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sábado, 20 de setembro de 2008

Imperdível! – Roberto Pompeu de Toledo.

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O doutor D’Hondt e você
E lá vamos nós, outra vez. Não deve haver muitos países no mundo em que o eleitor é convidado a pinçar numa lista de extensão oceânica um candidato do qual, se não é seu parente, teve apenas escassas referências, e designá-lo para exercer uma função que sabe de antemão caracterizar-se, na melhor das hipóteses, pela inocuidade, e, na pior, por oferecer posição vantajosa para a prática de ilícitos. É o que estamos convidados a fazer – aliás, intimados, já que o voto é obrigatório – na eleição para vereador. Em quem devo votar? Você tem alguma indicação? Na véspera da eleição, estabelece-se uma aflita corrente em que se faz a ronda dos conhecidos. Quem sabe dessas consultas se consiga extrair o nome de um candidato capaz, ou pelo menos não incurso em algum artigo do Código Penal. Não deve haver muitos países em que o eleitor é induzido a votar às cegas. É o caso do Brasil, campeão da esbórnia partidário-eleitoral, nas eleições para vereador, deputado federal e deputado estadual.

A esbórnia começa na quantidade de partidos com existência legal no país: 27. Vinte e sete! Do amontoado obeso e incongruente de partidos derramaram-se neste ano, pelos 5 563 municípios brasileiros, 348 047 candidatos a vereador (348 047!) – 1 224 no Rio de Janeiro (1 224!), 1 077 em São Paulo (1 077!), 1 030 em Belo Horizonte (1 030!). Haja ponto de exclamação para dar conta da magnitude dos números! E haja paciência e discernimento do eleitor para encontrar, nesse palheiro, a agulha salvadora do candidato mais de acordo com seu gosto. Da superlotação das listas partidárias resulta esse desafio para o olho e a atenção que é o entra-e-sai dos candidatos no horário eleitoral. Acresce que os partidos não ajudam, ao peneirar seus representantes, e então, a cada ano, temos o conhecido desfile de rostos que parecem herdados do portfólio do selecionador de elenco do saudoso Federico Fellini, ou do PowerPoint do doutor Cesare Lombroso.

As diabruras do sistema não terminam aí. O eleitor pensa que vota num nome, mas é engano; vota antes num partido. Vota em Fulano, mas acaba elegendo Sicrano. O 1,6 milhão de eleitores paulistas que votaram em Enéas Carneiro para deputado federal em 2002 acabou elegendo outros cinco candidatos do mesmo partido, um deles com o cacife de 200 votos. Inversamente, os 38.000 paulistas que votaram em Delfim Netto em 2006 não foram suficientes para elegê-lo, mas ajudaram outros candidatos do PMDB a eleger-se. São artimanhas do coeficiente eleitoral. O leitor o conhece? Devia conhecê-lo, pois é ele, com esse nome de aterrorizar vestibulando, que decide a parada. Façamos as apresentações. O quociente eleitoral é a divisão do total dos votos válidos (todos, menos os nulos) pelo número de cadeiras em jogo. Assim, suponhamos que no Rio de Janeiro haja 3,5 milhões de votos válidos. Como a Câmara de Vereadores local possui cinqüenta cadeiras, faz-se a divisão de 3,5 milhões por 50 e chega-se ao coeficiente eleitoral de 70.000. Cada partido obterá uma cadeira a cada 70.000 votos que venha a somar. Se o partido X somou 140.000 votos, terá duas cadeiras.

Simples, não? Bem... Dificilmente um partido obterá exatamente o dobro do coeficiente eleitoral. Digamos que obtenha 150.000 votos. Terá direito então, como resultado da divisão de 150.000 por 70.000, a 2,14 cadeiras. Que fazer desse 0,14 de cadeira? Aqui entra um fator novo nessa história – o cálculo de D’Hondt. D’Hon...??? Façamos as apresentações.
Victor D’Hondt foi um jurista belga, criador do sistema pelo qual se distribuem as sobras no sistema proporcional. Funciona assim:… Não. As apresentações ficam por aqui. D’Hondt nos ultrapassa. O leitor que quiser beber da sapiência do belga que vá fazê-lo, com todo o respeito, em outra freguesia.

E assim chegamos a uma primeira e crucial conclusão: o sistema brasileiro de eleição proporcional situa-se bem acima da capacidade média do sistema operacional do cérebro humano. A segunda conclusão é que não se pode encarar a sério um sistema que não se compreende; se os parlamentos são o que são, no Brasil, em grande parte é pelo modo como são eleitos. A terceira conclusão não é conclusão, é um apelo: que se invente outro modelo. É a sobrevivência do regime representativo que está em jogo.

Imperdível! – Diogo Mainardi retrata o Brasil como ninguém.

Ninguém segura este país

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Um empresário tinha um projeto para montar uma usina de biodiesel em Caarapó. O que ele fez para acelerar o licenciamento do governo? Telefonou para Marcelo Sato, genro de Lula, e disse:

– Nosso processo está na área jurídica da ANP. Preciso que você fale com o diretor ou o presidente.

O genro de Lula obedeceu:

– Estou ligando agora.

A conversa foi grampeada pela PF e vazada ilegalmente, na última quarta-feira, para a imprensa catarinense. O genro de Lula é mencionado em outros grampos. Num deles, o mesmo empresário manda um de seus funcionários comprar imediatamente um computador portátil para Marcelo Sato, argumentando que ele o punha "na frente do presidente, do ministro".

Feche os olhos e reúna todos os elementos desse episódio: usina de biodiesel, Caarapó, genro de Lula, diretor ou presidente da ANP, grampos da PF, vazamentos ilegais, computador portátil, presidente da República, ministro. Qual é o resultado? O resultado é um retrato do nosso atraso, do nosso primarismo. É como se fosse o Mercado de Escravos na Rua do Valongo, de Debret, só que ainda mais tosco. Captura, numa única cena, com pinceladas esparsas, a nossa indolente selvageria. Na falta de um Debret, temos os grampos naturalistas da PF.

Duas semanas atrás, no Ministério da Fazenda, Dilma Rousseff anunciou o fim do neoliberalismo. Aparentemente, era a senha que o mercado financeiro internacional aguardava para implodir. Atendendo à peremptória palavra de ordem da ministra da Casa Civil, os maiores investidores do mundo venderam atabalhoadamente todos os seus ativos. A queda da Bolsa de Valores de Nova York foi comparada à de 1929. Os jornais americanos passaram a evocar imagens daquele tempo. Filas de desemprego. Mendigos nas ruas. Bancos falidos. Por alguns dias, os Estados Unidos sentiram-se num melodrama de Frank Capra, à espera do galante Mr. Deeds.

Enquanto isso, Lula, o nosso Mr. Deeds, o Gary Cooper de Caetés, fazia chacota dos americanos, passando um pito no presidente George W. Bush e garantindo que o Brasil estava imunizado contra a crise financeira. O Brasil ainda é aquele retratado por Debret: arcaico, analfabeto, corrupto, piolhento, com sua economia baseada em matérias-primas. E nossos governantes ainda ostentam aquela triste pompa imperial, que se esfrangalha diante da realidade.

No número especial que comemora os 40 anos de VEJA, foram selecionadas as frases que melhor sintetizam o período. A primeira delas é o lema da ditadura militar: "Ninguém segura este país". A última foi pronunciada recentemente por Lula: "Ninguém segura este país".
De quarenta em quarenta anos, o Brasil acredita que chegou a hora de sair da Rua do Valongo. Mas a gente sempre acaba sendo arrastado de volta para lá.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

O Brasil atrás das grades – O Brasil de meliantes.

