Alguém
já disse que tudo o que nasce e cresce no Brasil está irremediavelmente
condenado ao fracasso. Tudo nesse país é efêmero. Talvez por isso existam
tantas criaturas por lá que, pela decepção que causam a miúde, apenas enchem qualquer
um de tédio.
É
um déjà-vu constante, previsível, enfadonho.
Parafraseando
Temístocles, posso não saber tocar violino, mas enxergo imediatamente um fariseu,
travestido de jornalista, com comportamento utópico, coberto por uma bela dose
de arrogância que só a mitomania proporciona.
O
sujeito passou a confundir e a misturar desencanto com verdade. A sua verdade, diga-se,
originada no desencanto, suponho eu, da amoralidade nacional que o circunda;
seguramente na incapacidade de enxergar a verdade singular que o sucumbe, apesar dos
holofotes que hoje o iluminam.
Reinaldo
Azevedo, sim, ele mesmo que já elogiei muito neste blog, é hoje uma decepção, um
clichê brasileiro autêntico; absolutamente previsível.
E se o olhar com a indulgência de quem pouco se
importa com o que diz ou faz, é possível vê-lo como um arremedo tatibitate da grandeza
que um dia foi Ricardo Noblat e seu Blog. E se me esforçar mais, relembrando análises políticas impecáveis - do passado, - talvez ainda consiga perceber-lhe uma sombra, embora tênue e fugaz, da luz
radiosa que já foi como analista político... em seu tempo no site Primeira Leitura.
Hoje,
quem é mesmo Ricardo Noblat na análise política do Brasil?
Amanhã
quem se lembrará de Reinaldo Azevedo?
Sempre haverá um Twitter para surfar.
O
leitor sabe que aqui não existe corporativismo nem tendência. Tampouco imperam
as regras de etiqueta da sociedade. Tudo o que escrevo é cru, nu, tal como é.
Não há dubiedade; tampouco revestimentos artificiais.
De
todos a quem faço referência, [ad omnes; ad solemnitatem], levo em conta a escolaridade, profissão, status
social e a manifestação do arcabouço de que são feitos. Afinal, queiramos ou
não, somos a soma das nossas experiências, ações e comportamentos.
Fosse
Reinaldo Azevedo um plumitivo dromômano, nem me daria ao esforço de abrir o
computador. Mas não é. E por não sê-lo, devido à influência manipuladora que está
a exercer em cima dos desesperançados que, com muito esforço, [bota esforço
nisso], tentam, ainda que vagarosamente, levantar a venda que
puseram nos olhos para não enxergarem suas vidas apequenadas, eu tenho algo a
dizer.
Azevedo
agrediu e ofendeu retoricamente uma das mulheres mais extraordinárias e gentis
que conheci em minha vida. Se ele tem os seus princípios, eu tenho os meus; e
nenhum deles é utópico, soberbo ou prepotente. Menos ainda violento, grosseiro
ou descabido de contexto.
De
heróis ou de vilões, todos temos um pouco; ou nos situamos entre os dois. Os
bons fazem coisas ruins e os maus... às vezes são gentis com suas mães esposas
e filhas, conquanto insultem e/ou batam em outras mulheres, até com prosaísmos oriundos
da própria estultice e da falta de vergonha na cara.
Desde
que mudei para Bruxelas, quando o assunto é Brasil, sua política e povo,
convenci-me que existe um sentido destrutivo na História desse país. Nestes
quase dez anos distante dele, essa crença, [meu filho mais velho chama de “ascese”],
não só se aprofundou como tem-me permitido ler os jornais e Blogs brasileiros com uma bonomia levemente douta e tranqüila, condição que faz não me surpreender
com quase nada, porque, assim creio, tudo está previsto nos registros notariais
de Quem criou a Terra, muito em especial essa parte endemoninhada da América
Latina, refúgio de qualquer bandoleiro internacional às turras com a Lei.
Ao
contrário de certos jornalistas, ou daqueles se dizentes dessa profissão, nas
rádios, jornais, blogs e televisão, que manifestam suas perplexidades quase a
diário, sem poupar seus intentos emocionais e/ou preferências políticas
devidamente remuneradas, tenho me limitado a mostrar que o Brasil não é perfeito
e, passada a negritude petista, continuará e será ainda menos.
