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sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Globonews em Pauta e Sérgio Aguiar... que coisinhas mais chatas

Sérgio Aguiar
Apresentador
do Globonews em Pauta
“Globonews em Pauta” é jornalismo? Pareceu-me mais uma imitação feminil e faveleira de um programa antigo do SBT, no início da década de 1980, “O Homem do Sapato Branco”, apresentado pelo falecido Jacinto Figueira Junior.

Não só as semelhanças bregas, entre um e outro, abraçam a verborragia desmedida dos participantes e o foco da câmara em cima do sapato do apresentador, o que é toda uma reminiscência, mas também a balbúrdia dos temas “em pauta”, abordados pelo entrevistador e convidadas.

Se no “homem do sapato branco” o calçado era branco, no “Globonews em Pauta” o sapato é marrom, de pontinha arrebitada, um charme; talvez a condizer com a “erudição” do apresentador e com o vocábulo “pauta” que, se não fosse repetido tantas vezes por ele, ninguém perceberia...

Não sabia que o “padrão Globo de qualidade” havia decaído tanto. Enquanto morei no Brasil, não recordo ter assistido a um jornalismo tão barato “em pauta”. Nem de tal ordem azucrinante e ordinário, haja visto a superficialidade e leviandade como os temas são abordados. Igual parâmetro só vi em televisões africanas, especificamente em Burundi e no Gabão.

Não lembro se o “Globonews em Pauta” já existia nos meus anos de Brasil. Pouco importa. O que assisti na madrugada de oito de setembro é de dar nos nervos. Um lixo!; no formato, na condução dos temas e na forma como as convidadas são instados a falar; pior, como são cortadas no meio dos raciocínios que estão a desenvolver, para desespero de quem não conhece o assunto e quer saber mais.

Só consegui agüentar exatos 23 minutos. Não deu para suportar o apresentador, menos ainda as suas constantes interrupções absolutamente inadequadas e fora de contexto.

Como fala! Nem se dá conta das bobagens que diz, nem das vezes que as repete.
Primeiro plano do programa.
Em destaque o sapatinho

Deve ter a língua ligada à eletricidade.

Mais parece uma varina – de calças – em mercado de peixe.

Quem não sabe o que é uma varina, sua indumentária e particularidades tagarelas, nunca visitou os mercados de peixe de Paris, Lisboa ou Barcelona.

O homem não se cala. Fala pelos cotovelos. Em circunvizinhanças brasileiras, Sérgio Aguiar, fez-me lembrar dos camelôs da Rua 25 de Março, em São Paulo, desesperados em dia de chuva, a venderem bagulhos chineses que ninguém quer comparar...

Até a voz do delicado transmite um certo quê de déjà vu...; melhor dizer, de um déjà audible.

Deus do céu!; que voz desagradável, chata, desafinada, anasalada, esganiçada...

Não vou nem entrar no pedantismo que exala...

Eliane Cantanhêde
Uma das convidadas com algo
interessante a dizer. Foi
cortada abruptamente pelo
rapazola que quis fazer uma piada
fora de contexto.
Cada vez que abria a boca, precisei diminuir o volume. O homem grita... soa como fonema chiante em frase pretérita, com fricativas a predominarem!

Que tristeza ver a maior empresa de comunicação do Brasil se render, na busca desesperada pela audiência da “crasseC, ao modo comportamental-indutivo petista que passou a imperar no país e na moral nacional.

E o favelês falado com entonação de porteiro de lupanar chique?

Santo Deus!!!! Que dó me deu a gramática. Dava até para ver que, quanto mais Sérgio arrazoava, mais ela fugia desabalada, rubra de vergonha...
 
E o sapatinho marrom gracioso, em primeiro plano, ora a balançar, ora a oscilar para cima e para baixo?

Isso lá é coisa de homem ou de apresentador sério?

Sempre de perna traçada, será que não fica com cãibra? Em 23 minutos não se mexeu uma vez, exceto o pezinho com sapato marrom.

Em termos de linguagem corporal (pernas cruzadas/ traçadas), Sérgio Aguiar revela-se bastante inseguro no que está a fazer, daí o ar pedante que exibe como se retirado emocionalmente estivesse da conversa que ocorre diante dele.

Por outro lado, do alto da bonomia que me invade quando o assunto é Brasil ou brasileiros, creio que é uma postura estóica... ensaiada glamourosamente, a despeito da corcunda que forma quando sentado.

“préce estáuta de boiola morgadão”, já diria um amigo mineiro, de poucas luzes, mas infinita sabedoria.

Quem assiste ao programa, primeiro vê o sapato o tempo todo, depois as molduras das comentaristas.
Mara Luquet

Que “tecnologia” mais cafona. Bem brasileira, fazer o quê? Ainda usam múltiplas telas.

Enquanto uma das “moças” fala, as outras viram caricaturas estáticas de arte nouveau tupiniquim... com pescoço em destaque, tipo sanfona, como o da Mara Luquet...

Pobrezinha... Tão jovem e tão acabadinha.

Quando apareceu tive a impressão que o produtor, lá na cabine, não gostou das rugas da “moça”.

Destarte, os telespectadores foram obrigados a amargar a câmara enquadrar o sapato do delicado... enquanto a jornalista falava, sem aparecer na tela.

Dela me lembro. Falava muita bobagem com Carlos Alberto Sardenberg, na rádio CBN. Não melhorou em nada. Menos ainda na substância do que fala.

E o topete modelado no cabelinho do rapazola? Será que o ditoso coloca bóbis para moldá-lo e laquê para segurar o penteado?

Tudo leva a crer. A imitação de onda a beijar a testa deve dar trabalho para o coiffeur...

Fico cá imaginando as horas que deve levar para se arrumar, – liiiindooooo, – daquele jeito... e os poucos segundos que se toma do seu tempo diário para pensar no que vai dizer no programa...

E a mãozinha esquerda a dar-a-dar, com aliança de prata?

Que delicada! Que unhas mais bem feitas! Que dedos esguios...

Notei que fazia um esforço enorme para não desmunhecar; pra não sair em vôo rasante, dando tchauzinho à rapaziada.

Onde foi que a minha conterrânea, a diretora de jornalismo, a mineira Silvia Faria, encontrou esse exemplar palrador tão... tão... inimitável?

Em alguma tertúlia de rapazes alegres (como se dizia antigamente), celebradas todos os anos na Av. Paulista?

Que eu me lembre, ela é chegada a essas novidades alegres...