Pode haver maior infortúnio que um povo ser discriminado pelo seu caráter? 

Pela crueldade dos seus atos? 

Pelo desprovimento de atributos morais que as suas atitudes revelam? 

Pela ignomínia das ações que pratica contra a sociedade que o recebe?

Melhor fora que discriminado fosse pela raça, pela cor da pele ou pelo credo que professa; pois a isso só os ignorantes, os carente de espírito, são capazes. 


Melhor mesmo seria que os brasileiros não fossem discriminados por nada como até há bem poucos anos acontecia.

Existe desonra maior que as pessoas de um país sejam todas igualadas ao pior dos seres humanos?

O que é que existe no Brasil? Homens ou béstias? Demônios ou seres malignos, cuja crueldade ofusca até as atrocidades da mais vil das criaturas?...

A democracia misérrima, ao estilo brasileiro, perdeu-se encalacrada, [dou-me conta], entre a imoralidade e a crueldade humana... E ninguém soa o alarme da degradação que se propaga pelo povo que já foi heróico, de brado retumbante, iluminado pelos raios fúlgidos do sol da Liberdade...

Nestes últimos tempos, como um gari, tenho coletado reportagens sobre brasileiros perversos que vão parar atrás das grades ou nas mesas das morgues espalhadas pela Europa.

A índole que se passou a intuir dos brasileiros no exterior é de péssima qualidade moral; vontade assassina; apartado da ética social e do pudor cívico. 


Essa gente compõe hoje um enorme retrato de um povo bárbaro, perdido na mixórdia de vidas apoucadas, que elegem políticos bandidos, presidente analfabeto e vem para a Europa mostrar o que têm de pior e até onde chega a sua maldade.

Basicamente, a minha coleção de reportagens concentra-se nas que são publicadas aí no Brasil. As publicadas na Europa são tristes demais. E são tantas... Teria de ter coragem para catalogá-las. E reproduzi-las neste espaço causar-me-iam imensa dor. Não vale a pena.

No que vai do ano, tenho computado, mais de quinhentos brasileiros foram presos por crimes cometidos, cujas penas variam de dois a trinta e cinco anos de prisão. Mortos já são para mais de duzentos.

Ao comparar o lixo brasileiro que sai noticiado nos jornais na Europa, um fato chama a minha atenção: Atualmente, todos os dias, de todos os países do ocidente Europeu, saem aviões lotados com brasileiros deportados. Somados, dá milhares por dia. 


Contudo, tirando uma ou outra nota, de três ou quatro meses atrás, reparo que tal contingente de imprestáveis não é noticiado no Brasil. 

Por quê?

O lixo que é a imprensa brasileira não se interessa pelo refugo humano-nacional que desembarca humilhado por aí? Ou a venalidade jornalística soa mais alto diante do soldo petista roubado do erário?

Como tem bandido brasileiro na Europa. Já não bastam os que por aqui existem, ainda estes têm de ser contaminados pelos brasileiros? 


Com as suas práticas assassinas e meliantes, repletas de desumanidades? Ainda a violência e o mau-caratismo brasileiro têm de ser exportados para a Europa? 

É só isso que o Brasil, nos tempos do petismo, sabe exportar? 

É só isso que petista sabe fazer em termos de relações exteriores? 

O que é que esse Lula, filho de mãe desnaturada, faz durante o dia, além de se embebedar?

E você que se diz honesto e trabalhador, tampouco faz nada? 


Até quando vai permitir que o pior do Brasil venha para a Europa? 

Não pense você, que se diz honesto e eu até posso fazer o esforço de acreditar, que vai vir um dia passar férias aqui e se sentir incólume à má reputação que os brasileiros têm espargido por toda a Europa. 

Não se sentirá. 

Você haverá de sofrê-la na pele; e mais doloroso lhe será se vier com filhos menores. A começar logo pelo aeroporto onde você será taxado de imediato como vigarista, ou puta se for mulher, e depois, ambos, como possíveis meliantes e as crianças com suspeita de serem roubadas. 

A desconfiança persegui-lo-á em cada hotel que se hospedar; em cada restaurante que se sentar... Cada nota de Dólar ou Euro que entregar para pagar alguma coisa será olhada e refolhada dez vezes com a suspeita de ser falsa.

Na Europa como um todo só os ciganos têm tanta má fama como os brasileiros. Hoje o brasileiro começa a ser escorraçado como os ciganos são. 


Que há ciganos decentes? Não duvido. Porém, anos e anos de má índole desse povo, não há quem lhes alivie a pecha com que foram taxados. 

O mesmo já ocorre com os brasileiros. É uma vergonha que os brasileiros sejam vistos e comparados como os ciganos.

Só do que eu sei e convivo, na Inglaterra, os brasileiros estão em primeiro lugar, na quantidade de gente que é expulsa do país. 


O mesmo ocorre na Espanha e Portugal. 

Só no ano passado, somados estes três países, 35.200 brasileiros foram mandados de volta. Deste total, 13,4 mil foram barrados nas fronteiras e o resto foi deportado após terem sido presos por delitos que vão da ilegalidade até pequenos furtos em lojas, hotéis e restaurantes.

Em todos os países da Europa, sem exceção, os brasileiros ocupam o primeiro lugar com o maior número de pessoas barradas na entrada. 


Até no Leste Europeu. 

Por quê?

Será que é só um sintoma da má fama do brasileiro que está se espalhando como fogo em pradaria?

Nos dois anos que antecederam à minha radicação definitiva na Europa pude prestar serviços a várias Secretarias de Imigração na Bélgica, onde resido, na França, Espanha e Portugal. 


Eu nunca havia tido contato com a malandragem-real do meu ex-país. Fiquei estarrecido com tanta mentira e com tanta sacanagem... e tanta cara-de-pau.

Abaixo incluo algumas reportagens que foram publicadas aí. Se ainda não as leu, recomendo que o faça. Talvez se sensibilize e possa fazer algo para impedir que a coisa se alastre ainda mais.

Lembre-se que em tudo na vida o Justo, infelizmente, paga pelo Pecador. Amanhã, quando você vier à Europa, poderá sofrer os efeitos dos defeitos que os maus brasileiros estão a espalhar por aqui.

Holanda: brasileiros são detidos após visita à Disney
Clivia Caracciolo
Um grupo de 31 brasileiros ilegais será deportado da Holanda ao Brasil depois de ser detido em um ônibus - que voltava da Disneylândia - na fronteira com a Bélgica. O ônibus de turismo, com 45 passageiros, foi parado no fim de semana pela polícia na cidade de Hazeldonk, em um controle de fronteiras rotineiro.

Uma porta-voz do ministério da Defesa da Holanda disse que os detidos estão em situação ilegal na Holanda há muitos anos e serão deportados. "Algumas pessoas do grupo moram na Holanda há mais de quatro anos, sem documentos devidos, e que ainda assim correram o enorme risco de sair do país", segundo M. Bouwman.


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Brasil tem maior número de deportados da Grã-Bretanha
Fernanda Nidecker

O Brasil aparece no topo da lista dos países com maior número de cidadãos expulsos da Grã-Bretanha em 2007, de acordo com dados divulgados pelo Ministério do Interior britânico. Os números mostram que 11,4 mil brasileiros foram mandados de volta no ano passado. Do total, 4,7 mil foram barrados nas fronteiras e 6,7 mil foram deportados após um período na ilegalidade - a cifra inclui um pequeno número de retornos voluntários e de pedidos de asilo negados.

