Translate

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Sílvio Santos agraciado com medalha da grã-cruz

No Painel da Folha de S. Paulo de hoje, li estarrecido:
Por Renata Lo Prete

"Medalha no peito Não obstante a crise do banco PanAmericano, Lula resolveu agraciar o empresário Silvio Santos com a Ordem do Mérito do Trabalho Getúlio Vargas no grau de grã-cruz. O vice José Alencar e o maestro Isaac Karabtchevsky receberam a mesma distinção".
É de estarrecer!!! - Assinante da FSP lê «AQUI»

O Lula, NOVAMENTE, esbofeteia o país inteiro e os brasileiros, covardes, sem auto-estima, sem patriotismo, oferecem a outra face.

Como se sentirá Isaac Karabtchevsky ao ser colocado no mesmo nível de bandidos? De braço dado com dois homens sem caráter?

NO BRASIL, O CRIME REALMENTE COMPENSA!!!!!!!!!!!

Silvio Santos, um vigarista, da pior espécie de canalhas que existem no Brasil, um homem que ao longo dos anos só tem enganado milhões de brasileiros, que deu um golpe fraudulento de R$ 2,5 bilhões no seu próprio banco, e que pagou todas as dívidas de campanha desse bando criminoso chamado PT, tão adorado pelos brasileiros...

O meu informante estava certo.

Vergonha para o Brasil. Vexame para os brasileiros!

Que país horrível é o Brasil!

Que coisa medonha!

Quando vejo este tipo de agraciamento a bandidos, insultando toda a nação, indignação alguma me dá ver os morros e favelas dominadas por traficantes, por assassinos ou pela polícia conivente... extorquindo e roubando moradores que se dizem honestos, mas indiferentes se mostram aos despautérios do bêbado e corrupto-mor, chamado Lula da Silva.

É bem merecido. Acho até pouco. Deviam fazer pior. Muito pior! Não são honestos.

Dá-me vontade até de sorrir ao ver as reportagens sobre brasileiros morrendo às pencas nas filas dos hospitais sucateados, nos postos de saúde atendidos por falsos médicos contratados diretamente pelas Prefeituras; ou dos brasileiros vítimas de medicamentos vencidos ou adulterados; ou de infecções hospitalares, disseminadas até a partir da porta de entrada dos hospitais. Ou quando os juizes decidem venalmente em favor de culpados e de assassinos... ou quando as cooperativas adulteram o leite e dezenas de crianças morrem intoxicadas.

Choro pelas crianças; sofro, agatanho-me o peito pela impotência... Diverte-me o sofrimento dos pais. É merecido.

Quase chego à gargalhada ao ver os brasileiros pagarem os juros bancários mais altos do mundo... nos empréstimos, na casa própria, nos cartões de crédito, nos crediários das lojas... e... ah... como solto o riso, franco e divertido, quando são revistados, – tal qual larápios, – pelos seguranças dos bancos nas portas giratórias.

Adoro quando um desses seguranças provoca um enfarte num aposentado – ou lhe mete uma bala na testa – e o velho morre incrédulo... entre as portas de vidro... à míngua inútil da glória da segurança bancária.

Graças aos deuses, diverte-me saber que os brasileiros vivem endividados até à ponta dos cabelos, comendo arroz azedo, quando o têm, para sobreviver... ou que milhões deles são analfabetos e morrem de malária, de dengue, de aids, de gripe... por descaso governamental... ou assassinados por ladrões que acharam pouco o trocado da feira que as vítimas portavam.

Que pena não morrerem mais! Muitos mais...

Que lástima não serem mais destratados, esmurrados e vilipendiados pela polícia, pelos traficantes, sobretudo... ainda mais pelos petistas!

Adoro saber dos inocentes mortos pelas balas perdidas... sempre atribuídas a policiais e nunca a quem verdadeiramente as dispara.

Ainda bem que o MST invade fazendas produtivas, arruína campos arados, mata gado no pasto e destrói milhares de plantações ainda embrionárias.

Adoro a onda Quilombeira de uma terra que pertencia aos índios, roubada pelos brancos, que, sob o governo petista, se sabe agora, pasmem, pertencia aos negros que vieram escravos da África...

Certamente o horto do Jardim Botânico, no Rio de Janeiro, sempre foi propriedade dos negros... dos filhos do Axé e das prostitutas petistas que os partiram.

Que bom existirem “valentões” a queimarem índios dormidos, indigentes sonolentos nas calçadas e empregadas domésticas em paradas de ônibus... Melhor mesmo são os “valentões” paulistas, filhinhos de papais desnaturados, em dilema homossexual latente a baterem em bichas com lâmpadas fluorescentes... por se sentirem reprimidos, frustrados, incapazes de assumirem a mesma mariconada que agridem a lamparadas...

Como é bom saber que o Brasil é um dos países mais corruptos do mundo e um dos mais difíceis para se iniciar uma empresa ou até abrir uma lojinha de quinquilharias.

Ah... leitor, não sabe como reverencio, aplaudo e me regozijo com as “inteligências abéculas” ao estilo Mayara Petruso, a insigne jericada posta a insultar nordestinos após as eleições... seguindo o tipo mulher despeitada que descobriu tarde ser de chita a clâmide recebida pelos favores horizontais.

Nos invernos brasileiros deleito-me com as inundações. Felizmente existirem no Brasil governantes que nenhuma importância dão a obras de saneamento e permitem esgotos a céu aberto... e pontes a ligarem o nada a lugar nenhum.

Que divertido o ensino no Brasil ser “encino” e ir de mal a pior. Monteiro Lobato é proibido nas escolas, o Atlas brasileiro mostra dois Paraguais e Congresso é escrito “Congreço”.

O favelês vigora. Floresce. Já é uma língua viva. Gosto de ouvir os repórteres televisivos, radiofônicos e vespertinos a falarem... a escreverem tão bem esse idioma... maltratando sem dó a inculta e bela, a última flor do Lácio.

Que bom no Brasil existirem mais “universidades de Direito” do que toda a Europa e EUA juntos... não têm. Acho maravilhoso o Direito brasileiro residir em universidades mercantilistas de baixíssima qualidade; na sua maioria, refugio de desprovidos de moral, de ética, que vêem no Direito a melhor forma de superar a lassidão e exercitar a astúcia e o oportunismo... atributos tão inatos... tão nacionalmente brasileiros.

Talvez por isso e apesar, disto, muito me alegro pela reforma do judiciário jamais ter saído do papel e o Poder em si estar hoje inquinado e lotado de esqualos togados... tal como bagres a alimentarem-se de qualquer coisa: - da burocracia, dos artigos legais esdrúxulos e mal redigidos, dos impedimentos e delongas processuais; a morosidade justificada pelo amplo direito à defesa... Defesa de quem pode pagar “bons” advogados amancebados com o Poder Público; indefesa para quem não pode e se rende alegre e imbele à tal justiça sem integridade...

Aplausos para o PMDB, o prostituto político. Rezemos pela alma do DEM em extinção. Esqueçamo-nos do PSDB, das coisas que, ditas, já não são verdade... e dos ninhos apodrecidos dos tucanos. Neles há muito deixou de haver penas.

Preciso limpar os limos do meu poço. Faça o mesmo no seu, caro leitor.

Que bom os marketeiros brasileiros – o conjunto singular de epígonos para dar “voz” e “razão” à “maioria ventríloqua”, – terem passado a racionalizar o irracional; terem transformado a política eleitoral num processo de simples oferta; numa feira de vaidades a promover candidaturas de quem promete melhor e pagava melhor ainda...

Gosto de saber que no Brasil, – astutamente e com enorme aptidão, tanto no campo comercial, social ou político, – os marketeiros tornaram-se tutores do povo e da opinião pública.

Mais gosto de saber, – até incentivo, – que os intelectuais, especialmente os “intilékituaisuspenianos, uerjenianos e pukianos tenham-se transformado em papagaios a repetir o mandado por terceiros; a abjurarem as suas supostas convicções para aderirem a quem detém o poder, tão-somente por uma “boquinha” no governo ou por um livro novo publicado, que ninguém nunca lerá... sem se importarem que eu e mais dois ou três coloquemos na lista do questionável tudo o que anteriormente escreveram.

Que odioso sou!, não é verdade, caro Leitor?

Como sou cruel...

Por apoiar tudo o de “bom” que o Brasil “tem”?; ou por permanecer indignado com as honras ao mérito dadas a celerados de colarinho branco?

Sílvio Santos vem aí... lálá, lálálá... Eu te amo meu Brasil, eu te amo... Meu coração é verde, amarelo, branco, azul, anil... Ninguém segura a juventude do Brasil...

Por favor, leitor, decida; pois sou pior do que isso. Quem diz a verdade sempre se torna odioso para quem a ouve, ou... neste texto, lê. – Queime-o!

