava trabalhando... Apenas disse as patacoadas de sempre. Todas elas reativas, atabalhoadas, um chover no molhado que dar enjôo. Em nenhum momento falou que parte da culpa da tragédia se devia à omissão do seu departamento e à corrupção que existe dentro do seu departamento! Nem poderia.

Depois foi a vez do sujeito do CREAA (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia), arrazoar do alto da estultice que o caracteriza, uma porção de “Se” sobre a tragédia na região serrana.

Sem se envergonhar ou enrubescer , o estulto pôs-se a desfilar condicionalidades na base do se porventura:

Se” o governo dos Estado tivesse feito isso....

Se” a secretaria tal tivesse feito aquilo e aqueloutro...

Se” as prefeituras tivessem fiscalizado tal coisa e outra coisa tal... etc, etc.

Os “Se” foram muitos. No final, encerou a entrevista prometendo criar uma comissão fiscalizadora...

Comissão Fiscalizadora?

Que cara-de-pau! Melhor tivesse ficado mudo ou ido para o galpão da escola de samba preferida e ensaiar o enredo para o carnaval de Março.

Esse tipo de gente só serve para dar comichão.

Não há nada pior do que fazer uma promessa, cuja concretização todo mundo sabe que jamais se realizará. Especialmente vindo ela de quem veio... sem que aqui insinue qualquer maledicência. Obviamente!

Especialmente em relação ao CREAA do Rio de Janeiro, que tantos “bons” serviços fiscalizadores tem prestado ao Estado; um tanto sutis e mal compreendidos, é bem verdade. Coitados! Que dó.

Neste instante recordo 1983 e a merda de apartamentos caríssimos, construídos pela Sérgio Dourado, na barra da Tijuca, de um dos quais fui um dos muitos proprietários infelizes. Levei cinco anos para me ver livre do abacaxi. Recordo também o desabamento do Palace 2 construído com areia da praia pelo Sérgio Naya, onde morreram oito pessoas...

Se me esforçar um pouco mais... sou capaz de recordar a tragédia da construção da ponte Rio-Niterói, que só existe hoje porque o governo de então pediu ajuda à engenharia portuguesa... e a faculdade de engenharia da UFRJ passou a ser dirigia por professores portugueses, com programa e exigências acadêmicas portuguesas.

Menos mal que a engenharia brasileira melhorou um pouco... embora as grandes construtoras nacionais estejam repletas de engenheiros portugueses.

O CREAA, em todas as épocas trágicas, tem um gosto todo especial de vir a público para verbalizar os seus “Se” e nos fazer crer que servem para alguma coisa... quando, de fato, de prático, não servem para porcaria nenhuma! Nenhuma, mesmo! Nem para punir os vigaristas associados, exceto se o caso se tornar trágico e público. Se for só trágico nem se manifestam... como ocorreu na época das vigarices do Sérgio Dourado.

Criar uma “comissão” para “isto” e para “aquilo” é a epítome gloriosa, habitual e generalizada a que as “otoridades” e Conselhos Regionais brasileiros deitam mão para demonstrarem à patuléia o firme propósito de fingirem que trabalham... enquanto os membros participantes se aboletam com o dinheiro destinado à criação das “comissão”... para aliviarem a comichão do bolso.

Tomar ações preventivas ou usarem das prerrogativas legais que dispõem para evitar desabamentos, ou que maus engenheiros e maus arquitetos enganem incautos, ou alertar/ prevenir tragédias como as que aconteceram na região serrana do Rio, para isso eles não têm expediente nem imaginação.

O PT, o Lula e agora a Ladra de bancos devem estar muito orgulhosos. Só fazem bem ao Brasil, tantos são os exemplos “éticos” e "críveis" que dão ao país. Que bom ver o povo brasileiro votar tão bem para eleger a incompetência, a corrupção, a ladroagem e a imbecilidade para governá-los e para formarem os CREAs da vida.

sábado, 29 de janeiro de 2011

A imprensa e o PanAmericano

Nada me dá mais nojo no Brasil do que a grande imprensa no geral; ou todos os jornalistas, (todos mesmo), que nela trabalham, em particular e individualmente. Maior incompetência, venalidade e leviandade não se poderiam encontrar no ramo.

