Translate

domingo, 13 de maio de 2007

Excomungado – Parte 1

O sr. Joseph Ratzinger [recuso-me a tratá-lo ou reconhecê-lo como Papa, pois nenhuma qualidade lhe vejo para isso], arengou por aí que não se devia dar ouvidos à imprensa que fala mal da Igreja, do sacramento do matrimônio e outras sandices mais. 

Pois bem. Não vou atendê-lo e, desde já aviso que sentir-me-ei privilegiado se ele me excomungar, pois, há muitos anos, euzinho já excomunguei a igreja católica como instituição e os hipócritas que a dirigem. 

Diante desta posição, não posso furtar-me à qualidade de um texto bem escrito e, a meu ver, tão verdadeiro e cristalino como a luz do sol que nos ilumina.

Em tempo, só para esclarecer: Sou contra a qualquer tipo de igreja, seita, religião, dogma ou ritual. 

O ser humano deveria ter a capacidade e a racionalidade de acreditar em Deus, seja qual for o nome que Lhe dêem, sem precisar de intermediários, pastores, padres, bispos, bispas, cardeais ou papa, para a Ele recorrer. 

Igualmente não deveria frequentar templos e lá acreditar que está na casa do “senhor”. – Entendo a fragilidade humana, assim como a sua covardia. – Talvez por isso, quando saem dessas “casas” esqueçam de Deus e se dediquem toda a sorte de vilanias, egoísmos e sacanagens.

Enfim, muito diferente das baboseiras da igreja católica, o texto a seguir, [que transcrevo em azul], é do jornalista Roberto Pompeu de Toledo publicado na revista Veja desta semana, edição nº. Edição 2008, de 16 de maio de 2007. Assinante da Revista Veja clique aqui


Vale a pena ler e que cada um de vocês tire as conclusões que melhor aprouver. Afinal, alguém já disse que a religião é o ópio do povo.


Ensaio: Roberto Pompeu de Toledo


O PAPA, FREI GALVÃO E O RELATIVISMO

O santo brasileiro, lá em cima, seria mais tolerante com os usos do século XXI do que Bento XVI

Um discreto casamento foi celebrado no sábado 5, na capela do velho Mosteiro da Luz, em São Paulo. Os noivos eram Sandra Grossi de Almeida e César Augusto Gallafassi, os dois de São Paulo, mas moradores de Brasília. Não chegavam a setenta as pessoas presentes. Eram elas parentes, amigos, fiéis que por acaso àquela hora se encontravam na capela e dois profissionais que os noivos gostariam que não estivessem por perto – a repórter Laura Capriglione e o fotógrafo Leonardo Wen, da Folha de S.Paulo. Graças a eles, na segunda-feira a notícia do casamento saía, com texto e fotos, no jornal. Com isso, vinha à tona um curioso detalhe da história da canonização de frei Galvão, o primeiro santo genuinamente brasileiro.

Sandra Grossi de Almeida é a protagonista do segundo e decisivo milagre atribuído a frei Galvão. Seu sonho de ser mãe, acalentado desde cedo, resultou duas vezes em frustração. Por causa de uma má-formação do útero, ela teve, nas duas vezes, abortos espontâneos. Em 1999, aos 30 anos, apesar das experiências pregressas e das advertências dos médicos, engravidou pela terceira vez. Repetiu-se a provação. Teve sangramentos desde o início, e tudo indicava que a aguardava o mesmo infeliz desfecho quando, por sugestão de uma amiga, ingeriu três das famosas pílulas de frei Galvão. Os sangramentos cessaram, e Sandra pôde dar à luz um menino a quem ela e o pai da criança, César, deram o nome de Enzo. A comissão científica encarregada pelo Vaticano de examinar o caso concluiu que, dadas as condições de Sandra, só o sobrenatural, no caso impulsionado pelas pilulinhas de papel inventadas pelo frade brasileiro, poderia lhe ter propiciado o nascimento do filho. O Vaticano já avalizara outro milagre atribuído ao brasileiro – a cura da menina Daniela Cristina da Silva de uma hepatite. Com o caso de Sandra, chegava-se a dois milagres, o número mínimo exigido para elevar alguém a santo.