Não pense mais, leitor. Saiba que o meu respeito por você vai além de quanto digo. Quem pensa, sofre; e o pior tormento não é sofrer, é pensar. O pensamento faz engolir o vômito de fel... Saiba que é fel o que me atraganta diante da falsidade... quando vejo criminosos agraciados pelos crimes que cometeram... em troca de contribuições dadas a campanhas políticas do Partido Truculento... de um analfabeto corrupto... de uma criminosa, ex-terrorista e assaltante de bancos, eleita... para presidente da república.

Como vê, leitor, não vale a pena pensar. Nem sofrer. Menos você me entenderá... ou, como disse o poeta, desgastará o amor de querer me interpretar...

Irremediavelmente, o Brasil é um país desprovido de moral, sem ética, desgastado na sua honra, traído no seu patriotismo, devorado pela indecência e privado da dignidade...


Cântico Negro

José Régio
do livro: Poemas de Deus e do Diabo


Vem por aqui; – dizem-me alguns com olhos doces,
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom se eu os ouvisse
Quando me dizem: – vem por aqui!
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos meus olhos, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...

A minha glória é esta:
Criar desumanidade!
Não acompanhar ninguém.
Que eu vivo com a mesma sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe.

Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam os meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde,
Por que me repetis?: – vem por aqui!?
Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...

Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.
Como, pois, sereis vós,
Que me dareis machados, ferramentas, e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o longe e a miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...

Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátrias, tendes tetos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios.
Eu tenho a minha Loucura!
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...

Deus e o Diabo é que me guiam, mais ninguém!
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.

Ah... que ninguém me dê piedosas intenções!
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: – vem por aqui!
A minha vida é um vendaval que se soltou.
É uma onda que se alevantou.
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou...
Não sei para onde vou...
Sei que por aí não vou!

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Pot-pourri à brasileira.

Olá Leitor(a). 

Estou novamente em New York. Desta vez para a minha semana anual de compras... que ontem decidi prolongar por mais outra. O meu alfaiate precisa de mais tempo para terminar as encomendas. 

Você não imagina como os ternos sob-medida saem bem mais baratos em NY, se comparados aos da Savile Row, em Londres. Os preços estão ótimos.

Ruim... e bota ruim nisso, são as dezenas de brasileiros embrulhados em cachecóis de lãs multicores, andando aos berros pelas calçadas e corredores das lojas. Que gentalha! Que mau gosto. Que cafonice! Que cheiro a naftalina.

Só de cruzar com eles dá-me um ataque de espirros e seguro a carteira com força.

Pela manhã, decidi comprar-me a “Ferrari” dos Laptops. Acabo de estreá-la para comentar o que li durante a semana passada. Preciso aproveitar ao máximo este novo brinquedinho de US$ 6.500. A diversão durará até regressar a Bruxelas, bem o sei. 


O meu filho mais velho já me convencerá que não disponho de “conhecimentos informáticos” suficientes, (mentalmente está convencido que sou burro), para saber aproveitar tamanho avanço tecnológico.

Não lhe tiro a razão. Neste universo informático encontro mistérios que nem a própria razão ou a vã filosofia são capazes de esclarecer.

Entretanto, desta vez, jurei pra mim mesmo, vou resistir uma semana antes de aceder à troca desta belezura, pela laptop dele, presente meu quatro meses atrás pelo seu aniversário. Nos anos anteriores consegui resistir por dois dias... e acabei ficando sempre com o laptop do meu caçula...

Pelo visto, o escândalo da mega-fraude perpetrada pelo Silvio Santos sumiu dos noticiários brasileiros. O pilantra abotoou-se com R$ 2,5 bilhões, comprou uns quantos editores e redatores, ajudou a eleger a assaltante de bancos para a presidência da republiqueta brasileira e as gloriosas tropas de assalto invadiram o morro... com direito a hastear bandeira no alto... pela terceira ou quarta vez, em pouco menos de três anos...

Por certo, fiquei até com pena dos viciados, – em crises de abstinências, – por estarem impedidos de comprar cocaína, maconha e crack, os “barato” – da Vila Cruzeiro e do Complexo do Alemão, – apropriados a proporcionarem-lhes a sutil compreensão das vicissitudes nacionais.

Como diria um amigo meu, não há crise de abstinência, só “encheção de saco”. Em vez de ir a pé para comprar a droga, nas próximas semanas será preciso carro para ir até ao morro vizinho.

Segundo ele, existem mil comunidades cariocas onde a cocaína sai até mais em conta...

Para mudar de assunto a Globo News, no programa “Profissão Repórter”, levou ao ar uma reportagem bombástica sobre o sucateamento do atendimento hospitalar brasileiro, sem mencionar - uma só vez - a criminosa irresponsabilidade dos petistas...

Segundo uma amiga minha, as gravações foram concluídas no final de Agosto e a edição em princípios de setembro. Que estranho não ter ido ao ar logo em seguida, antes do dia da eleição do segundo turno...

Ao mostrar pobres-a-rodo, sujeiras aos montes e incompetências a granel, deu razão ao estrupício da Dilma Rousseff quando afirmou que “os hospitais estão cheios, porque todo o mundo procura os hospitais”.

Se o programa tivesse ido ao ar em outubro, por exemplo, certamente o empréstimo do BNDES para a Globo não seria aprovado.

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, numa das suas múltiplas chispas de genialidade energúmena, decidiu refundar a cidade do Rio de Janeiro, ditando por decreto municipal o dia 28 de novembro como o de refundação da cidade.

Como se refunda uma cidade que já existe e não foi destruída?

Como diria Nelson Rodrigues, carioca já nasce com a disposição irresistível de se mostrar cretino fundamental. Cééérrrto?

Na rede Globo, se bem recordo, o programa “Estúdio i”, apresentado por Maria Coutinho Beltrão, revela bem esse cretinismo inato. Especialmente da apresentadora; mais ainda se nos lembrarmos do pai dela, Hélio Beltrão.

"Que Brasil formidável seria o Brasil se o brasileiro gostasse do brasileiro", já diria o imortal Nelson Rodrigues.

No fim de semana passado gostei bastante das fotos das apreensões realizadas pela polícia carioca. Além das toneladas de maconha, dos poucos pacotes de cocaína e de uns quantos tijolinhos de crack, o melhor mesmo foram as armas enferrujadas, ou partes delas, apresentadas pela imprensa brasileira como sendo as utilizadas pelos criminosos.

Que espetáculo! Que mentira!

Que jornalismo cretino!

Será que nenhum plumitivo se deu conta que essas armas são uma empulhação da polícia carioca para esconder, não só a própria incapacidade de atuação como a corrupção sistêmica e generalizada que permeia por todos os seus níveis hierárquicos?

Tirando uma ou duas armas mostradas nas fotos, as demais são velhas, imprestáveis e, provavelmente, se nos barracos estavam, serviam apenas para aproveitarem partes delas como peças de reposição no conserto das armas em uso.

Que estranho a polícia ter apreendido tanta maconha, pouquíssima cocaína e quase nada de crack... e nada de armas boas em completo funcionamento.

Gostei também de saber que a polícia estima em 16.000 cariocas o número de narcotraficantes no Rio de Janeiro. Desses, 600 ou 700 estavam na Vila Cruzeiro e fugiram para o Complexo do Alemão.

16.000 bandidos representam 0,1% da população do Rio. Só? Os deputados, senadores e a maioria dos funcionários públicos do Estado estão incluídos nessa contagem?

Que estranho a polícia (22.000 homens em toda a cidade), ter conseguido prender tão-somente meia dúzia desses cariocas... a maioria pé-de-chinelo...

Mais de 500 bandidos, bem armados, fugiram pelos esgotos? Qual foi o acordo?

Os bandidos fogem em paz e os policiais podem revistar todas as 30.000 casas do complexo para se apropriarem de tudo o que encontrarem... inclusive de dinheiro e bens das famílias, cujo crime maior que cometem é não conseguirem sair da pobreza?

Ora, ora! Parece que os crioulos do AfroReggae obtiveram sucesso nas negociações secretas. Que inveja devem sentir os hipócritas das ONGs da paz... das ONgs do bem... e os "intilékituais pukianos" e "uerjenianos" e até os "uspenianos" metidos nas dezenas de comissões de direitos humanos... não menos hipócritas e absolutamente corruptos... voltados apenas para defender os coitadinhos dos bandidos.

Desta vez ninguém falou do Alex Pereira Barbosa, o MV Bill e da sua CUFA (Central Única das Favelas). O que será que deu no rapaz? Ficou rico e não cuida mais dos “brother”?

Enquanto os bandidos se dispersam, a polícia finge que prende, mas rouba o cidadão comum, o prefeito refunda o Rio de Janeiro e Sérgio Cabral já se vê candidatíssimo vitorioso ao Palácio do Planalto, (para desespero e olho gordo do César Maia), José de Alencar, VP da republiqueta, é submetido à sua décima sexta operação.

