Um dos aspectos mais intrigantes da conduta dos brasileiros é o fato de exigirem comportamento ético no ambiente político, quando no dia a dia, no trabalho, no lazer, até em suas residências eles próprios não procedem do modo que exigem dos outros.
E até como criticam os outros.
Não enxergam o desvio privado que praticam:
Pai e mãe mentem habitualmente para os filhos, seja lá por que razão for; mas, dos pimpolhos exigem verdade absoluta ao que lhes for perguntado ou, por iniciativa própria, deles for expressado.
Marido e mulher, namorado e namorada mentem igualmente a diário, um para o outro, mas exigem sinceridade entre eles... a ponto de confundirem lealdade com fidelidade... Apesar de não terem noção do que significa, individualmente, cada uma dessas qualidades.
O funcionário público ou privado não tem o menor escrúpulo em “matar” por ano, dezenas de familiares, apenas para
ter o dia livre a fim de comparecer ao “funeral”. Ou ficar “doente” mais outra dezena de dias, para poder passear a bel-prazer e, depois, sem a menor integridade moral, vai comprar um atestado médico para justificar a ausência.
E médicos, vendem! Sem fazer perguntas.
A classe
política, mais que qualquer outra da sociedade brasileira, tampouco tem o menor pudor em mentir para o seu eleitorado ou praticar atos escusos quando de sua conveniência for e/ou interesses financeiros houver. Não obstante, cria leis para punir esses mesmos atos que executa e... pasme leitor, se ofende quando acusada de tais práticas.
Alguns, tipo Genoíno, Zé Dirceu, João Paulo Cunha, e demais petistas, quando apanhados e presos, revestem-se do maior cinismo e se declaram “presos políticos”, quando na realidade são tão-somente reles ladrões miseráveis do Erário público...
Até para se fazerem de vítimas inventam o que não existe...
Presos políticos foram na ditadura. Atualmente são só políticos presos, por serem ladrões, vigaristas e corruptos, julgados e condenados um por um colegiado de juízes...
No sentir do brasileiro comum o conceito de corrupção está sempre voltado para o comportamento dos políticos que ele próprio elege através do voto, ou dos vizinhos com quem convive e fofocas faz. Sequer concebe que muitas das ações - que pratica a diário - são atos corruptos e corruptores.
Tão enraizadas na sociedade brasileira estão essas ações corruptas e corruptoras que já se tornaram parte do cotidiano nacional...
Atos tão normais, tão habituais... como comer ou trocar de roupa.
Os petistas, que por mais de 20 anos se auto-intitularam os reis da ética, atualmente há onze anos no governo do Brasil, não tiveram qualquer desassossego em estimular, incentivar, ensinar e aprovar, através de atos ilícitos, todos de autoria própria, dados como exemplo, muitos deles criminosos, os mais variados desvios éticos tão arraigados no povo brasileiro.
Para ilustrar, quem não se lembra da campanha nascida no ministério da justiça, na época de Márcio Thomaz Bastos, amplamente divulgada pela TV Globo e demais emissoras, para que o cidadão não reagisse aos assaltos? Para que permanecesse impassível diante de qualquer aviltamento externo?
O resultado?
É esse que se vê a diário nos noticiários!
Qualquer ladrão pé de chinelo, de arma na mão, sente-se até ofendido e se vê no direito de matar qualquer cidadão que, assustado, demonstre reação inopinada diante do assalto a que está a ser submetido e do susto que levou.
E o jornalismo brasileiro, conivente-explícito, vilmente corrupto e indutório do escalonamento da violência no Brasil, não sente remorso, nem culpa ou responsabilidade...
Aparentemente, segundo me contam amigos do Brasil, essa campanha parou. Afinal, não há mais necessidade de “educar” o cidadão a aceitar a violência que o petismo criou na sua sanha de perdurar no poder como “salvador divino da pátria”.
58.000 assassinatos por ano demonstram explicitamente como a campanha petista, a favor dos seus iguais, foi extraordinariamente bem-sucedida.