O que a celebração da capela da Luz trouxe à tona é que Sandra e César, na época do nascimento de Enzo, não eram casados na Igreja. Nem por isso se deixou de presenciar uma bonita cerimônia. A Enzo, um menino vivo e alegre, hoje com 7 anos, coube entregar as alianças aos pais. Mas melhor ainda seria, do ponto de vista dos noivos, se não tivesse havido a presença de jornalistas. Sandra, dias antes, conversara com outro repórter da Folha de S.Paulo, Fábio Victor. Chegou a dizer-lhe que no sábado estaria em São Paulo, mas omitiu o motivo da viagem. Fábio Victor perguntou se Enzo ia junto, e ela respondeu que não. Mais tarde o repórter entrevistou uma das responsáveis pela escola em que Enzo estuda. A entrevistada, a certa altura, deixou escapar que Enzo no sábado iria a São Paulo. "Ele vai para o casamento da mãe", acrescentou.

Foi assim que a notícia de que havia um casamento no ar chegou à redação da Folha. Concluir que se daria na capela da Luz era fácil. O mosteiro, do século XVIII, foi construído por frei Galvão, que nesse labor empenhou seus dotes de arquiteto, mestre-de-obras e pedreiro. São as freiras que ali habitam que fabricam e distribuem as pílulas. E frei Galvão está enterrado na capela. Tudo ali, em suma, lembra o santo. O casal não escolheria outro local. Depois do casamento, a repórter Laura Capriglione falou com a noiva. "Não autorizo a publicação da notícia", disse esta. Laura lembrou que não havia como não autorizar, pois casamentos são atos públicos. A repórter perguntou em seguida se o casamento tinha sido precipitado pela iminência da canonização do frade. Sandra disse que não. O dia fora escolhido em homenagem a seus pais, que também casaram num 5 de maio.

O papa Bento XVI iniciou seu pontificado avisando que com ele não haveria lugar para relativismo. Por relativismo, entende-se a transigência com os princípios da fé e os valores humanos que a Igreja considera fundamentais. Bento XVI comprometeu-se, dessa forma, com um programa de alto risco. Defende a qualidade sobre a quantidade. Quer fiéis observantes das determinações da Igreja, mesmo que ao custo de perder parte do rebanho. O que tem em vista é desferir um golpe de morte no laxismo que, mais do que os fiéis de outras religiões, caracteriza os católicos, uma coletividade que vai cada vez menos à missa e dá cada vez menos ouvidos a ordens como não praticar o sexo antes do casamento, não adotar métodos anticoncepcionais, não se divorciar e não recorrer ao aborto.

Eis no entanto – suprema surpresa – que o próprio Vaticano deixa passar uma grande relativizada ao aceitar como milagre o nascimento do filho de um casal que, aos olhos da Igreja, vivia em pecado. De duas, uma. Ou bem o próprio Vaticano, no fundo, reconhece como inviável o caminho da rigidez, ou bem frei Galvão, um homem da virada do século XVIII para o XIX, mas que lá em cima tem tido tempo de sobra para atualizar-se, encara os usos da sociedade do século XXI de forma mais suave do que Bento XVI. Sim, eles viviam em pecado, mas também mereceriam um milagresinho.

sábado, 12 de maio de 2007

O maior mentiroso do Brasil.


Quem digitar no “Google” a frase “maior mentiroso do Brasil” e clicar em “PROCURAR”, finalmente encontrará a resposta.

Se a pessoa, cuja biografia aparece, fosse alguém, minimamente respeitável, eu acharia que era uma sacanagem. Em se tratando de quem é, só posso aplaudir a pessoa que elaborou tal vinculação. Bravo pela coragem e parabéns pela iniciativa.

Com uma oposição podre, fisiologista e adesista que temos, pelos menos, alguém com sentido patriótico, faz alguma coisa para denunciar tamanho energúmeno.

Para acessar o Google clique aqui.