Coisa ruim não morre mesmo! Isso sim é uma desgraça.

E a gloriosa força aérea brasileira já se prepara para comprar o novíssimo Aerodilma? Pela bagatela de R$ 450 milhões? Leia «AQUI». Que foi que aconteceu?

O aerolula é pequeno demais para o corpanzil disforme da ex-terrorista e assaltante de bancos?

Será, por acaso, necessário nas viagens da Dilmula, que uma equipe médica e respectivos equipamentos precisem acompanhá-la para retrasar-lhe o avanço do câncer de modo a permitir ao Lula manter-se na presidência da republiqueta?

Ou então... Não me diga, leitor, que virou moda no Brasil que cada mequetrefe a assumir a presidência precisa, in obligatio propter rem et animus obligandi de um novo avião para seu uso e comodidade?

Melhor encerrar por aqui. Posso perder o apetite escrevendo mais sobre brasilidades. Tenho reserva no Manhattan Ocean Club para jantar uma bela lagosta de duas libras de peso. Se vier a NY recomendo-lhe que visite o restaurante. No Brasil não existe nada, sequer, parecido.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

PanAmericano: agora a culpa é dos “parente”?

Caro Leitor, façamos como o poeta: – enlacemos as mãos. Sentemo-nos sossegadamente à beira do rio e fitemos como o PanAmericano é uma fraude enorme; sempre foi!; e nós... Nós não estamos de mãos enlaçadas...

Ricardo Feltrin, editor e redator do “Ooops”, coluna de fofocas televisivas do UOL, escreveu no sábado 14/11: – “Sílvio tomou a decisão de por fim ao ‘nepotismo’ no Grupo SS anteontem, em reunião com seus advogados. A equipe teria concluído que a colocação de parentes em altos cargos de direção e confiança foi o principal motivo para que a fraude ocorresse”. – Leia o resto «AQUI», se quiser. Não vale a pena.

O texto do sr. Feltrin, como o nome já insinua, – bem apropriado, diga-se, ao que publica, – é um feltro ou uma filtragem encomendada. Entretanto, serviu-me de inspiração. 


Diante de tantas mentiras que os jornais brasileiros estão a publicar sobre o PanAmericano, a minha indignação vai além do quanto existo.

Por motivos particulares, bem gostaria de contar aqui o que sei e mostrar os documentos há muito guardados. Não posso! Correria o risco de trazer à baila nomes de pessoas estimadas que um dia, de boa fé – e por ingenuidade, – foram seduzidas, manipuladas e lesadas por esse camelô, filho de uma égua, chamado Senor Abravanel.

Quinta-feira passada, cheguei a ligar para duas dessas pessoas. Até me propus ir ao Brasil, (apesar de todo o asco que me invade, só de pensar em voltar), para orientar e apoiá-las, caso estivessem dispostas a testemunhar para o Ministério Público. 


Não estão. 

Nada feito. 

A idade avançou demais para elas e hoje... bom... Quando se envelhece na miséria tem-se medo até de ir à padaria para comprar pão.

O Leitor ainda se lembra de quando Sílvio Santos deixou São Paulo e foi morar em Miami, dizendo que não voltaria mais para o Brasil?... Que deixava de apresentar os programas que só pobre assistia?

O que o Leitor talvez não saiba é que Sílvio Santos fugiu para deixar em São Paulo um bando de advogados que, munidos de poderes ad negotia, enfrentaram as pessoas lesadas numa estafa financeira milionária, iniciada com os carnês do Baú da Felicidade, repetida nos títulos da Liderança Capitalização e hoje, praticamente institucionalizada pela atual Tele-Sena arranjada.

A justiça brasileira corrupta, imersa nas inventadas delongas processuais exasperantes, e esses advogados sem escrúpulos, proporcionaram acertos ad judicia et extra aviltantes; sobretudo um monte de pactum de non petendo


Esses amigos meus foram dois dos milhares de prejudicados, que se juntam agora aos estafados pelo PanAmericano.

E o leitor acha que o Ministério Público não sabe ou sabia disso? Sabe! Sabia! Mas não fez nada!; porque é movido a interesses políticos, jantares e outras ‘cositas” mais.

Melhor deixar de lado as aberrações legais brasileiras e a “apatia” do Ministério Público e do Banco Central; este, o verdadeiro responsável por ter permitido esse golpe de R$ 2,5 bilhões no PanAmericano; cujo montante final, segundo soube hoje, pode passar dos R$ 4 Bilhões.

De qualquer forma, vou contar mais um pouco, ao meu modo, dentro do possível, o que sei e que a imprensa brasileira também sabe, mas prefere esconder. Quem sabe, alguém se interessa e vai em busca de mais informações, se tiver coragem de publicá-las.

Esta manhã, falando com um amigo meu em Belo Horizonte, quis saber porque a imprensa não revelava a verdade sobre Sílvio Santos. 


Disse-me ele: – “a maioria tem medo de perder o emprego ou quebrar o corporativismo... e, se desempregado, pode que não consiga vaga no jornalismo SS... ”... “Além disso, revelar o que acontece nos bastidores do Grupo SS traria à tona situações análogas em mais de uma dezena de bancos”... “Os investimentos em publicidade dos bancos anda na casa dos R$ 800 ou R$ 900 milhões...

No final deste texto ofereço uma lista de matérias colecionadas no fim de semana passado. Destaco a escrita por Mônica Bergamo, da Folha, onde transcreve uma entrevista telefônica realizada com Sílvio Santos. Leia-a «AQUI» se tiver muita curiosidade e quiser me abandonar... Como diria o poeta: – “Quer gozemos, quer não gozemos, passamos como o rio. Mais vale saber passar silenciosamente”.

A entrevista vale a pena; exclusivamente para se perceber o caráter abjeto de Senor Abravanel, que prefere ser chamado de Sílvio Santos.

Voltemos à matéria do feltro, ooops!, digo, Feltrin.

Sílvio Santos e sua assessoria de imprensa devem andar ouvindo discos de Vicente Celestino. Num momento como este, em que a “Força do Destino” destroça o “Baú da Felicidade”, que há muito está falido, a canção “O ébrio”, do imortal intérprete, deve ser adágio de fundo a marcar as decisões.

Saudades, certamente deve ter Sílvio Santos de quando cantava a “Tosca” no banheiro... e o auditório “mais feliz do Brasil” atirava-lhe flores. Consigo até imaginá-lo, diante do espelho a ajeitar a peruca, trauteando de microfone dourado ao pescoço:

Já fui feliz e recebido com nobreza até
Nadava em ouro, e tinha alcova de cetim
E a cada passo um grande amigo que depunha fé
E nos parentes... confiava sim...

E hoje ao ver-me na miséria, tudo vejo então
O falso lar que amava e a chorar deixei
Cada parente, cada amigo, era um ladrão
Me abandonaram, e roubaram o que amei.

Assim que... huumm... mandaram o Feltrin dizer que o busílis no PanAmericano “foi os parente”?????

Só quem não conhece o centralismo e a tirania do Senor Abravanel pode acreditar numa patranha dessas; ou nas que disse à Mônica Bergamo. Daqui a pouco, baseado no que jornalista transcreveu, vou destacar algumas, só para ilustrar.

Antes, porém, é preciso que o Leitor entenda algo nas e das personalidades de Senor Abravanel versus Sílvio Santos. 

Embora seja o mesmo homem, ele não se pertence. 

O poder dominou-o, a tal ponto, que pisa em quem se interpuser no seu caminho. 

Nele convivem traços típicos distintos, bipolares, erráticos e dados a destemperos excruciantes. Detesta perfumes e se alguém quiser deixá-lo furioso é chegar perto todo(a) perfumado(a). Este fato talvez se deva à doença que tem: edema de Quink.

Senor Abravanel é o homem-empresário, camelô compulsivo, déspota por natureza, macumbeiro por superstições pessoais múltiplas, – faceta que pouca gente conhece, – adúltero contumaz, pai protetor e marido provedor.

Sílvio Santos é o oposto; sempre e quando ao redor hajam holofotes, pessoas estranhas ou a ambição financeira o impulse a camaleonar-se. No privado, Sílvio Santos confunde-se com Senor Abravanel.

Alguém já esqueceu quando ele e seu auditório cantavam: “O general Golbery é coisa nossa”? “O presidente João Figueiredo é coisa nossa”?...

E de Carlos Renato?, jurado bem pago do seu programa de calouros, primo de dona Dulce, esposa do general João Figueiredo?

E da marchinha "Eu te amo meu Brasil, eu te amo", escrita por Don e Ravel, que sonorizava a campanha publicitária “Brasil, ame-o ou deixe-o” elaborada a pedido do alto comando militar?

Quem não se lembra da “semana do presidente” apresentado aos domingos para mostrar que a ditadura só fazia bem para o Brasil?