Veja a seguir os 20 principais atos e/ou atitudes individuais de pessoas (três em cada quatro, 75%) e de empresas (duas em cada quatro, 50%), que, na concepção brasileira, são considerados normais, porém, para qualquer ser normal, puros desvirtuamentos éticos são:
Comportamento dos brasileiros de forma geral:
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- Comprar produtos falsificados;
- Dar e aceitar troco errado;
- Depredar elevadores ou instalações condominiais sob a alegativa do condomínio ser muito caro;
- Em festas particulares oferecer aos convidados garrafas de whiskies famosos, cheias com whisky nacional;
- Falsificar assinaturas;
- Falsificar carteirinha de estudante;
- Falsificar cheques;
- Faltar ao trabalho sob as mais variadas desculpas, todas inverídicas, mas sempre comprovadas por meio de atestados falsos;
- Fazer ligações clandestinas de água e eletricidade;
- Furar fila;
- Mentir sobre a própria experiência profissional;
- Não dar nota fiscal;
- Não declarar imposto de renda e sonegar rendimentos;
- Não ter o menor constrangimento em vasculhar o celular e computador do marido/ esposa/ namorado(a);
- No trabalho, bater
ponto pelo colega;
- Roubar cinzeiros ou talheres de restaurantes a título de “lembrancinha”;
- Roubar dinheiro da carteira da mãe/ esposa/ marido/ namorado(a);
- Roubar TV a cabo;
- Subornar o atendente no supermercado para emitir etiqueta com peso inferior ao produto escolhido, principalmente carne, frango e peixe;
- Tentar subornar policial ou fiscal para evitar multas.
Comportamento das empresas brasileiras de forma geral:
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- Apresentar as mais esfarrapadas justificações para as falhas dos produtos; nunca por culpa da má qualidade intencional dos componentes ou falhas reconhecidas na linha de produção;
- Criar programas superfaturados de incentivo inócuo aos funcionários, apenas para “lavar” dinheiro sujo;
- Elaborar e fazer assinar contratos draconianos, geralmente escritos em letra miúda, com o propósito de lesar o cliente em caso de descumprimento de alguma cláusula;
- Em consertos de máquinas e equipamentos exagerar no trabalho a ser executado e na quantidade de peças a serem reparadas;
- Emitir nota fiscal com valor superior ou inferior ao produto vendido;
- Espionar laptop dos funcionários quanto conectados à rede da empresa;
- Estabelecer preços de venda acima do justo, para
poder pagar subornos;
- Falsificar balanços;
- Falsificar notas fiscais;
- Faltar no cumprimento nos prazos e orçamentos apresentados;
- Fazer “promoções” de produtos com supostos “descontos”, expondo propositalmente nas etiquetas valores bem acima do valor promocional;
- Forçar o pedido de demissão de funcionários que não interessam mais, através de transferências freqüentes de setor, ou assignando trabalhos inferiores ou vexatórios à qualificação do empregado;
- Induzir o cliente à compra parcelada de produtos com o claro propósito de aumentar o ganho de capital por meio da cobrança de juros extorsivos;
- Instalar aparelhos de escuta nos carros e residências de funcionários;
- Quando em viagem é “normal” para o funcionário pedir uma nota de despesa com valor superior ao consumido... para “compensar” os táxis que pegou e que não dão recibo;
- Roubar no peso real, geralmente entre 100 grs. a 200 grs. a menos do anunciado na embalagem;
- Sonegar rendimentos no imposto de renda;
- Tentar subornar os diferentes fiscais, federais e municipais, que as inspecionam;
- Usar mão de obra desqualificada apenas para pagar salário menor e/ou justificar prejuízos inexistentes;
- Vender sem nota fiscal.
Aos desavisados que apenas conseguem enxergar a realidade brasileira através de um telescópio invertido, nada da lista acima poderá ser visto como uma acusação puritana ao comportamento dos brasileiros.
É a pura realidade!
Todos e cada um desses atos e atitudes, praticados a diário, são pura e simplesmente acintes ao respeito que cada cidadão deve ter para com o outro... se em estado democrático se diz viver.
Como pode o Brasil se dizer um país democrático se a verdade e a honestidade são desrespeitadas a cada instante, tanto pelos cidadãos como por governantes?
Como pode uma mulher ser eleita presidente do Brasil, quando o seu passado foi calcado no crime, em assaltos a bancos, em assassinatos de cidadãos comuns e até de “kumpanheros” de crimes?
Como podem os brasileiros se autodefinir como povo afável e democrático se, ao aceitarem como normal as pequenas corrupções, outra coisa não fazem senão legitimar as grandes corrupções e os “mensalões” políticos?
Como pode o brasileiro dar mais importância ao risco que alguém faça no seu automóvel e não se importar - em absoluto - com a má qualidade do ensino escolar, nem com a péssima formação dos professores dos seus próprios filhos?
E o governo brasileiro e os brasileiros se dizem democráticos?...
Verdade?
É claro! Como democráticos... os brazlêros são ótimos corruptos!