Se quiser acessar direto a página mencionada, clique aqui.

quinta-feira, 10 de maio de 2007

Joseph Ratzinger o Ranzinza

O sr. Joseph Ratzinger deveria se chamar Zé Ranzinza. Ele é:

Contra o Aborto [em qualquer estágio, mesmo diante do risco de morte da mãe]

Contra o Segundo casamento [isto, porque é solteiro. Se fosse casado seria contra o primeiro]

Contra os Homossexuais [e protege milhares de pedófilos disfarçados de padres assim como centenas de Seminários, autênticos centros de iniciação homossexual]

Contra a Eutanásia [embora a Igreja tenha queimado milhões de saudáveis na fogueira]

Vem ao Brasil em busca dos fiéis perdidos e chega ameaçando todo o mundo com a excomunhão, se formos contra as idéias dele. [como se alguém desse bola para isso. Alguém esqueceu de dizer-lhe que não estamos mais na idade média] Quem esse sujeitinho temporal pensa que é? Com que direito chega a este país [como convidado] para nos ameaçar? Com a excomunhão dele, recomendo que faça um canudinho e a enfie lá no lugar onde ele gosta mais. Que desaforo, não? Que sujeitinho mais desaforento.

Critica o catolicismo praticado à moda Brasileira, sem levar em conta as idiossincrasias nacionais, gentes de todas as raças, QUE CONVIVEM EM PAZ, sem sectarismos religiosos. É preciso que alguém da cúria brasileira o informe que aqui não é a Itália; tampouco é o Vaticano. Felizmente!

Depois, quando eu digo que o sr. Ratzinger só fala besteira, vocês enchem a minha caixa de e-mail com um monte de agressões. Tolinhos(as)....!!!

Bom, pelo menos uma coisa o sr. Ratzinger mostrou: Consegue falar melhor português que o sr. Silva que é o presidente da República Federativa do Brasil, cujo idioma oficial é o português. Pode? Qualquer um pode falar e escrever melhor que o sr. Silva. Isso é óbviolulante!!!

Lula diz que o País espera liderança de Bento XVI


De Felipe Gil - Direto de São Paulo do site do Terra.
Quarta, 9 de maio de 2007, 16h 35 Atualizada às 17h 47

“Em seu discurso de boas-vindas ao papa Bento XVI, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que sentiu-se duplamente honrado com a visita, tanto como cristão quanto como presidente. "Nosso País o recebe de braços abertos porque muito espera muito de sua liderança espiritual e moral", disse...”

Quem quiser ler o resto clique aqui.



É claro que o sr. Silva espera uma liderança moral do Papa no Brasil. Ele, sr. Silva, não tem nenhuma. Está mais sujo que pau de galinheiro. Mas, aqui entre nós, logo para quem ele foi pedir liderança moral... como se diz lá de onde eu venho, “é o roto pedindo ajuda para o esfarrapado”.


Outra coisa: .... “porque muito espera muito”... Será que o sr. Silva falou assim mesmo? Desse jeito? Ou será que é um erro de digitação do repórter? Só pode ser do jornalista. O sr. Silva fala mutxo bem para dar um pontapé desses na morfologia... Meu caro Felipe Gil, não cometa um erro assim... O que o sr. Silva irá pensar?

Cardeais aprovam beatificação do polêmico Pio XII



Esta é de arrancar os cabelos.


Mal termino de postar o que eu penso do Papa, dos Papas e, em especial do Pio XII, deparo-me com uma nota da BBC Brasil, no site do Terra que diz:

“Depois de 40 anos de deliberações, o painel de 15 cardeais e 15 bispos aprovou a beatificação do polêmico papa dos tempos da Segunda Guerra Mundial, Pio XII. A decisão final, no entanto, ainda deverá ser tomada pelo papa Bento XVI...”

Quem quiser ler o resto clique aqui.


É ou não é de lascar? Como podem beatificar um sujeito que protegeu milhares de nazistas, mandou falsificar documentos e compactuou com o genocídio de milhões de Judeus, Ciganos, Intelectuais, etc.,? Alguém duvida que, rapidinho, vai aparecer um bando de gente dizendo que o sujeito fez, pelo menos, dois milagres? Será o suficiente para se tornar santo.

