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sábado, 27 de setembro de 2008

Ainda sobre o Boris Casoy...

Depois que escrevi o post abaixo [clique «AQUI» se desejar lê-lo], deu-me para pesquisar o que havia na Net sobre este jornalista. 

Nunca me havia dado a esse trabalho. 

Porém, tão chocado fiquei ao saber que ele falou em defesa o Lula, que quis saber um pouco mais. Confesso que esse fato surpreendeu-me muito.

Saber que o Boris havia feito uma defesa do molusco, que nem de animal chamo, porque estaria insultando os animais, deixou-me perplexo.


O Lula é o tipo do sujeito indefensável. 

Não há como defender um vigarista. 

Pegue por onde se lhe pegue; olhe-se por qualquer lado que seja, o que se vê é um mentiroso, uma crápula que, sem qualquer escrúpulo, enganou uma nação inteira e continua a enganar.

Se houvesse meia dúzia de homens, verdadeiramente homens, com as bolas bem presas, o Lula já teria sido destituído e desterrado para os quintos dos infernos. Mas no Brasil tal qualidade de homem extinguiu-se.

Enfim, nessa pesquisa encontrei de tudo. Desde textos analfabetos com escritos debilóides até artigos decentes e bem elaborados. Houve alguns, claro, que ao abri-los recebi aquele bafo nauseabundo que só petista exala quando escreve. Estes, claro está, mais rápido que os abri assim os fechei.

Contudo, um fato chamou-me a atenção. A maioria dos artigos, [os lidos, obviamente], começam com uma frase muito interessante, reproduzida, ao que parece, com propósito ignominioso. Escrevem: – “Boris Casoy é um jornalista brasileiro, filho de judeus russos”. – É ou não é uma frase curiosa?

A menção é tão repetitiva e racista que a minha secretária, a quem pedi ajuda na pesquisa, teve a mesma sensação desagradável que eu, sem que previamente tivéssemos tido qualquer interlocução a respeito.

Presumo que ao Boris isso não deve incomodá-lo. Espero! Afinal ele é filho de um casal de russos, que poderia muito bem ser americano ou brasileiro e livre para praticar a fé que lhe aprouver.

Mas, por quê tanta ênfase no fato de ele ser “filho de judeus”??? Porquê se salienta tanto, à laia de introdução, a sua preferência religiosa na primeira frase dessas matérias?; seja numa entrevista, biografia ou artigo? [No final incluo três links como exemplos].

O que tem a ver o fato de ele ser judeu? A preferência religiosa de um indivíduo é fator de destaque para qualificá-lo?; ou para desmerecê-lo?

Judeu, até onde chega o meu conhecimento, não é uma raça e sim o povo originário de Judá; ou todo aquele que pratica a religião chamada Judaísmo; a qual, por sinal, qualquer pessoa pode praticar desde que se converta. 


Igual como ser adventista; que, neste caso, muito mais simples, para sê-lo precisa ser batizado no rio, mesmo que haja sido ungido na pia batismal da igreja católica romana.

É interessante como o estigma criado por Hitler e Stalin permanece tão vivo no Brasil; um país de analfabetos, de brancos, pretos, índios e mulatos, na sua maioria ignorantes do saber e considerados pelos europeus como uma "raça" inferior.

Seja aqui na Europa, no Brasil ou em qualquer outro lugar, quem escreve uma coisa dessas, sobre quem quer que seja, revela bem a precariedade de neurônios que possui; a enorme estupidez que lhe permeia e o racismo que professa.

O que leio sobre Fernando Henrique Cardoso, por exemplo, não começa por: – filho de general católico da ditadura, o qual, como membro ativo das forças de segurança fez sumir muita gente...; ou,

Que o José Sarney, católico fervoroso e praticante ao extremo, em cujas mãos encontra-se uma das maiores coleções de arte sacra do Brasil e do mundo, cuja origem se desconhece e ele tampouco explica como a conseguiu...; ou,

Se leio sobre o Lula, não encontro uma linha sequer do fato deste desprezível sujeito se considerar um ateu ou ser analfabeto por preguiça e malandro por vocação, já que teve condições e até oportunidades para estudar. Isso sim deveria ser destacado. 


Dizer que ele é filho de pais pobres e igualmente analfabetos, na minha opinião só ofende os progenitores. 

No entanto dá votos, não é verdade? O povão gosta!

Se leio sobre o ministro dos Esportes, Orlando Silva, não vejo nada que o destaque como filho de pais negros. 


