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domingo, 29 de agosto de 2010

Moço de recados dos laboratórios cai...

Assaltante de bancos sobe!

Que personagens, grotescos-grotescas, elencam a corrida presidencial no Brasil!

Já o escrevi aqui várias vezes e repito novamente: O PSDB é composto por covardes, incompetentes; gentalha sem a menor dignidade moral ou patriótica. 


De certa forma, como instituição política partidária, é dez vezes pior que o PT. Além de ser tão corrupto, ou mais, não tem qualquer controle sobre os afiliados. 

Sequer dispõe de um marqueteiro inteligente, capaz de perceber as idiossincrasias dos eleitores que quer convencer para votarem no candidato para o qual trabalha. O tal do Luiz Gonzalez é mais cego que uma porta e teimoso como uma mula. 

Meu avô costumava dizer que teimosia é sinal de burrice.

Não sei como os constantes fracassos de Luiz Gonzalez não o fazem zurrar cada vez que abre a boca.

Aliás, diga-se, o fenômeno lulista que assola o Brasil só foi possível graças à asnice desse todólogo do marketing político, à rematada inaptidão, fisiologismo e excesso de presunção dos integrantes da cúpula do PSDB; em especial de Fernando Henrique Cardoso, o mestre da retórica vazia, Sérgio Guerra, o indolente, e Tasso Jereissati, o medroso. 


Nem vale a pena mencionar figuras patéticas como Artur Virgílio ou Eduardo Azeredo.

O certo é que José Serra caminha para outra derrota fragorosa; desta vez com maior significado, mais profundo e amplo que a anterior. Vai ser derrotado por uma assaltante de bancos comandada e dirigida pelo torneiro mecânico que o bateu no mesmo pleito de oito anos atrás.

Para você, leitor(a), deve ficar bem claro que não possuo qualquer simpatia pelo José Serra.


Conheço-o bem. 

Para mim é só mais outro corrupto amancebado com laboratórios que, quando prefeito de S. Paulo, teve a cara de pau de negar o próprio juramento público que fez. 

Um homem desse calibre, que volta atrás com a palavra dada, não passa de um rato de esgoto a ser exterminado. Politicamente é o que está acontecendo com ele. O que é bem merecido! Principalmente se nos lembrarmos como ele velhacamente boicotou a campanha de Geraldo Alckmin.

No mesmo nível de conceito sinto igual repulsa por Dilma Rousseff, pois é uma criminosa, desprovida de escrúpulos, como são todos os indivíduos que assaltam bancos. 


No caso deste dejeto humano feminino, além de roubar bancos participou ao mesmo tempo de seqüestros de pessoas e de outras barbaridades, que, a meu ver, fosse o Brasil um país decente, essa mulher estaria trancafiada numa prisão e não concorrendo ao cargo mais alto da nação.

Mas o Brasil não é um país decente! O povo que nele vive, na sua grande maioria, é gente amoral, desprovida de raciocínio. Sequer compreende o direito de ser cidadão.

As supostas lideranças regionais do PSDB já deram as costas ao Serra. 


A ganância que os imbui é tanta que acederam prazerosamente à pressão da máquina lulista. A esta, sedutoramente corrupta como é, dinheiro federal não falta e tucano que se preze está sempre disposto a receber mais algum; seja em metálico ou em promessas de favores vindouros...

O povo brasileiro vai eleger novamente outro dejeto humano para governá-lo sem perceber o dano que já causou ao país e o quanto compromete ainda mais o futuro dos seus próprios filhos.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

César Maia não erra uma.


Se a falta de escrúpulos de César Maia é enorme a sua gabarolice não deixa por menos.

Sendo protetor de Roberto Arruda e integrante demoníaco dos DEMO, – ex-ARENA, ex-PFL, – lembram?, o partido a caminho da extinção, – César Maia quer agora ser senador... Antes do escândalo Arruda chegou a ver-se como candidato natural à presidência...

Natural? Se uma assaltante de bancos pode, ele também pode.

Logo ele, ultrajante ser nefasto da política brasileira, que se locupletou com o super-faturamento das obras do PAN e escondeu anos a fio a esposa e demais parentes dentro da folha de salários da Prefeitura do Rio de Janeiro, apesar de criticar outros por práticas iguais...