E a Igreja Católica ainda reclama que perde fiéis até pela janela? Pode?

A minha empregada está certa. É o fim dos tempos!!! Ou o fim da picada e da demonstração mais cabal de picaretagem e fisiologismo apostólico romano.

quarta-feira, 9 de maio de 2007

O Papa no Brasil?

[não leia este artigo se você crê em dogmas ou em demagogias]

Que Papa vem ao Brasil? O chefe da Inquisição? O mesmo que, enquanto cardeal, mandou dois matões, clérigos, pegar à força, à base de cotoveladas, o ex-frei Leonardo Boff, [segundo este mesmo revelou em entrevista], para que fosse a Roma explicar a Teoria da Libertação?

O papa que vem é o mesmo homem que, após essa cena chocante, [Ai, meu Deus!], recomendou a excomunhão do lúcido Frei? [pena que L. Boff. seja Petista. Mas ninguém é perfeito].

Sim! Sim Senhor! É ele mesmo, em carne, osso e sinete papal! 


Habemos Papa in Brasilis

E que dinherama se está a gastar, não é mesmo? 

De onde vieram tantos milhões, assim, de repente, para pagar o despautério das obras para receber sua Santidade? Sua santidade, uma ova! 

Minha, certamente não é! 

E penso que tampouco deve ser para qualquer pessoa medianamente inteligente e sem o ranço da hipocrisia.

Cem médicos, de plantão, para atender o Papa? 


Caramba! 

O pobre doente que bate à porta de uma igreja é escorraçado! 

Vinho chileno para saciar-lhe a sede? Nada mau! 

Para a plebe, Lei seca na cidade de Aparecida! 

Milhares de homens das três forças armadas e da polícia Federal para protegê-lo? 

Não é muita gente? 

O cidadão comum é assaltado, seqüestrado, vilipendiado e assassinado e não consegue ajuda nem de um policialzinho recém admitido na gloriosa força...

É nestes momentos que memórias como a minha relembram a ajuda e o apoio da Igreja Católica ao regime nazista; a omissão e a indiferença, por atos, obras e palavras, da dita igreja ao genocídio judeu. 


Isto sem detalhar a falsificação de milhares de documentos, por padres da “santa Igreja”, para permitir a fuga de notórios assassinos nazistas, disfarçados de padres... [com batina, colarinho, escapelo e a bíblia, claro]. 

Neste momento quero relembrar, também, a ajuda da Igreja Católica, sob a forma de venda de armas, às forças terroristas que lutaram nos territórios portugueses; as quais, mais tarde, se transformaram nos exércitos de libertação de Moçambique, Angola e Guiné-Bissau. 

Passados tantos anos, ainda vejo os altares com fundos falsos repletos de armas. 

E o que falar dos padres espanhóis e portugueses operando como informantes dos regimes fascistas de Franco e de Salazar? 

Coitada da gente que se confessava a tão "santas" figuras e acabava nas prisões... e de cujos paradeiros nunca mais se soube?

Alguém se lembra do Papa Pio XII? 


Alguém se lembra da operação Odessa? 

Um estratagema vil, organizado pelo Vaticano em 1945, sob a ordem direta do papa Pio XII e a supervisão do Bispo Alois [Luigi] Hudal [escolhido pelo mesmo papa], para ajudar e coordenar a fuga de oficiais nazistas dos julgamentos aos quais deveriam ser submetidos? 

– Centenas de assassinos nazistas desembarcaram no Brasil e na Argentina vestidos de padres e com documentação religiosa... 

É sempre bom lembrar os mais notórios: 

- o médico Josef Mengele, o carniceiro de Auschwitz, que morreu de velho no Brasil; e 

- Adolf Eichman o arquiteto do Holocausto, preso pelos Israelitas na Argentina e devidamente enforcado, posteriormente, em Israel.

Alguém se lembra de Dom Carlos Duarte Costa? Aquele antigo bispo Católico, da diocese de Botucatu-SP, duro crítico do regime de Getúlio Vargas e da aliança do Vaticano com os regimes totalitários? 