O certo é que Sérgio Aguiar mais parece uma imitação de apresentador, em fase Beta, candidato a vozeiro em caminhão de som, para a próxima parada gay em Cascadura ou Engenho de Dentro, lá no Rio de Janeiro...

Lá isso parece!

A um jornalista sério e credível, seguramente, não se assemelha. E como âncora de pauta jornalística, presumivelmente séria, isso quero crer dada a minha credulidade, não leva o menor jeito, nem talento revela.

Falta-lhe tempero... Ou como diriam os franceses, “un je-ne-sais-quoi de touchant”.

No frigir dos ovos, o pior da criatura é realmente a voz, fator que me anulou qualquer interesse pela pauta jornalística.

Perdoe, leitor, se me repito. É que eu fiquei traumatizado. Os ouvidos ainda zumbem. Preciso exorcizar a experiência visual e auditiva que tive. Ainda sinto gastura, passados dois dias. A voz altissonante, meio cana-rachada, meio flauta quebrada; grave no começo das frases, aguda no finais; absolutamente estridulosa e afetada, chegou a doer no ouvido.

Que coisa mais chata. Que tortura. Uma autêntica penitência. Uma injustiça com os meus pecados, pois nem tão graves são, afinal de contas.

Imagino que o mesmo valha para os distintos espectadores brasileiros: Ninguém merece assistir a um traste como esse, sentado quase de cócoras, no final do dia querendo descansar, após um dia de trabalho pesado... e horas intermináveis passadas nos engarrafamentos do trânsito.

Que judiação!

Os boatos sobre a TV Globo parecem ter fundamento. A empresa anda realmente com uma falta atroz de pessoal qualificado. A começar pela direção da Central de Jornalismo da Emissora. Chega a dar dó quando se observa o nível dos apresentadores, com exceção honrosa para Alexandre Garcia; impecável como sempre.

Não é de admirar que o sapato, ademais castanho, seja o destaque de primeiro plano na imagem central de um programa jornalístico tão marrom.

Sérgio Aguiar poderia muito bem tentar fazer um curso de corte e costura... Como apresentador seria ótimo costureiro, com chance de ser menos chato. Enquanto não se decide, entre uma e outra modulagem do topete, aulinhas de gramática e tratamento com fonoaudiólogo cair-lhe-iam muito bem.

E a isso a Globo chama de jornalista? Eu chamo de outra coisa.

domingo, 30 de agosto de 2015

Geraldo Alkmin, o chuchu que nunca será berinjela.

Que triste é ver a articulação sorrelfa – assaz antipatriótica – de Geraldo Alkmin, atual governador do Estado de São Paulo, para se postular, como quem não quer nada, à Presidência do Brasil.
 
Será que, contra Aécio Neves, está a repetir o mesmo jogo sujo feito contra José Serra?
 
Seguramente o homem não deve ter espelho em casa... ou, desprovido de semancol, se vê a si mesmo como um demiurgo... uma espécie de causa da alma brasileira, bem ao estilo cosmogônico do “Platão” de Dois Córregos... a acreditar na fidelidade das vozes etéreas, provavelmente advindas da facção paulista do PSDB, a sussurrarem-lhe aos ouvidos.
 
Por isso será que confunde e atrapalha tanto os dirigentes nacionais e afiliados do seu Partido, na mesma dimensão que trai os interesses e o futuro dos brasileiros?
 
Não importa o quanto lamba os sapatos de Dilma Rousseff, ou o quanto manobre para impedir o processo de impeachment já em andamento contra ela... ou até mesmo a sua colossal asnice em apoiar a criação de uma nova CPMF, à custa das algibeiras dos paulistas e paulistanos, tudo em nome de uma suposta governabilidade do país, há meses inexistente, e só ele, sendo chuchu, finge ignorar, na ânsia de virar berinjela.
 
Geraldo Alkmin jamais será presidente do Brasil; marquem estas palavras!
 
Jamais! Falta-lhe grandeza como homem, como político filiado ao PSDB, sobretudo como governador.
 
E se candidato for em 2018 – ou em 2050, estando vivo até lá, – perderá fragorosamente, de novo, tal como ocorreu no seu primeiro pleito.
 
A um grande governante não basta ser decente, embora grandes governantes, aqueles que construíram e deixaram legados extraordinários para as gerações futuras, nem sempre foram exatamente probos.
 
Não obstante, apesar da improbidade, em maior ou menor grau, todos os grandes demonstraram excepcional aptidão para entenderem as pessoas que governaram; a maioria da massa humana, eleitores, portanto, que precisaram de alguém para lhes dizer o que lembrar e o que esquecer.
 
Geraldo Alkmin não possui tal excepcionalidade.
 
No Brasil, desde a instauração da República, até aos dias atuais, desconsiderando a inópia intelectual já produzida no país, só consigo vislumbrar, em sua História, dois grandes governantes: Getúlio Vargas, no seu segundo governo, e Juscelino Kubistchek.
 
O primeiro, pelo legado econômico, social e trabalhista deixado aos brasileiros. O segundo, pela fundação da Cidade de Brasília, conseqüente expansão e desenvolvimento social-econômico do Centro do país.
 
Nenhum dos dois foi impoluto, assim reza a História, porém, diferente dos predecessores e sucessores, ambos foram capazes de dar ao país algo que nenhum outro conseguiu.
 
Nem mesmo, – apenas para citar os três últimos presidentes do Brasil, – Fernando Henrique Cardoso com o “seu Plano Real”, executado no limiar da ilegalidade, pois foi cópia deturpada do Plano de Revitalização Estruturada da Alemanha Livre, ou Lula da Silva e sua mitômana política distributiva de renda, hoje esfacelada, na soleira do fracasso, e muito menos Dilma Rousseff, cujo governo é um acinte ignominioso à ética, ao progresso econômico e ao Código Penal brasileiro.
 
Infelizmente, as pessoas, quando povo disperso, social e ideologicamente, precisam de grandes governantes para isolá-las das suas próprias fragilidades; para dizer-lhes o que é bom para elas e o que não é, porque somente grandes governantes sabem como tornar tolerável a impotência, as frustrações que essas pessoas sentem.
 
Alkmin não é capaz. Nem hoje, nem o será amanhã, por mais que se esforce; mesmo dispondo ao redor dos melhores assessores do mundo, algo muito difícil de se encontrar no Brasil.
 
O homem não tem estofo. Nem o destino o inscreveu na fileira daqueles que, porventura, algum dia haverão de ocupar a presidência desse infausto país.
 