E agora, candidato a senador, saiu-se com outra:

No seu Spam de 23/08/2010, que chama de Ex-blog, no texto titulado “NOVA PESQUISA DATAFOLHA: COMENTÁRIOS!”, o dono do PFL/ DEM escreve no parágrafo 7: – “Este Ex-Blog, aplicando o mesmo método de muitos anos, com previsões de 100% de acerto, poderá projetar tendências a partir de pesquisas cujo campo ocorra no final desta semana”. – Leia a íntegra «AQUI».

Ora, ora! 100% de acerto? Nem os Institutos de Pesquisas mais sérios se atrevem a tanto.

O homem deixa a modéstia de lado e dá azo à soberba, à mitomania e à gazopa, conquanto visão, honestidade e bom senso não sejam os seus predicados mais enfáticos.

Típico!

Se bem me lembro, – à laia de exemplo, – nas últimas eleições para Prefeito do Rio de Janeiro, esse “experto” na aplicação do – “mesmo método de muitos anos, com previsões de 100% de acerto” – em análises de pesquisas, garantiu a pés juntos que Fernando Gabeira seria eleito Prefeito dessa cidade. Nem chegou nem perto! Errou feio! Se Maia tivesse ficado caladinho talvez Gabeira fosse hoje o prefeito dos cariocas...

Enfim...

Se me puser a recordar aqui as previsões que César Maia fez na última eleição para Presidente ou o que comentou no início deste ano sobre a candidatura Serra, vou me lembrar também que parte do Mensalão do DEM e alguns panetones, como denunciou Durval Barbosa, iam parar-lhe no bolso... Bom... no do filho, Rodrigo Maia, o que dá no mesmo.

Para isso servem os filhos de p.eixes...

Eu só queria entender donde diabos esse mequetrefe tirou a idéia que sabe interpretar pesquisas ou fazer previsões... e ter a petulância de alardear que o faz com 100% de acerto.

Embora tenha deixado a prefeitura do Rio de Janeiro com um dos piores índices de rejeição – de todos os que por lá passaram, – “todologia” é sem dúvida a sua maior credibilidade... pois otários não faltam. Cariocas tampouco.

César Maia é realmente muito bom em 100% de acerto... especialmente em empregar parentes; aumentar IPTU; proteger Roberto Arruda e demais corruptos do DEMO; arrumar formas de superfaturar obras jogando a culpa nos outros enquanto embolsa o spread; e, sobretudo, em justificar a falência do seu próprio partido com textos argentinos...

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Todas as criaturas são perfeitas...

Quando saí do Brasil sabia tudo sobre os brasileiros. Hoje, aqui de longe, quase às vésperas de uma assaltante de bancos assumir o comando da nação... nada mais sei sobre os brasileiros... ou sobre o Brasil.

O que leio estarrece. As noticias que me chegam são medonhas. A passagem da assaltante de bancos por Bruxelas foi absolutamente constrangedora. Que brasileiros assombrosos a acompanhavam... Mal pude acreditar no que vi e ouvi quando a mulher se encontrou com Durão Barroso...

Afinal, de qual Brasil recordo eu ? O da miséria da minha infância, repleto de coronéis? O da ditadura-branda e do embrutecimento das massas realizado pela Rede Globo? O do neoliberalismo, do Real, do boca-de-sovaco-de-cobra abatendo pernilongo em vôo? Ou o Brasil petista da corrupção sistêmica, comprovando a diário, de forma inequívoca, a vocação inata do mau caráter dos brasileiros?

Como diria aquele sociólogo famoso, cito: “aposentado é vagabundo” e, apesar de todas as criaturas criadas por Deus serem perfeitas... os brasileiros não são.

O crime compensa!

Se o indivíduo, no Brasil, for petista ou lulista, o crime compensa! 

Proporciona status e lucros fabulosos. 

Daniel Dantas, Pimenta Neves, José Dirceu, José Rainha, o ilustre analfabeto-mor e sua cobertura no Guarujá e até a atual candidata à presidência, ex-assaltante de bancos e ex-terrorista, são alguns entre os milhares de exemplos inequívocos a provarem que o crime compensa e recompensa.