Fazia bem, sim, para Abravanel conseguir mais canais públicos de TV e formar o seu SBT; ou conseguir a licença para montar a sua Liderança Capitalização destinada a espoliar pobres de pouca inteligência. 

Do mesmo modo como a bolinha de papel atirada à cabeça do Serra fez bem ao Senor Abravanel para conseguir o empréstimo de R$ 2,5 Bilhões e ajudar na derrota de José Serra; não que eu a lamente. Veja a reportagem «AQUI»

Quem pensar em conquistar a amizade do personagem Senor Abravanel, dificilmente terá êxito. Raramente freqüenta restaurantes ou recebe convidados na sua luxuosa residência no Morumbi, de onde, certa vez, foi posto para fora pela esposa, Irís, que apresentou queixa crime contra ele na polícia e, posteriormente, até trocou as fechaduras da casa.

Abravanel abjura igualmente guetos acadêmicos ou meter-se em atos públicos ou políticos, apesar de ter tentado eleger-se prefeito duas vezes e presidente da república, uma vez. Tampouco possui currículo escolar, ao menos, completo. No entanto era bilionário. Hoje não é mais.

No trato com funcionários e operários das suas empresas, Abravanel mostra-se arbitrário, geralmente despótico e disciplinador. Não gosta de ouvir, não aceita sugestões, fala pelos cotovelos e os outros... Os outros sempre e invariavelmente estão errados.

Outro dos seus dotes é conhecer detalhes sórdidos das suas figuras proeminentes no SBT, do jornalismo em geral, de políticos, de banqueiros e, mormente, de ministros. 

Não tem avidez por notoriedade. Prefere atuar como uma espécie de eminência parda; um cardeal Richelieu dos interesses farisaicos das suas empresas junto ao governo Federal, (principalmente na época dos militares), e a outros governos de países das Américas; sobretudo, da do Norte.

Sua principal característica é o conhecimento enciclopédico; uma capacidade intuitiva da realidade; uma visão de mundo, de empresas, da política, do Direito e, sobretudo da grande imprensa, algo incomparável a qualquer outro cidadão brasileiro.

Em terra de cegos, quem tem olho é rei.

Senor Abravanel é um especialista em demonstrar que "em quase nenhum lugar é assim" e que só ele está certo. Habitualmente, com sucesso, debate e rebate com eloqüência os argumentos do governo contrários aos seus interesses pessoais e aos das suas empresas, nesta ordem.

É metódico fanático e desconfiado primeiro. Acredita na família e comanda-a com pulso de ferro ao estilo da máfia siciliana. Todas as suas empresas são “oficialmente” regidas por familiares, aos quais impõe, – em nome desses laços co-sanguíneos, – uma lealdade e fidelidade caninas; porém, a nenhum deles dá autonomia para dar um passo, sequer, nem espirro se porventura precisar, sem receber previamente a sua aprovação.

Para Abravanel, mais importante do que ganhar dinheiro é não perdê-lo. Entre os seus funcionários tem fama de ser pão-duro; talvez por isso ele não se cansa de alardear que os paga regiamente. Não paga!

Abravanel detesta ser contrariado; mais ainda em não obter em seguida o que deseja; pior se muda de opinião e não é atendido na mesma velocidade da mudança.

Quanto à personalidade do “Sílvio Santos”, como escrevi antes, é totalmente o oposto, repito, se houver público ou microfones por perto.

Sílvio Santos é a personificação exemplar do bufarinheiro nato; a simpatia e o carisma de mãos dadas, montadas em cima de duas pernas com um microfone antigo pendurado no pescoço. 

É afável, “amigo” dos seus amigos, se estes lhe proporcionarem algum tipo de vantagem. Sedutor ao extremo, é dono de uma lábia de fazer inveja a Satanás. Jus lhe faz o apelido “o peru que fala”, (já esquecido pela mídia), com o qual foi conhecido na juventude. 

Como bom camelô não hesita em mentir ou deturpar a verdade se a situação lhe for antagônica.

Outra das suas aptidões reside na singular capacidade de insultar as pessoas e deixá-las com a sensação de terem sido elogiadas; graças à sua simpatia, ao domínio da voz e ao extraordinário conhecimento de palavras pouco usuais, usadas como eufemismos.

Se quer chamar alguém de burro, por exemplo, coisa que sucede amiúde na cobrança de resultados junto a algum executivo das suas empresas, diz simplesmente: “nota-se que o senhor tem uma inteligência digna dos maiores elogios”. – Se o coitado, apesar dos resultados ruins apresentados, não percebe o sarcasmo, certamente fica feliz por ter recebido “os maiores elogios” do patrão.

Raramente algum dos “elogiados” pára para raciocinar sobre o “piropos” que recebe. Porém, se o faz, guarda silêncio, porque propagou antes pela empresa que o chefão o elogiou. Pelo geral, uma semana ou duas depois é despedido. Sílvio Santos não perdoa erros ou resultados abaixo do esperado.

Estranho que a imprensa ainda não tenha ido atrás de Miguel Cohen, ex-diretor do cartão PanAmericano...

As ironias e metáforas de Sílvio Santos são igualmente famosas, ferinas e incontáveis vezes interpretadas ao contrário do seu significado, para desespero de muitos executivos e dos poucos jornalistas que conseguem entrevistá-lo.

Um exemplo do que acabo de afirmar é a entrevista transcrita que concedeu à Mônica Bergamo. Em negrito apenas as respostas de Sílvio Santos e, logo abaixo de cada uma o meu comentário.

(Leitor, se acima, onde indico o link da entrevista, você não a acessou, vai precisar primeiro fazê-lo agora, «AQUI», se quiser entender o que comento abaixo).

– “Que Lula?

A mordacidade de Sílvio Santos diante das perguntas da jornalista chega a ser aviltante. É preciso que a jornalista lhe diga a qual “Lula” ela se refere para que a “personalidade” Sílvio Santos busque na memória a referência ao nome.

O complemento da resposta dada à jornalista é ainda mais circense. Não fosse eu e a minha memória, soaria até plausível. Porém, se o leitor reler o que foi noticiado em 22/09/2010, no Portal G1 da Globo, «AQUI», verá as discrepâncias.

Sílvio na entrevista fala em ter pedido ao Lula R$ 13 milhões, mas em 22/09 falou que eram R$ 12 milhões. Milhão para cá, milhão para lá, que diferença faz? Né “me’mo”?

Coincidentemente, na mesma data, Lula, para atender o Sílvio Santos, cancelou a reunião que estava agendada, às 11:25 hs, com o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. – Oh, coincidênciazinha danada de boa, !

Entretanto, como disse o meu amigo esta manhã, se a reunião com Henrique Meirelles foi cancelada, porque diabos o mesmo Henrique Meirelles estava no gabinete do Lula quando Senor Abravanel lá entrou? Sim, Senor Abravanel foi quem visitou o Lula. 

O Sílvio Santos estava incorporado para tratar do Teleton, mas... – mas, que peninha! – não teve oportunidade, exceto para dar entrevistas à mídia e insinuar, como relata a reportagem do G1: – “Sílvio Santos contou ainda que convidou Lula para fazer a abertura do Teleton, mas também não obteve uma posição definitiva do presidente. Ao relatar a espera na ante-sala do gabinete presidencial, o apresentador acabou revelando aos jornalistas que o ex-ministro da Justiça Márcio Thomas Bastos aguardava para se reunir com Lula, encontro que não estava previsto na agenda oficial”.

“...acabou revelando aos jornalistas que o ex-ministro da Justiça Márcio Thomas Bastos aguardava para se reunir com Lula, encontro que não estava previsto na agenda oficial”????

O estranho mesmo, como disse o meu amigo, é que Senor Abravanel, despido completamente da personalidade de Sílvio Santos, não parava de falar, pelo celular, com o próprio Thomas Bastos...

Em 22/09, na entrevista dada à Globo, Sílvio Santos diz que pediu R$ 12 milhões, (um por cada ano de existência do Teleton), mas que “o Lula não deu resposta sobre se daria o dinheiro”.

Em 12/11/2010, 46 dias depois, diz à Mônica Bergamo: 

Estive com ele falando sobre o Teleton. Ele está me devendo R$ 13 mil [risos]. Tive que dar por minha conta porque ele prometeu e não deu os R$ 13 mil. Eu falei para ele: "Se você der R$ 13 mil, a Dilma pode ganhar a eleição". Porque é o número dela, não é? Não é 13 o número da Dilma? "Pode ser que Deus te ajude e ela ganhe a eleição."

Agora pergunto eu: Se R$ 12 milhões eram, um por cada ano de existência do Teleton, porque viraram, – para a repórter da Folha, – R$ 13 milhões? Para combinarem com o número da Dilma? Porque 46 dias depois a memória esquece das mentiras ditas antes?

Você responde, Leitor.

Sigamos. Continuemos a observar o fluxo do rio.