No quesito inteligência, algo nele in petto, Alkmin tende à receança... como bem o demonstrou factualmente na disputa contra o Lula, rumo ao Planalto. Igual, senão pior, nas duas tentativas (2000 e 2008) de se tornar Prefeito da Cidade de São Paulo.
 
Nos três sufrágios revelou-se um autêntico chuchu, sem sabor, sem gosto, inodoro, sem firmeza, apenas gosmento e desenxabido.
 
Assim permanece. Não conseguiu evoluir, haja visto os conchavos rançosos já feitos com os petistas, apesar de ser o governador do Estado mais rico e poderoso do país.
 
Também é frouxo, supino laxo como político; uma vez confrontado em suas idéias ou dificuldades, ou políticas a serem implantadas, não sabe defendê-las com convicção. Fica até atordoado se atacado retoricamente. Tampouco é eloqüente ao falar e se baba demasiado quando o faz.
 
Não tem carisma, menos ainda apelo popular.
 
Por último, a crise de abastecimento de água, na cidade de São Paulo, revelou o seu lado mais abstruso: a falta de caráter como homem e como político. Melhor dizer, deixou a descoberto a sua vocação para os eufemismos, bem ao estilo farsante dos petistas:
 
Em são Paulo não falta água: “O que o governo está fazendo é uma campanha para evitar o desperdício...
 
Para Geraldo Alkmin “não há falta de água em São Paulo. Há sim restrição hídrica...”. [Veja mais destas pérolas AQUI]
 
Assim, entre os muitos impedimentos que o “Chuchu” apresenta, ademais do baixo conhecimento dos brasileiros sobre sua pessoa, (26%, maioria paulista), fato determinante para chegar ao Planalto, está a sua aparência física, a boca rasgada ao falar, no melhor costume paulista brega-chique; os lábios ensopados de saliva, babosos como gosma de chuchu; sobretudo sua careca engordurada, povoada por meia dúzia de cabelos pastosos, grudados ao crâneo.
 
Parece até bobagem o dito acima, mas é fato! Homens carecas não chegam à presidência do Brasil, por mais que se empenhem.
 
Ulysses Guimarães e José Serra, apenas para lembrar os dois últimos calvos a tal atrevimento, exemplificam bem essa estranha aversão preconceituosa dos brasileiros. Aversão essa que cresce quando a figura do candidato gera certa repulsa.

Brasileiros sempre optam pela boniteza ou pela chalaça. Nunca pela inteligência ou pela capacidade.
 
Por isso mesmo, Geraldo Alkmin só é governador de São Paulo, pela terceira vez, por falta de opção de candidatos. Peculiarmente porque o interior do Estado (maioria votante), detém uma aversão visceral ao petismo e a qualquer coisa soante a comunismo ou socialismo.
 
Em contraste a essa realidade estão as suas derrotas vexatórias, na cidade de São Paulo, quando concorreu à Prefeitura. A cidade está dominada por nordestinos, cujas vidas, feitas e refeitas de esperanças desiludidas, deslizam sobre rodas quadradas... Apenas dão ouvidos a quem lhes promete dar rodas redondas, mesmo que trincadas...
 
E nem isso Alkmin foi capaz de enxergar... por duas vezes.
 
O interior do Estado de SP é bem diferente. E os demais Estados do Brasil mais díspares são do modo de pensar dos paulistas ou dos paulistanos.
 
Em termos de maiorias absolutas, Geraldo Alkmin não alcança agradar a Gregos nem a Troianos; por isso mesmo continuará sendo o chuchu com vontade de ser berinjela...a despeito deste fruto pertencer a uma planta ornamental, originária da Índia, que, mesmo integrada à flora nacional, não faz parte do cardápio alimentício da maioria esmagadora dos eleitores brasileiros.

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Quadrilha de bandidos chefiados por ladra de bancos faz o que é da sua natureza.

Deu na Folha de São Paulo – Original Aqui
 
Viagem de Dilma aos EUA dá calote de US$ 100 mil em aluguel de limusines
 
O brasileiro que é proprietário de uma empresa de limusines em San Francisco (EUA) disse que entrará na Justiça americana contra o governo brasileiro se não receber os US$ 100 mil pelos serviços de transporte prestados durante a viagem oficial de Dilma Rousseff à Califórnia, em julho.
 
O cônsul-geral em San Francisco confirmou que o valor não foi pago, mas considerou "normal" o "atraso".
 
"Ainda não recebemos os recursos de Brasília. Não sei exatamente a razão. Deve ser algum problema orçamentário, então a gente não pôde ainda realizar o pagamento", disse Eduardo Prisco Paraiso Ramos à Folha.
 
Segundo Eduardo Marciano, dono da NS Highfly Limousine, a comitiva contratou 25 motoristas, dois ônibus, um caminhão, três vans e 19 limusines. Ele disse que usou US$ 40 mil de recursos próprios para custear parte das diárias dos 25 motoristas e das vans, que ele sublocou.
 
A história surgiu em um site de blogueiros que é veiculado pela rede CNN.
 
Dilma esteve na Califórnia no dia 1º de julho, mas os veículos foram usados de 16 de junho a 2 de julho, para os preparativos da visita.
 
"Estou cansado de ir ao consulado. Não quero levar o governo aos tribunais aqui. Mas não posso ter um prejuízo desses", disse Marciano.
 
Ele disse que as tentativas de comunicação direta com o Itamaraty foram frustradas.
 
PRÓXIMOS DIAS
 
Procurado pela Folha, o Itamaraty informou que os recursos foram liberados recentemente e que a dívida será paga nos próximos dias.
 
A pasta informou ainda que não havia limusines entre os veículos alugados, apenas carros sedan, vans e ônibus para o transporte de jornalistas que acompanharam a agenda da presidente.
 
O ministério enfrenta crise motivada pelo corte de R$ 40,7 milhões no orçamento em 2015 imposto pelo governo federal.
 
Na semana passada, as cerca de dez representações nos EUA receberam comunicado informando o cancelamento das apólices de seguro de veículos oficiais, segundo um funcionário que não quis ser identificado. Uma autoridade teria recomendado a não utilização dos carros.
 
O cônsul em San Francisco disse que tomou medidas administrativas para encomendar vários serviços solicitados por Brasília, mas não recebeu os pagamentos. 
 
Questionado se outros serviços não foram pagos, disse: "Assim de cabeça não sei. Mas sei que várias coisas já foram pagas. Talvez ainda haja alguma coisa por pagar. Mas é normal, está vindo normalmente. 
 