O total representa um ligeiro aumento em relação a 2006, quando 11,3 mil brasileiros foram repatriados - 4,9 mil foram impedidos de entrar na Grã-Bretanha e 6,3 mil imigrantes ilegais foram mandados de volta ao Brasil. O segundo país em número de remoções de imigrantes ilegais da Grã-Bretanha é a Índia (3,3 mil), seguido pelo Paquistão (2,9 mil), Nigéria (2,8 mil) e Estados Unidos (2,2 mil).


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Brasileiro é preso suspeito de homicídio em Portugal
A polícia de Portugal prendeu na última quinta-feira o brasileiro Edivaldo Rodrigues, 20 anos, suspeito de ter matado o ourives José Correia com dois tiros na nuca, no dia 20 de agosto, na cidade de Setúbal. Segundo o jornal Correio da Manhã, Rodrigues estava em Portugal há dois anos e, no Brasil, já era procurado pelo homicídio de dois jovens de 14 e 16 anos.

O brasileiro está preso na cadeia de Setúbal. Conforme a polícia, em depoimento, Rodrigues confessou ter matado Correia durante a tentativa de assalto à loja do ourives. Ele teria dito que decidiu atirar ao perceber que Correia havia acionado o alarme da loja.


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Brasileiro mata Brasileiro em Portugal
Uma briga de bar ontem resultou na morte de um brasileiro em Portugal. Roberto Rivelino da Silva, 36 anos, natural de Mato Grosso do Sul, foi morto com uma facada no coração durante a madrugada. A polícia portuguesa afirma ter prendido o suspeito pelo homicídio e diz que ele também é brasileiro, tem 28 anos e está ilegalmente em território português.

O nome do suspeito não foi revelado pelo fato de o processo estar em "segredo de Justiça". Ainda de acordo com a polícia, junto com o suspeito foi apreendida uma faca que teria sido usada no crime.

Roberto Rivelino estava em Portugal desde 2 de agosto. Ele vivia em Lisboa, mas foi visitar familiares no Porto.


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Brasileiro é detido com 5 kg de cocaína na Espanha

Agentes da polícia espanhola no aeroporto de Barajas, em Madri, detiveram neste sábado um brasileiro acusado de tentar entrar no país com 5,16 kg de cocaína escondidos na roupa, informaram fontes policiais.

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terça-feira, 16 de setembro de 2008

Veja como tem sido enganado(a)

Os vídeos abaixo são um exemplo que como as pessoas no Brasil têm sido estafadas, aviltadas e roubadas por homens que se dizem sérios. Na verdade são autênticos salteadores sem qualquer piedade com as suas vítimas. Você pode ser uma delas. Já pensou nisso?

De um lado encontrará quem deu causa a que estes vídeos existissem. Verá claramente os objetivos que insinuam e o por quê. Do lado oposto estão os personagens que participam e a forma como tentam manipular a opinião das pessoas.

São casos antigos, apenas elucidativos do quanto se manipula no Brasil. Em breve apresentarei outros, um pouco mais contundentes. Se você acha que mais gente deve saber deste assunto para não ser enganado(a), divulgue-os. O Brasil precisa desesperadamente de pessoas honestas. Mais que acreditar em Deus, as pessoas precisam acreditar primeiro nelas próprias.

Depois de assistir aos vídeos reflita um pouco com a sua família. Juntos, façam um exercício de opiniões para tentar acabar com tanta enganação. Se desse encontro sair apenas uma idéia, ponha-a em prática do modo que puder. Você estará contribuindo com o seu grão de areia. Quem sabe, muitos grãos consigam enterrar de vez a vergonha que se tornou o Brasil. E desse chão aterrado possa brotar um povo saudável.

Edir Macedo ensina a roubar na igreja Universal [clique na imagem para acessar]


Aprenda a enganar - Líderes da Renascer no Programa do Gugu - Parte 1. [clique na imagem para acessar]

Aprenda a enganar - Líderes da Renascer no Programa do Gugu - Parte 2. [clique na imagem para acessar]
Pastor Malafaia chuta o balde. [clique na imagem para acessar]

Eis um exemplo de manipulação da opinião pública

Duas notas, publicadas pelo Diário de Cuiabá-MT, em 16/09/08, não têm autor. Como assinatura escreveram apenas “Da Reportagem”. Da reportagem, uma ova! Este é mais um exemplo da “Homeóstase Fundamental para criar na maioria, neste caso em pauta, a opinião de que o voto precisa continuar obrigatório”.

Como começa a haver um grupo de pessoas pensantes que já se deu conta da merda de democracia que existe no Brasil, que democrata não é em absoluto, estes tipos de notas “educativas” voltam a aparecer com mais freqüência.

O objetivo é que os bandidos do PT e o esterco do PSDB, junto com os mascates itinerantes do PMDB, continuem a eleger os seus deputados bandidos, os senadores corruptos, os vereadores meliantes e presidentes ladrões e analfabetos.

Um País só pode ser Democrata quando nele existe liberdade de expressão; quando as pessoas são livres para expressarem a própria opinião. Entre elas está até, pasmem, a vontade ir de votar ou não. No Brasil isso não existe, a começar pela imprensa venal e porca que nem mesmo serve para ser usada no banheiro. Só pra se vender na defesa da situação.

Assim, leiam com atenção os exemplos abaixo, claros e atuais, de como a manipulação da mente da maioria começa a ser trabalhada com o propósito de manter o voto obrigatório.

Reparem no texto do artigo e o maquiavelismo embutido nele. O cientista político Marcos Almeida não concorda com o Historiador. 


Qual historiador? 

Quem é o Historiador com quem Almeida não concorda? 

Ah... um tal Bruno Rodrigues! Sei! 

Mas quem é esse sujeito? E o tal Almeida? Almeida? 

Ah... devem ser de Cuiabáááá...

Eis alguns detalhes interessantes que você leitor(a) precisa observar para identificar se notas ou artigos são plantados e com isso não se deixar influenciar:

Primeiro: Quase sempre no texto há uma referência à idéia em pauta que foi tentada no passado e não deu certo. Não esqueça que, historicamente no Brasil, qualquer idéia política libertária que tenha fracassado para maioria, significa sempre, [note bem, sempre], que foi manipulada. 


Geralmente, um grupo pequeno da sociedade encarrega-se de derrubar a aprovação de qualquer projeto que dê liberdade às massas. 

Tais indivíduos não acreditam nisso, porque vêem nessa liberdade uma das formas de perderem controle e, obviamente, o lucro das suas corruptas e venais transações de locupletação. 

Foi assim em 1963 quando o parlamentarismo deu os primeiros passos. Democracia no Brasil não comporta nem aceita um sistema competitivo e diferenciado de partidos como ocorre em países europeus, porque viver na verdade requer uma atitude moral. Por isso tenho nojo quando escuto que o Brasil é um país democrático. 

Nunca foi e não é! Se algum dia será?... huuumm...

Democracia no Brasil só será possível, se um dia, a porcentagem da verdade for infinitamente maior que a mentira. Coisa que antes nunca aconteceu e hoje tampouco. O inverso é, de fato, a sua constante. Democracia só existe quando há diálogo... Quando há patriotismo; e ambos, só são possíveis entre pessoas que permanecem fiéis ao que são e que, quando falam, dizem a verdade. 


Numa democracia, o homem precisa ser homem e não uma mescla de homem e sua circunstância. O brasileiro não tem linguagem; o brasileiro é a própria linguagem. Portanto, o pilar central da democracia precisa estar fincado no diálogo e este só tem sentido se houver verdade; e coragem de tê-la. No Brasil hoje, mais que antes, não há verdade. Tampouco coragem! A verdade foi deixada esquecida no fundo da geladeira e o povo é o grande responsável por isso.

Num paralelo mordaz, o treinador de focas só tem sucesso financeiro se os bichos estiverem bem domesticados e amestrados. Já imaginou se as focas tivessem capacidade de raciocínio?