– “Mas aí é que tá: agora tô preocupado [risos]. Ele fez a promessa e não cumpriu”.

Esperar caráter ou honra entre bandidos é o mesmo que plantar batatas em mar aberto.

Sílvio Santos que, em troca de um monte de milhões de Reais (R$ 105 milhões segundo me confirmaram), – a pagar de suborno ao PT – por conseguir o empréstimo de R$ 2,5 bilhões, ainda afirma algo que o Lula nunca disse;... mas combinou (quando se falasse da audiência no planalto), para efeitos de versão a ser dada à imprensa.

Outra pergunta impossível de calar: Como o Lula, mesmo sendo um beócio da pior qualidade e corrupto de alto escalão, desmarca uma entrevista com o presidente do Banco Central para atender um dono de televisão que vai "pedir-lhe" um monte de dinheiro para uma instituição que já recebe ajuda Federal e Estadual?

Você responde, Leitor.

Aqui um parêntesis para que o leitor perceba como Sílvio Santos gosta de plantar factóides. Assemelha-se até com o petista-bandido, ladrão e seqüestrador do José Dirceu.

Há alguns anos corria o boato que a TV Globo, no seu “Criança Esperança” recebia doações e usava-as para descontar no imposto de renda. Isso aconteceu, de fato, no primeiro ano do programa, mais por incompetência do departamento financeiro da emissora do que por má fé. Entretanto, logo foi corrigido. Contudo, anos depois, quando esse boato realmente apareceu, adivinhe de onde saiu? Onde começou?

O Leitor será capaz de adivinhar?

É pena que o Jornal do Brasil não tenha ainda, digitalizadas e online, todas as edições passadas para poder indicar aqui o link de quando o rumor foi espalhado. Entretanto, se o leitor pesquisar no Google deste ano e nos últimos oito anos, poderá ver que antes do “Criança Esperança” se realizar os boatos recrudescem intensamente. O pico atinge quando Sílvio Santos realiza o seu Teleton.

Vejamos agora sobre o José Serra e as três respostas do Sílvio à jornalista:

– “Caiu alguma coisa na cabeça dele? [risos] Caiu alguma coisa na cabeça dele?
..............
– “Ah, não foi hoje?
..............
– “Ah, eu não sei desse negócio de bolinha, não. Isso aí, olha, eu não vejo TV. Televisão, para mim, é trabalho. Só vejo filme. Agora que você ligou para mim eu estava vendo a Fontana di Trevi. Você já viu esse filme, "A Fonte dos Desejos" (de Jean Negulesco)? Eu estava vendo agora”.

Do mesmo modo que Senor Abravanel inventou “a Semana do Presidente”; rasgava seda com o nome do General Golbery do Couto e Silva, inclusive na promoção do seu livro, “Geopolítica do Brasil”; contratou e promoveu a dupla Don e Ravel para agradar aos militares; empregou como jurado Carlos Renato, primo da esposa do General Figueiredo, tudo para conseguir mais canais de TV, a divulgação da bolinha de papel em cima do Serra, e o repasse da reportagem para a propaganda Dilma, foi um agrado ao Lula e ao PT. O mesmo fim teve a carta escrita e divulgada, por ordem do próprio Abravanel, pelo repórter Marco Alvarenga «AQUI» e «AQUI», e o desafio de Carlos Nascimento, durante a apresentação do Jornal do SBT, ao instar qualquer pessoa a apresentar provas de que tivesse havido um segundo ataque a José Serra, além da bolinha de papel.

Quando Carlos Nascimento fez esse desafio já sabia que a Folha de S. Paulo possuía imagens que provavam o contrário e que, no dia seguinte, seriam exibidas pela TV Globo.

Quando as emissoras afiliadas ao SBT no Nordeste cancelaram, “por ordens superiores”, o debate onde Serra deveria se apresentar, por acordo previamente firmado, a despeito do suposto cancelamento de Dilma Rousseff, as tais "ordens superiores" partiram diretamente de Senor Abravanel. 

Sílvio Santos teria até prosseguido com o debate, pois os anunciantes já tinham pago. Entretanto, nesse momento, o empréstimo de R$ 2,5 bilhões já estava totalmente assegurado desde 22 de setembro.

Nas respostas à jornalista, Sílvio Santos transborda ironias e chalaças. O divergir para outros assuntos, como falar do filme "A Fonte dos Desejos", é outra das suas peculiaridades mais notáveis quando mente.

De toda a entrevista narrada pela Mônica Bergamo, a parte que mais gostei foi a “sutileza” com que Sílvio Santos desconhece o nome de Eike Batista. Como se diz na Espanha, Sílvio quadrou o touro e lhe deu um passe de peito:

– “No duro?
….
– “Ah, me arranja! Arranja para mim que eu te dou uma comissão”.
.....
– “Se ele me pagar bem, por que não? Quem é? "Elque"?”
......
– “Ele é americano? Eike?
......
– “Não, não conheço. Mas, se ele pagar os R$ 2,5 bilhões que estou devendo, vendo, é claro que vendo. Não precisa nem pagar para mim, paga para o Fundo Garantidor de Crédito. Eu não posso vender nada sem passar pelo Fundo Garantidor de Crédito”.

Se eu fosse o Sílvio Santos teria respondido parecido, pois diante das perguntas da repórter, está na cara que ela pegou o assunto num bonde andando e não tem a menor noção do que aconteceu. Coitada!

Vamos aos fatos como realmente aconteceram.

1 – Eike Batista não pretende comprar o SBT. Nunca quis, nem quer!

2 – Depois que Carlos Slim recusou a proposta de Senor Abravanel para associar-se ao SBT e, por tabela, ao PanAmericano, o dono do Baú procurou Eike Batista e mais três outros investidores, cujos nomes não vêem ao caso, e fez-lhes a mesma proposta apresentada ao mega-investidor mexicano.

3 – Eike Batista nem se tomou tempo a pensar. Recusou:
a) A situação financeira grave do Grupo SS já era do seu conhecimento.

b) A possibilidade de possuir uma rede de TV seria até interessante... Contudo, Eike jamais se disporia a pagar US$ 1 bilhão (a exorbitância que Silvo Santos pede) para não ter o controle acionário e administrativo da Empresa.
Sílvio Santos somente aceita vender parte do SBT, sempre e quando ele próprio (leia-se oficialmente, por meio das filhas e amigos de confiança), permaneça senhor e rei de todas as decisões.

Nesta altura da entrevista, em Mônica Bergamo deve ter baixado o espírito da imbecilidade costumeira dos repórteres televisivos, especialmente da Record e da Bandeirantes, quando transmitem desastres e catástrofes.

Diante da mãe que acaba de perder o filho, assassinado ou atropelado, esses metidos a jornalistas, mentecaptos são, costumam perguntar: – A senhora está sofrendo muito? Como está o seu coração? – E, diante das respostas desoladoras dessas mães, os monstros da informação ainda acrescentam: – A senhora está muito triste, né!?. – O operador da câmara aproveita logo para dar um close no rosto da mãe a ver se dos olhos escorrem lágrimas. Se não há choradeira, o repórter passa às afirmativas: – É muito triste perder um filho... A senhor vai conseguir sobreviver sem o seu filho... O sonho do seu filho em ser médico já não vai se realizar... E as lágrimas começam a verter. É a glória para o jornalismo brasileiro.

O leitor não imagina como eu ficava furioso quando assistia a essas demonstrações apelativas.

Assim fez Mônica Bergamo: – “O senhor está bem? Triste? Chateado?”... “O senhor ficou surpreso com tudo o que aconteceu?”...

Quando vejo uma repórter fazer este tipo de pergunta, será que ela espera que o entrevistado responda que está alegre, com a alma em festa, dando pulos de alegria?

Não me surpreende que a grande imprensa brasileira esteja repleta de imbecis que se acotovelam para ganharem um jantar grátis ou por um agrado de dez vinténs. São deficientes dos neurônios. Têm dois; um é perneta e o outro autista.

Sigamos, embora o texto já esteja maior do que eu imaginava. Se o Leitor estiver cansado, pare e volte outro dia. Hoje encerro o assunto PanAmericano. Também já cansei e nos próximos vou descansar os dedos.

Na entrevista, Mônica Bergamo menciona, ao perguntar, novamente algo que ouviu num trem que a despenteou e deixou-lhe a inteligência em desalinho. Refiro-me ao assunto do Bradesco.

Sílvio Santos por certo deve ter percebido os "nivéu" de quem o entrevistava e responde na gozação. Como a maioria dos jornalistas brasileiros, a moça também não sabe perguntar.

Vamos aos fatos:

O Bradesco não quer emprestar um centavo para o PanAmericano pois já é credor de mais de R$ 850 milhões em carteiras de crédito (a imprensa finalmente descobriu que não eram carnês), que já haviam sido pagas ao PanAmericano e este, mesmo assim, as repassou como não pagas. 

