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terça-feira, 16 de setembro de 2008

Eis um exemplo de manipulação da opinião pública

Duas notas, publicadas pelo Diário de Cuiabá-MT, em 16/09/08, não têm autor. Como assinatura escreveram apenas “Da Reportagem”. Da reportagem, uma ova! Este é mais um exemplo da “Homeóstase Fundamental para criar na maioria, neste caso em pauta, a opinião de que o voto precisa continuar obrigatório”.

Como começa a haver um grupo de pessoas pensantes que já se deu conta da merda de democracia que existe no Brasil, que democrata não é em absoluto, estes tipos de notas “educativas” voltam a aparecer com mais freqüência.

O objetivo é que os bandidos do PT e o esterco do PSDB, junto com os mascates itinerantes do PMDB, continuem a eleger os seus deputados bandidos, os senadores corruptos, os vereadores meliantes e presidentes ladrões e analfabetos.

Um País só pode ser Democrata quando nele existe liberdade de expressão; quando as pessoas são livres para expressarem a própria opinião. Entre elas está até, pasmem, a vontade ir de votar ou não. No Brasil isso não existe, a começar pela imprensa venal e porca que nem mesmo serve para ser usada no banheiro. Só pra se vender na defesa da situação.

Assim, leiam com atenção os exemplos abaixo, claros e atuais, de como a manipulação da mente da maioria começa a ser trabalhada com o propósito de manter o voto obrigatório.

Reparem no texto do artigo e o maquiavelismo embutido nele. O cientista político Marcos Almeida não concorda com o Historiador. 


Qual historiador? 

Quem é o Historiador com quem Almeida não concorda? 

Ah... um tal Bruno Rodrigues! Sei! 

Mas quem é esse sujeito? E o tal Almeida? Almeida? 

Ah... devem ser de Cuiabáááá...

Eis alguns detalhes interessantes que você leitor(a) precisa observar para identificar se notas ou artigos são plantados e com isso não se deixar influenciar:

Primeiro: Quase sempre no texto há uma referência à idéia em pauta que foi tentada no passado e não deu certo. Não esqueça que, historicamente no Brasil, qualquer idéia política libertária que tenha fracassado para maioria, significa sempre, [note bem, sempre], que foi manipulada. 


Geralmente, um grupo pequeno da sociedade encarrega-se de derrubar a aprovação de qualquer projeto que dê liberdade às massas. 

Tais indivíduos não acreditam nisso, porque vêem nessa liberdade uma das formas de perderem controle e, obviamente, o lucro das suas corruptas e venais transações de locupletação. 

Foi assim em 1963 quando o parlamentarismo deu os primeiros passos. Democracia no Brasil não comporta nem aceita um sistema competitivo e diferenciado de partidos como ocorre em países europeus, porque viver na verdade requer uma atitude moral. Por isso tenho nojo quando escuto que o Brasil é um país democrático. 

Nunca foi e não é! Se algum dia será?... huuumm...

Democracia no Brasil só será possível, se um dia, a porcentagem da verdade for infinitamente maior que a mentira. Coisa que antes nunca aconteceu e hoje tampouco. O inverso é, de fato, a sua constante. Democracia só existe quando há diálogo... Quando há patriotismo; e ambos, só são possíveis entre pessoas que permanecem fiéis ao que são e que, quando falam, dizem a verdade. 


Numa democracia, o homem precisa ser homem e não uma mescla de homem e sua circunstância. O brasileiro não tem linguagem; o brasileiro é a própria linguagem. Portanto, o pilar central da democracia precisa estar fincado no diálogo e este só tem sentido se houver verdade; e coragem de tê-la. No Brasil hoje, mais que antes, não há verdade. Tampouco coragem! A verdade foi deixada esquecida no fundo da geladeira e o povo é o grande responsável por isso.

Num paralelo mordaz, o treinador de focas só tem sucesso financeiro se os bichos estiverem bem domesticados e amestrados. Já imaginou se as focas tivessem capacidade de raciocínio?