No Brasil, como um todo, também compensa! Maluf que o diga. Jader Barbalho certamente fará coro. José Sarney faz a primeira voz e Collor de Mello a segunda.

Nem óculos fazem falta para enxergar tais figuras no meio da ala imensa dos trezentos picaretas que passam de quinhentos dentro do Congresso Nacional. 


A voracidade criminal e a certeza da impunidade dos que deveriam zelar pela decência do país proporcionam ainda mais atos não menos hediondos dos colegas, aos milhares, espalhados pelas Câmaras Municipais e Assembléias Estaduais.

Afinal o crime compensa; o povo elege para isso mesmo.

A compensação é ainda mais patente nos rostos e artigos de centenas de jornalistas... da Globo, da Record, da Bandeirantes, dos blogs que assinam... das colunas de jornais falidos ou das revistas por onde tergiversam textos próprios encomendados, outros ditados, pois, por si próprios, caráter demonstram apenas para alugar a caneta que os sustenta.

O que dizer da massa multitudinária de funcionários públicos, corruptos até à medula?... E dos Policiais, Delegados, Promotores e Juizes, tal como ratos de esgoto, a esconderem-se nas sombras? Todos a cobrarem propinas, a aceitarem subornos...

Aqui na terra do bom chocolate fico imaginando o dilema que devem estar a enfrentar os poucos brasileiros honestos, e ainda decentes, que restam no Brasil, para escolherem o novo caminho a seguir: petismo ou barbárie?

Se petismo, haverá pois que roubar, falsificar, mentir, adulterar, enganar, mandar matar e eleger assaltante de bancos para governar...

Se optarem pela barbárie... estarão em plena sintonia com a posição oficial do Itamaraty que condena a censura da ONU aos países que desrespeitam os Direitos Humanos.

Sem dúvida, sob a égide lulista, o Brasil tornou-se um país preto. Não só porque lá concentra a maior quantidade de negros do mundo, mas porque possui, sobretudo, a alma mais negra e nefasta que o ser humano é capaz de revelar.

Os assassinatos estarrecedores são a ordem do dia. Mata-se por dá cá aquela palha. Nem os nazistas foram capazes de produzir os requintes de crueldade que os brasileiros estão a demonstrar.

No Wall Street Journal, Mary Anastasia O'Grady, uma das colunistas mais respeitadas dos EUA, publicou um artigo em 14.06.2010, titulado “Lula's Dance With the Despots” (Lula dança com déspotas). Se quiser leia-o «AQUI». Está em inglês.

O texto da colunista é um efundir de desprezo pelo Brasil e, ao mesmo tempo, uma calcografia da fama que Lula deu internacionalmente ao país. 


Mas os brasileiros, imbuídos da habitual e enorme irresponsabilidade estúpida que os caracteriza, ainda não se deram conta das conseqüências que terão de enfrentar muito em breve. Piores até do que aquelas que já enfrentam no âmbito internacional.

Jamais na minha vida eu li, soube ou me contaram, que o Brasil havia sido comparado a um daqueles cachorros irritantes que costumam ficar mordendo os tornozelos das pessoas apenas para chamar a atenção. Escreveu a colunista: “The president of Brazil is preserving his country's unfortunate image as a resentful, Third-World ankle-biter.”

A que ponto chegaram os brasileiros! O primeiro mandatário do Brasil é considerado um ser pusilânime! O que de fato é! E em breve, assim parece, o povo já se encarrega de substituí-lo por uma mulher de pior índole ainda.

O artigo no jornal Wall Street ao esparramar em preto e branco que o Brasil está num nível ainda mais baixo que a Somália ou Uganda foi até simpático.

Não há ninguém no Brasil, patriota o suficiente, capaz de impedir que o Lula envergonhe cada vez mais o país?

Não há no Brasil ninguém com dois dedos de inteligência para mostrar que uma vez assaltante de bancos, sempre será assaltante de bancos? Portanto, indigna sequer de se aproximar das rédeas do governo?

Está claro que não há!

No Brasil o crime compensa tanto que brasileiro que se preze cometerá todos os crimes que puder pois pela mão popular será conduzido à Presidência da República.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Livre-arbítrio.


Engraçado esse negócio que Deus nos deu livre-arbítrio... a tal possibilidade de decidir ou escolher em função da vontade própria, isenta de qualquer condicionamento, motivo ou causa determinante... Será?