A Secretaria de Estado vai mandando dinheiro e a gente vai fazendo os pagamentos. É normal, algum atraso é sempre normal."

domingo, 26 de julho de 2015

Reinaldo Azevedo, “liberal-conservador”, “legalista” e “democrático”, - o maior personal juris-criminalista opinêitor do Brasil, - gosta da “cascuda”.

Alguém já disse que tudo o que nasce e cresce no Brasil está irremediavelmente condenado ao fracasso. Tudo nesse país é efêmero. Talvez por isso existam tantas criaturas por lá que, pela decepção que causam a miúde, apenas enchem qualquer um de tédio.

É um déjà-vu constante, previsível, enfadonho.

Parafraseando Temístocles, posso não saber tocar violino, mas enxergo imediatamente um fariseu, travestido de jornalista, com comportamento utópico, coberto por uma bela dose de arrogância que só a mitomania proporciona.

O sujeito passou a confundir e a misturar desencanto com verdade. A sua verdade, diga-se, originada no desencanto, suponho eu, da amoralidade nacional que o circunda; seguramente na incapacidade de enxergar a verdade singular que o sucumbe, apesar dos holofotes que hoje o iluminam.

Reinaldo Azevedo, sim, ele mesmo que já elogiei muito neste blog, é hoje uma decepção, um clichê brasileiro autêntico; absolutamente previsível. 

E se o olhar com a indulgência de quem pouco se importa com o que diz ou faz, é possível vê-lo como um arremedo tatibitate da grandeza que um dia foi Ricardo Noblat e seu Blog. E se me esforçar mais, relembrando análises políticas impecáveis - do passado, - talvez ainda consiga perceber-lhe uma sombra, embora tênue e fugaz, da luz radiosa que já foi como analista político... em seu tempo no site Primeira Leitura.

Hoje, quem é mesmo Ricardo Noblat na análise política do Brasil?

Amanhã quem se lembrará de Reinaldo Azevedo?

Sempre haverá um Twitter para surfar.

O leitor sabe que aqui não existe corporativismo nem tendência. Tampouco imperam as regras de etiqueta da sociedade. Tudo o que escrevo é cru, nu, tal como é. Não há dubiedade; tampouco revestimentos artificiais.

De todos a quem faço referência, [ad omnes; ad solemnitatem],  levo em conta a escolaridade, profissão, status social e a manifestação do arcabouço de que são feitos. Afinal, queiramos ou não, somos a soma das nossas experiências, ações e comportamentos.

Fosse Reinaldo Azevedo um plumitivo dromômano, nem me daria ao esforço de abrir o computador. Mas não é. E por não sê-lo, devido à influência manipuladora que está a exercer em cima dos desesperançados que, com muito esforço, [bota esforço nisso], tentam, ainda que vagarosamente, levantar a venda que puseram nos olhos para não enxergarem suas vidas apequenadas, eu tenho algo a dizer.

Azevedo agrediu e ofendeu retoricamente uma das mulheres mais extraordinárias e gentis que conheci em minha vida. Se ele tem os seus princípios, eu tenho os meus; e nenhum deles é utópico, soberbo ou prepotente. Menos ainda violento, grosseiro ou descabido de contexto.

De heróis ou de vilões, todos temos um pouco; ou nos situamos entre os dois. Os bons fazem coisas ruins e os maus... às vezes são gentis com suas mães esposas e filhas, conquanto insultem e/ou batam em outras mulheres, até com prosaísmos oriundos da própria estultice e da falta de vergonha na cara.

Desde que mudei para Bruxelas, quando o assunto é Brasil, sua política e povo, convenci-me que existe um sentido destrutivo na História desse país. Nestes quase dez anos distante dele, essa crença, [meu filho mais velho chama de “ascese”], não só se aprofundou como tem-me permitido ler os jornais e Blogs brasileiros com uma bonomia levemente douta e tranqüila, condição que faz não me surpreender com quase nada, porque, assim creio, tudo está previsto nos registros notariais de Quem criou a Terra, muito em especial essa parte endemoninhada da América Latina, refúgio de qualquer bandoleiro internacional às turras com a Lei.

Ao contrário de certos jornalistas, ou daqueles se dizentes dessa profissão, nas rádios, jornais, blogs e televisão, que manifestam suas perplexidades quase a diário, sem poupar seus intentos emocionais e/ou preferências políticas devidamente remuneradas, tenho me limitado a mostrar que o Brasil não é perfeito e, passada a negritude petista, continuará e será ainda menos.

Como o leitor já percebeu, essa crença adquirida não possui qualquer originalidade ou assomo parnasiano. O povo brasileiro há muito a adotou e a tem elevado a conseqüências inimagináveis, funestas, todas irreversíveis.  No meu caso evita-me crises de hipertensão arterial e, segundo meus filhos, cito: – “proporciona sensações ataráxicas sobre um país que não considero mais meu”.

Apenas para irritá-los costumo responder-lhes que, como há uma lógica invisível, indectável a dirigir os destinos do país que os viu nascer, a minha ataraxia em relação a ele é o lastro que lhes deixo de herança para evitar futuras desilusões... pois o Brasil não tem jeito; pelo menos enquanto tiver o povo que tem.

À força de não me escandalizar com as notícias do que acredito ser o destrambelho de um povo, diante do desabafo que minha amiga fez, em sua passagem por Bruxelas, achei absolutamente desprezível, abominável, a atitude de Reinaldo Azevedo para com ela.

Abri então o computador.

Aparentemente, Azevedo também parece ter sido contagiado pelo desregramento, nos atos e atitudes, que tomou conta dos miolos brasileiros. E, por Azevedo não ser qualquer marrano, o seu despotismo disfarçado em arroubos hipócritas, supostamente democráticos, fazem dele um ser mais questionável que qualquer outro de sua estirpe. Alguém a ser escrutinado... com o cuidado de uma fiandeira a fiar algodão.

As utopias têm o condão de cegar os indivíduos. Em contrapartida aumentam-lhes a boca e o tamanho da língua que seduz incautos ou desesperançados, abandonados à lassidão política, porque não encontram quem os lideres, pois eles próprios são incapazes de pensar ou de agir.

Azevedo se diz liberal-conservador, legalista, democrático e.... ex-trotskista, o que eu acho hilário, portanto, na sua estreita e singular concepção, auto-habilitado e ungido a criticar, [sem apresentar qualquer sugestão robusta], quem não pense como ele ou dele discorda, quanto mais não seja da ambigüidade de raciocínio que apresenta ou da avaliação imprecisa de fatos a que faz referência.