O banco Central em outubro do ano passado já sabia dessa fraude. A Caixa Econômica tomou conhecimento em janeiro deste ano.

O Bradesco também não emprestaria um centavo a Senor Abravanel pois em janeiro de 2009 fez-lhe uma proposta para comprar o PanAmericano, mais o Baú da Felicidade, pelo valor total da carteira fria que recebeu. Foi recusado.

No Conselho do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) o Bradesco votou (exaltado, segundo soube), contra o empréstimo de R$ 2,5 bilhões. Teve que voltar atrás por pressão do governo, devido às subprimes e hedges podres que possui, cuja solvência têm comprometido seriamente a sua saúde financeira.

Para encerrar, embora muito guarde com vontade de contar, o desconhecimento de Sílvio Santos em relação a Rafael Palladino, agora ex-superintendente do PanAmericano, é assaz hilário. 

Como também o é em relação a Henrique Meirelles com quem se encontrou em pelo menos, (que eu saiba) três ocasiões diferentes.

Para o Leitor entender:

Rafael Palladino eu conheço bem. O sujeito deve andar por volta dos sessenta e poucos anos. É dois ou três anos mais velho do que eu. 

Todos os negócios onde se meteu, antes de trabalhar para o Sílvio Santos, deram errado. Em termos de universidade tentou três ou quatro cursos e desistiu. Creio que depois fez educação física numa dessas faculdades onde não é preciso estudar, – só pagar e ao final recebe o diploma, – mas acho que não concluiu. 

Essa parte nunca atualizei por ter saído do Brasil na época.

Por ser primo carnal da Íris, segunda esposa de Sílvio Santos, começou a trabalhar no Grupo SS lá pelos idos de 1988 ou 89, (não recordo exatamente) como vendedor de imóveis. Passou o pão que o diabo amassou. 

O seu físico avantajado e estilo leão-de-chácara metiam medo. Mal ganhava para comer. Na época, Rafael intitulava-se assessor direto do próprio Sílvio, o que, como o leitor já pode imaginar, gerava um monte de gozações entre os amigos; gozações essas feitas em surdina, pois o homem enfezava com facilidade.

Recordo que na época, Rafael ou Rafa, ou “pata de onça”, (devido às mãos enormes), como o chamávamos, passou até a se pentear ao estilo Sílvio Santos.

Por influência da prima, especialmente após ela ter posto o Sílvio Santos pra fora de casa e terem feito as pazes, Rafael foi ser aprendiz de gerente na Baú Financeira (Ex-Real Sul S/A), na época uma empresinha usureira que emprestava dinheiro a juros abusivos para coitados pouco inteligentes. 

Essa empresa, em São Caetano, deu origem ao PanAmericano.

Quando Sílvio Santos conseguiu a licença do governo para montar o Banco, Rafael, ainda por pressão da Íris Abravanel, foi nomeado gerente e logo depois, como era da família, diretor e mais tarde Superintendente, respondendo direto a Luis Sebastião Sandoval, presidente oficial do Grupo SS.

Com o passar dos anos, Rafael tornou-se sócio de fato e de direito de Senor Abravanel na TV Studios Anhanguera, no Baú da Felicidade, na Baú Distribuidora de Títulos e Valores Imobiliários e na Liderança Capitalização, além de mais de umas vinte ou trinta empresas de médio e pequeno porte onde atua como “testa-de-ferro” do próprio Sílvio Santos. 

Empresas essas que vão desde postos de combustível a empresas de marketing e até uma especializada em cobranças.

Tal como o patrão, não só no penteado, Rafael é dado a explosões de caráter, quase sempre grosseiras e repletas de palavrões. A sua fidelidade canina para com o Sílvio é admirável, embora, tal como no passado, ele goste de uma bazófia, digamos, mais enfeitada e bem distante da realidade.

Porém, como dizem os vendedores do Baú da Felicidade, "ninguém engana Sílvio Santos sem pagar por isso"; como aconteceu com os meliantes; um que lhe sequestrou uma das filhas do primeiro casamento, no Rio de Janeiro, e outro, em S. Paulo, que invadiu a sua residência. Ambos morreram de causas desconhecidas, no dia seguinte após darem entrada na prisão.

Se Rafael Palladino tiver alguma morte súbita, natural, claro, eu vou saber que é culpado.

Sílvio Santos dizer que não sabe quem é Rafael Palladino é até compreensível. Ele o conhece por tio Rafa (por parte das filhas) ou Rafinha, por parte da esposa. Ou talvez por “pata de onça”, por parte dos amigos de quem se afastou quando ficou bem de vida, mas não rico como a imprensa tem divulgado.

Certamente a fraude do PanAmericano não foi orquestrada por Rafael Palladino. Este senhor não tem inteligência para tanto, nem coragem para isso. Uma fraude desse tamanho exigiria colocar dinheiro fora do Brasil. 

O “pata de onça” não fala uma palavra de inglês e, se bem me recordo, quando foi do lançamento do PanAmericano na Bovespa (abertura de capital) e conseqüente captação de investidores, Rafael foi para New York quase morrendo de medo por se sentir incapaz de dar conta do recado.

Dentro do grupo Silvio Santos só há um responsável: o próprio Senor Abravanel. Todos os demais executivos, incluindo Luis Sandoval e demais familiares, não passam de assessores e executores das ordens, desejos e ambições de Silvio Santos.

A culpa não é dos “parente”!

Como na canção, a força do destino e a soberba estão se encarregando de, mesmo no fim da vida, dar a Silvio Santos a desgraça que ele deu a milhares de pessoas por terem acreditado na sua lábia, nas suas tele-senas, nos infindáveis carnês do baú da (in)felicidade, naqueles programas de sorteios... para atrair incautos.

Leia também:

11/11/2010 – Silvio Santos virou patrão com golpe no fundador da Record.

12/11/2010 – Após fraude no PanAmericano, Banco Central vasculha carteiras de bancos.

12/11/2010 – Se pagar bem, claro que vendo o SBT, diz Silvio Santos.

12/11/2010 – SBT confirma que negocia venda de horário para evangélicos.

14/11/2010 – Diretores do PanAmericano transferiram bens durante investigação do BC.

14/11/2010 – Parentes de Silvio e Íris serão demitidos do Grupo SS.

14/11/2010 – PanAmericano pagou juros de R$ 120 milhões a cliente.

sábado, 13 de novembro de 2010

Brasil, um país de Pinóquios

Sobre o banco PanAmericano, do Silvio Santos, nunca vi tantas mentiras escritas como nestes últimos dias tenho lido nos jornais on-line do Brasil.

É de assarapantar!, como diria uma tia minha.

É inacreditável ver que ninguém se dispõe a contar a verdade... apesar de conhecerem todos os fios e laçadas do crochê.

Nem Miriam Leitão, embora anteontem tenha escrito dois parágrafos bem escuetos para informar fatos passados e datas anteriores como recentes – ou deliberadamente mudadas – quiçá, para atender “a pedidos”... sem comprometer seriamente a sua credibilidade?

Sei! “Qui dissépissão”!!!!, como se diz em favelês do Brasil.

Vejam a nota da Miriam no jornal O Globo de 11/11/2010. Em azul o texto publicado. Em vermelho o meu comentário, pautado em informações sérias e fidedignas que recebi aqui, a 10.000 kms distante, felizmente, do Brasil:

Bem pior” – Por Miriam Leitão

O que surpreendeu o mercado na noite de terça-feira foi o tamanho do rombo descoberto no banco PanAmericano, que exigiu um aporte de R$ 2,5 bilhões do Fundo Garantidor”.

É MENTIRA! O mercado sabe e sabia do rombo no PanAmericano desde janeiro de 2009.

Fontes informaram que já havia uma sensação de desconfiança em relação à solidez da instituição, mas a parceria com a Caixa Econômica em julho deste ano, com o aval do Banco Central, deixou os investidores um pouco mais tranqüilos”.

Outra MENTIRA! Falar de sensação de desconfiança é um eufemismo. Em setembro 2008 começaram os primeiros rumores. Em Março de 2009 o mercado (BOVESPA e investidores experientes), ficou sabendo da tal “pareceria” com a CEF. O PanAmericano estava falido. Até eu, aqui em Bruxelas soube que essa “parceria” era um socorro urgente, urgentíssimo para o banco não fechar as portas em plena campanha eleitoral. Para o PanAmericano não sofrer uma intervenção drástica do Banco Central. Para que o PROER não fosse ativado e viesse à tona a situação perigosa em que se encontram os demais bancos brasileiros. E, sobretudo, para que o crápula do Lula pudesse emplacar a assaltante de bancos na presidência.

De fato, quem olha para o desempenho das ações do banco nos últimos 30 dias percebe que havia algo de estranho. Entre 13 de outubro e o fechamento em 9 de novembro, antes, portanto, do anúncio do socorro, os papéis acumularam queda de 24,9%, saindo de R$ 9,01 para R$ 6,77”.