Como
o leitor já percebeu, essa crença adquirida não possui qualquer originalidade
ou assomo parnasiano. O povo brasileiro há muito a adotou e a tem elevado a
conseqüências inimagináveis, funestas, todas irreversíveis. No meu caso evita-me crises de hipertensão
arterial e, segundo meus filhos, cito: – “proporciona sensações ataráxicas sobre
um país que não considero mais meu”.
Apenas
para irritá-los costumo responder-lhes que, como há uma lógica invisível,
indectável a dirigir os destinos do país que os viu nascer, a minha ataraxia em
relação a ele é o lastro que lhes deixo de herança para evitar futuras
desilusões... pois o Brasil não tem jeito; pelo menos enquanto tiver o povo que
tem.
À
força de não me escandalizar com as notícias do que acredito ser o destrambelho
de um povo, diante do desabafo que minha amiga fez, em sua passagem por
Bruxelas, achei absolutamente desprezível, abominável, a atitude de Reinaldo
Azevedo para com ela.
Abri então o computador.
Aparentemente, Azevedo também parece ter sido contagiado pelo desregramento, nos atos e atitudes,
que tomou conta dos miolos brasileiros. E, por Azevedo não ser qualquer marrano,
o seu despotismo disfarçado em arroubos hipócritas, supostamente democráticos,
fazem dele um ser mais questionável que qualquer outro de sua estirpe. Alguém a
ser escrutinado... com o cuidado de uma fiandeira a fiar algodão.
As
utopias têm o condão de cegar os indivíduos. Em contrapartida aumentam-lhes a
boca e o tamanho da língua que seduz incautos ou desesperançados, abandonados à
lassidão política, porque não encontram quem os lideres, pois eles próprios são
incapazes de pensar ou de agir.
Azevedo
se diz liberal-conservador, legalista, democrático e.... ex-trotskista, o que
eu acho hilário, portanto, na sua estreita e singular concepção, auto-habilitado
e ungido a criticar, [sem apresentar qualquer sugestão robusta], quem não pense
como ele ou dele discorda, quanto mais não seja da ambigüidade de raciocínio
que apresenta ou da avaliação imprecisa de fatos a que faz referência.
Sem
o saber... infelizmente... Azevedo, como qualquer brasileiro, sem conseguir
aprender com sua própria história, sustenta-se a braçadas largas em ondas que,
mais cedo do que tarde, rebentarão nas areias do fracasso.
Outro
mais será a se somar aos muitos já experimentados: Site e revista Primeira Leitura,
revista Bravo, editoria de política da Folha de São Paulo, articulista da revista Veja, tido
como chato, difuso e repetitivo, etc.
Para
alguém que é contra o aborto e contra o transplante de células-tronco, isto é,
ao mesmo tempo a favor da vida e contra a vida, ademais de se mostrar teimosa e
bisonhamente como o maior “personal juris-criminalista opinêitor” do Brasil,
qualquer tentativa de meter-lhe na cachola algum argumento válido, tecnicamente
correto, ofertado de boa-fé, para poupá-lo do ridículo, é pura perda de tempo.
Neste
texto não tenho tal pretensão.
Para
Azevedo, [Aqui], que, estuda “direito de
forma mais ou menos sistemática, na medida do seu tempo. E conversa com muita
gente que entende da área, a começar dos seus próprios advogados, né?”,
tudo parece estar mal na Operação Lava Jato, [embora se diga a favor], levada a
cabo pela Polícia Federal em conjunto com o Ministério Público; mesmo aquilo
que a Lei explicita, [que ele claramente desconhece, mas, como estuda "direito",
diverge], nem se justifica através de razões processuais ou constitucionais
[estruturais ou mesmo conjecturais].
Para
ele, por exemplo, as prisões preventivas já executadas são puras
“arbitrariedades” contra os chefões das empreiteiras, observação essa que
estende igualmente a qualquer mortal, se capturado pela polícia.
Ao
mesmo tempo não oferece alternativa, nem sugestão... exceto alguma apologia burocratizante do
processo, sem entrar em detalhes, provavelmente advinda do seu estudo de "direito de forma mais ou menos sistemática".