Sem o saber... infelizmente... Azevedo, como qualquer brasileiro, sem conseguir aprender com sua própria história, sustenta-se a braçadas largas em ondas que, mais cedo do que tarde, rebentarão nas areias do fracasso.

Outro mais será a se somar aos muitos já experimentados: Site e revista Primeira Leitura, revista Bravo, editoria de política da Folha de São Paulo, articulista da revista Veja, tido como chato, difuso e repetitivo, etc.

Para alguém que é contra o aborto e contra o transplante de células-tronco, isto é, ao mesmo tempo a favor da vida e contra a vida, ademais de se mostrar teimosa e bisonhamente como o maior “personal juris-criminalista opinêitor” do Brasil, qualquer tentativa de meter-lhe na cachola algum argumento válido, tecnicamente correto, ofertado de boa-fé, para poupá-lo do ridículo, é pura perda de tempo.

Neste texto não tenho tal pretensão.

Para Azevedo, [Aqui], que, estuda “direito de forma mais ou menos sistemática, na medida do seu tempo. E conversa com muita gente que entende da área, a começar dos seus próprios advogados, né?”, tudo parece estar mal na Operação Lava Jato, [embora se diga a favor], levada a cabo pela Polícia Federal em conjunto com o Ministério Público; mesmo aquilo que a Lei explicita, [que ele claramente desconhece, mas, como estuda "direito", diverge], nem se justifica através de razões processuais ou constitucionais [estruturais ou mesmo conjecturais].

Para ele, por exemplo, as prisões preventivas já executadas são puras “arbitrariedades” contra os chefões das empreiteiras, observação essa que estende igualmente a qualquer mortal, se capturado pela polícia.

Ao mesmo tempo não oferece alternativa, nem sugestão... exceto alguma apologia burocratizante do processo, sem entrar em detalhes, provavelmente advinda do seu estudo de "direito de forma mais ou menos sistemática".

Aparentemente para ele, a máxima: - “se podemos complicar, não há necessidade de simplificar”, - faz todo o sentido.

Para mim não há criatura mais chata do que estudante de Direito, ainda mais autodidata. Só porque aprendeu três parágrafos da Lei, já se julga capaz de salvar a Humanidade de todas as injustiças...

Assim, não contente com os estapafúrdios que escreve, [Aqui] Azevedo se sai com esta:

Sim, as ilações da Polícia Federal a partir das anotações de Marcelo Odebrecht são alopradas. E o juiz Sergio Moro dá mostras de condescender com elas.”

Se para Azevedo afirmar – com tanta peremptoriedade – que as “ilações da Polícia Federal são alopradas”, seguramente outro entendimento não poderá haver, o jornalista deve conhecer, nos mínimos detalhes, assim dá a entender, o significado de cada uma das inicias encontradas no celular do empreiteiro... em prisão preventiva.

Por que então afirma que são alopradas?

Azevedo deveria ser intimado e conduzido coercitivamente pela Polícia à presença do Juiz Sérgio Moro a se explicar. Ou não?

Claro que não! O juiz perderia o seu precioso tempo com um bazófias que, tolamente, do alto do seu onirismo mitômano, apenas repetiu o que os advogados do acusado divulgaram para a imprensa, sem se dar conta do ridículo papel de papagaio que está fazendo.

Como Azevedo não é capaz de moderar as asneiras que diz, ou de diminuir a boca e encurtar a língua, mais adiante, no mesmo texto, acrescenta, referindo-se ao aprisionado preventivamente:

Ah, nas anotações, ele fala até em “anular a operação”. E daí? Se o fizesse, buscaria caminhos legais para isso, não? Ou dispõe de tanques para lançar à rua?”

Neste ponto, como todo o gabarola que fala pelos cotovelos, a ingenuidade domina Azevedo por completo. Como um homem acusado de vários crimes, preso preventivamente, dispondo dos melhores e mais caros advogados do Brasil, incapazes de libertá-lo legalmente, por meio de todos os caminhos legítimos possíveis, poderá ser libertado se não for por vielas ilegais? Se não usar todas as influências alternativas e manipulações que eventualmente possua?

Reinaldo, claro, não pensou nisso. Se pensou, não sabe responder, mas deita falação de encher o saco, para delírio dos desesperançados...

Se eu fosse um dos empreiteiros presos despediria imediatamente os meus advogados caríssimos e contrataria já os serviços de Reinaldo Azevedo. Ele parece saber "coisas" da Lei que ninguém mais sabe. Seria uma pechincha.

O leitor entende agora porque estudante de Direito é um saco? Isso quando jovem. Pior quando está na meia idade e, dono de Blog, é dado a "personal opinêitor" da Lei.

Haja saco!

A referência aos “tanques”, subentendendo-se que aluda a tanques de guerra, e não os de lavar roupa, possibilidade esta que ele poderia considerar estudar o direito de praticar, pois lhe cairia à medida, faz parte do hiperbolismo confuso, habitualmente presente nos textos de Azevedo.

Restemos-lhe importância.

Está claro que para Azevedo, ademais dos seus auto-panegíricos, suas opiniões são socráticas e impolutas. As dos demais, as que diferem ou confrontam, pouco importando a relevância ou acuracidade dos argumentos, são autênticas tolices, passiveis de “cascudos”, ou de se colocar “na Cascuda”, numa referência grosseira à personagem da Turma da Mônica, Maria Cascuda, namorada do Cascão, que é meio suja.

Numa derivação, por extensão de sentido, pra lá de ordinária, Azevedo está, em outras palavras, obrando e andando para quem o contradiga, como bem experimentou, recentemente, Emily Zelder, uma querida amiga, mulher octogenária, sapientíssima, ela sim, doutora renomada, docente em duas universidades de fama mundial, conselheira, ademais, de alguns dos chefes de Estado mais proeminentes do planeta.

Reinaldo, “o sábio”, cujo ego, prepotência, ignorância e mediocridade vão além da Taprobana... e que já recebeu um trocado de empreiteira, conforme confessou, [Aqui], por isso mesmo, talvez em ato contrito em relação aos demais, coloca-se “na Cascuda” para, certamente, chafurdar a gosto e, a troco de nada, “cascudar” um pouco da cascuda dele em cima de Emily Zelder.
Azevedo se crê tão inteligente que acha que ninguém entende o verdadeiro significado quando, ao eliminar algum comentário, escreve: “ReinaldoXXXXXXXX na cascuda!”.
Um fato curioso: No texto de Azevedo, datado de 20/05/215, cujo link indico imediatamente acima, titulado: - “Deputado do PT me acusa de receber “propina”; contra a tentativa de intimidação, resta-me o caminho da Justiça. Ataque não funcionou antes; não funcionará agora”, - lá está a seguinte frase:

Essa história começou em 2010. Escrevi, então, a respeito. O post está aqui”.