Nem no Burundi ou no Zimbabwe encontrei plumitivos tão abjetos como os brasileiros. E olha que nesses dois países, onde eu já morei, os jornais são uma espécie de apêndices da voz dos respectivos ditadores.

Os áulicos já dirão que generalizar é errado. Em toda a regra há sempre alguma exceção... Algum jornalista sério deverá existir na Folha, no Estadão, no Globo, etc...

Sei! Talvez em sonhos. Talvez por obra do efeito orphidya trouxéssemos o passado para revivê-lo no presente. Talvez os recém contratados, saídos de faculdades de quinta categoria... que ainda estão aprendendo a ler e a escrever... mas que muito em breve já se igualarão aos demais... se quiserem manter os empregos e as mixarias que ganham... as quais, diga-se, são a meu ver até muito elevadas para a ignorância e burrice que demonstram.

Não é sem razão que o deputado Sérgio Moraes afirmou para quem quisesse ouvir:

– “Estou me lixando para a opinião pública. Até porque parte dela não acredita no que vocês [jornalistas] escrevem. Vocês batem, mas a gente se reelege".
O homem estava e continua coberto de razão. Apenas disse a verdade, mas a imprensa magoou. Sentiu-se ofendida.

Prostituta também se ofende se é chamada de “puta”.

A verdade sempre dói se a aleivosia é a base do viver profissional.

Realmente os brasileiros não lêem jornal. Pouca importância ou credibilidade dão ao que é publicado. Mesmo via internet, a maioria apenas lê as manchetes... quando lê!

Por que será?

De certa forma, conhecendo bem o jornalismo brasileiro como infelizmente conheço, o grande público tem razão ao ignorar, ou pouco ligar para o que é noticiado.

Segundo o site do Clube Online «aqui», em 2010 a média somada da circulação total diária dos 20 maiores jornais, filiados ao IVC, chegou somente a 2.888.238 exemplares por dia. Esse número é bruto. Dele não foram abatidos os milhares de jornais não vendidos, portanto, devolvidos pelas bancas e quiosques.

Se tomarmos a grosso modo, (fazendo um belo arredondamento), a base da população ativa com mais de 16 anos, capaz de ler, isto é, o número de eleitores habilitados nas últimas eleições, (130 milhões), poderíamos supor que somente 2,2% dos brasileiros lêem jornal impresso. Poderíamos!

Obviamente nesse número está incluído o deputado Tiririca, assim como a maioria da população carcerária que é votante e todos os usurpadores e invasores que fazem parte do MST, apesar de nenhum deles saber ou desejar ler uma linha sequer.

Pois bem, ontem, a Folha de São Paulo «aqui», informou que o “Rombo do banco PanAmericano deve ir a R$ 4 bilhões”. Eu já havia escrito esse exato valor em 18/11/2010 «aqui». Jornalismo ruim é assim mesmo.

Segundo a reportagem, o valor mencionado foi obtido junto a “técnicos que finalizam o balanço”.

Técnicos que finalizam o balanço???? Eu gostaria de ver a cara desses “técnicos”.

A informação mais parece ter sido passada pela "moça" do cafezinho ou pelo ascensorista do elevador de serviço... se levarmos em conta a "riqueza" de detalhes espraiados pela reportagem.

É uma pena que o autor da matéria, Mário César Carvalho, desconheça que o balanço ainda está longe de terminar, pois as trapaças e documentos forjados/ falsificados que surgiram “do nada”, são muitos.

Como eu disse aqui, dias atrás, jornalismo no Brasil se faz aos bochechos... Mário César Carvalho segue a tônica tão peculiar a toda a mídia brasileira. Parece que todos estudaram na mesma universidade Tabajara do Casseta e Planeta. Sinceramente, não entendo a lógica informativa dos "profissionais" brasileiros da informação; nem as “fontes” a que recorrem.

Como podem ser tão incompetentes? Tão imbecis? Como a Folha pode empregar um sujeito como esse Carvalho? Pior, onde estava o editor quando a matéria foi enviada para impressão?