Bem cedo aprendi a exercer esse tal do livre-arbítrio que Deus supostamente “deu”, e gostei muito.

Ainda pequeno, as minhas ações dependiam unicamente da própria vontade, portanto, era livre. Já imaginaram? Eu, pobre e preto, descobri que tinha total liberdade... E a liberdade, humano sou, obviamente deslumbrou.

Os meus grandes educadores, pai, mãe analfabetos e avô que assinava lindamente o seu nome, diziam-me sempre que, para exercer bem o meu livre-arbítrio, era preciso conhecer primeiro todos os lados da questão onde eu pretendia exercitar a minha vontade.

Conhecer todos os aspectos? Muito complicado e demorado! Para roubar duas ou três goiabas do quintal do vizinho precisava analisar os prós e contras de uma ação que eu chamava “obtenção de provimentos para a batalha”? Humm... Quando acabasse de pensar as goiabas já haveriam caído de moles. E quem gosta de goiaba sabe que as melhores são as meio verdes e vermelhas, comidas no pé.

Deste modo, exercendo o meu livre-arbítrio, eu retrucava que não era necessário. Afinal, o tal do livre-arbítrio fora-me dado por Deus, conseqüentemente, ficar analisando variáveis e tangentes de determinado assunto não só era pura perda de tempo, como uma falta de respeito. Deus poderia pensar que eu desconfiada do presente dele...

Se Deus deu, estava dado e fim de papo. Eu podia muito bem fazer o que quisesse sem precisar analisar nada. Eu não queria que Deus ficasse aborrecido comigo... Mesmo assim, pai, mãe e principalmente o meu avô, insistiam em mostrar-me o que achavam certo ou errado e eu... bom... fingia que ouvia. Tinha esse direito, não? Fazia parte do meu livre-arbítrio, ora pois! Eu era senhor e rei do meu livre-arbítrio.

Eu era livre. Livre como os passarinhos que caçava e enfiava numa gaiola para aprenderem que liberdade era coisa de gente, não de bicho. Deus só dera livre-arbítrio para os homens.

A memória retrocede-me neste instante aos meus onze aninhos. Recém entrara na puberdade. Os ossos doíam-me, os mamilos inchavam e a voz saía-me a cada dia pela boca com um som diferente. Às vezes chegava a pensar que não era eu, e sim um daqueles espíritos que costumam vagar pelos campos de Minas Gerais. O pior eram as espinhas e a farinha que minha mãe insistia que eu pusesse na cara para secá-las.

Nesse aspecto o meu livre-arbítrio não funcionava...

Lá na roça, naqueles tempos, tratamento dermatológico era emplastro de farinha de trigo, água, sal e mel pregado na cara antes de dormir. Dermatologista era coisa pra gente sabida e de “puuder”. Para falar essa especialidade médica o caboclo engasgava-se duas ou três vezes. Quando conseguia, balbuciava em cadência “dérrr-ma-tro-lo-gis-tra”, seguido de um sorriso amarelo. No alto do meu livre-arbítrio eu logo recomendava com o riso preso na garganta:

ocê devia procurar um otorrinolaringologista para melhorar sua dicção...
Sua quê? – respondiam-me já de mão alçada.

Dependendo de quem fosse o interlocutor recebia de resposta o rebolar “dozóio” ou um cascudo na cabeça. De qualquer forma saía da conversa a rir a bandeiras despegadas. E este era só um dos privilégios do tal do “livre-arbítrio”.

Quando os ossos pararam de doer aprendi que livre-arbítrio também significava poder... pois a cada dor eu fingia que não existiam e um dia as dores pararam. Então eu tinha poder... e liberdade.

Isso pensava até ao dia que o meu avô obrigou-me a ler um livro com textos de um tal de Heráclito... Cinco séculos antes de Cristo, lá na Grécia, o desgraçado escrevera aos prantos que, “Se tudo se torna tudo, cada coisa contêm em si o que nega”...

Coitado! Do Heráclito, obviamente!; não do meu avô, pobrezinho! Na sua santa ignorância havia ouvido alguém dizer que ler clássicos gregos fazia bem para a cultura... então ele me convencia que parte do meu livre-arbítrio era ler o que os gregos haviam escrito.