Segundo: nos textos plantados para formação de opinião há sempre uma espécie de previsão cataclísmica em relação ao tema [que a mídia chama eufemisticamente de "espaço para o contraditório"]. Joseph Goebbels, o gênio da comunicação nazista inventou esses eufemismos. As organizações Globo têm-nos aperfeiçoado com espetacular sucesso. Quem não se lembra do Cid Moreira e das suas dramatizações das manchetes? A dupla assexuada que hoje apresenta o Jornal nacional segue o mesmo exemplo; e;

Terceiro: quase sempre no final, a matéria fabricada geralmente deixa insinuado [às vezes explícito], que a idéia será muito difícil de ser aprovada.– Como dizem atualmente os intelectuais a soldo do PT e do PSDB, "a democracia no Brasil deve ser encarada como uma exceção à regra".

Como exemplo do primeiro, observe a abertura: “A proposta de voto facultativo já resistiu a pelo menos 24 propostas de parlamentares. Há mais de 30 anos são apresentadas na Câmara dos Deputados proposituras para extinção da obrigatoriedade de comparecimento dos cidadãos às urnas, instituída em 24 de fevereiro de 1932, por decreto do então presidente Getúlio Vargas”. – Em outras palavras, se a maioria quiser instituir o voto facultativo, pode tirar o cavalinho da chuva; isso já foi tentado antes e “o povo” não concordou.

Para exemplo do segundo, repare na frase apocalíptica: “cientista político Marcos Almeida, que acredita num possível aumento da corrupção diante do voto facultativo”. “O número de eleitores pode ser controlado pelos corruptores”. – Isto é, o voto facultativo só trará mais corrupção e o povão se venderá que nem pão quente na padaria. – Quem sabe essa previsão esdrúxula desse “sientista” seja possível ocorrer e o povão pegue a grana e dê um nó no político que a pagou. Seria interessante e hilário ver isso acontecer. – Só um alienado ou um corrupto pode afirmar uma insanidade dessas como a que esse “sientista” de araque prevê. 


Mas como o sujeito não deve ser alienado, o propósito da sua afirmação, ou "previsão", é exatamente induzir a sensação de caos se o voto for facultativo.

Para o terceiro ponto leia com atenção o encerramento da nota “Da Reportagem” [tenho que rir]: “Analisada pelo colegiado, a proposição teria de ser examinada por uma comissão especial antes de ser submetida aos deputados em plenário, em dois turnos de votação. São necessários pelo menos 308 votos (3/5 dos 513 deputados). Caso seja alterada na Câmara, a matéria terá de voltar ao Senado”. – Em outras palavras, este parágrafo já insinua que, mesmo que haja um grande número de cidadãos Brasileiros a fim de lutar pelo voto facultativo, será muito difícil ser aprovado, pelo menos neste século.


Tradução: Mesmo que tentem entrar com o projeto de lei, vai levar milênios para ser aprovado. Portanto, novamente, quem tiver essa idéia pode esquecer; se tentar, vai perder tempo.

E durma-se com um barulho destes. São ou não são uns filhos-da-puta os caras que escrevem uma imbecilidade como a que reproduzo aqui? Isto é só um exemplo do que venho escrevendo nas duas últimas postagens. 


Ao ler uma matéria deste tipo, num jornal que apregoa ter mais de 40 anos, o que há de pensar o cidadão comum; o que habitualmente tem dois neurônios, um perneta e o outro com presença errática?

A imprensa brasileira, que deveria ser o bastião da democracia, é na verdade um lixo putrefato. Em vez de defender os princípios fundamentais da democracia dá-se ao desplante de canalhadas como neste exemplo exposto. A troco de quê e por quanto$ ?, é a pergunta que persiste.

É ou não é uma sem-vergonhice de se vomitar em cima? Que raio de jornaleco é esse Diário de Cuiabá para se prestar a uma vilania deste tipo? A um embuste que nada mais é do que enganar o povo? 


Mas eu, menos talvez que você, nem devia ficar espantado. 

A Folha-SP, o JB do Rio e o Estadão-SP, supostamente jornais sérios, fazem o mesmo. Fizeram e farão quantas vezes for preciso.

"No fim dos tempos virão impostores que viverão segundo as suas ímpias paixões" - Judas, irmão de Tiago - 18.

Quisera eu saber como esse tal “sentista" Marcos Almeida” chegou à "brilhante" conclusão que os eleitores poderiam ser controlados pelos corruptores. 


Das duas uma: ou esse intitulado cientista é primo do Lula, como tal, um rematado idiota, ou não entende nada de eleições livres [o que dá no mesmo], porque nunca se deu ao trabalho de estudá-las em outros países. Nem sequer sabe que bicho é esse! Nem sabe o que fala.

Eu fico estarrecido com há gente que empresta o nome [isso se for autêntico], para expressar estultices desse calibre como relato na nota “Da Reportagem”. É um absurdo.

Portanto, Leitor(a) fique atento. Se tem algum amor pelo seu Brasil, não se deixe influenciar por “reportagens” insinuantes e facciosas como a publicada pelo Diário de Cuiabá. [Seria interessante saber quanto $$$ o jornaleco recebeu por essa “Da Reportagem”].

Eis as duas notas. Clique «
AQUI» e «AQUI» se quiser lê-las no original.


Histórico registra resistência de aprovação
Da Reportagem
A proposta de voto facultativo já resistiu a pelo menos 24 propostas de parlamentares. Há mais de 30 anos são apresentadas na Câmara dos Deputados proposituras para extinção da obrigatoriedade de comparecimento dos cidadãos às urnas, instituída em 24 de fevereiro de 1932, por decreto do então presidente Getúlio Vargas.

No entanto, dados estatísticos já apontam que uma boa parcela da população brasileira se mostra favorável ao voto facultativo. Encomendada pela Associação Brasileira dos Magistrados (AMB) ao Instituto Vox Populi, a pesquisa realizada entre 27 de junho e 6 de julho revelou que 38% dos eleitores não iriam às urnas registrar suas preferências. Enquanto 51% dos entrevistados disseram que votariam mesmo sem a obrigatoriedade, e outros 11% afirmaram que ‘provavelmente não votariam’. Das 1.052 pessoas consultadas em todas as regiões, apenas 1% disse não saber o que responder.

Para o historiador Bruno Rodrigues, a obrigatoriedade do voto impede outras discussões favoráveis à política. “A obrigatoriedade do voto não permite que a sociedade abra outras discussões a respeito de organização e escolha política. A condição básica da democracia deve ser o voto facultativo e é uma contradição neste sistema político exigir a obrigatoriedade”, afirma.



Cientista vê aumento de corrupção

Da Reportagem
A posição do historiador não é acompanhada pelo cientista político Marcos Almeida, que acredita num possível aumento da corrupção diante do voto facultativo. “O número de eleitores pode ser controlado pelos corruptores. Em substituição à compra de votos, podemos ter a ‘compra da ausência’, sendo controlada pelos que praticam a corrupção”. Almeida acredita que políticos corruptos poderiam dar dinheiro para grupos de eleitores não comparecerem às urnas e votar nos adversários.

“O eleitor tem liberdade de escolha. Hoje, ele não é obrigado a definir seu voto mas apenas em comparecer. O voto é uma obrigação da vida civil”, complementa.

A adoção do voto facultativo deve passar por uma série de discussões com diferentes segmentos da sociedade. É o que defende aqueles que são favoráveis ao sistema. “Tem que abrir discussões com diferentes segmentos da sociedade. Universidades, associações de moradores, sindicatos e a mídia devem se envolver em debates sobre participação política, significado do voto e temas afins para chegar às melhores conclusões”, opina Bruno Rodrigues.