Segundo: nos textos plantados para formação de opinião há sempre uma espécie de previsão cataclísmica em relação ao tema [que a mídia chama eufemisticamente de "espaço para o contraditório"]. Joseph Goebbels, o gênio da comunicação nazista inventou esses eufemismos. As organizações Globo têm-nos aperfeiçoado com espetacular sucesso. Quem não se lembra do Cid Moreira e das suas dramatizações das manchetes? A dupla assexuada que hoje apresenta o Jornal nacional segue o mesmo exemplo; e;

Terceiro: quase sempre no final, a matéria fabricada geralmente deixa insinuado [às vezes explícito], que a idéia será muito difícil de ser aprovada.– Como dizem atualmente os intelectuais a soldo do PT e do PSDB, "a democracia no Brasil deve ser encarada como uma exceção à regra".

Como exemplo do primeiro, observe a abertura: “A proposta de voto facultativo já resistiu a pelo menos 24 propostas de parlamentares. Há mais de 30 anos são apresentadas na Câmara dos Deputados proposituras para extinção da obrigatoriedade de comparecimento dos cidadãos às urnas, instituída em 24 de fevereiro de 1932, por decreto do então presidente Getúlio Vargas”. – Em outras palavras, se a maioria quiser instituir o voto facultativo, pode tirar o cavalinho da chuva; isso já foi tentado antes e “o povo” não concordou.

Para exemplo do segundo, repare na frase apocalíptica: “cientista político Marcos Almeida, que acredita num possível aumento da corrupção diante do voto facultativo”. “O número de eleitores pode ser controlado pelos corruptores”. – Isto é, o voto facultativo só trará mais corrupção e o povão se venderá que nem pão quente na padaria. – Quem sabe essa previsão esdrúxula desse “sientista” seja possível ocorrer e o povão pegue a grana e dê um nó no político que a pagou. Seria interessante e hilário ver isso acontecer. – Só um alienado ou um corrupto pode afirmar uma insanidade dessas como a que esse “sientista” de araque prevê. 


Mas como o sujeito não deve ser alienado, o propósito da sua afirmação, ou "previsão", é exatamente induzir a sensação de caos se o voto for facultativo.

Para o terceiro ponto leia com atenção o encerramento da nota “Da Reportagem” [tenho que rir]: “Analisada pelo colegiado, a proposição teria de ser examinada por uma comissão especial antes de ser submetida aos deputados em plenário, em dois turnos de votação. São necessários pelo menos 308 votos (3/5 dos 513 deputados). Caso seja alterada na Câmara, a matéria terá de voltar ao Senado”. – Em outras palavras, este parágrafo já insinua que, mesmo que haja um grande número de cidadãos Brasileiros a fim de lutar pelo voto facultativo, será muito difícil ser aprovado, pelo menos neste século.


Tradução: Mesmo que tentem entrar com o projeto de lei, vai levar milênios para ser aprovado. Portanto, novamente, quem tiver essa idéia pode esquecer; se tentar, vai perder tempo.

E durma-se com um barulho destes. São ou não são uns filhos-da-puta os caras que escrevem uma imbecilidade como a que reproduzo aqui? Isto é só um exemplo do que venho escrevendo nas duas últimas postagens. 


Ao ler uma matéria deste tipo, num jornal que apregoa ter mais de 40 anos, o que há de pensar o cidadão comum; o que habitualmente tem dois neurônios, um perneta e o outro com presença errática?

A imprensa brasileira, que deveria ser o bastião da democracia, é na verdade um lixo putrefato. Em vez de defender os princípios fundamentais da democracia dá-se ao desplante de canalhadas como neste exemplo exposto. A troco de quê e por quanto$ ?, é a pergunta que persiste.

É ou não é uma sem-vergonhice de se vomitar em cima? Que raio de jornaleco é esse Diário de Cuiabá para se prestar a uma vilania deste tipo? A um embuste que nada mais é do que enganar o povo? 


Mas eu, menos talvez que você, nem devia ficar espantado. 

A Folha-SP, o JB do Rio e o Estadão-SP, supostamente jornais sérios, fazem o mesmo. Fizeram e farão quantas vezes for preciso.

"No fim dos tempos virão impostores que viverão segundo as suas ímpias paixões" - Judas, irmão de Tiago - 18.