Quem olha para o desempenho nos últimos 30 dias??? Qual é a tua, Miriam? Soltaste esta nota pra limpar a tua credibilidade como jornalista silenciada diante de um escândalo escabroso como o que se vê? Você quer dizer aos seus leitores que quando foi anunciado a quebra do Unibanco, chamada eufemisticamente de “Fusão com o Itaú”, ou a compra do banco Votorantin pelo Banco do Brasil, você não sabia que o PanAmericano, em Março de 2009, também havia quebrado por causa dos títulos podres que andou comprando dos americanos?

Ou seja, a instituição perdeu um quarto de seu valor de mercado em menos de um mês”.

Outra mentira! Desculpe que o diga assim sem pôr lacinhos amarelos nos teus caracóis. Se eu, aqui em Bruxelas há 4 anos, e há dois sabia da situação do PanAmericano, você quer mostrar aos seus leitores que não sabia? Ora vamos, pequenina, mas imbatível Miriam!... Você é jornalista bem maior do que indica o seu texto.

Porque não investiga como as ações do PanAmericano têm sido negociadas na Bolsa? Duvido que você desconheça a mamata! Entretanto, fingindo acreditar que você não sabe, pois dou-lhe o benefício da dúvida, que tal acessar os relatórios, bem fáceis, de quem comprou e a quem vendeu. Se eu, aqui de longe, tenho meios de saber que há mais de um ano as ações não sobem, só descem ladeira abaixo, você aí pertinho da fonte sabe muito bem que a perda já passou além de “um quarto do seu valor”!

Que investidor externo ou interno, a não ser duas empresas do próprio Silvio Santos, (que transacionam de fachada entre ela numa maracutaia despudorada), tem comprado ou comprou uma só ação do banco nos últimos doze meses?


No mesmo período, o índice Ibovespa ficou praticamente estável, na casa dos 71.600 pontos”.

Este parágrafo é pra boi dormir? Apenas para dar uma pá de maquiagem crível nos parágrafos anteriores a modo de torná-los sérios?

Aqui entre nós, caro leitor, não entendo como Miriam Leitão, com a reputação e informações que tem, melhores até do que as minhas, – que já são excelentes, – se presta a escrever uma pantomima destas... Para quê? Para seguir a onda dos colegas? Porque recebeu ordens? Porque estava enjoada de cuidar da sua fazenda? Não vale a pena especular.

Já chego lá.

Nos dois posts anteriores, abaixo deste, não quis gastar os dedos para revelar mais do que escrevi. Ultimamente, confesso, quando começo a escrever algo sobre as pequenezas brasileiras ou sobre o pilantra do Lula, entra-me uma azia descomunal. Entretanto, o nojo que o caso PanAmericano me causa e o asco que tenho do Silvio Santos, vou adiantar mais um pouco. Pouco esse que ainda não foi noticiado, porque a imprensa não quer.

1 – O que a imprensa informou sobre como a fraude era cometida no Panamericano NÃO É VERDADE! Não mesmo! Só escreveram mentiras. Não havia repasse de carnês de prestações. Que carnês, que nada! O que havia sim, E HÁ MAIS DE QUATRO ANOS, era o repasse de títulos americanos, “subprime” e “hedges”, (que em 2008 revelaram-se podres), para o Bradesco em sua maioria e em menor quantidade para os demais bancos.
a) Tal como os bancos americanos fizeram, Silvio Santos aprovou que a suposta valorização desses títulos fosse contabilizada como ativos. Outros bancos brasileiros fizeram o mesmo e continuam a fazer sem qualquer preocupação. As tetas do governo estão aí mesmo para os proteger.

b) Por essa razão muitos bancos americanos quebraram. Aí no Brasil alguns já quebraram e muitos outros ainda vão falir também, embora o safado do Lula esteja escondendo os fatos e o PSDB seja um bando de covardes mudos, tão corrupto quanto o PT.

c) Para o leitor ter uma idéia, a engenharia financeira dessas operações, chamadas “subprime” e “hedge”, é bastante similar ao esquema fraudulento da Pirâmide, praticada por escroques nas esquinas de bairros elegantes a despertarem a ganância dos incautos. Entretanto, como são instituições financeiras legais a operá-las, a coisa toma ares legítimos, quando na verdade não passam de fraudes piramidais semelhantes, inventadas por dois americanos, Bernard Madoff e Robert Allen Stanford, em conjunto com vários bancos que hoje se dizem vítimas.
2 – A razão da Caixa Econômica Federal ter adquirido mais de R$ 700 milhões em ações do PanAmericano foi a mesma que levou o Banco do Brasil a comprar o banco Votorantin. Isto é, títulos podres do mercado financeiro americano que, antes de se descobrirem que eram fedorentos, haviam enchido os olhos e a cobiça dos banqueiros brasileiros... achando que iriam lucrar mundos e fundos... Ferraram-se bonitinho!

3 – Em janeiro de 2009, Rodrigo Maia, filho de César Maia e presidente dos Democratas, em discurso na Câmara e artigo no jornal, já tinha alertado para os problemas financeiros que o PanAmericano enfrentava.
a) O alvoroço do "filhote de Maia" teve razão séria. Seríssima! O PanAmericano em novembro e dezembro de 2008, portanto dois meses antes, havia suspendido os resgates dos CDBs (Certificados de Depósitos Bancários) de grandes investidores. O bafafá na época foi enorme, mas a imprensa corrupta e mentirosa não soltou uma linha.

Veja só, leitor, como o jornalismo brasileiro é abominável: - um empresário amigo meu, que até hoje não recebeu tudo que investiu, chegou a falar com um jornalista Global e uma jornalista da Folha, ambos famosos por terem denunciado as malesas do Pitta, ex-prefeito de S. Paulo. A moça da Folha disse que "assunto de banco" não era sua praia... O Xicão prometeu levar o escândalo ao ar e até hoje o meu amigo está à espera. O Xicão foi bom para denunciar o negro Pitta, - só por vingança global, - pelo fato do "negrinho" ter vetado a concessão do terreno, em S. Paulo, ao lado da Globo, na Marginal Pinheiros, onde hoje existe um hotel bem grande e bem bonito, que gera lucros para a cidade. Ah... já ia esquecendo, na época, o tal "negrinho" também se recusou a aceitar "uma contribuiçãozinha" Global para a campanha.

b) Em fevereiro de 2009 o PanAmericano foi eliminado – em todas as consultorias financeiras internacionais e BRASILEIRAS – da lista de ser opção de investimento no mercado. Os fundos de pensões brasileiros foram os primeiros a liquidar ou tentar liquidar os papéis que possuíam do banco do Silvio Santos. Muitos ainda não conseguiram e correm risco de ficar com as mãos abanando.

c) Nessa mesma época, as concessionárias de automóveis também deixaram de operar com o PanAmericano, porque o banco aprovava os financiamentos dos compradores e depois não pagava às revendedoras, tendo estas já entregue os veículos aos compradores. O Banco estafou centenas de revendedoras que estão até hoje, de chapéu na mão, à porta do banco à espera de pagamento. Algumas delas fecharam as portas.

d) Só por estes fatos ocorridos a nota sinóptica de Miriam Leitão me deixou tão aborrecido. Ainda outro dia eu a elogiei aqui... Veja só, leitor, elogiar um brasileiro é correr o risco de decepção.

e) De fato, perdoe, mas fico revoltado com as mentiras que estão sendo publicadas. Como é que eu, aqui em Bruxelas, sei mais do que acontece no mercado brasileiro e a imprensa brasileira não sabe? Que merda de jornalismo existe no Brasil? Pelos textos que escrevem até parece que foi um choque... Cambada de mentirosos!!!

f) Eu até entendo que o grosso dos jornalistas brasileiros ignore “teoricamente” o que acontece nos bastidores bancários. Na sua maioria são uns ineptos, mentecaptos, e preguiçosos, além de nem saberem falar português direito. Mas Miriam Leitão? Jamais imaginei que tão admirável senhora se juntasse a essa corja. Enfim! Decepções é o que não faltam no Brasil.
4 – Em setembro de 2008, para que o leitor veja como a situação do PanAmericano já era periclitante, Carlos Slim, o mega-investidor mexicano, não só desistiu radicalmente de se associar ao SBT, por cuja operação Silvio Santos pedia a módica bagatela de US$ 1 bilhão, como também liquidou todos os investimentos que tinha no PanAmericano e recusou educadamente a proposta de se associar ao banco.