Aparentemente
para ele, a máxima: - “se podemos complicar, não há necessidade de simplificar”,
- faz todo o sentido.
Para mim não há criatura mais chata do que estudante de Direito, ainda mais autodidata. Só porque aprendeu três parágrafos da Lei, já se julga capaz de salvar a Humanidade de todas as injustiças...
Assim, não
contente com os estapafúrdios que escreve, [Aqui] Azevedo se sai
com esta:
“Sim, as ilações da Polícia Federal a partir das
anotações de Marcelo Odebrecht são alopradas. E o juiz Sergio Moro dá mostras
de condescender com elas.”
Se
para Azevedo afirmar – com tanta peremptoriedade – que as “ilações da Polícia
Federal são alopradas”, seguramente outro entendimento não poderá haver, o
jornalista deve conhecer, nos mínimos detalhes, assim dá a entender, o significado
de cada uma das inicias encontradas no celular do empreiteiro... em prisão
preventiva.
Por que então afirma que são alopradas?
Azevedo deveria
ser intimado e conduzido coercitivamente pela Polícia à presença do Juiz Sérgio
Moro a se explicar. Ou não?
Claro
que não! O juiz perderia o seu precioso tempo com um bazófias que, tolamente, do
alto do seu onirismo mitômano, apenas repetiu o que os advogados do acusado
divulgaram para a imprensa, sem se dar conta do ridículo papel de papagaio que
está fazendo.
Como
Azevedo não é capaz de moderar as asneiras que diz, ou de diminuir a boca e
encurtar a língua, mais adiante, no mesmo texto, acrescenta, referindo-se ao
aprisionado preventivamente:
“Ah, nas anotações, ele fala até em “anular a operação”. E daí? Se o
fizesse, buscaria caminhos legais para isso, não? Ou dispõe de tanques para
lançar à rua?”
Neste
ponto, como todo o gabarola que fala pelos cotovelos, a ingenuidade domina
Azevedo por completo. Como um homem acusado de vários crimes, preso
preventivamente, dispondo dos melhores e mais caros advogados do Brasil,
incapazes de libertá-lo legalmente, por meio de todos os caminhos legítimos
possíveis, poderá ser libertado se não for por vielas ilegais? Se não usar
todas as influências alternativas e manipulações que eventualmente possua?
Reinaldo,
claro, não pensou nisso. Se pensou, não sabe responder, mas deita falação de
encher o saco, para delírio dos desesperançados...
Se eu fosse um dos empreiteiros presos despediria imediatamente os meus advogados caríssimos e contrataria já os serviços de Reinaldo Azevedo. Ele parece saber "coisas" da Lei que ninguém mais sabe. Seria uma pechincha.
O leitor entende agora porque estudante de Direito é um saco? Isso quando jovem. Pior quando está na meia idade e, dono de Blog, é dado a "personal opinêitor" da Lei.
Haja saco!
A
referência aos “tanques”, subentendendo-se que aluda a tanques de guerra, e não
os de lavar roupa, possibilidade esta que ele poderia considerar estudar o direito de praticar, pois lhe cairia à medida, faz parte do hiperbolismo confuso, habitualmente presente
nos textos de Azevedo.
Restemos-lhe
importância.
Está
claro que para Azevedo, ademais dos seus auto-panegíricos, suas opiniões são
socráticas e impolutas. As dos demais, as que diferem ou confrontam, pouco
importando a relevância ou acuracidade dos argumentos, são autênticas tolices,
passiveis de “cascudos”, ou de se colocar “na Cascuda”, numa referência
grosseira à personagem da Turma da Mônica, Maria Cascuda, namorada do Cascão,
que é meio suja.
Numa
derivação, por extensão de sentido, pra lá de ordinária, Azevedo está, em
outras palavras, obrando e andando para quem o contradiga, como bem
experimentou, recentemente, Emily Zelder, uma querida amiga, mulher octogenária,
sapientíssima, ela sim, doutora renomada, docente em duas universidades de fama
mundial, conselheira, ademais, de alguns dos chefes de Estado mais proeminentes
do planeta.