O mesmo vale dizer sobre Sibá Machado, Marina Silva ou até em referência à mulata Ideli Salvati, senadora da república, honrosamente filiada ao PT e porta voz para o Lula das roubalheiras que os demais petistas planejam executar e precisam da autorização do chefe; e,
se leio sobre o Pedro Malan, ex-ministro da fazenda no governo PSDB, não encontro uma linha que mencione a sua antiga filiação ao horroroso IBAD, como funcionário, desde mocinho, do Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais (IPES), uns dos braços dessa organização pavorosa; da qual, a propósito, fizeram parte algumas cabeças proeminentes, hoje ativas dentro do PSDB, do DEM e do PMDB; e,
sequer leio uma linha sobre fulano, sicrana e beltrana, todos jornalistas da TV Globo, onde um é filho de pais neo-pentecostais, a outra seguidora do Candombé, ou, uma outra, católica, do Opus Dei que usa até cilício na perna para se mortificar do tanto que a luxúria a domina; ou,
tampouco leio nada, no caso do SBT, do Sílvio Santos que é judeu, ou dos muitos, igualmente adeptos do Judaísmo, que lá trabalham, todos filhos de judeus, alguns de poloneses e até de brasileiros; ou,
que Ticiana Villas Boas, âncora da TV Band é uma baiana, filha de baianos, que fez um cursinho de jornalismo nas coxas e mal sabe falar português; ou,
que o Digníssimo ministro do Supremo Tribunal Federal, homem de meu respeito e admiração, é filho de negros, cujos ancestrais foram escravos; ou,
tantos e tantos outros casos que poderia ficar aqui horas e horas só a nomeá-los.
Mais uma vez pergunto: Por quê o realce tão repetitivo e insistente em informar que Boris Casoy é filho de judeus? Você é capaz de me responder?

Pergunto de outro modo: desde quando judeu é uma raça? - Deve ser na cabeça de minhoca das pessoas que escreveram isso. Por esse pensar, todos os negros que moram no Brasil são africanos, ou melhor,
Bantus, Maasais, Swahili, Ovimbundus, Zulus, etc.

O que a religião, a origem ou a raça, influi ou contribui no teor desses artigos que li sobre o Boris? Ou sobre qualquer outra pessoa cujo nascimento seja semelhante? Alguém precisa explicar-me. 


O que tem a ver o fato de um sujeito ser judeu, católico, muçulmano ou hindu com o trabalho que realiza ou já realizou? O mesmo pergunto em relação à cor da pele?

Já se deram conta como no Brasil tem umas bestas quadradas que nem ferraduras merecem?

A resposta está mais que na cara! É o glorioso e inabalável racismo estúpido que persiste, falando alto, nessa merda de republiqueta chamada Brasil. 


Um país cada vez mais burro. 

Ninguém admite, mas tropeça-se com o racismo em cada esquina, a cada passo que se dá... Como se brasileiro fosse sinônimo de descendência de alguma super raça estrelar ou primasse pela inteligência... 

Caramba!

Nem no futebol o Brasil consegue mais se destacar, imagine o resto.

Nessas leituras sobre o Boris tive a sensação que lia o que é comum se ler nos jornais dos países africanos. Os artigos por lá também começam logo por informar a etnia ou a origem do entrevistado. Conforme seja, assim baixam o cacete ou elogiam, mesmo sem merecer. 


Nessas nações, poucos sabem disso, existe mais racismo que em qualquer parte do mundo. 

E são todos negros. 

Discriminam-se e matam-se entre eles, uns aos outros com tal ferocidade que ultrapassa o concebível do horror; ora pela etnia, pelo dialeto ou idioma; ora pela tribo de origem; ora pelo tipo de roupa que usam; ora pela religião professada, seja muçulmana, católica ou até judaica, como no caso da Etiópia onde existem milhares de pessoas negras que professam o Judaísmo, os chamados pejorativamente de "falashas".

Que mal vai o Brasil. Cada vez mais se parece com a África; tanto no comportamento social como até nas mortes bárbaras que acontecem aos milhares. Na África a justificação são as rivalidades étnicas. No Brasil dizem que é a guerra do tráfico... Sei!

Bem perspicaz foi
Kevin Neuendorf, o jornalista que escreveu na sala de imprensa, durante os Jogos Pan-americanos no Rio de Janeiro, “Welcome to the Congo” e pôs ao lado dele um higienizador de ambientes. 

Ele poderia ter escrito a forma educada - “Welcome to Congo”; contudo, destacou o “the” para marcar bem o fato. 

Para quem não sabe, na frase em questão, essa preposição insinua um enfado muito grande. 

O saco desse sujeito deveria estar muito cheio para escrever tamanha grosseria. 

Felizmente para o jornalista, que deve ter dado boas risadas da “inguinorância” nacional, apesar de ter sido afastado dos Jogos, as autoridades e jornalistas do país não sabem a diferença existente entre uma expressão e outra. Eu também não vou explicar aqui.

O ranço do mau caráter brasileiro pega. Kevin Neuendorf fez bem colocar um higienizador ao lado dele. Eu preferi abandonar o país antes de me contaminar. 

Caetano Veloso já escreveu e musicou que “o Haiti é aqui”, diz o verso. Foi ainda mais verdadeiro e não menos arguto.

É uma infâmia que ainda hoje, em pleno século XXI, alguém, seja de que origem, credo ou raça for, comece a escrever sobre uma pessoa e, como primeira frase, destaque a religião ou a raça ou a cor dela. 


E o brasileiro ainda diz que vive numa democracia... 

Talvez uma democracia cercada de racistas e racismo por todos os lados.

Já imaginaram se eu tivesse sido contaminado por esse racismo de merda que existe no Brasil, as maravilhas outras que poderia escrever sobre o Lula e mais uma centena de petistas? Huiiiii..... quase me sinto tentado.

Só gente muito estúpida e sem o menor senso de ética procede dessa forma. Parafraseando o bordão, ISSO É UMA VERGONHA!!!!!!!

Eis alguns exemplos do que escreveram sobre Boris Casoy: Leia «
AQUI»; «AQUI» e «AQUI».


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