Foi ele quem denunciou, no Brasil, a Operação Odessa. Conseqüentemente, o Papa Pio XII excomungou-o.

Alguém se lembra do CAMDE, [Campanha da Mulher pela Democracia], ligada à igreja Católica, um dos braços do IBAD, [Instituto Brasileiro de Ação Democrática], que foi a cabeça de uma organização tenebrosa, anticomunista, fundada em maio de 1959 para combater o estilo populista de Juscelino Kubitschek e o comunismo no Brasil? 


Quem não se lembrar recomendo a leitura do livro “1964: A Conquista do Estado, de René Dreifuss"; ou, para os menos afoitos a literatura, da Revista Veja nº. 1295 de julho 1993.

Diante de todas estas simples lembranças, não é de surpreender a diminuição da fé católica no Brasil. 


Entre a visita do Papa João Paulo II, dez anos atrás, e a atual chegada do Sr. Joseph Ratzinger [recuso-me a chamá-lo de Benedictus ou Bento, pois de abençoado não tem nada], as hordas católicas despencaram de 74% para 64% da população Brasileira.

Obviamente não sou ingênuo, a ponto que acreditar que as reminiscências acima residam na mente do povo brasileiro e por causa disso haja caído o número de católicos. 


Hummm

Se nem lembram em quem votaram nas últimas eleições, vão lá lembrar do que aconteceu sessenta anos atrás?... 

Mas, cá entre nós, eu até gostaria que tais lembranças, vale o pleonasmo, fossem lembradas pela minha geração e por todas vindouras. Talvez as pessoas acreditassem mais em Deus. 

Não no Deus católico que vive numa dicotomia ácida entre castigo e bondade, mas no Deus de todas as raças e credos, que nos criou, que nos deu a luz do dia e fez o céu e a terra... [poético, não? Eu também acho!]. 

Pois é, e lúdico também. 

Na verdade, eu gostaria que se acreditasse menos naqueles que se auto-intitulam interlocutores de Deus e mais em Deus. Certamente, sairia mais barato e, possivelmente, haveria maior boa vontade, mais solidariedade, maior sentido cívico, mais fraternidade... menos cinismo, menos hipócritas, menos ganância, menos guerras.

Porém, fazer o quê? 


Tampouco ninguém se lembra que a chamada Bíblia foi um documento político composto por um papa e um Imperador Romano para angariar homens e formar um exército. Menos ainda que as bases da Igreja Católica se firmaram em cima de orgias, assassinatos, corrupção e egoísmos pessoais... Sobretudo sobre cadáveres e rios de sangue.

Querer que as emanações fétidas recentes, executadas pelos homens que comandam a igreja Católica, sejam lembradas no futuro, é querer demais, reconheço.

O Ser humano tem uma necessidade enorme de justificar os próprios erros atribuindo-os ao destino, ao diabo e, na falta de outro servidor, à vontade de um Deus que ele nunca viu, mas habita em estátua dentro das Igrejas Católicas. 


Por isso os Edir Macedos, os R R Soares, os Milleritas [para quem não sabe, antigo nome dos seguidores da Igreja Adventista do 7º. Dia], e outros tantos iguais, estão em plena competição para ver quem fica mais rico... no menor tempo possível. 

A campanha de marketing deles é mais atualizada, mais fácil de ser engolida pela ignorância e sem estátuas.

Por causa de tudo isto o sr. Joseph Ratzinger vem ao Brasil. 


O ancião-propaganda, paramentado de papa, vem ao Brasil para tentar recuperar a grana que perdeu. Assim entendo o investimento, aos milhões, que estão a gastar para a reforma de um mosteiro que levava décadas caindo aos pedaços. 

Entendo os vinhos chilenos caros, embora eu goste dos vinhos brasileiros. Mas, minha gente, o homem não é simples e gosta de acomodações espartanas? 

Sei!

As acomodações espartanas que mostraram na televisão, eu também quero. 


Se aquilo é espartano, os meus aposentos no Flat são dignos de pena. 