Até hoje, se numa livraria o acaso me leva a cruzar com uma Ilíada fico arrepiado.

Que decepção! Para encurtar a história, ao final do alfarrábio descobri que não era livre, não tinha poder algum e, pior, não era humilde, embora pertencesse à classe dos humilhados.

A partir daí comecei a duvidar do tal “livre-arbítrio”. E, morrendo de medo, cheguei à conclusão o "presentinho" de Deus era uma baita sacanagem. Para que me servia essa coisa que Deus me havia dado se nem das espinhas conseguia livrar-me? E que raio de livre-arbítrio tinha eu se me deixava convencer a ler livros de gente velha que tinha morrido há não sei quantos séculos?

Bom, na dor nos ossos o livre-arbítrio funcionara. Nas centenas de goiabas que comi empoleirado na árvore do vizinho, funcionara ainda melhor... mas nas espinhas não. Menos ainda nos trabalhos escolares que a freira me obrigava a fazer sem dar-me chance de exercer o meu livre-arbítrio...

Esse presente de Deus era presente de grego, isso sim!

Fizesse eu o que fizesse as espinhas continuavam. Para engrossar o caldo, o infeliz do Heráclito, que viveu chorando diante das conjecturas da vida, levou-me a acreditar que o meu valor como homem dependia sempre do que eu produzisse e não do conhecimento que possuísse.... Mas... para valer mais pelo que produzisse, do que pelo que sabia, eu devia saber mais para fazer melhor...

Que confusão!

O padre, de quem todos suspeitavam que era comunista, nas aulas de catecismo agravava ainda mais a bagunça. Dizia que estava nas Escrituras que “conhecimento gera sofrimento”. Danou-se! Eu queria saber de tudo mas não queria ser infeliz... E a coisa piorava quando se contradizia e citava Timóteo 2:4: “Deus deseja que todos os homens sejam salvos e que cheguem ao pleno conhecimento da verdade”.

Que tormentos eu passei por causa desse presentinho que Deus me havia dado.

Já adulto descobri que os religiosos pelo mundo afora consolam os desditados valendo-se da expressão para explicar até unha encravada... embora nas escrituras não exista um só versículo que mencione essa “concessão” divina. Os hermeneutas do espiritismo dizem que livre-arbítrio é um atributo da alma humana, ensinado pelos Espíritos, consubstanciado na Doutrina codificada...

No entanto, “Deus deu-nos livre-arbítrio”, murmuram todos eles comiserados para a mãe que chora pelo filho que matou a esposa porque esta não queria reatar o casamento.

Foi Livre-arbítrio do pai matar o filho cheio de crack porque não agüentava mais os vexames a que era submetido.

Livre-arbítrio Deus “deu” também ao assaltante para arrastar pela rua uma criança amarrada ao carro; ou matar uma velha senhora porque esta se agarrou afincada à bolsa onde tinha a aposentadoria recém sacada do banco.

E o comerciante que foi assaltado dez vezes; na undécima enfrentou os bandidos e morreu pela bala saída da arma de um deles? A ação e a morte desse comerciante foram em função da vontade própria, isenta de qualquer condicionamento, motivo ou causa determinante?

Quando o senador Aloísio Mercadante apresentou a sua burlesca renúncia em caráter irrevogável e depois revogou o irrevogável, será que ele optou, (os repórteres da TV Record falariam “oupitou”), por essa concessão divina tão especial do “livre-arbítrio”?

– “Deus deu ao homem o livre-arbítrio!” – respondeu-me certa vez o Cura do meu povoado de Minas Gerais, quando quis saber porque Deus não acabava com a Guerra do Vietnam. – “Ele não interfere quando os homens decidem matarem-se uns aos outros”... – arrematou ele... e eu entendi.

Entendi?

Tanto entendi que os anos passaram e vi Deus “dar” livre-arbítrio aos brasileiros para elegerem o Lula da Silva. E livre-arbítrio recebeu o Lula para envergonhar e humilhar o Brasil. Livre-arbítrio tiveram os petistas para roubarem descaradamente o erário nacional; para associarem-se com criminosos das FARC; para criarem dossiês falsos; para estarem tentando eleger para presidente da república uma assaltante de bancos, terrorista e mentirosa patológica...

