A ex-ladra de bancos que preside o Brasil foi a New York dar uma aula de como espantar investidores.
O título é meu e a matéria abaixo é da revista Veja. Original em favelês «aqui »
A presidente Dilma Rousseff mostrou mais uma vez , nesta quarta-feira , que não só não simpatiza com investidores estrangeiros mas também subestima a inteligência deles .
Dilma compareceu a um evento organizado pelo Goldman Sachs em Nova York para tentar atrair clientes do banco para investir em projetos de infra-estrutura no Brasil. A sua ida ao evento , por si só , foi coisa rara .
A questão é que ela desperdiçou a oportunidade .
Mais: ela piorou, como se ainda fosse possível , a avaliação que fundos e empresários de fora têm do Brasil nos últimos três anos .
No leilão do campo de Libra , por exemplo , apenas onze empresas pagaram a taxa para
participar .
O governo esperava pelo menos quarenta. As gigantes do setor , como Chevron, BP e Exxon, preferiram não entrar . "Estamos colocando o investimento em infra-estrutura como prioridade para o crescimento do país ", disse a presidente , em Nova York.
O erro
começa na própria necessidade de a presidente fazer tal afirmação.
Um país que respeita contratos não precisa se afirmar aos investidores porque o fato é percebido como ponto pacífico .
O México, país latino-americano que vem sendo constantemente comparado ao Brasil, tem vindo a público anunciar reformas estruturais, e não dizer que respeita os seus acordos .
A afirmação feita por Dilma contradiz de forma desconcertante os três anos do seu governo, marcados por insegurança jurídica .
Para citar alguns casos , o acordo automotivo com o próprio México, que foi quebrado em 2011 e foi para o lixo, junto com o acordo de livre-comércio que vinha sendo costurado entre os dois países .
Outro momento histórico de risco jurídico conduzido por ideologia protecionista foi o aumento de 30 pontos porcentuais no imposto sobre produtos industrializados (IPI) dos automóveis importados, também em 2011 — que prejudicou consumidores e feriu a competitividade da indústria .
O risco jurídico mais nocivo
para a imagem do país , no entanto , veio apenas no segundo semestre do ano passado , com as mudanças no no setor elétrico.
As novas regras — que obrigavam as empresas a abandonar as concessões caso não se submetessem a uma redução de tarifas forçada pelo governo — foram vistas pelo empresariado como o início da degradação de um dos segmentos econômicos mais previsíveis do país .
E previsibilidade, nomundo dos negócios , é fator preponderante que Dilma parece desconhecer .
E previsibilidade, no