O link “aqui” informado remete exatamente para o mesmo post de 20/05/2015, às 21:34 hs, e não para um outro que afirma ter escrito, supostamente, em 2010...

Escreveu mesmo? A esta alturas a minha bonomia impede que me esforce a acreditar...

A infantilidade desse homem chega a ser perversa com as mentes abiloladas dos desesperançados. Talvez porque estuda “direito de forma mais ou menos sistemática” e sequer pensa na possibilidade de enfrentar um tanque de roupa...

Que pena.

Eu não sei se estuda “direito” o Direito que insinua... ou se estuda “direito” alguma coisa de forma sistemática. Tenho cá para mim que não. Mas uma coisa sei, nem aluno de Direito brasileiro, que mal sabe falar português corretamente, no primeiro dia de universidade escreve o nome do curso em letra minúscula...

Ninguém pode negar que a propriedade do blog assinado por Reinaldo Azevedo a ele pertence. É fato e não há o que discutir. Destarte, tem a liberdade de aventar nele toda a sorte de estupidezes e, obviamente, de aceitar, ou não, os comentários que recebe sobre os posts que publica. Assim procederia qualquer criatura bem educada, com berço e curso universitário, a quem pouco importa ler, por mais correto que esteja, o que alguém tenha para dizer-lhe.

No meu Blog, por exemplo, não aceito comentários. Não me interessam, exceto os enviados por e-mail para poder confirmar a autenticidade do comentarista [se está registrado na minha lista de leitores], e poder responder-lhe se a discussão valer a pena.

O que, sim, pode ser negado a Azevedo e tomado como insulto, ademais de ameaça à integridade física, é a sua manifestação escrita de vilipêndio a comentaristas, a troco de nada, que não o ofenderam, nem lhe retribuíram a grosseria, mas tão somente discordaram das baboseiras que escreve.... como as duas mais recentes, transcritas acima, estampadas por ele, sem qualquer pudor, em seu blog.

O que Reinaldo Azevedo come em casa, não deveria atirar para cima dos outros, não é verdade?

Na minha opinião, não existe homem mais desprezível do que aquele que insulta ou bate em mulher, ainda que retoricamente. Ainda que em sentido derivativo e menoscabo.

Somente alguém desprovido de princípios, grosseiro em suas manifestações, quiçá, sei lá eu, atormentado num poço de complexos de inferioridade, misógino ou inseguro talvez de suas adoções sexuais... pode ser capaz de cometer tamanha canalhice.

O verdadeiro jornalista, homem íntegro, tem de encerrar em si e demonstrar virtude no comportamento, na narração dos fatos, além de notório saber e vontade de expressar a verdade. Tem de ser capaz de aceitar os erros que comete. Mais ainda, aceitar as críticas que recebe com elegância e savoir-faire.

Embora, com razoável dose de boa vontade, em penitência às Almas Benditas, se possa imaginar que Azevedo possua – eventualmente – algum desses atributos e capacidade analítica localizada – tão-somente – na política brasileira, pois na internacional, haja visto, beira a necedade, revela ao mesmo tempo uma eficácia notável em dar nós nas cabeças de leitores; especialmente em perturbar-lhes os sentidos e fazer com que as coisas não pareçam o que são.

Isso, para mim, tem nome: aluno da rede Globo de televisão.

Mais três exemplos que reforçam os dois anteriores:

O primeiro:

Azevedo escreveu, [Aqui]:

Lei que defendi no passado, inclusive em benefício de alguns que me atacam agora. Como atesta o arquivo do meu blog”.

Haveria que perguntar ao ilustre escriba a que lei EXATAMENTE se refere, que tenha sido desobedecida pelo Juiz Moro ou pelos Promotores Públicos? ... E, se desrespeitada de fato (que não foi), que mistério existirá no trêfego país para que nenhum dos excelentes advogados dos acusados tenha sido capaz de aproveitar suas “preciosas” marcações e denunciado o Juiz Moro, ou, por próprio saber e vasta experiência, tenha recorrido ao STF para anular a dita má interpretação dessa tal Lei que Azevedo diz possuir a única e certa interpretação?

Haja arrogância! - melhor dizer, estude direito o Direito, rapaz!

O segundo:

Exemplo claríssimo de como Azevedo tenta dar um nó nos neurônios dos Leitores, [Aqui]:

– “Se Cunha era a peça central da acusação que faria Julio Camargo no inquérito que apura corrupção no aluguel dos navios-sonda, então é evidente que tal peça deveria ter sido enviada ao Supremo, já que o presidente da Câmara detém foro especial por prerrogativa de função. É o que está na Constituição, que ninguém tem o direito de violar — nem Moro”.

Em primeiro lugar, até onde se sabe, Eduardo Cunha não está sendo investigado pela força tarefa de Curitiba, porque já está sendo investigado pela Polícia Federal, sob ordem do Supremo Tribunal Federal. Todos em Curitiba sabem disso! Portanto, Cunha não é, nem parece ser “peça central da acusação”; de nenhuma acusação formal, oficial, por parte do Juiz Moro, nem mesmo do delator, que em quatro momentos anteriores afirmou todo o contrário.

Azevedo adora subestimar a inteligência das pessoas, pois estuda "direito"...

Em segundo lugar, o nome de Cunha surgiu voluntariamente(?) na boca de Júlio Camargo, intencional ou não, ninguém sabe, nem mesmo Azevedo, durante as respostas que dava ao juiz e promotores responsáveis pelo inquérito.

Em terceiro lugar, no vídeo divulgado dessas repostas, está bem claro que o interrogado contava para quem tinha dado dinheiro ilícito. Não cabe ao juiz, portanto, seja ele quem for, interromper a fala de um argüido. Seria ridículo se o fizesse... Mesmo que o denominado Cunha seja detentor dessa aberração judicial brasileira chamada “foro privilegiado” ... cujo propósito, outro não é, senão, demonstrar que no Brasil, apesar de todos serem considerados iguais perante a Lei, alguns são mais iguais que outros.