Ontem, sexta-feira, por volta das 17 horas, aqui em Bruxelas, portanto, cerca das 14 horas no Brasil, eu, a 10.000 kms de distância, soube que o valor da fraude praticada no PanAmericano já havia passado dos R$ 4.3 Bilhões e muito ainda faltava para concluir a auditoria.

Soube também que o Banco Central e a Caixa Econômica têm feito uma pressão danada para que as consultorias apresentem logo um resultado final. Porém, devido às difamações e maledicências que Luiz Sandoval, o próprio Silvio Santos e até a CEF disseram delas, parece que tal finalização não irá ocorrer tão cedo... embora um valor parcial, para amanhã à noite, (domingo), esteja sendo somado para ser divulgado.

Edemar Cid Ferreira, do Banco Santos, deve estar se remoendo de inveja. Tadinho! Como deve se sentir injustiçado pelo seu desfalque, que no princípio era só de 700 milhões, mas que ao final, por má vontade e zelo exacerbado do gestor da massa falida, chegou a R$ 3,5 bilhões... Até a encomenda de papel higiênico, que no fechamento do banco estava apenas prevista para o mês seguinte, foi computada como dívida...

É de dar dó!

Menos mal que José Sarney pôde retirar os seus milhões... horas antes se ser decretada a intervenção...

E ainda dizem que o Sarney não é um visionário...

Mas, como já disse a "renomada" Miriam Leitão, «aqui», que me inspirou a escrever “Brasil, um país de Pinóquios”, o "PanAmericano foi um caso pontual". Ela só não disse quanto recebeu para escrever tantas mentiras.

Silvio Santos, mentor de um desfalque que deve ultrapassar R$ 5 Bilhões, ainda não foi preso! Tampouco alguém lhe enfiou uma estaca no coração. Uma pena!

Pelo contrário! Bandido que é bandido mesmo, no Brasil, não lhe acontece nada! Recebe toda a ajuda possível. Até o governo se desdobra em mil para ajudar... levando o “seu” por fora, é claro!

Contudo, que ninguém se engane, o grande idealizador e mandante da fraude do PanAmericano é o próprio Silvio Santos em pessoa; em carne, osso e peruca ruiva. Edemar Cid Ferreira é um anjinho comparado ao sr. Senor Abravanel...

Obviamente o jornalismo brasileiro ignora esse fato. Faz-se de autista. A troco de quanto seria interessante saber. Não obstante, fica reclamando pelas esquinas que não vende jornal e os plumitivos se ofendem todos, tal qual vestal pudica, quando são cobertos pela mesma lama e adjetivos dedicados aos políticos.

Hoje em dia, mais ainda neste caso do PanAmericano, ou no fato de uma ladra de bancos ter chegado à presidência do Brasil, o jornalismo brasileiro tornou-se comprovadamente pior do que a classe política degenerada que governa o país.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

É claro que o buraco no PanAmericano é mais embaixo.

O Estadão confirma!, mas sem detalhes.

Apenas para lembrar, no dia 18 de Novembro de 2010, neste blog, informei que a fraude praticada no PanAmericano era bem superior ao que a imprensa anunciava.

No post”– PanAmericano: agora a culpa é dos “parente”? (relembre «aqui»), – eu escrevi:
Melhor deixar de lado as aberrações legais brasileiras e a “apatia” do Ministério Público e do Banco Central; este, o verdadeiro responsável por ter permitido esse golpe de R$ 2,5 bilhões no PanAmericano; cujo montante final, segundo soube hoje, pode passar dos R$ 4 Bilhões.
Não obstante, hoje pela manhã, antes de iniciar este post, ao falar com amigos no Brasil soube que deve passar dos R$ 5 bilhões. O dobro do inicialmente “descoberto pelas auditorias”, e um pouco mais do que a informação segura que recebi em novembro.

Para o leitor ter uma idéia, eu estou em Bruxelas, a 10.000 kms distante do Brasil. Quase três meses atrás já sabia, à ciência certa, que o desfalque praticado no PanAmericano era maior que os R$ 2.5 bilhões. Contudo, talvez por um desses mistérios brasileiros inexplicáveis, só ontem, 26/01/11, às 23:30 hs, o Estadão publicou o fato decantado... porém, sem mencionar valores.... Que omissão bizarra!