Reinaldo,
“o sábio”, cujo ego, prepotência, ignorância e mediocridade vão além da
Taprobana... e que já recebeu um trocado de empreiteira, conforme
confessou, [Aqui], por isso mesmo, talvez em
ato contrito em relação aos demais, coloca-se “na Cascuda” para, certamente,
chafurdar a gosto e, a troco de nada, “cascudar” um pouco da cascuda dele em cima de Emily Zelder.
|
Azevedo se crê tão inteligente que acha que ninguém entende o verdadeiro significado quando, ao eliminar algum comentário, escreve: “ReinaldoXXXXXXXX na cascuda!”. |
Um fato curioso:
No texto de Azevedo, datado de 20/05/215, cujo link indico imediatamente acima,
titulado: - “Deputado do PT me acusa de receber “propina”;
contra a tentativa de intimidação, resta-me o caminho da Justiça. Ataque não
funcionou antes; não funcionará agora”, - lá está a seguinte frase:
“Essa história começou em 2010. Escrevi, então, a respeito. O post está aqui”.
O
link “aqui”
informado remete exatamente para o mesmo post de 20/05/2015, às 21:34 hs, e não
para um outro que afirma ter escrito, supostamente, em 2010...
Escreveu mesmo? A esta alturas a minha bonomia impede que me esforce a acreditar...
A
infantilidade desse homem chega a ser perversa com as mentes abiloladas dos
desesperançados. Talvez porque estuda “direito de forma mais ou
menos sistemática” e sequer pensa na possibilidade de enfrentar um tanque de roupa...
Que pena.
Eu
não sei se estuda “direito” o Direito que insinua... ou se estuda “direito”
alguma coisa de forma sistemática. Tenho cá para mim que não. Mas uma coisa
sei, nem aluno de Direito brasileiro, que mal sabe falar português corretamente, no primeiro dia de universidade escreve
o nome do curso em letra minúscula...
Ninguém
pode negar que a propriedade do blog assinado por Reinaldo Azevedo a ele
pertence. É fato e não há o que discutir. Destarte, tem a liberdade de aventar
nele toda a sorte de estupidezes e, obviamente, de aceitar, ou não, os
comentários que recebe sobre os posts que publica. Assim procederia qualquer
criatura bem educada, com berço e curso universitário, a quem pouco importa
ler, por mais correto que esteja, o que alguém tenha para dizer-lhe.
No
meu Blog, por exemplo, não aceito comentários. Não me interessam, exceto os enviados por
e-mail para poder confirmar a autenticidade do comentarista [se está registrado na minha lista de leitores], e poder
responder-lhe se a discussão valer a pena.
O
que, sim, pode ser negado a Azevedo e tomado como insulto, ademais de ameaça à
integridade física, é a sua manifestação escrita de vilipêndio a comentaristas,
a troco de nada, que não o ofenderam, nem lhe retribuíram a grosseria, mas tão
somente discordaram das baboseiras que escreve.... como as duas mais recentes,
transcritas acima, estampadas por ele, sem qualquer pudor, em seu blog.
O
que Reinaldo Azevedo come em casa, não deveria atirar para cima dos outros, não
é verdade?
Na
minha opinião, não existe homem mais desprezível do que aquele que insulta ou bate
em mulher, ainda que retoricamente. Ainda que em sentido derivativo e
menoscabo.
Somente alguém desprovido de princípios, grosseiro em suas
manifestações, quiçá, sei lá eu, atormentado num poço de complexos de
inferioridade, misógino ou inseguro talvez de suas adoções sexuais... pode ser
capaz de cometer tamanha canalhice.
O
verdadeiro jornalista, homem íntegro, tem de encerrar em si e demonstrar
virtude no comportamento, na narração dos fatos, além de notório saber e
vontade de expressar a verdade. Tem de ser capaz de aceitar os erros que comete. Mais ainda, aceitar as críticas que recebe com elegância e savoir-faire.
Embora,
com razoável dose de boa vontade, em penitência às Almas Benditas, se possa imaginar
que Azevedo possua – eventualmente –
algum desses atributos e capacidade analítica localizada – tão-somente – na
política brasileira, pois na internacional, haja visto, beira a necedade,
revela ao mesmo tempo uma eficácia notável em dar nós nas cabeças de leitores;
especialmente em perturbar-lhes os sentidos e fazer com que as coisas não
pareçam o que são.
Isso,
para mim, tem nome: aluno da rede Globo de televisão.