Só por causa disso já aumentei os meus honorários. Para os meus clientes justifico que pretendo redecorar o meu apartamento de modo a ficar tão espartano quanto o do Papa. O pior é que ninguém acredita! 

Só o custo daquele cadeirão de vime, onde ele se sentará, perto da janela, para meditar, representa um ano de trabalho para a maioria dos católicos “destepaiz”. R$ 8.000,00, cristãos, custa aquela droga de cadeira. 

Pode? 

Vou ter que continuar na pobreza... ai ai... 

No fim de tarde, com um copo de vinho na mão, não poderei meditar de frente para o Rio Pinheiros, do vigésimo andar do meu flat. Isto sim é que é humildade. Isto é que é ser espartano.

Para finalizar, quero informar a todos e a todas que tiveram a força cristã de me lerem até aqui, e que pensaram um monte de bobagens no meio do caminho, eu não sou judeu, nem árabe, nem taoísta, nem evangélico. 


Nasci católico, no seio de uma família com dois tios prelados da Igreja de Pedro. Fui seminarista. Aos doze anos dei uma surra num padre marista que tentou me bolinar. Fui expulso do seminário e enviado para Roma, onde estudei dentro da cúria [castigo dos meus pais que não acreditaram no que o pedófilo tentou fazer]. Aos 14 tive um romance luxuriante com uma freira, minha professora de piano, que se apaixonou pelo meu dedilhar nas teclas. Um belo dia, nem sei como, a coitada foi transferida para uma missão, daquelas fraternas, na África Central, hoje Burundi. E eu fui convidado pelo monsenhor, meu tutor espiritual romano, a voltar para minha casa, para novos desafios escolares...

Com este pequeno briefing curricular, posso afirmar que conheço mais sobre as entranhas da Igreja católica que a maioria dos fiéis que nela professam e acreditam. Eu não! 


Não mesmo! 

Lembrar do que vivi, conheci e presenciei, me dá até um pouco de nojo. Não posso acreditar num sujeito que se diz representante de Deus na Terra e prega a burrice de ser contra o uso da camisinha; ou contra o aborto, seja em que situação for; que acoberta pedófilos aos milhares e proíbe o casamento dos padres, homens, humanos, como qualquer um de nós; que vivem no maior luxo, em conjunto com uma caterva de pervertidos que têm como único propósito a ganância financeira e campanhas para fins nada fraternos.

Não posso acreditar numa igreja que vende armas, ou pelo menos vendeu. Que matou milhões; que dizimou povos inteiros e culturas avançadíssimas, em nome de um Cristo, que, pelo que sabemos, nunca quis nada de César. 


Os escândalos, na década de 80, da loja Maçônica P2 e do banco do vaticano, existiram para corroborar a minha descrença final na figura do papa, no que ele representa e na instituição que administra. 

O mesmo penso em relação a qualquer outra igreja, templo ou seita. Apenas os pobres de espírito se refugiam em tais lugares. 

Entretanto, tal como Napoleão, acredito na liberdade de crença. Cada um come do que gosta, ajoelha onde quer e acredita no que a sua infelicidade quer que acredite.

Entretanto, pactuar com esse desparramar de dinheiro por causa da visita do sr. Ratzinger, cujo nome mais parece o som de um espirro, [como diz o José Simão], não posso. 


Não posso, porque ele, de benedictus, só tem o nome e é postiço. 

Na minha opinião, jamais poderia ser Papa, pelo passado negro e nefasto que possui. Vir ao Brasil para recuperar os 10% de fiéis que a igreja perdeu... Os pentecostais não vão deixar. Quando o próximo papa voltar, certamente haverá baixado, ainda mais, o número.

Como diz a minha empregada, que é evangélica, o fim dos tempos se aproxima e só Jesus é a verdade... 

Na Igreja Católica há muitas "verdades" e o povão fica confuso em qual acreditar. A Cúria Romana, estulta que é, assim permanecerá, porque jamais poderá admitir uma só "verdade". Se o fizer, ruirá!... E o Papa ficará nu. Até o Cristo redentor virará palhaço.


Comentários: Para enviar por E-mail clique «AQUI»



x