O caminho para a definição do fim da obrigatoriedade do voto ainda será longo no Congresso Nacional. Como se trata de alteração na Carta Magna, a PEC 28/08 precisa, caso seja aprovada também na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), da aprovação em plenário de pelo menos 49 senadores em dois turnos, para depois ser remetida a CCJ da Câmara.

Analisada pelo colegiado, a proposição teria de ser examinada por uma comissão especial antes de ser submetida aos deputados em plenário, em dois turnos de votação. São necessários pelo menos 308 votos (3/5 dos 513 deputados). Caso seja alterada na Câmara, a matéria terá de voltar ao Senado.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Ambigüidades sobre a postagem anterior: Resposta para quem não entendeu.

Introdução:

Gostaria de esclarecer que não engendrei nenhuma dubiedade na postagem anterior. 


Entretanto, se muitos encontraram tantas, conforme escreveram, lamento profundamente por não ter-me expressado com a clareza devida.

Tenho para mim que quando alguém não entende o que falo ou escrevo, a culpa é minha. 


Por alguma razão, apesar do empenho, fui incapaz de ser suficientemente claro. Incompetência, chamem-lhe se quiserem. Eu chamaria. Por isso lamento e peço desculpas.

Assim, diante das críticas, se os deuses do engenho e arte permitirem, vou tentar esclarecer as dúvidas conforme vocês se manifestaram.

Vou tratar inicialmente da “Homeóstase fundamental e preparatória para sedimentar, nas mentes da maioria, a “opinião própria” da maioria”. 


Aparentemente, a incompreensão deste conceito parece ser compartilhada por muitos(a). Até certo ponto entendo. 

O tema é complexo e muito difícil de se aceitar, especialmente quando nos damos conta que fomos manipulados, enganados, etc. Dá uma raiva danada, não é mesmo?

O conceito da “Homeóstase fundamental...” consolida a presunção de que é possível, por meio de palavras e atos, moldar, influenciar, fascinar e unificar as necessidades, anseios e opiniões individuais de um determinado eleitorado, induzindo-o de forma perspicaz, porém sistemática, a deduzir “espontaneamente” que determinado candidato a uma eleição é o que melhor representa esse eleitorado, na opinião do próprio eleitorado.

Em palavras mais pueris, são as práticas de lavagem cerebral em massa que uma pequena minoria utiliza para atrair, dominar e/ou controlar o maior número de pessoas, com o intuito de levá-las a acreditar e/ou a aceitar e depois executar ou votar numa idéia ou até num candidato escolhido por essa minoria.

Ainda mais simples: É o modo como o indivíduo “A” instala na mente do indivíduo “B” determinado conceito que leve “B” a tomar a iniciativa por descobrir que a idéia, ação ou decisão partiu dele próprio, por vontade intrínseca, sem se sentir influenciado por “A”.

Como se processa a “Homeóstase fundamental...”:

Alguém quer que determinado conceito, opinião ou candidato seja aprovado por uma maioria de pessoas. 


Então, por meio de publicidade, atos políticos, públicos, artigos ou matérias plantadas, mensagens subliminares, implícitas ou explícitas, geralmente via meios de comunicação, reuniões religiosas, palestras e militância individual é criada uma mensagem sutil que vai sendo disseminada pelo público alvo que se deseja atingir. Mas não de forma direta.

A metodologia é velada; feita por indução, insinuação e até por mentiras manejadas, cujas orquestrações soam a verdades. Uma vez posto em marcha o processo, espera-se que as pessoas que recebam a(s) mensagem(s), por sua vez, passem a adotá-la(s) e a(s) disseminem como se de opinião própria fosse(m), sem se darem conta que a idéia lhes foi plantada.

Eis alguns exemplos que influenciam você todos os dias e talvez nem perceba:

No campo comercial:

Repare nos chamados ‘merchandisings” nas novelas de televisão. O ator mais popular da trama aparece vestindo ou bebendo determinado produto, mas não faz qualquer proselitismo a respeito. 


Entretanto, nas semanas seguintes à aparição as vendas atingem níveis altíssimos. As crianças são as mais influenciadas por esse tipo de estratégia.

Quantas sandalinhas da Xuxa você já comprou paras as suas filhas? Ou, quantas raquetes de tênis o seu filho quis, junto com os amiguinhos dele, quando o Gustavo "Guga" Kuerten foi campeão e número 1 do ranking internacional de tênis?

Quantas vezes você já trocou de celular? Alguma vez já parou para pensar se precisa realmente trocar de celular a cada ano?; sendo que, tanto no antigo como no novo, você não sabe ou sequer utiliza metade das funções “milagrosas e geniais” que o aparelho oferece?

No campo político:

Num passado recente, durante as últimas eleições para presidente, o Lula criou uma mentira contra o Geraldo Alckmin que se disseminou pelo país como verdade absoluta. Lula acusou Alckmin de querer iniciar uma nova onda de privatizações, a começar pelo banco do Brasil. Isso não era verdade. Entretanto, para a maioria transformou-se como tal.

Joseph Goebbels já dizia que "uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade".

Um outro exemplo que recordo agora foi a manipulação feita pelo Senador Aloísio Mercadante do PT, orquestrada pelo publicitário Duda Mendonça, em cima de uma fala do José Serra. 


Quem se recordar da campanha para a Prefeitura de São Paulo em 2004, certamente saberá ao que me refiro. Esse crápula do Mercadante, durante a propaganda eleitoral apresentou uma manchete de jornal falsa, como prova de uma declaração do José Serra, cujas palavras este jamais dissera. 

Só se soube que era armação porque o jornal utilizado para a falsificação difundiu nota informativa a respeito. Por coincidência, só dois ou três dias, salvo erro, após a votação. 

Incrível, não? 

Mas o objetivo havia sido alcançado. Só não teve danos maiores porque a farsa foi montada uma semana antes do dia da eleição.

Agora mesmo acredito que aí no Brasil você deve estar vivendo a "epidemia" da natação depois que César Cielo ganhou a medalha de ouro nas Olimpíadas. Tenho certeza que o seu filho também quer ser campeão. 


Mas... olhe bem... só se você comprar-lhe a sunga da marca X, a touca da marca Y e os óculos da marca Z. Se você não atender a todas essas “necessidades”, provavelmente o garoto ficará muito triste e sem motivação. 

Além do mais, como vai ficar a auto-estima dele na escola se os coleguinhas já têm tudo isso? É claro que você fará todo o possível para realizar o sonho do pimpolho. Ao mesmo tempo, no churrasco do fim-de-semana, você encherá a boca de orgulho para anunciar aos amigos que um novo medalista olímpico está a caminho. 

Aliás, se já comprou todos esses atuendos está plenamente convencido(a) disso. Parabéns.

A este tipo de tática marketiana, quando eu dava aulas, costumava referir-me a ela como a estratégia do “eu também quero”. No Brasil funciona particularmente bem. Certa vez ouvi da boca de um governante que isso se chamava “educar o povo”. 


Um grande publicitário, presente no encontro, corrigiu-o sutilmente e apelidou a tática de PEP [Plano de Educação Popular]. Não é à toa que o mercado publicitário no Brasil é um dos maiores e mais rentáveis do mundo. 

Não só apresenta os melhores índices de respostas positivas aos anúncios publicados, como consegue eleger e reeleger, vezes sem fim, ladrões notórios do erário público, falsários contumazes e até assassinos.

Não conheço um público, seja em que país for, e olha que conheço muitos, tão bem amestrado e domesticado como o Brasileiro. Os tais PEP são um êxito.