5 – O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) só concedeu o empréstimo ao PanAmericano por imposição do governo, e também para a abrir um precedente para os demais bancos que virão a seguir. Todos os bancos brasileiros estão abarrotados de títulos podres que o governo americano já anunciou que não vai comprar.
a) Os US$ 600 bilhões anunciados recentemente pelo FED serão apenas para bancos americanos. Por essa razão o PanAmericano quebrou.

b) Os bancos brasileiros, assim como os europeus esperavam que o governo americano se dispusesse à recompra das subprimes e hedges, mas isso não vai acontecer. Para a maioria não. Segundo me dizem alguns amigos sérios e bem informados, só o HSBC e o Santander (bancos com matrizes fora do território americano), poderão receber alguma ajuda, ainda assim não garantida; e, se acontecer, "se acontecer", estará condicionada a acordos draconianos que neste texto não vêem ao caso.

c) É MENTIRA, mentira grossa, que os diretores do FGC tenham tomado uma decisão voluntária de ajudar o PanAmericano. Só mesmo brasileiro para aceitar qualquer lorota...

Caro leitor, pense no seguinte: – porque diabos o FGC, teoricamente uma entidade privada, formada por bancos privados, para dar apoio a esses bancos privados, iria ajudar um banco como o PanAmericano,... já comprado pela Caixa Econômica Federal, portanto, tecnicamente estatizado e concorrente forte desses bancos privados?
6 – Como comentei no post do dia 10/11, Silvio Santos lutou (vinha tentando há mais de um ano) de todas as maneiras para conseguir financiamentos lá fora. Só recebeu um NÃO unânime na cara e outro em cima da peruca. E a imprensa não sabia? O que faz aquela carioca Global, aquela que fala com os cantos da boca descaídos, lá em New York? E o Lucas Mendes?
a) A compra dos títulos americanos (Subprimes e Hedges), sempre foi considerada uma operação de risco. Quem os comprou sabia disso. O governo americano não tem a menor vontade, nem sonho, de ajudar os especuladores tupiniquins. E os bancos americanos que resistiram ao primeiro impacto da crise e que venderam esses títulos para os bancos brasileiros, agora fazem cara de paisagem cada vez que um banqueiro brazilianis vai choramingar na porta deles.

Tadinhos! Tenho tanta pena... Que dó! Por isso não surpreende que a Globlo esteja levando ao ar uma enxurrada de programas com especialistas a demonstrarem que "o sistema financeiro brasileiro está sólido como uma rocha". Sei!

Apenas para exemplificar, eis um parágrafo do que Miriam Leitão escreveu no seu Blog em 11/11/2010: – “É importante que se diga que não há crise no sistema bancário brasileiro, é apenas um fato isolado em um banco. Graças ao PROER, que saneou o sistema financeiro brasileiro e criou mecanismos para o momento de problemas, como o Fundo Garantidor, que foi usado agora”. Leia o resto «AQUI»

Isto soa a texto encomendado ou não? Você decide, leitor. Contudo, para sua informação, não foi o PROER que criou o FGC e sim os bancos privados para não ficarem à mercê do governo, como aconteceu com o Banco Nacional e depois com o Econômico e o Bamerindus. Por isso o FGC é uma entidade privada que entrou de gaiato no PanAmericado devido a uma jogada suja e esperta de Silvio Santos em conluio com o PT.

Ao mesmo tempo é um tanto hilário ler a afirmação da Miriam: “é apenas um fato isolado em um banco”. Um banco? E o Votorantin? E o Unibanco? E os demais que foram comprados pelo Banco do Brasil e pela Caixa Econômica Federal nestes últimos quatro anos?

Como eu me arrependo de ter elogiado a Miriam Leitão! Que asco!
7 – Henrique Meirelles MENTE velhacamente ao afirmar que o “aporte no PanAmericano não tem similaridade com PROER”. Tem sim! Claro que tem! Ora se não tem! O que não tem similaridade é o português dele ou o do jornalista que transcreveu a frase: “aporte NO PanAmericano”? Aportou montado NO banco? O correto seria dizer ou escrever: aporte AO PanaAmericano. Eu nem sei porque reparo na escrita. Talvez porque não saiba falar favelês... Enfim...

O POER só não foi acionado porque, no caso do PanAmericano, havia uma série de impedimentos legais, tais como:
a) Os recursos do PROER não são recursos orçamentários que possam ser utilizados em programas de investimento e custeio do Governo. Esses recursos provêm dos depósitos compulsórios de todos os bancos, incluídos estatais e federais, e só podem ser utilizados para fins de empréstimos de liquidez.

b) O PROER visa a proteção dos depositantes e aplicadores e não é destinado a proporcionar qualquer benefício para os controladores das instituições financeiras. Muito menos para pagar especulações mal sucedidas em “subprimes” ou “hedges” realizadas pelo camelô mais safado do Brasil.

c) O PROER também não foi ativado para ajudar o PanAmericano por causa da Medida Provisória 1.294, que obriga o Banco Central a determinar a transferência do controle acionário, bem como a alienação ou cessão de bens e direitos dos controladores do banco para cobrir o passivo da instituição financeira submetida ao regime de intervenção ou liquidez.

d) Essa foi uma das razões porque a Caixa Econômica (ilegalmente, pois o PanAmericano já estava falido), entrou no desastre da ganância do Silvio Santos, [aqui o meu dedo aponta para o safado do Lula], e deu força ao governo para obrigar o FGC a pagar a conta, sob ameaça de ter os podres revelados.

A safadeza do Silvio Santos com o PT foi tão bem armada que, em tese, o PROER não poderia ser acionado para intervir numa instituição onde o Governo Federal tem 49% das ações sem comprometer a saúde e os poupadores da Caixa Econômica. Se o POER fosse acionado a Caixa entraria na alienação dos bens e o escândalo seria um Deus nos acuda!

e) É pura MENTIRA o que os jornais noticiaram sobre o patrimônio do Silvio Santos, (dado em garantia para o empréstimo de R$ 2.5 Bilhões do FGC), andar em torno de R$ 2.7 Bilhões. A maioria das 40 ou 43 empresas SS (não recordo exatamente o número nem estou a fim de pesquisar), está praticamente falida. Esse conjunto empresarial hoje no mercado deve andar em volta de US$ 600 milhões ou R$ 1 Bilhão aproximadamente.

f) Silvio Santos para conseguir pagar os CDBs e o dinheiro que devia a Carlos Slin não só desfalcou como endividou todas as suas empresas, incluindo o SBT. Dos R$ 700 e tantos milhões que a Caixa Econômica injetou no PanAmericano, nem o banco nem Silvio Santos viram um só centavo. O dinheiro todo foi para pagar investidores e cobradores amigos.
8 – Espero que o leitor não se deixe enganar por esses balanços "extraordinariamente lucrativos" que os bancos brasileiros anunciam de seis em seis meses. Tomara que não seja um dos muitos imbecis que conheci no Brasil que estufa o peito de orgulho pela “beleza” da administração financeira brasileira quando lê que os bancos obtiveram X% vezes Y% de lucro no período. Posso assegurar-lhe, sem qualquer receio, que todos esses balanços são artificiais, assim como falso era o do PanAmericano, embora tenha sido aprovado como sério e espelho da verdade por três consultorias “independentes”, pelos técnicos do Banco Central e pela Caixa Econômica Federal.

Eu ainda me lembro a forma e o dinheiro que corria, e corre, para aprovação desses balanços.

Mas isso é outro assunto para o qual precisaria escrever mais quatro páginas e não estou com humor para isso.

Entretanto, recomendo ao leitor que leia a reportagem do Estadão de 08 de março de 2009 «AQUI» com o título: “Prejuízo de empresas com derivativos já é de US$ 30 bi”. Se preferir, por este Blog, leia: “O Brasil entrou no buraco!” «AQUI».

A excelência “mákíssima” brasileira, Luiz Inácio Vigarista Lula da Silva, que já se comparou a Jesus, a Deus, a Juscelino Kubitschek e a qualquer prócer que a sua arrepiante megalomania lhe dá na telha, deveria ver-se a si próprio, sim, como um Gepeto, o criador de pinóquios brasileiros.

Graças a tão desprezível energúmeno, o jornalismo brasileiro que, do tucanato para cá, já vinha revelando um nariz colossal, hoje, com o caso do PanAmericano, perdeu completamente as estribeiras; o apêndice nasal virou vareta comum, de metro e meio, para conduzir a récua brasileira...

Postagens anteriores sobre o mesmo assunto:

Agora está explicado. – 10 de Novembro de 2010

Ainda a fraude do banco PanAmericano – 10 de Novembro de 2010

O Brasil entrou no buraco! – 09 de Março de 2009

O gato subiu no telhado – 24 de Outubro de 2008

Leia também e acredite se quiser:

Oposição quer prazo para venda de bancos comprados pelo governo

PanAmericano deixou de pagar CDBs em 2008

Não há bancos quebrando, diz Mantega

Rombo por falência de PanAmericano seria de R$ 900 mi

Silvio Santos oferece SBT e Baú como garantia para empréstimo de R$ 2,5 bi


Comentários: Para enviar por E-mail clique «AQUI»



x