Mais três exemplos que reforçam os dois anteriores:
O primeiro:
Azevedo
escreveu, [Aqui]:
“Lei que
defendi no passado, inclusive em benefício de alguns que me atacam agora. Como
atesta o arquivo do meu blog”.
Haveria
que perguntar ao ilustre escriba a que lei EXATAMENTE se refere, que tenha sido
desobedecida pelo Juiz Moro ou pelos Promotores Públicos? ... E, se
desrespeitada de fato (que não foi), que mistério existirá no trêfego país para
que nenhum dos excelentes advogados dos acusados tenha sido capaz de aproveitar
suas “preciosas” marcações e denunciado o Juiz Moro, ou, por próprio saber e
vasta experiência, tenha recorrido ao STF para anular a dita má interpretação
dessa tal Lei que Azevedo diz possuir a única e certa interpretação?
Haja
arrogância! - melhor dizer, estude direito o Direito, rapaz!
O segundo:
Exemplo claríssimo de como Azevedo tenta dar um nó
nos neurônios dos Leitores, [Aqui]:
–
“Se Cunha era a peça central da acusação que faria
Julio Camargo no inquérito que apura corrupção no aluguel dos navios-sonda,
então é evidente que tal peça deveria ter sido enviada ao Supremo, já que o presidente
da Câmara detém foro especial por prerrogativa de função. É o que está na
Constituição, que ninguém tem o direito de violar — nem Moro”.
Em
primeiro lugar, até onde se sabe, Eduardo Cunha não está sendo investigado pela
força tarefa de Curitiba, porque já está sendo
investigado pela Polícia Federal, sob ordem do Supremo Tribunal Federal.
Todos em Curitiba sabem disso! Portanto, Cunha não é, nem parece ser “peça central da acusação”; de nenhuma
acusação formal, oficial, por parte do Juiz Moro, nem mesmo do delator, que em
quatro momentos anteriores afirmou todo o contrário.
Azevedo adora subestimar a inteligência das pessoas, pois estuda "direito"...
Em
segundo lugar, o nome de Cunha surgiu voluntariamente(?) na boca de Júlio
Camargo, intencional ou não, ninguém sabe, nem mesmo Azevedo, durante as
respostas que dava ao juiz e promotores responsáveis pelo inquérito.
Em
terceiro lugar, no vídeo divulgado dessas repostas, está bem claro que o
interrogado contava para quem tinha dado dinheiro ilícito. Não cabe ao juiz, portanto,
seja ele quem for, interromper a fala de um argüido. Seria ridículo se o
fizesse... Mesmo que o denominado Cunha seja detentor dessa aberração judicial
brasileira chamada “foro privilegiado” ... cujo propósito, outro não é, senão,
demonstrar que no Brasil, apesar de todos serem considerados iguais perante a Lei,
alguns são mais iguais que outros.
Isto
dito, fica também muito claro que Azevedo deturpa os fatos, tais como foram
divulgados e inverte a ordem deles num claro propósito de confundir. Por que o
faz? A troco de quê? De uma suposta legalidade que só ele vê... pelo estudo "direito" que faz "de forma mais ou menos sistemática"?
O
Leitor certamente terá alguma opinião.
Além
do mais, toda a defesa elaborada por Azevedo, em cima do que ele insinua, com
certo viés sarcástico, de “arbítrios do Juiz Moro” em manter Marcelo Odebrecht
em prisão preventiva, os fatos revelados no Estadão [Aqui]
– [Aqui] – [Aqui],
e os apresentados sexta-feira, 24/07/2015, [Aqui], pelos Promotores Públicos Federais, em entrevista às redes de TV, jogam no lixo todos os argumentos do blogueiro-radialista-colunista e mostram
que o dito Juiz está absolutamente certo, na mesma proporcionalidade oposta a
Reinaldo Azevedo que está tão errado que... não poderia estar mais errado.
Tão errado, mas tão errado mesmo!, que o STJ (Superior Tribunal de Justiça), em vez de acatar o Habeas Corpus, solicitado pelos advogados dos empreiteiros presos preventivamente, quem sabe, reconhecendo a tão decantada legalidade, defendida pelo "legalista" Reinaldo, o Juiz de plantão, Francisco Falcão, presidente do Tribunal, pediu detalhes ao Juiz Moro... [Aqui]
O ministro do STJ é homem inteligente. Eu faria o mesmo. Melhor esperar o regresso do Juiz Newton Trisotto, relator dos HCs da Lava Jato que, em Novembro de 2014, afirmou ser a "corrupção brasileira uma das maiores vergonhas da humanidade"...