Livre-arbítrio mostram os brasileiros ao acreditarem nas mentiras e vigarices lulistas; ao acaçaparem os impostos mais altos do mundo; ao fecharem os olhos à corrupção; ao fingirem não perceber a miséria e a ignorância em que vivem...

Aí eu me pergunto: uma criança que na infância é desprezada, surrada, violentada, estuprada e quando adulta vira criminosa, drogada, psicopata, ou pior, petista, nas ações ignominiosas que comete está realmente exercendo o tal livre-arbítrio que “recebeu” de Deus ou apenas imitando o que conheceu, aprendeu e experimentou na sociedade onde está inserida?

E o Amor?... palavra tão próxima com realidade tão distante... Faz esse sentimento parte do Livre-arbítrio?; ou é só um mero, este sim, atributo da alma humana?

Dizem que religião, política e futebol não se discutem... talvez porque o assunto acabe em briga por causa do tal do livre-arbítrio... O ser humano tem a mania de escolher o que pensar e decidir por algum tipo de conclusão para responder ou agir em conseqüência... segundo sua visão, quase sempre sem olhar todos os lados da questão.

Em nenhum lugar o tal do “livre-arbítrio” se vê tão claramente como no futebol... especialmente neste mês de Copa do Mundo... Mas vou poupar um pouco o teclado dos meus dedos e a você, leitor, a maçada de me ler. Recuso-me a tomar parte e fujo de qualquer discussão a respeito da bola. São absolutamente enfadonhas, desprovidas de sentido.

Nunca encontrei nada de extraordinário – ou divertido – em assistir a quarenta e quatro bolas correndo atrás de uma. Futebol não faz parte do meu cardápio de entretenimentos caseiros; muito menos ao ar-livre enfiado num estádio cercado por afluências de suores e fedentinas irrespiráveis.

Falar de bola jamais leva a remate algum. É um beco sem saída onde prolifera a discórdia dos diferentes livres-arbítrios... onde não há árbitros. Todos têm opinião formada, por mais absurda que seja, e os técnicos das equipes, as deles; as quais, sequer comportam a dos polemizadores que passam horas chovendo no molhado ao estilo Juca Kfouri e seus caninos vampirescos. Para quê?

Falar sobre futebol em nada contribui para o aprendizado do indivíduo. Isso penso. Em nada acresce ou decresce, quanto mais não seja permitir ao indivíduo exercer o seu livre-arbítrio para tergiversar sobre um tema que julga entender, mas na verdade não entende... porque nada há para entender.

O que há para entender em ver 44 bolas correndo atrás de uma ao som da voz de um Galvão Bueno grasnando as mais absurdas nescidades?

Qualquer discussão sobre esse esporte enfadonho requer uma vassoura para juntar o que foi dito a ver se restou algo a aproveitar. No entanto, reconheço, o assunto é um nivelador de massas e de classes sociais, cujo propósito, outro não vejo, senão induzir os menos ilustrados, os desprovidos de inteligência, a conversarem sobre alguma coisa enquanto vêem o tempo passar... permitindo-lhes a fantasia de se convencerem a si próprios que alguma capacidade têm para raciocinar... e exercer o seu livre-arbítrio.

Algo como acontece agora na África do Sul onde mais de um quarto da população negra está sendo devastada pela AIDS e ninguém teve o livre-arbítrio de usar os milhões gastos na construção de estádios para proporcionar melhores condições de vida a esses desgraçados.

No exercício pleno do tal do livre-arbítrio preferem olhar para as bolas, continuarem a morrer de fome e de AIDS e dar ora-bolas à tragédia humana em que se conspurcam... como fazem igualmente os brasileiros.

Que coisa estranha esse tal do Livre-arbítrio. Deus não foi certamente quem o deu. Se o tivesse dado teria impedido o ser humano de ter vícios. E o Homem, na sua essência, é um ser devasso, preso a dogmas, leis e preconceitos.

Arbítrio significa resolução que depende só da vontade do indivíduo. Livre arbítrio determina a decisão livre, a predição dessa vontade livre, consciente e sem vícios.