Isto dito, fica também muito claro que Azevedo deturpa os fatos, tais como foram divulgados e inverte a ordem deles num claro propósito de confundir. Por que o faz? A troco de quê? De uma suposta legalidade que só ele vê... pelo estudo "direito" que faz "de forma mais ou menos sistemática"?

O Leitor certamente terá alguma opinião.

Além do mais, toda a defesa elaborada por Azevedo, em cima do que ele insinua, com certo viés sarcástico, de “arbítrios do Juiz Moro” em manter Marcelo Odebrecht em prisão preventiva, os fatos revelados no Estadão [Aqui] – [Aqui] – [Aqui], e os apresentados sexta-feira, 24/07/2015, [Aqui], pelos Promotores Públicos Federais, em entrevista às redes de TV, jogam no lixo todos os argumentos do blogueiro-radialista-colunista e mostram que o dito Juiz está absolutamente certo, na mesma proporcionalidade oposta a Reinaldo Azevedo que está tão errado que... não poderia estar mais errado.

Tão errado, mas tão errado mesmo!, que o STJ (Superior Tribunal de Justiça), em vez de acatar o Habeas Corpus, solicitado pelos advogados dos empreiteiros presos preventivamente, quem sabe, reconhecendo a tão decantada legalidade, defendida pelo "legalista" Reinaldo, o Juiz de plantão, Francisco Falcão, presidente do Tribunal, pediu detalhes ao Juiz Moro... [Aqui]

O ministro do STJ é homem inteligente. Eu faria o mesmo. Melhor esperar o regresso do Juiz Newton Trisotto, relator dos HCs da Lava Jato que, em Novembro de 2014, afirmou ser a "corrupção brasileira uma das maiores vergonhas da humanidade"...

Em tempo, não vou entrar aqui no mérito do que o Deputado Eduardo Cunha anda falando por todos os cantos, programa de rádio ancorado por Azevedo e em reportagens televisionadas. Ele está no seu papel. Faz parte da necessidade... inerente a qualquer criatura na sua situação. Nada melhor do que um ataque avassalador antes de ser atacado. Já diz o adágio: “Quem conta primeiro, conta duas vezes”.

O que não é concebível é um jornalista, dado como sério, [que de sério, ao que parece, pelo que escreve, arroja tal seriedade à lata do questionável], tomar a defesa de imputados pela justiça com quem não teve contato, sem ter base de conhecimentos legais, quanto mais não sejam os obtidos via internet ou em algum alfarrábio à-mão-de-semear, ou por meio de conversas indiscretas, (se acaso existirem), com algum advogado envolvido na defesa dos personagens que praticaram o maior abalroamento aos cofres públicos já visto no Brasil.

Nesta última hipóteses duvido que algum dos advogados dos aprisionados preventivamente se dê ao desplante de “bater papo” com Reinaldo Azevedo. Logo com quem...

Um jornalista sério não defende imputados por crimes... da mesma forma que um petista, que se diga honesto, não continua filiado ao partido dos trabalhadores.

“Diz-me com quem andas e eu te direi quem és.” – ou não?

Terceiro exemplo:

Mais uma vez Azevedo tenta confundir o Leitor.

Ao saber da redada executada pela Polícia Federal, no cumprimento de 53 mandados de busca e apreensão, em cima de suspeitos de corrupção, espalhados por seis Estados, entre eles o Senador Fernando Collor de Mello, ex-presidente do Brasil, destituído do poder, através de impeachment, por ter sido considerado corrupto, Azevedo, o "legalista", escreveu [Aqui], todo chocado:

Sim, a operação de busca e apreensão foi autorizada pelo STF, eu sei. O que me incomoda é a ação espetaculosa. Desculpem-me o conservadorismo, mas, na democracia — QUE É O CONTRÁRIO DA REPÚBLICA DE PLATÃO NA MAIORIA DOS ASPECTOS —, é preciso tomar mais cuidado, muito especialmente com quem detém a representação popular”.

Na verdade não houve qualquer espetaculosidade por parte da Polícia Federal. Ao contrário. Pelas fotos dá até para perceber que, se espalhafato houve, foi praticado unicamente pela imprensa, da qual Azevedo faz parte, que fez um carnaval nas primeiras páginas dos jornais e noticiários de TV, o que é natural, pois Fernando Collor é quem é e foi quem foi.

Perto de Collor os demais 52 alvos da PF são quase ilustres desconhecidos para o grande público. Azevedo não entendeu ou fingiu não entender isso e, como bom "legalista", embrenhado em onirismos utópicos, para dizer o mínimo, resolveu tomar as dores do - mais uma vez - suspeito de corrupção, Color de Mello, sem primeiro certificar-se dos fatos ocorridos.

E depois reclama que a ação da PF foi espetaculosa...

Não deu outra. Todo o texto de Azevedo foi desmentido pela reportagem da Folha de São Paulo. [Aqui]

Em quem acreditar? Na reportagem da Folha ou em Reinaldo Azevedo? Eu fico com a Folha de S. Paulo, apesar de não ser o jornal preferido pela forma como faz jornalismo.

Em Azevedo não posso acreditar pois já o vi opinar sobre a guerra de Darfur, no Sudão, como sendo uma beligerância religiosa de muçulmanos massacrando cristãos, quando na verdade nada de religiosidade houve, mas apenas uma guerra étnica brutal, puramente tribal, onde o controle dos poços de petróleo, entre Sudão do Norte e Sudão do Sul era, e ainda é, alvo de combates. Na época eu estava lá.

Já vi Azevedo insultar o presidente da Indonésia, o Sr. Joko Widodo, ao chamá-lo de pessoa “não séria”, sem sequer conhecê-lo, e, o que é pior, sem nunca ter posto os pés nesse país, uma das economias mais pujantes do planeta, ou ter conhecido algo da história do maior arquipélago do mundo.

Também já li, de sua lavra, que “assistiu” às manifestações de Maio de 1968, em Paris. [Aqui]. No texto, transcrito abaixo, não fica claro se faz uso de figura retórica para dizer que leu e sabe tudo a respeito. Fisicamente, acho impossível. À época teria algo em torno de sete ou oito anos de idade... Difícil ter "assistido", na praça Denfert-Rochereau, a toda aquela confusão, enquanto brincava com bolinhas de gude(?) em Dois Córregos.

