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segunda-feira, 9 de março de 2009

O Brasil entrou no buraco!

Leia com atenção, pois o governo Lula tem mentido descaradamente; ainda não revelou a metade do problema em que o Brasil se encontra e que provavelmente você pagará a conta. Será uma repetição do passado; o mesmo ou parecido do que sofreu no Governo FHC com aquela estória dos leasing em dólar.

Contudo, se não se lembra dessa época, certamente, aí sim, não esqueceu que o analfabeto alardeava nos microfones que a crise não chegaria ao Brasil. Agora mudou o discurso; mas tenha cuidado, pois desde outubro do ano passado ele só vem insinuando que o gato subiu no telhado... na esperança que você vote nessa assaltante de bancos, a Dilma Rousseff. A situação do Brasil é pior do que você imagina, creia-me! O gato já caiu do telhado faz tempo.
Deu no Estadão, ontem 08/03/09. Clique «AQUI» para ler o original.
Prejuízo de empresas com derivativos já é de US$ 30 bi
Desde que Aracruz, Votorantim e Sadia vieram a público confessar prejuízos gigantescos em operações com derivativos de câmbio, em setembro passado, o mercado tenta descobrir quem mais passou por esse problema e qual o impacto na economia do País. A perda conjunta de R$ 5 bilhões desses três ícones da indústria seria o alerta para mais um poço sem fundo ou apenas casos isolados? Um balanço preparado pelo Banco Central, de acesso restrito à diretoria da instituição, revela pela primeira vez o tamanho do estrago: as empresas brasileiras perderam cerca de US$ 30 bilhões (R$ 71,5 bilhões, pela cotação de sexta-feira).

O levantamento não foi feito para divulgação. O BC fez a conta para checar se havia o risco de o mercado financeiro enfrentar algo como as hipotecas de alto risco (subprime(1), que arrebentaram a economia dos Estados Unidos. A conclusão foi de que os bancos brasileiros estão a salvo. Já as empresas que tomaram os empréstimos embrulhados em derivativos estão endividadas, muitas delas procurando caminhos para não quebrar. Os grandes casos já apareceram (4). Agora virão à tona histórias menores, mas talvez a implicação seja maior, diz Ricardo Anhesini, sócio da divisão de auditoria da KPMG.

Há muitas empresas enroladas com derivativos no setor de açúcar e álcool, entre os frigoríficos, os esmagadores de soja, os fabricantes de calçados e na indústria têxtil. Nesses setores exportadores, os derivativos cambiais são usados há muito tempo para proteção contra as oscilações bruscas do dólar, mecanismo conhecido como hedge(2). Mas no ano passado o produto virou febre e foi oferecido indiscriminadamente no mercado.

Os derivativos foram apresentados como um componente para diminuir os juros pagos nos empréstimos bancários. Enquanto a cotação do dólar ficasse baixa, a empresa pagaria juros inferiores aos de mercado. Caso o dólar subisse, o débito aumentaria. Como esse cenário parecia improvável, para muitos a proposta tornou-se irrecusável. Mas o encanto acabou com a crise financeira global, em setembro. O dólar disparou, levou junto as dívidas e comprometeu a saúde financeira de centenas de empresas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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Um pouco de luz para quem não sabe:

[1] – O que é o ‘subprime’?
É um crédito à habitação de alto risco que se destina a uma fatia da população com rendimentos mais baixos e uma situação econômica mais instável. A única garantia exigida nestes empréstimos é o imóvel. Este segmento do mercado de crédito é exclusivo dos Estados Unidos, não havendo no Brasil um paralelismo exato.

[2] – O que é o ‘hedge’?
Numa tradução literal do inglês, “hedge” quer dizer “cerca”. É uma das operações mais usadas e mais eficientes na proteção de investimentos. Na prática, é uma forma de proteger uma aplicação contra as oscilações do mercado. O hedge significa menos risco para a posição do investidor. É mais usado em operações cambiais. Contudo, o hedge também é muito comum na proteção dos preços das commodities(3); principalmente agrícolas, cujas oscilações de preços são muito fortes.

Um exemplo de como você pode fazer uma simples operação de hedge:
Há alguns tipos de hedge que você, pequeno investidor pode fazer, sem precisar recorrer a um corretor de bolsa de valores ou ao safado do gerente do seu banco que vive passando-lhe a perna.

Suponha que você e sua família venham de férias à Europa e pretendam pagar a maioria das despesas da viagem com cartão de crédito. Você sabe muito bem que tudo o que gastar com o seu cartão no exterior, a administradora (Visa, Mastercard ou outra) converterá todos esses gastos, seja em que moeda for, em dólares. Assim, no seu extrato virá o total já indexados à variação da cotação dessa moeda.

Para você se proteger de qualquer crise cambial, deverá calcular quanto pretende gastar na sua viagem e compre o mesmo valor em dólares ou simplesmente aplique o dinheiro num fundo cambial (atrelado ao dólar). Ao retornar da viagem, poderá vender os dólares comprados e, com o equivalente em reais, pagar a sua fatura. Assim você se livra do risco de voltar de viagem e encontrar o dólar lá em cima, resultado de uma desvalorização do Real
. Eu aprendi a fazer isso na época do Sarney. Ainda era Cruzado. Sempre viajei tranquilo. Nunca confiei no Brasil e muito menos no governo. Por mais que digam o que disserem esse "paíf" é um "paíf" de merda mesmo.

[3] – O que são Commodities?
Plural de Commodity, é um vocábulo utilizado geralmente no plural - commodities. Significa mercadoria(s). No mercado financeiro é usado para indicar um tipo de produto, geralmente agrícola ou mineral, de grande importância econômica internacional que é amplamente negociado entre importadores e exportadores. Existem bolsas de valores específicas para negociar commodities. Alguns exemplos de commodities: café, algodão, soja, cobre, petróleo, etc.

Se você quiser saber mais sobre o significado de termos financeiros tão em moda aí no Brasil e que a maioria nem sabe o que significa, clique «AQUI» para acessar o Dicionário Financeiro.

[4] – Eis uma lista de algumas das empresas que perderam muito dinheiro e que os jornais ou as redes de televisão sequer mencionam. Algumas delas estão à beira da falência. Por estas empresas você poderá ter uma idéia do estado em que se encontram as pequenas e médias que destas grandes dependiam e a quantidade de gente que já ficou ou vai ficar desempregada:


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