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segunda-feira, 30 de março de 2015

Nem a oposição venezuelana quer saber do Brasil.

É espantoso, mas é verdade: a oposição venezuelana não teve outra alternativa senão a de pedir ajuda a Felipe González, ex-Primeiro Ministro espanhol, (1982 a 1996), para tentar libertar António Ledezma e Leopoldo López, os dois líderes oposicionistas venezuelanos presos arbitrariamente pelo ditador Nicolas Maduro.
 
E agora o que é mais incrível: para ajudá-lo na tarefa de negociar com o caminhoneiro travestido de presidente da Venezuela, o socialista espanhol pediu e recebeu a ajuda de Ricardo Froilán Lagos Escobar, ex-presidente do Chile entre 2000 e 2006 e.... pasmem, de Fernando Henrique Cardoso, o rei da retórica vazia, à vez presidente do Brasil de 1995 a 2003.
 
A intervenção do triunvirato socialdemocrata, por si só, junto ao governo ditatorial venezuelano, para libertar dois políticos, presos por se manifestarem contra os desmandos de um vigarista, já é notícia importante.
 
No entanto, o que realmente a faz ganhar as primeiras páginas dos jornais e ser tema recorrente nos círculos diplomáticos é o fato do governo brasileiro e seu ministro de relações exteriores terem sido nominal e especificamente recusados pela oposição venezuelana para participarem das negociações.
 
Em tempo, vale destacar que nas negociações em curso entre o governo Colombiano e as FARC, os diplomatas brasileiros também foram explicitamente afastados de qualquer participação; até os observadores que, pela insistência desmedida do governo brasileiro, nas primeiras reuniões fizeram parte... hoje não são mais convidados.
 
Que cada um tire a suas conclusões.


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