Mesmo assim não deveria ter escrito que "assistiu", conforme segue:
  • “... A história, claro, não se repete, mas as comédias costumam ter semelhanças estruturais. Em 1968, Cohen-Bendit — que a imprensa chamava de “Dany, Le Rouge” (“Dani, o Vermelho, porque de extrema esquerda e porque ruivo) — subiu num grande leão de Bronze na praça Denfert-Rochereau (imagem abaixo), para liderar uma grande passeata. E convocou todas as correntes que estavam na rua: trotskistas, maoistas, socialistas moderados… E emendou: “A canalha stalinista vai para o fim do cortejo”, deixando clara a hostilidade à esquerda tradicional. O Partido Comunista da França retirou o apoio aos protestos depois de algum tempo porque eles se voltaram também contra a esquerda tradicional.
  • Assim, não me peçam para rir de uma comédia a que já assisti. Não me peçam para rir de uma farsa que estruturalmente se repete....” 
Portanto, com apenas estes três exemplos, pinçados ao acaso, sem esforço, entre os muitos que Azevedo tem proporcionado, ao se tentar espremer o que escreve no seu Blog, nestes últimos anos, apenas se obtém uma fila de interrogações, derivadas da combinação de imprecisões com falhas técnicas, ou de procelas de objetivos suspeitosos, todos sub-reptícios que, no encerrar de uma segunda leitura mais atenta, revelam uma superficialidade intelectual deveras assustadora, além de uma ausência de coerência factual, cujo oposto transborda nas hagiografias repetitivas que escreve de si mesmo.

Distante de tudo o que exige reflexão, pois sua prolixidade prosadora assim leva a crer, – e acima está demonstrada, – é impressionante ver o quanto Azevedo está distante de compreender o significado do bom jornalismo ou, como no presente, em relação à Operação Lava jato, das normas processuais da Justiça Brasileira;  dos prazos da prisão preventiva; da retidão nas ações da Polícia Federal; da irreprochável tecnicidade jurídica aplicada pelos investigadores e Promotores Públicos na operação policial; bem como os impecáveis fundamentos ditados pelo Juiz Sérgio Moro no acato dos indiciamentos ou sentenças pronunciadas, ou qualquer outra temática, não política, que exija profundidade de pensamento, reflexão e conseqüente exposição... que pelo blogueiro-radialista-colunista não seja controlada.

Embora perdoável não seja, até certo ponto é compreensível que o protervo Reinaldo, imerso na pobreza e no aviltamento, conseqüências naturais da iníqua sociedade em que vive, manipule e insulte quem quer que seja. Faz parte da sua natureza.


Nota: Este texto escrevi com ajuda, revisão e pesquisas proporcionadas pela Dra. Emily Zelder, agredida e insultada retoricamente por Reinaldo Azevedo.
Tanto ela como eu, nenhum dos dois é petista ou simpatizante do partido dos trabalhadores. Portanto, indivíduo com sintomas ideológicos petistas ou blogueiro a soldo da escumalha, NÃO poderá utilizar ou reproduzir o texto acima, ou parte dele, para qualquer finalidade e/ou ato, sejam eles quais forem, sob pena de sofrer ação judicial por violação de direitos autorais e outras denúncias que os Advogados da Dra. Zelder, e meus, acharem pertinentes.

sexta-feira, 17 de julho de 2015

Lula a um passo mais perto da prisão.


A Revista Época reproduz a inicial do inquérito contra Lula, impetrado pelo Ministério Público em Brasília em 08 de julho de 2015.
É um documento para se guardar e emoldurar.
(o destaque em vermelho é meu)
 
 

O Brasil de hoje – Degradação institucional

Por José Aníbal – Presidente nacional do Instituto Teotônio Vilela.
 
Três notícias aparentemente sem conexão entre si dão uma boa idéia da degradação institucional a que o PT tem submetido o país. Primeiro, a reunião secreta entre Dilma e o presidente do STF durante uma escala da comitiva presidencial em Portugal.
 
Não seria tão imprudente não fosse, no dia seguinte, o advogado-geral da República apostar todas as suas fichas num recurso ao Supremo no processo das pedaladas fiscais. É a velha estória da mulher de César: não basta ser honesto, tem de mostrar que é. E mostrar o tempo todo.
 
A segunda diz respeito à gráfica suspeita de lavar dinheiro da Petrobras em campanhas do PT. No depoimento, o diretor disse que a dinheirama não era fruto de propina nem de publicidade, mas de "jornalismo pago" publicado nas revistas editadas -- imagino o que sentem os jornalistas sérios!
 
Os veículos em questão, surgidos e financiados nos governos do PT e usados nas guerras sujas eleitorais, são os mesmos tidos como exemplos de "democratização da mídia". Empresas de "jornalismo pago" suspeitas de lavar dinheiro sujo em campanhas eleitorais não ajudam a democratizar coisa alguma.
 
A terceira notícia, a mais absurda, é a MP que institucionaliza a lavagem de dinheiro. Em busca do ajuste fiscal que o governo não consegue fazer, Dilma decidiu anistiar o dinheiro sujo escondido no exterior em troca de um imposto. Vai regularizar os frutos da evasão, do tráfico e da corrupção. Um prêmio a quem enganou o Estado.
 
Enquanto estertora, o governo Dilma ajuda a deseducar nossa ainda frágil cultura cívica. A República demanda uma pregação democrática constante. O exemplo vem de cima. O líder governa e educa. Tem de ser o primeiro a se submeter às normas. Se não vale para ele, todos sentem-se dispensados.
 
Dilma não entende que a impaciência do país se deve, em grande parte, ao desacordo flagrante entre o discurso público e as práticas nos gabinetes. O Brasil sabe que eles não fazem o que dizem. Que nada do que esse governo fala se escreve. É grave. A mentira deseduca.
 
Daí, poucos se importam se o IPEA tenha omitido dados negativos durante a eleição para não prejudicar a campanha de Dilma Rousseff. Daí, que ninguém se espanta se os corruptos da Petrobras gastavam dinheiro do contribuinte com prostitutas de luxo para celebrar a corrupção.
 
Pela quantidade de analistas e pseudo-intelectuais forçando a vista grossa para defender uma suposta vontade "legítima" auferida pelas urnas, fica claro que a condescendência com o malfeito e com o crime chegou a níveis alarmantes -- como se houvesse crime justificável.
 
A deseducação cívica embutida nas práticas políticas dos governos do PT vai nos custar caro, sobretudo às gerações mais jovens. A despolitização e a descrença com a democracia são obras que duram anos demais. O PT força os alicerces enquanto expia suas culpas. Pior para as instituições. Pior para a democracia.
 
Texto original publicado no Blog do Noblat


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