Do resto da imprensa nem uma palavra, exceto o repique da matéria.

Adoro esses mimos jornalísticos... São tão brasileiros!

Que estranho um jornal do porte do Estadão revelar só agora o que eu e o mercado já sabíamos em Novembro passado...

Porque será que David Friedlander e Leandro Modé omitiram na reportagem de ontem o valor do desfalque?... Valor que o mercado inteiro já sabe? Vai ver, querem escrever um novo artigo na segunda-feira, para mostrar serviço ao chefe. Jornalismo no Brasil se faz aos bochechos, ora!

Entretanto, aqui entre nós, saber que o rombo supera os R$ 2.5 bilhões nem chega a ser surpresa, se levarmos em conta uma curiosidade interessante, essa sim, escrita pelos dois jornalistas: – “Do início do ano até ontem, o ganho acumulado das ações preferenciais (PN) beirava os 20%”.

A ver se entendi direito: – Em 26 dias o ganho acumulado das ações preferenciais (PN) do banco chegou a 20%? Nossa! Que espanto! A economia brasileira é realmente uma maravilha!

Como um banco falido, mesmo com o aporte que recebeu do Fundo Garantidor de Crédito, consegue ter tamanha lucratividade?, se em dezembro 2010 o valor das ações havia caído mais de 30%?

Como um banco, em plena intervenção branca, ainda sob auditoria, consegue ter as suas ações tão valorizadas? Que investidores espampanantes são esses para se arriscarem tão sem temor?

Terá sido um milagre?

Eita valorização boa, sô! Recuperou os 30% perdidos e, de lambuja, em apenas 26 dias lucrou mais 20%?

Certamente deve ser mais um dos tantos “milagres brasileiros” que acontecem tão amiúde nesse “paíf”. Milagres para beata alguma botar defeito. Até São Judas Tadeu, padroeiro das causas impossíveis fica abismado...

Principalmente... porque, além da caída vertiginosa das ações ao longo de 2010, o PanAmericano desde outubro de 2008 havia deixado de constar da lista de investimentos possíveis no Brasil; de médio, baixo ou alto risco.

De fato, o banco do Silvio Santos está marcado até hoje como carta fora do baralho; um moribundo terminal sem possibilidades de tratamento.

Nenhuma corretora séria se atreve a recomendar a compra de papéis desse banco aos seus clientes; exceto se quiser perdê-los ou passar anos se defendendo nos tribunais.

E já que mencionei esse fato, permita-me referendá-lo:

Após ler a noticia no Estadão, hoje de manhã, dei-me à pachorra de ligar para alguns amigos espalhados pelas 10 maiores corretoras brasileiras e para outros tantos em New York e Londres. Apenas queria saber, se por acaso, eles ainda mantinham o PanAmericano como opção de investimentos... ou se tinham comprado algum papel desse banco...

As respostas foram unânimes: Não!

Unânimes também foram as gozações, porque perguntar não ofende, certo?

Para o Leitor ter uma idéia da qualidade dos telefonemas que dei, essas corretoras de valores somadas manejam entre elas cerca de 74% do volume mundial de investimentos em Bolsas de Valores.

Para o PanAmericano obter tal lucratividade, num espaço tão curto de tempo, pelo menos uma dessas corretoras haveria obrigatoriamente de ter negociado em novembro, dezembro ou agora em janeiro algum lote de ações do banco.

Se nenhuma delas comprou ou vendeu qualquer papel fica no ar uma questão: – Quem é ou quem são os responsáveis no Brasil pela subida das ações do PanAmericano?

Terá sido a Caixa Econômica Federal?

A conclusão é só uma: Um banco ou qualquer empresa falida que comercialize ações na bolsa só consegue recuperações tão rápidas assim se for de forma fraudulenta!

Será que a CVM do Brasil nada tem para explicar? Por acaso sabe dessa valorização vertiginosa?

Será que o Ministério Público, tão zeloso na perseguição (sem sucesso) dos crimes de colarinho branco vai permanecer em silêncio, cego e surdo?

