Aviso ao leitor: Na sintaxe do texto abaixo efetuei algumas correções. Conquanto aprecie bastante a maioria dos textos da lavra de Augusto Nunes, creio que a influência do "favelês", que predomina no jornalismo “brasilêro”, deve ter afetado a sua redação... É uma pena! E, decepcionado, lamento muito.
Entretanto, embora não me considere um purista do idioma, nem assomado pretenda ser, de modo algum concordo com a reforma ortográfica e sintática, sumamente estúpida, levada a cabo por um grupelho de bucéfalos, todos petistas, ou simpatizantes, que preferem, cito: “Simplificar a ortografia para promover a inclusão social”.
Em outras palavras, em vez de educarem os ignorantes; de elevar-lhes o vocabulário; de ajudá-los a expressarem-se corretamente... preferem obrigar a quem tem melhores conhecimentos da língua a descê-la ao nível do Favelês, do Lulês, e até mesmo da imbecilidade que os domina.
Indubitavelmente... o Brasil é o país dos inversos.
Ernani Pimentel, o idealizador da estultice, porque não encontrou melancia, grande o suficiente para pendurar ao pescoço e assim ganhar os seus 15 minutos de fama, sequer se envergonha de pedir assinaturas para “conseguir a independência dos dicionários, na hora de escrever”. - E ainda se diz professor...
A Augusto Nunes peço, portanto, imensas desculpas pela invasão, mas o contexto do que escreveu é demasiado bom para não figurar no meu Blog, que tem por objetivo único mostrar por escrito, ao mundo, no Português mais escorreito possível, a verdadeira cara desse país reles que é o Brasil...
O PALANQUEIRO QUE NÃO DESENCARNA DO PLANALTO
RESOLVEU VIRAR CO-PRESIDENTE.
Por Augusto Nunes − 23/01/2013 – Leia o original «aqui»
Quando Lula agarra um microfone, os plurais saem em carreira desabalada, a gramática refugia-se na embaixada portuguesa, a regência verbal esconde-se no sótão de um casarão abandonado, o raciocínio lógico providencia um copo de estricnina (sem gelo) e os dicionários apavoram-se com a iminência de outra sessão selvagem de tortura.
Já no primeiro parágrafo, os brasileiros, que não tratam o idioma a socos e pontapés, ficam pálidos de espanto ou vermelhos de vergonha. Menos os devotos da seita lulopetista.
“Quando Lula fala, o mundo se ilumina”,
jura há quase 10 anos Marilena Chauí, professora da USP
que também jura ser filósofa.
A descoberta assombrosa justifica o lugar reservado à companheira no “Encontro com
Intelectuais sul-americanos”, promovido nesta segunda-feira pelo Instituto Lula: Marilena está no palco, sentada à direita do Mestre. Com o rosto apoiado numa das mãos, parece à espera do momento em que a luminosidade do orador obrigará a platéia a proteger os olhos com óculos escuros.
Os presentes, − esclarece a inscrição atrás da mesa, − são Intelectuais (assim mesmo, com I maiúsculo).
Estão reunidos não para um “encontro de” qualquer, mas para o “Encontro com”. Com Lula, naturalmente.
Na abertura da discurseira o ex-presidente avisou que estava ali para ouvir. Só parou de falar quando a garganta implorou por descanso. Gastou alguns minutos louvando a integração dos Intelectuais da América do Sul. No resto do tempo, tratou do que efetivamente interessa a um palanqueiro em campanha há quase 40 anos.
Primeiro, Lula comunicou que está aprendendo a ser ex-presidente, e ensinou que “é necessário tomar cuidado para fazer política sem parecer que quer continuar no cargo de mandatário”.
Em seguida, deixou claro que continuará fazendo exatamente o contrário do que acha certo. “Lula vai cuidar pessoalmente das articulações com a base de Dilma para tentar garantir apoio à reeleição da presidente”, contou o companheiro Paulo Vanucchi aos jornalistas proibidos de testemunhar a aula de incoerência.
Segundo o diretor do Instituto Lula, o chefe “vai gastar toda a energia para a manutenção da aliança entre PT, PMDB e PSB”. Ou seja: para assegurar a permanência de Dilma Rousseff no poder, Lula resolveu reduzir-lhe os poderes e nomear-se co-presidente.
O primeiro encontro entre a presidente eleita e o presidente que nunca desencarnou do Planalto deveria ocorrer em Brasília.
Dilma sugeriu que conversassem em São Paulo, nesta sexta-feira, quando visitará a cidade para participar das comemorações do aniversário.
A aparente demonstração de subserviência camufla a esperteza geopolítica.
Assombrado pelo caso Rose e pelo pau de macarrão de Marisa Letícia, tudo o que Lula quer é ficar longe de casa. A presidente vai mantê-lo por aqui no feriadão que começa no dia 25.
Pena que a afilhada não se anime a bater de frente com o padrinho. Se lhe estendesse o tratamento que dispensa aos ministros, o local do encontro seria o escritório da Presidência da República em São Paulo.
Assim que Lula
entrasse na sala que abrigava a chefe de gabinete, Dilma perguntaria se o visitante notou alguma mudança na paisagem. Ou se acha que está faltando alguém.