Quisera eu saber como esse tal “sentista" Marcos Almeida” chegou à "brilhante" conclusão que os eleitores poderiam ser controlados pelos corruptores. 


Das duas uma: ou esse intitulado cientista é primo do Lula, como tal, um rematado idiota, ou não entende nada de eleições livres [o que dá no mesmo], porque nunca se deu ao trabalho de estudá-las em outros países. Nem sequer sabe que bicho é esse! Nem sabe o que fala.

Eu fico estarrecido com há gente que empresta o nome [isso se for autêntico], para expressar estultices desse calibre como relato na nota “Da Reportagem”. É um absurdo.

Portanto, Leitor(a) fique atento. Se tem algum amor pelo seu Brasil, não se deixe influenciar por “reportagens” insinuantes e facciosas como a publicada pelo Diário de Cuiabá. [Seria interessante saber quanto $$$ o jornaleco recebeu por essa “Da Reportagem”].

Eis as duas notas. Clique «
AQUI» e «AQUI» se quiser lê-las no original.


Histórico registra resistência de aprovação
Da Reportagem
A proposta de voto facultativo já resistiu a pelo menos 24 propostas de parlamentares. Há mais de 30 anos são apresentadas na Câmara dos Deputados proposituras para extinção da obrigatoriedade de comparecimento dos cidadãos às urnas, instituída em 24 de fevereiro de 1932, por decreto do então presidente Getúlio Vargas.

No entanto, dados estatísticos já apontam que uma boa parcela da população brasileira se mostra favorável ao voto facultativo. Encomendada pela Associação Brasileira dos Magistrados (AMB) ao Instituto Vox Populi, a pesquisa realizada entre 27 de junho e 6 de julho revelou que 38% dos eleitores não iriam às urnas registrar suas preferências. Enquanto 51% dos entrevistados disseram que votariam mesmo sem a obrigatoriedade, e outros 11% afirmaram que ‘provavelmente não votariam’. Das 1.052 pessoas consultadas em todas as regiões, apenas 1% disse não saber o que responder.

Para o historiador Bruno Rodrigues, a obrigatoriedade do voto impede outras discussões favoráveis à política. “A obrigatoriedade do voto não permite que a sociedade abra outras discussões a respeito de organização e escolha política. A condição básica da democracia deve ser o voto facultativo e é uma contradição neste sistema político exigir a obrigatoriedade”, afirma.



Cientista vê aumento de corrupção

Da Reportagem
A posição do historiador não é acompanhada pelo cientista político Marcos Almeida, que acredita num possível aumento da corrupção diante do voto facultativo. “O número de eleitores pode ser controlado pelos corruptores. Em substituição à compra de votos, podemos ter a ‘compra da ausência’, sendo controlada pelos que praticam a corrupção”. Almeida acredita que políticos corruptos poderiam dar dinheiro para grupos de eleitores não comparecerem às urnas e votar nos adversários.

“O eleitor tem liberdade de escolha. Hoje, ele não é obrigado a definir seu voto mas apenas em comparecer. O voto é uma obrigação da vida civil”, complementa.

A adoção do voto facultativo deve passar por uma série de discussões com diferentes segmentos da sociedade. É o que defende aqueles que são favoráveis ao sistema. “Tem que abrir discussões com diferentes segmentos da sociedade. Universidades, associações de moradores, sindicatos e a mídia devem se envolver em debates sobre participação política, significado do voto e temas afins para chegar às melhores conclusões”, opina Bruno Rodrigues.

O caminho para a definição do fim da obrigatoriedade do voto ainda será longo no Congresso Nacional. Como se trata de alteração na Carta Magna, a PEC 28/08 precisa, caso seja aprovada também na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), da aprovação em plenário de pelo menos 49 senadores em dois turnos, para depois ser remetida a CCJ da Câmara.

Analisada pelo colegiado, a proposição teria de ser examinada por uma comissão especial antes de ser submetida aos deputados em plenário, em dois turnos de votação. São necessários pelo menos 308 votos (3/5 dos 513 deputados). Caso seja alterada na Câmara, a matéria terá de voltar ao Senado.


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