Em tempo,
não vou entrar aqui no mérito do que o Deputado Eduardo Cunha anda falando por todos os
cantos, programa de rádio ancorado por Azevedo e em reportagens televisionadas.
Ele está no seu papel. Faz parte da necessidade... inerente a qualquer criatura
na sua situação. Nada melhor do que um ataque avassalador antes de ser atacado.
Já diz o adágio: “Quem conta primeiro, conta duas vezes”.
O
que não é concebível é um jornalista, dado como sério, [que de sério, ao que
parece, pelo que escreve, arroja tal seriedade à lata do questionável], tomar a
defesa de imputados pela justiça com quem não teve contato, sem ter base de
conhecimentos legais, quanto mais não sejam os obtidos via internet ou em algum
alfarrábio à-mão-de-semear, ou por meio de conversas indiscretas, (se acaso
existirem), com algum advogado envolvido na defesa dos personagens que
praticaram o maior abalroamento aos cofres públicos já visto no Brasil.
Nesta
última hipóteses duvido que algum dos advogados dos aprisionados
preventivamente se dê ao desplante de “bater papo” com Reinaldo Azevedo. Logo
com quem...
Um
jornalista sério não defende imputados por crimes... da mesma forma que um
petista, que se diga honesto, não continua filiado ao partido dos trabalhadores.
“Diz-me
com quem andas e eu te direi quem és.” – ou não?
Terceiro exemplo:
Mais uma vez Azevedo tenta confundir o Leitor.
Ao
saber da redada executada pela Polícia Federal, no cumprimento de 53 mandados de
busca e apreensão, em cima de suspeitos de corrupção, espalhados por seis
Estados, entre eles o Senador Fernando Collor de Mello, ex-presidente do Brasil,
destituído do poder, através de impeachment, por ter sido considerado corrupto,
Azevedo, o "legalista", escreveu [Aqui], todo
chocado:
“Sim, a operação de busca e apreensão foi autorizada pelo STF, eu sei. O
que me incomoda é a ação espetaculosa. Desculpem-me o conservadorismo, mas, na
democracia — QUE É O CONTRÁRIO DA REPÚBLICA DE PLATÃO NA MAIORIA DOS ASPECTOS
—, é preciso tomar mais cuidado, muito especialmente com quem detém a
representação popular”.
Na
verdade não houve qualquer espetaculosidade por parte da Polícia Federal. Ao
contrário. Pelas fotos dá até para perceber que, se espalhafato houve, foi
praticado unicamente pela imprensa, da qual Azevedo faz parte, que fez um carnaval nas primeiras páginas
dos jornais e noticiários de TV, o que é natural, pois Fernando Collor é quem é
e foi quem foi.
Perto
de Collor os demais 52 alvos da PF são quase ilustres desconhecidos para o
grande público. Azevedo não entendeu ou fingiu não entender isso e, como bom
"legalista", embrenhado em onirismos utópicos, para dizer o mínimo, resolveu
tomar as dores do - mais uma vez - suspeito de corrupção, Color de Mello, sem
primeiro certificar-se dos fatos ocorridos.
E depois reclama que a ação da PF foi espetaculosa...
Não
deu outra. Todo o texto de Azevedo foi desmentido pela reportagem da Folha de
São Paulo. [Aqui]
Em
quem acreditar? Na reportagem da Folha ou em Reinaldo Azevedo? Eu fico com a
Folha de S. Paulo, apesar de não ser o jornal preferido pela forma como faz
jornalismo.
Em
Azevedo não posso acreditar pois já o vi opinar sobre a guerra de Darfur, no
Sudão, como sendo uma beligerância religiosa de muçulmanos massacrando cristãos,
quando na verdade nada de religiosidade houve, mas apenas uma guerra étnica
brutal, puramente tribal, onde o controle dos poços de petróleo, entre Sudão do
Norte e Sudão do Sul era, e ainda é, alvo de combates. Na época eu estava lá.