Quanto ao Banco Central do Brasil... melhor poupar os meus dedos. Se permitiu a fraude, impedir a valorização fraudulenta das ações seria uma incoerência.

Contudo, será que os mutuários dos fundos de pensões, comandados pelos quadrilheiros petistas, vão continuar perdendo os seus pés-de-meia às custas das suas santas e habituais ignorâncias?

Quantas semanas mais o Estadão levará para revelar como ocorreu a subida das ações do PanAmericano?

Subiram mesmo? De verdade? Não quero pensar mal dos jornalistas.

Enquanto o leitor espera pela a resposta, leia o que diz o Estadão: (no original «aqui»)
Panamericano tem rombo maior que R$ 2,5 bi e vai precisar de mais dinheiro

Fraude contábil descoberta em setembro provocou prejuízo maior do que se esperava; valor deve ser anunciado na segunda-feira

26 de janeiro de 2011 23h 30

Por David Friedlander e Leandro Modé, de O Estado de S. Paulo.

SÃO PAULO - A nova administração do Panamericano descobriu que o rombo na instituição controlada pelo Grupo Silvio Santos é maior do que os R$ 2,5 bilhões estimados inicialmente pelo Banco Central (BC) no ano passado. Por isso, o banco precisará de uma nova injeção de dinheiro.

Uma das alternativas em estudo é um novo empréstimo do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que já cobriu o buraco inicial. Ainda que não entre com todos os recursos necessários, o FGC deve oferecer ao menos um pedaço do novo aporte.

O FGC é uma entidade privada, mantida pelos bancos desde 1995, que tem como principal função proteger parte dos depósitos dos clientes dos bancos.

Procurado, o Panamericano preferiu não se pronunciar. O diretor executivo do FGC, Antonio Carlos Bueno, disse que desconhecia as informações.

Em setembro, o BC descobriu uma fraude contábil no Panamericano, então estimada em R$ 2,5 bilhões. O escândalo veio a público no início de novembro, quando toda a antiga diretoria foi demitida. Para receber o dinheiro do FGC, o empresário Silvio Santos entregou como garantia seu patrimônio pessoal.

A maior parte dos executivos que compõem a nova direção foi indicada pela Caixa Econômica Federal, que comprou 49% do capital votante do Panamericano no fim de 2009. Até ontem à noite, estava definido que o banco estatal não vai colocar dinheiro novo na instituição.

A solução para cobrir o novo rombo está sendo negociada pela nova direção do Panamericano, pelo FGC, pelo empresário Silvio Santos, pela Caixa Econômica Federal, e é acompanhada de perto pelo BC.

O tamanho exato do rombo e a saída para cobri-lo devem ser oficialmente apresentados na próxima segunda-feira, dia previsto para a divulgação do balanço do terceiro trimestre e dos meses de outubro e novembro de 2010. A divulgação desses resultados foi adiada duas vezes.

Nas últimas semanas, as ações do Panamericano valorizaram-se fortemente na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), em meio a especulações de que grandes instituições estariam travando uma disputa para comprá-lo. Do início do ano até ontem, o ganho acumulado das ações preferenciais (PN) beirava os 20%.

O Estado apurou que cinco bancos demonstraram interesse na participação que Silvio Santos possui no Panamericano desde que a fraude contábil veio a público. Nenhum deles, no entanto, fez proposta firme, justamente porque o balanço com o rombo definitivo ainda não foi divulgado.

Atraso
O objetivo inicial da nova administração era apresentar o balanço até meados de dezembro. Mas a complexidade do trabalho de reconstrução dos números, somada à demissão dos principais responsáveis pela contabilidade do banco, atrasou sucessivamente a divulgação.

Cerca de cem pessoas trabalham incessantemente nos números. Todas deram expediente até mesmo durante as festas de fim de ano. Folgaram apenas nos dias 31 de dezembro e 1.º de janeiro. Uma das principais dificuldades foi lidar com os sistemas de informática, que foram burlados para permitir a fraude.

Além da Deloitte, que audita as contas do Panamericano, o balanço está sendo checado pela PricewaterhouseCoopers (contratada pela Caixa) e por técnicos do Banco Central.


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