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segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Carta aberta a César Maia – Prefeito do Rio de Janeiro

Meu caro César Maia,

Escrevo-lhe para me despedir de você antes que calce os chinelos e vista o pijama. Escrevo também pelo estado melancólico em que se encontra, tanto como palpiteiro como político. É triste!

É triste ver os seus dezesseis anos de vida pública diluírem-se de forma tão patética e com uma rejeição popular pra lá de dramática. Logo você que ousou sonhar com uma possível candidatura à presidência dessa vívida nação. Não sei se me alegro ou aplaudo.

Nietzsche dizia que o homem, à medida que envelhece, vai revelando a sua verdadeira essência, aquilo que sempre foi. Talvez por isto você se inspire tanto nos jornais e políticas argentinas e transcreva à exaustão tantos textos de autores dessa infausta e desonesta nação. Talvez por isso você apóie o nepotismo, apesar de criticá-lo nos outros.

Como sempre você errou feio; tanto nos “habituais pitacos” do seu “Ex-Blog” como nas apostas de quem ganharia a prefeitura do Rio de Janeiro. Como o Lula, onde você toca tudo vira pedra ou dá zebra. O seu apoio ao Gabeira foi o abraço da morte. Lamento profundamente. Como dizem os argentinos de quem você tanto gosta: “calladito te hubieras quedado todavía más guapo”.

Em dois meses você estará em casa, definitivamente. Se Deus ajudar e o diabo quiser. Não obstante, como um ato derradeiro, como um ato altruísta, você poderia explicar como as obras do PAN foram tão hiper-super-faturadas e quanto afinal você embolsou no meio dessa maracutaia. Pouco não deve ter sido. Você nunca tocou no assunto! Talvez por vergonha? Ou por timidez? Tenho certeza que se você contar o povo brasileiro perdoa-lo-á. Perdoaram o Maluf, o Lula, o Zé Dirceu... O Roberto Jeferson virou herói... Por que não haverão de perdoar você? Não dizem que pela confissão todos os pecados serão perdoados?

Na oportunidade, poderia aproveitar e explicar também como você, que tanto critica as malesas dos outros, teve a desfaçatez de dar um nó na lei anti-nepotismo e ter promovido a sua esposa e cinco familiares seus para cargos obscuros, só para continuarem a receber um salário polpudo à custa do dinheiro dos contribuintes. Que vergonha!

Afinal, ao fim, e por fim, você se revelou o que sempre foi; apenas mais um larápio do erário. Apenas mais um político sem ética e sem patriotismo. Um canalha pior até do que aqueles que se tiroteiam nas madrugadas do Rio de Janeiro. Todo aquele que atira pedras no telhado dos outros, geralmente tem telhados muito mais frágeis... É uma ironia, não é mesmo? Igual como você, felizmente o seu partido caminha para os vapores da história e lacuna na memória, já fraca, dos brasileiros.

Adeus César Maia. Repouse em paz. Políticos como você só têm feito mal ao Brasil e criado criaturas disformes como Lulas, Sarneys, Collors et caterva, et símile, inclusive esse hipócrita, agora recém eleito, chamado Eduardo Paes... Cérrrto? Lambuze-se com isso.

Atenciosamente,

Félix Jarreth


PS.: Carta enviada diretamente a César Maia através do seu e-mail:
cesar.maia@terra.com.br


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