Quando o assunto é política não há muita variação no modus operandi da aplicação da “Homeóstase fundamental...” ou do PEP, se você preferir chamar-lhe assim. PEP é um nome mais tupiniquim; talvez melhor de ser compreendido; quem sabe, facilmente detectado quando surge a sua televisão ou na verborragia prosélita das horas extras sem remuneração que sai da boca do seu colega de trabalho.

Embora o candidato e suas concepções não sejam um produto tangível, fácil de ser tocado ou comprovado, e tão somente um conjunto formado por imagem e idéias que às pessoas chega como algo subjetivo, dúbio e pouco digno de atenção, as mentes brasileiras são solos férteis para o embuste. 


São fáceis de serem enganadas, manipuladas e até aviltadas. 

A preguiça que as domina somada à ignorância cultural, à baixa auto-estima e à necessidade de levar vantagem seja no que for, até certo ponto é mais fácil convencer uma pessoa a votar em fulano do que vender-lhe um produto.

Na interação pessoa a pessoa:

Conhecem o conceito: “Não existe mulher difícil. Existem mulheres mal cantadas”? Na política ocorre exatamente o mesmo, porém de forma mais sutil, intricada e maquiavélica. 


No entanto, em ambos casos a homeóstase, o equilíbrio perfeito entre o externo e o interno, precisa estar em harmonia para se obterem resultados. No caso da mulher, o objetivo é a transa. No político, é a escolha e conseqüente eleição do(a) candidato(a).

Uma mulher, seja ela qual for, casada honesta, solteira virtuosa, viúva pudica, ou até meretriz, em teoria, vai para a cama, feliz da vida, com qualquer homem que atenda, de forma prazerosa, às quatro principais expectativas dela: "visão física", "odor/ olfato", "modo de falar e/ou timbre de voz" e "status social". Se este quadrinômio entrar em conjunção, o coito está assegurado para o homem.

Obviamente este tema tem vários desdobramentos e complexidades. Todos sobram neste momento. Portanto, mulheres acalmai-vos. Não joguem pedras antes do tempo. Não pretendo revelar os vossos segredos. 


E eu lá sou doido para contar uma coisa dessas e ensinar jumentos a comer caviar? 

Nem morto! 

Entretanto, sou obrigado a mencioná-las como termo comparativo. Pra mostrar como se criam “necessidades” nas mentes das pessoas sem que estas se apercebam que estão sendo manipuladas.

Tanto assim é que posso afirmar sem medo de apanhar que a mente feminina, seja na recepção ou no raciocínio, é a síntese da prática da “homeóstase fundamental...” 


As mulheres possuem mentes extraordinárias e desafiantes. Conseguem ser melhores vendedoras que os machos e em matéria de administrar pessoas também os superam.

Quanto ao homem, bom... este, coitado, de uma maneira geral não tem a mesma necessidade de complicar a transa; muito menos o relacionamento. Para ele, gostou; é bonitinha; usa uma saia; já é o suficiente. 


Se for feia, muda, perneta ou caolha também serve. O homem, por seu desvirtuamento dogmático não é tão seletivo; não requer nem procura a combinação qualitativa que é essencial para a mulher. As expectativas do homem, em termos de relacionamentos, são básicas, bem instintivas ou funcionam de forma diferente das femininas.

É bom não esquecer que o sonho de consumo de todo macho que se prese é a mulher chegar nua na porta da casa dele e deixar o táxi esperando. É a mulher quem obriga o homem a jantares, salamaleques, flores, bombons e outras coisas tais. Não é sem fundamento que é taxado de "palhaço". E com toda a razão. Mas se não for, não tem.

Diante destes dois cenários não há, pois, um equilíbrio de vontades nem de expectativas. Portanto, a guerra dos sexos é um fato e todos nós sabemos disso. Ela está aí nas brigas e nos desencontros amorosos para que não restem dúvidas.

Na política é onde esse equilíbrio mais se complica e, paradoxalmente, mais necessário é. A arte de guiar e influenciar é formada por homens e mulheres, obviamente. De um lado, eleitores e eleitoras. 


Do outro, candidatos e candidatas. 

Cada qual com as suas peculiaridades, opiniões, ambições e necessidades; nascidas e criadas no meio onde vivem; lambuzadas ou embrulhadas por dogmas sociais e religiosos. Para manter em equilíbrio tudo isso e o candidato ganhar uma eleição é necessário criar uma causa ou fatores comuns a homens e mulheres eleitores, capazes de gerarem um meio-termo. 

É necessário, portanto, unificar as hordas de modo a levá-las a apertarem as teclas certas na hora de votar.

É nesse conflito de objetivos e necessidades, entre o interno e o externo, que entra a tática da “homeóstase fundamental...” 


O sucesso de um candidato depende do grau com que consegue manipular, influenciar e administrar a maior quantidade de gregos e de troianos. Leia-se homens e mulheres. Mas jamais vai conseguir agradar a todos:

No que tange ao eleitorado feminino, tanto os candidatos como as candidatas nunca conseguirão apresentar, ao mesmo tempo, o quadrinômio comentado acima, nem irão para a cama com elas. Pelo menos não com a maioria. Quanto aos homens, tampouco.

De uma maneira geral, todos os homens, em maior ou menor escala, sofrem de audição, primam pela preguiça, concentram-se na visão e se acham donos da verdade, seja ela qual for, por mais estapafúrdia que for. 


Séculos de dogmas causaram-lhes essas deficiências. Até os veados são assim. Por mais que afinem a voz, vistam-se de mulher e adorem andar de ré, não negam os gêneses masculinos. Com as mulheres ocorre exatamente todo o contrário.

Diante das idiossincrasias femininas e masculinas, aqui resumidas de forma leve e bem simplória, um alemão, um gênio da propaganda, ao entender o conceito da homeóstase soube usá-lo como uma ferramenta para manipular, em massa, homens e mulheres; sem que ambos percebessem que estavam apequenando os escrúpulos e aceitando o irracional.

Nunca é demais lembrar que o ser humano é um produto do meio onde vive e o resultado das suas próprias experiências. Sabendo entender isto, é muito fácil dominá-lo; pastoreá-lo; fazê-lo acreditar que toma decisões próprias lavradas no íntimo, na sua vontade, naquilo que ele supostamente acha errado ou certo. 


Por dois mil anos a Igreja Católica tem sido mestre nessa arte. Mas foi superada pelo gênio alemão e agora tenta copiá-lo. Até ela sucumbiu às táticas alemãs. Os neopentecostais usam e abusam desse conhecimento.

Antes de continuar preciso alertar o seguinte: é necessário que você conheça um pouco da história para entender como surgiu a idéia de equilibrar o interno com o externo para ter sucesso na política. 


Interno, leia governo, o político, o candidato, a idéia, o conceito que se quer impor. 

Externo, é a plebe, o povão ignorante, a maioria; a ou as pessoas nas quais se quer incutir ou manipular a chamada “vontade ou opinião própria”.

Até à Segunda Guerra Mundial não havia expertise no assunto. As idiossincrasias humanas eram manipuladas com focos e bases na religião. A política, de certa forma, ainda era exercida com alguma honra, certa decência e alguns escrúpulos. 


No caso do Brasil, historicamente não posso afirmar o mesmo. No entanto, não era a vergonha que é hoje nem havia tanta covardia e mau-caráter. Na memória reverberam-me neste instante alguns dos discursos que li de Rui Barbosa. Enfim...

Sem a intenção de atropelar os fatos e tampouco fazer desta explicação uma tese de doutorado, apesar de ser um tema complexo, vou tentar discorrer, de forma resumida e simples, só os fatos relevantes. 


