Entre especialistas, técnicos, analistas e consultores que trabalham diretamente ou prestam serviços para a sede da União Européia, em Bruxelas, existe uma miríade de siglas para classificar e/ou definir quase tudo o que se faz; bem como, para denominar quem é quem no ranking político ou para designar o peso deste ou daquele país no Conselho, nos departamentos, nas relações comerciais, etc.
Na verdade são criptônimos emprestados originalmente das forças de segurança que, com o passar dos anos, foram-se expandindo de tal forma a ponto de hoje, incrementados pela escrita “internetiana” e “Twittiana”,
serem usados abundante e corriqueiramente, − como uma espécie de metonomásia, − em qualquer diálogo técnico ou coloquial.
Quem não estiver familiarizado com essas siglas corre o risco de não entender metade da conversa que mantiver ou do e-mail que receber.
E todos os dias aparecem novos acrogramas... que ninguém sabe quem criou, mas são incorporados imediatamente ao vernáculo.
Como o leitor já deve imaginar não pretendo dar uma de braquígrafo e pôr-me a descrever os siglônimos usados. Portanto, ater-me-ei apenas ao mais genérico deles todos: ZED (Zone Exotique Démarquée, em francês), ou Zona Exótica Demarcada.
A minha secretária, a la vez decifradora e criptógrafa, possui uma lista com mais de 12.000 siglas. É um volume e tanto. Ela sim é especialista no assunto. E, hoje, igualmente a inspiradora deste texto, pois, sabedora da minha origem e do quanto o Brasil me deixa enojado, anunciou-me sorridente que o meu ex-país, a partir deste mês, recebeu documentalmente a pecha ZED.
ZED é uma sigla multívaga, usada para denominar qualquer coisa que não se entenda; que seja esquisita ou simplesmente rara; ou sobre a qual não se possuam dados ou informações suficientes. Também é usada para expressar aversão que alguém possa sentir em relação a determinada pessoa, assunto, ou tarefa. Ademais, ZED pode ser sinônimo de burrice, de ignorância ou de embuste.
O significado da sigla em si depende muito do contexto da frase onde está inserida e/ou do tom como é pronunciada.
De qualquer maneira, se algo ou alguém recebe a denominação ZED, não é bom.
Por exemplo, quando o Lula assumiu a presidência do Brasil, logo o apedeuta recebeu a designação
ZED sem qualquer outra significação que a do seu sentido empírico. Já as trapalhadas e aberrações diplomáticas desenvolvidas junto à UE e a outros países, − principalmente do Golfo Pérsico, − pelo
então Chanceler Celso Amorim, fez a diplomacia brasileira receber igualmente a classificação ZED, esta sim, dita com conotação jocosa.
Com as amiudadas corrupções políticas e econômicas exercitadas pelos governantes brasileiros, ademais das constatadas falcatruas freqüentes praticadas pelos exportadores de carne brasileira, e posteriores confirmações, in sito, dessas fraudes por inspetores veterinários europeus que visitaram esses frigoríficos e as agências de rastreabilidade, o Brasil, como país, com o qual a União Européia mantinha fortes laços comerciais, transformou-se numa enorme Zona Exótica Demarcada, − com conotação perniciosa, − especialmente entre economistas e analistas europeus dos mais variados seguimentos.
Conseqüentemente, as compras de produtos brasileiros pelos europeus foram diminuindo e, com o advento da crise financeira, hoje quase nada é comprado do Brasil.
Não porque a Europa não tenha dinheiro ou não queira comprar do Brasil "em defesa de benefícios protecionistas a outros países recém admitidos na Comunidade"... tal como o governo brasileiro, malevolente corrupto, − por ser petista, − tem divulgado;... já seja através de matérias plantadas nos jornais locais, ou por meio de jornalistas televisivos “isentos”, tipo, Miriam Leitão, Luis Nassif, Carlos Alberto
Sardenberg e outros similares.
Nada disso!
Durante o seu último périplo europeu, Dilma Rousseff, a “presidenta”,
recebeu a denominação “ZED Plus”... classificação essa só atribuída ao truanesco Silvio Berlusconi, quando Premier Italiano e a líderes africanos, sobre os quais restam comentários.
E o leitor consegue adivinhar por quê “La Rousseff” recebeu tal “honra”?
Dilma trouxe a tiracolo o Lula e isso pegou muito mal; fê-la parecer todavia mais incompetente daquilo que ela é; e considerada como tal, é.
Conseqüentemente, se o Brasil já inspirava antes desconfiança política e comercial, hoje toda a comunidade européia se pergunta quem realmente governa os “sicolatrônidas”... La Rousseff ou o Casa Nova dos travecos de São Bernardo e da Rosemary, que mais parece um travesti?
O Congresso e o Senado, já nós por aqui sabemos que não é.
Assim o Brasil é ZED! Oficialmente é ZED! E tudo que é ZED, Bruxelas não se mete, não quer saber... e, se por alguma necessidade imperiosa se mete, exige contratos draconianos, negociando à exaustão até a cardinalidade da rabiola.
Ao terminar este texto fico a imaginar que “Belo” 2013 econômico espera o Brasil...