Já
vi Azevedo insultar o presidente da Indonésia, o Sr. Joko Widodo, ao chamá-lo
de pessoa “não séria”, sem sequer conhecê-lo, e, o que é pior, sem nunca ter
posto os pés nesse país, uma das economias mais pujantes do planeta, ou ter
conhecido algo da história do maior arquipélago do mundo.
Também
já li, de sua lavra, que “assistiu” às manifestações de Maio de 1968, em Paris.
[Aqui]. No texto, transcrito abaixo, não fica claro se faz uso de figura retórica para dizer que leu e sabe
tudo a respeito. Fisicamente, acho impossível. À época teria algo em torno
de sete ou oito anos de idade... Difícil ter "assistido", na praça Denfert-Rochereau, a toda aquela
confusão, enquanto brincava com bolinhas de gude(?) em Dois Córregos.
Mesmo assim não deveria ter escrito que "assistiu", conforme segue:
“... A história, claro, não se repete, mas as comédias costumam ter semelhanças estruturais. Em 1968, Cohen-Bendit — que a imprensa chamava de “Dany, Le Rouge” (“Dani, o Vermelho, porque de extrema esquerda e porque ruivo) — subiu num grande leão de Bronze na praça Denfert-Rochereau (imagem abaixo), para liderar uma grande passeata. E convocou todas as correntes que estavam na rua: trotskistas, maoistas, socialistas moderados… E emendou: “A canalha stalinista vai para o fim do cortejo”, deixando clara a hostilidade à esquerda tradicional. O Partido Comunista da França retirou o apoio aos protestos depois de algum tempo porque eles se voltaram também contra a esquerda tradicional.
Assim, não me peçam para rir de uma comédia a que já assisti. Não me peçam para rir de uma farsa que estruturalmente se repete....”
Portanto,
com apenas estes três exemplos, pinçados ao acaso, sem esforço,
entre os muitos que Azevedo tem proporcionado, ao se tentar espremer o que
escreve no seu Blog, nestes últimos anos, apenas se obtém uma fila de interrogações, derivadas da
combinação de imprecisões com falhas técnicas, ou de procelas de objetivos
suspeitosos, todos sub-reptícios que, no encerrar de uma segunda leitura mais
atenta, revelam uma superficialidade intelectual deveras assustadora, além de
uma ausência de coerência factual, cujo oposto transborda nas hagiografias repetitivas que
escreve de si mesmo.
Distante
de tudo o que exige reflexão, pois sua prolixidade prosadora assim leva a crer,
– e acima está demonstrada, – é impressionante ver o quanto Azevedo está
distante de compreender o significado do bom jornalismo ou, como no presente,
em relação à Operação Lava jato, das normas processuais da Justiça Brasileira; dos prazos da prisão preventiva; da retidão
nas ações da Polícia Federal; da irreprochável tecnicidade jurídica aplicada
pelos investigadores e Promotores Públicos na operação policial; bem como os
impecáveis fundamentos ditados pelo Juiz Sérgio Moro no acato dos indiciamentos
ou sentenças pronunciadas, ou qualquer outra temática, não política, que exija
profundidade de pensamento, reflexão e conseqüente exposição... que pelo
blogueiro-radialista-colunista não seja controlada.
Embora
perdoável não seja, até certo ponto é compreensível que o protervo Reinaldo,
imerso na pobreza e no aviltamento, conseqüências naturais da iníqua sociedade
em que vive, manipule e insulte quem quer que seja. Faz parte da sua natureza.
Nota: Este texto escrevi com ajuda, revisão e pesquisas proporcionadas
pela Dra. Emily Zelder, agredida e insultada retoricamente por Reinaldo
Azevedo.
Tanto ela como eu,
nenhum dos dois é petista ou simpatizante do partido dos trabalhadores.
Portanto, indivíduo com sintomas ideológicos petistas ou blogueiro a soldo da
escumalha, NÃO poderá utilizar ou reproduzir o texto
acima, ou parte dele, para qualquer finalidade e/ou ato, sejam eles
quais forem, sob pena de sofrer ação judicial por violação de direitos autorais
e outras denúncias que os Advogados da Dra. Zelder, e meus, acharem pertinentes.