Eventos nos quais certamente você deve ter participado. O cenário será sempre o Brasil. Espero que ao final você compreenda como tem sido manipulado(a) e como tem defendido certas idéias que acha que são suas... Mas não são!

Um pouco de História em poucos parágrafos:

Homeóstase é um termo originado da biologia e da fisiologia. É o processo que regula o equilíbrio entre o interno e o externo de um organismo. O termo em si foi criado pelo fisiologista americano Walter Cannon por volta de 1920.Joseph Goebbels, ministro da Propaganda de Adolf Hitler, na Alemanha Nazista, estudou a teoria por volta de 1933 ou 34. 

Com extraordinário sucesso [há que se dizer] introduziu-a na estratégia política nazista, para manipular as massas populares que levaram Hitler ao poder supremo; a ter o apoio nacional do povo alemão e a inépcia européia que permitiu a Hitler deflagrar a segunda Guerra Mundial.

Após o conflito, durante a década de 50, a Central de Inteligência Norte Americana [CIA] copiou a metodologia e ensinou-a aos ditadores da América Latina. 


O objetivo era combater o comunismo, o qual também usava técnicas semelhantes, porém com objetivos muitas vezes confusos e difusos.

Recordem que muitos assessores, não só, de Joseph Goebbels, mas também muitos
criminosos de guerra trabalharam anos para a CIA e para a KGB com o propósito de instruírem estas duas organizações nas práticas e metodologias nazistas, as quais, efetivamente quase dominaram o mundo. 

Os melhores e mais espertos alunos foram os Americanos. Por isso hoje são a maior potência mundial; econômica e militar.

No Brasil, a partir de 1959, mais que em qualquer outro país da América Latina, essa prática manipuladora da opinião pública foi aperfeiçoada com extraordinário êxito. Entretanto, como sempre acontece no Brasil com qualquer idéia, o aperfeiçoamento foi feito na forma do mais puro nietzchianismo, visando só o individualismo e o nepotismo. 


Bem diferente dos Estados Unidos que usaram a metodologia com sentido altruísta para benefício da nação como um todo.

No Brasil ocorreu um fenômeno interessante. [Há sempre fenômenos interessantes ocorrendo no Brasil]. Na época, quando a prática da “Homeóstase fundamental...” foi introduzida no país, muitos homens de destaque, e nenhum patriotismo, viram nela uma forma de se livrarem dos valores passados ou dos ideais humanos para tornarem-se autônomos, agressivos e legisladores. 


Criaram as suas próprias normas e se creram muito acima de todos; além do bem e do mal. Em seus anacronismos de injustiças e desigualdades, passaram a acreditar que só eles possuíam a verdade, a vontade de domínio e a vontade criadora de novas regras e novos valores.

Alguns exemplos da posta em prática da “Homeóstase fundamental...”:

Um deles foi Ivan Hasslocher, fundador do horroroso IBAD [Instituto Brasileiro de Ação Democrática], cujo propósito focava a manipulação dos rumos econômico, político e social do país através de ações publicitárias e políticas dos candidatos contrários a João Goulart. Logo depois para justificar a necessidade de um golpe de estado. João Goulart foi deposto; o golpe de estado aconteceu e a grande maioria, em manifestações multitudinárias na Cinelândia – Rio de janeiro – apoiou.

Os mais velhos que me lêem, talvez [duvido?], se lembrem do jornal carioca “A Noite” e dos seus editoriais favoráveis a posições nacionalistas e à promoção dos candidatos identificados como anticomunistas.

Poucos anos mais tarde, porque o IBAD foi “obrigado a desaparecer”, surgiram com toda a força, no cenário nacional, as organizações Globo, [TVs, Jornais, rádios, etc.], depois o SBT [Sílvio Santos] e diversos outros jornais paulistas e mineiros, para manter, defender e justificar o Estado de Ditadura que se iniciou em 1964.

Como exemplo dessa manipulação acintosa e uma das mais espalhafatosas e pouco inteligentes, quem não se lembra da “Semana do Presidente” apresentado aos domingos, no horário nobre, durante o programa do Sílvio Santos...

Ou da publicação pelo Jornal O Globo do livro “Assalto ao Parlamento”, do escritor tcheco
Jan Kosak. A obra, publicada por este nefasto jornal, descrevia a tomada do poder pelos comunistas na Tchecoslováquia e o papel central que o controle do Congresso desempenhara nesse processo. Quem nunca tinha sido comunista e nem sabia o que isso era, tornou-se anticomunista por convicção...

Muitas das radionovelas, filmes de cinema e programas de televisão na época, tinham mensagens explícitas e implícitas a favor disto e daquilo, inclusive da absorção pelos brasileiros das modas, usos, costumes e consumo de produtos norte-americanos. Foi nessa época que surgiu entre a classe média brasileira a expressão “Anos Dourados”.

No alvorecer da atual “Nacional-Democracia”, [e digo Nacional-Democracia com absoluto desprezo], a prática da “Homeóstase fundamental... nas mentes da maioria”, havia atingido graus de perfeição que nem o Joseph Goebbels sonhara. Novamente, pelas mãos, agora definitivas e hegemônicas da comunicação das organizações Globo, “nasce” o “belo” e desconhecido candidato, lá dos cafundós das Alagoas, para ser eleito, pela “maioria”, presidente da República, Fernando Collor de Mello.

Com um eleitorado predominantemente feminino, três das quatro principais expectativas femininas foram recalcadas à exaustão: visão física, modo de falar e status social. Eram mais que suficientes para eleger Collor de Mello. 


De desconhecido no âmbito nacional, o sujeito passou a galã. Na época, para meu estarrecimento e desconsolo, ouvi uma amiga dizer que chegou a ter um orgasmo só de tê-lo escutado na televisão.

A campanha de Collor de Mello foi dirigida maciçamente ao eleitorado feminino. Desta forma, os organizadores astutos esperavam não só conquistar a opinião das mulheres, mas que estas influenciassem diretamente os homens; os maridos, namorados, irmãos e até os cunhados. [Não se esqueça do que afirmei atrás sobre os homens]. O resultado foi um sucesso.

Fernando Collor de Melo foi eleito, apesar de desconhecido; apesar do pouco tempo de campanha; apesar de ter criado um partido minúsculo para essa finalidade, com meia dúzia de gatos pingados. 


Mas o que isso importava? 

A poderosa Rede Globo e seus associados conservadores e manipuladoras se encarregaram da festa. Ninguém percebeu. Só três ou quatro idiotas, entre os quais eu, nos atrevemos a escrever algo contra. Caiu tudo em ouvidos moucos. Como tem surdo no Brasil. Meu Deus!

Fernando Collor de Mello foi eleito por uma maioria esmagadora, graças a milhões de mulheres que trabalharam como cabos eleitorais sem o perceberem. Não deu outra.

Apesar do sucesso, a meia dúzia de donos do Brasil que proporcionou esse fenômeno não previu a soberba nem o individualismo do Collor de Mello.

Fernando Collor de Mello achando-se o tal cuspiu no prato que comeu... Isto é, prejudicou os interesses de quem verdadeiramente o elegeu ao bloquear os fundos financeiros, [poupança, aplicações, etc] e abrir as fronteiras do Brasil às novas tecnologias para modernizá-lo. Esta última ação lesou seriamente a burrologia corruptora industrial nacional. Resultado? Foi deposto. 


Foi deposto por querer desenvolver o Brasil; por achar que podia. Ledo engano. Tolinho!

Esqueceram de contar-lhe que ele, como “belo” não podia ser inteligente nem querer entrar para a história futura com honrarias.