Livre-arbítrio, portanto, é só outra palavra inventada pelo homem para justificar vaidades, ambições, cobiças, genocídios e, principalmente para tirar de cima de si a culpa pelos erros cometidos, porque Deus lhe “deu” livre-arbítrio...

sexta-feira, 11 de junho de 2010

A primeira voz nacional contra o Lula

Sim, pela primeira vez leio palavras, de um brasileiro que julgo decente e digno, parecidas às que aqui venho escrevendo desde 2006. Eis algumas:
O PT é um perigo para o país e para a democracia”;

O Lula é, de fato, uma pessoa desonesta. Um demagogo”.
O autor é o cidadão brasileiro José Ribamar Ferreira, o extraordinário poeta conhecido como Ferreira Gullar.

E ele diz mais na entrevista que concedeu, em 08/06/10, ao Jornal “O Tempo” de Belo Horizonte: Leia e entrevista completa «AQUI».

“Espero que o Serra ganhe. Será um absurdo se o Lula, que empurrou a Dilma garganta adentro do PT, vá empurrar agora garganta adentro do país só pela vontade exclusiva dele”.
“O principal problema do Lula é ele não reconhecer o que ele deve aos governos anteriores. Tudo dele é “Nunca na história deste país...”.
Ele se faz dono de tudo o que ele combateu. Por que o Brasil passou pela crise da maneira que passou? Porque havia o Proer (programa de auxílio ao sistema financeiro). Mas o PT foi para a rua condenar o Proer dizendo que o governo FHC estava dando dinheiro para banqueiro. E a Lei de Responsabilidade Fiscal? O PT entrou no STF contra a lei. Ainda está lá o processo do PT para acabar com a Lei de Responsabilidade Fiscal.
O PT era contra o superávit primário,era contra tudo. Quer dizer, tudo o que eles estão adotando e que se constitui a infraestrutura da política econômica eles combateram. Agora o cara não reconhece isso: ele diz que fez tudo.
O Lula é, de fato, uma pessoa desonesta. Um demagogo. E isso é perigoso. Está arrastando o país para posições que são realmente inacreditáveis. O cara se tornar aliado do Ahmadinejad, o presidente de um país que tem a coragem de dizer que não houve o Holocausto? Ele está desqualificando mundialmente porque está negando um fato real que não agrada a ele. Então não pode.
O Brasil vai se ligar a um cara desse? É um oportunismo e uma megalomania fora de propósito. É um desastre para o país. Eu espero que a Dilma perca a eleição. Não tenho nada contra ela, mas contra o que isso significa.
O PT é um perigo para o país. O aparelhamento do Estado, o domínio dos fundos de pensão... Um sistema de poder que vai ameaçar a própria democracia. As pessoas têm que tomar consciência”.
Se eu tivesse assistido à entrevista teria aplaudido...

Mas também teria perguntado ao grande poeta (e digo grande porque realmente assim o vejo), em que mundo ele viveu ou se escondeu durante estes quase oito anos de desgoverno lulista? Porque só agora resolveu, quase às vésperas da eleição presidencial, manifestar tal opinião por um homem que só tem envergonhado o Brasil?

Onde estava durante o mensalão? E durantes todas as mentiras proferidas pelo Lula?

Quando Ferreira Gullar afirma: “As pessoas têm que tomar consciência”, eu me pergunto: será que só agora o extraordinário poeta, tomou ele próprio consciência do bandido que é o Lula?

É um pouco tarde para a tomada dessa tal “consciência” pois o dano está feito e o governo dos quarenta ladrões está quase no fim... de iniciar uma nova etapa de mais do mesmo... e certamente será pior.

O “oportunismo” e a “megalomania” do Lula descobertas agora por Ferreira Gullar já deram ao Brasil a triste e duradoura pecha de amigo de terroristas; de cúmplice ativo e participante do narcotráfico; de ser uma ditadura hipocritamente chamada de “democracia”;... de ser a explanada do sexo a céu aberto; de ser o campeão de assassinatos e de assaltos;... de ser o país mais corrupto da América Latina; de ser o melhor motel para o capital especulativo; de ser a nação com os juros mais altos do mundo; de ser a vergonha da diplomacia internacional...

Pelo respeito que tenho à obra, sobretudo à idade e à pessoa de Ferreira Gullar encerro por aqui.


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