Collor de Mello também não olhou para a história passada. Não entendia nada de homeóstase e só se preocupava em ter “aquilo” mais roxo que os demais. Nem conta se deu que era um ingênuo escolhido para fantoche. 


Entretanto, achou-se no direito de contrariar a minoria. Por ingenuidade recorrente e falta de experiência, ambas aliadas a uma dose tamanha de soberba latifundiária, foi humilhado, destruído, cassado e desterrado, simplesmente porque esqueceu quem o tinha posto na Presidência. 

Esqueceu da mão que o alimentou. O cargo subiu-lhe à cabeça. Acreditou na estupidez que a plebe o manteria no poder. Foi eleito pela maioria, sim. Porém, esqueceu da minoria que manipulara a maioria para esta o colocar em Brasília. Igual como um bode faminto invadiu a horta recém florida com os brotos das verduras plantadas. 

Virou churrasco porque a meia dúzia de donos do Brasil não permite que um bode, por mais “belo” que seja, invada a horta deles.

Como resultado, a “Homeóstase fundamental...” precisou ser acionada novamente, mas de forma contrária. Quem manda neste país não permite ações individuais e altruístas em beneficio da nação. Se algum benefício deve haver no Brasil precisa ficar na mão de quem controla o país.

Os que fizeram Collor de Mello ser eleito, encarregaram-se de o derrubar. A campanha para o Impeachment tomou asas. Uma onda de boatos e brigas internas familiares, tudo com o rótulo de “verdade” tomou conta do país em cima de calhamaços de documentos. 


Finalmente, Collor foi acusado de ladrão por ter 63 milhões de dólares não declarados. De onde tiraram essa quantia ninguém sabe. Contudo, como ocorre com qualquer candidato, todo o mundo sabia que ele tinha ou devia ter sobras da campanha. 

O famoso caixa 2 que só existe porque a minoria que manda no país quer que exista por diversas razões; entre elas, usar dinheiro sujo, em caixa, para eleger políticos igualmente sujos; ou comprar um apartamento para a amante sem que a esposa saiba.

Ainda assim, foi montado um espetáculo que levou a “maioria”, convicta, a execrar o “belo”, o qual, do dia pra noite, virou “sapo”.

A rede Globo foi especialmente diligente nesta etapa. Uma novela foi rapidamente ao ar com episódios, cujos atores, numa estória fictícia, representavam cenas que retratavam as tais “verdades” espalhadas pelo país. 


Mais uma vez o alvo foram as mulheres. Não há nada pior que uma mulher enganada. Especialmente se descobre que o sujeito é um cafajeste. Se antes a Globo as havia feito apaixonarem-se pelo “belo” Collor, na campanha para derrubá-lo mostraram o “sapo” falso que era. 

Até fortes aliados na imprensa, como o grupo Abril (Revista Veja) passaram a fazer denúncias. Foi uma festa.

Quem ainda se lembra das caras pintadas? Que manifestações "gloriosas" foram aquelas...

Que Collor teve culpa? Teve! Pecou por ingenuidade e soberba.
Que cometeu um crime? Não sei! Nunca nada ficou comprovado. Quem devia tê-lo feito sequer teve o propósito de qualquer comprovação cabal. Nem poderia. 


Recordem que o STF não condenou o Collor, nem tampouco o absolveu. Simplesmente se declarou incompetente para julgá-lo por falta de provas. Subiu no muro e lá ficou. Não é besta! 

Contudo, bem antes que isso o “vívido” Congresso Nacional repleto de meliantes, digo, “patriotas”, espetou-lhe o impeachment na cara.

Collor não foi deposto por ter roubado. Foi deposto porque se cercou de gente que não fazia parte da camarilha que o havia levado ao poder. Foi deposto porque quis parar a safadeza financeira que corria solta no país. 


Pior ainda, ao declarar que a toda poderosa industria automobilística não passava de uma sucata, – que de fato é! Ainda é! – despertou a ira da monstruosidade. – Só brasileiro mesmo compra a merda de carros nacionais que são vendidos nos país; muito diferentes dos que são exportados. – Enfim, Collor foi vaidoso demais. Achou que, por ser o primeiro presidente a ser eleito pelo voto direto, após a ditadura, poderia entrar para a história como "o homem que tinha dado um jeito no país". Tolinho.

O curioso disto tudo é que as supostas ações “criminosas” do Collor e seu PC Farias não chegaram nem mesmo perto das muitas que a família Sarney perpetrou antes dele. 


E, pasmem, ficaram a léguas e léguas de distância das abundantes e múltiplas monstruosidades cometidas pelo Lula e seus Petistas Ladrões.. Estes sim, Ladrões com “L” maiúsculo e Assassinos, com “A” igualmente maiúsculo.

Numa ironia da história, a maioria do mesmo Congresso que condenou Collor absolveu todos os ladrões que trabalham para o Lula. Provas não faltaram. Mesmo assim foram absolvidos. Por quê? Alguma "maioria" protestou?

É interessante observar que esse mesmo Congresso tem no velho josé Sarney a figura parda que os controla. Bem, é modo de dizer. A minoria que controla o país é quem manda nesses rufiões todos. A maioria popular aceita sem soltar um pio. Por quê?

Num paralelo trimétrico de comportamentos, Fernando Collor de Mello teve a ilusão de tentar fazer algo bom pelo Brasil. Fracassou! FHC com o seu neoliberalismo levou o país à ruína com as suas privatizações escandalosas e comissões excrementosas, arrecadas na socapa e nada lhe aconteceu. 


Lula, por sua vez, velhaco que é, igual a FHC, tampouco cospe no prato que come. Sabe muito bem quem manda nele e no país. Que outra razão haveria para um operário analfabeto ocupar a presidência? 

Portanto, pode roubar algumas migalhas e até fazer do filho idiota um milionário, conquanto o grosso da roubalheira fique para os que o mantêm no palácio e possam roubar mais sem medo de serem tocados. 

Nenhuma campanha de impeachment é, foi ou será permitida contra o Lula. Se os índices da popularidade dele baixam, os noticiários e programas de debates surgem salvadores para louvarem as façanhas do facínora. Foi assim com Sarney, FHC e será com todos os Lulas que ocuparem a presidência da República.

Mas eu pulei a cronologia e não comentei a extraordinária façanha eleitoral do sr. Fernando Henrique Cardoso; nem como a “maioria” aplaudiu o seu miraculoso “Plano REAL”; um acrônimo, – pasmem, – do Plano de Revitalização Estruturada da Alemanha Livre.

Mais uma vez a tática da “Homeóstase fundamental...” funcionou muito bem. Ou, como me disse o tal governante depois de ser corrigido, sutilmente, pelo publicitário, o Plano de Educação Popular foi um primor.

Com o “fracasso” do Fernando Collor de Mello na Presidência da República, porque a soberba, idealismo e ingenuidade deste senhor não lhe permitiram vergar a espinha para os donos do Brasil, estes encarregaram-se de encontrar alguém que o substituísse. Obviamente não cairiam no mesmo erro. Isto é, de escolher alguém que lhes cuspisse nos pratos e tivesse a mania de andar esticado. 


Um Collor de Mello havia sido suficiente. 

Por coincidência malévola do destino encontraram outro Fernando; desta vez Henrique Cardoso; filho de um general da ditadura e com uma coluna vertebral tão maleável quanto um fio de espaguete bem cozido.

Mas havia um problema. Um enorme problema com nome e sobrenome.

Vou ter que fazer uma pausa para descansar. Fartei-me de escrever. Voltarei em breve com a continuação. Até lá, por favor guardem um pouco os seus e-mails balísticos e esperem o novo capítulo... Plim-plim.

Obrigado.


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