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sábado, 30 de outubro de 2010

Os hospitais estão cheios...

Segundo Dilma Rousseff, do debate de ontem na TV Globo, “os hospitais (no Brasil) estão cheios, porque todo o mundo procura os hospitais”.

É óbvio!

A mulher tem carradas de razão!

Como é que ninguém pensou nisso antes?

Os brasileiros, quando doentes ou acidentados, deveriam procurar curandeiros ou rezadeiras nos terreiros das mães-de-santo e babalorixás.

Ungüento da vizinha ou farinha de trigo com mel e água já seriam suficientes para curá-los.

Se estiverem sangrando... bom... um pedaço de trapo será mais que aceitável para tampar o ferimento. Que ninguém se esqueça do pedaço de barbante para segurar o pano.

Mas, em todo o caso, – prevenir é bom, – para se evitar doenças ou feridas, melhor fechar o corpo no meio de um círculo de pólvora e fogo, coberto de sangue de bode morto na hora, quatro galinhas pretas degoladas e três tigelas de canjica doce.

Que despautério! Como podem os brasileiros se atrever a procurar os hospitais para se curarem quando dispõem de tantas opções de cura?

Onde já se viu uma coisa dessas?

Fico até indignado.

Só mesmo no Brasil!

Dilma Rousseff merece entrar no anal dos adágios mais profundos.

Se eu ainda fosse brasileiro, votaria nela. Que mulher brilhante!

Na Petelândia, petista que se preze, como ela é, certamente quando adoece fica em casa e não vai incomodar ninguém nos postos de saúde.

Afinal, hospital é para se ver e para aparecer na propaganda para dizer que tem.

É como filme brasileiro. É ruim, de péssima qualidade... mas o Brasil tem.

Presumo que no entendimento da criatura-candidata, – a deduzir da sua arguciosa asseveração, – hospital para ela possivelmente deve ser um local para o brasileiro procurar – talvez – uma vez na vida e, logo nesse momento, aproveitar para morrer lá mesmo.

Se todo o mundo fizer assim, certamente os hospitais não ficarão abarrotados; não haverá falta de médicos e o serviço não será horrendo; até haverá excesso de vagas com toda a certeza. 


Os corredores ficarão limpos, desocupados de camas encostadas nas paredes e os petistas poderão realizar todas as licitações; e, em especial, como é de hábito, aprovar todos os orçamentos hiper-superfaturados... para "construírem" novos hospitais.

Já fico imaginando a propaganda petista: EXCELÊNCIA HOSPITALAR É NO BRASIL!

Nunca nefte paíf houvi tantof hositáu como no meu governo”... – já dirá o Lula ao lançar a pedra fundamental de um novo posto de saúde que nunca existirá.

Insistir na construção de um posto de saúde virará manobra dos tucanos para tentar dominar os brasileiros, que transpiram-saúde-pra-dar-e-vender, a votar no Serra.

Ainda bem que Dima Rousseff tem câncer. Por alguma razão o tem. A justiça dos homens é falha, mas a Divina não é. Espero que o mais breve possível faça jus à afirmativa e ela não se atreva a ir a um hospital para tentar prolongar a vida da carcaça abjeta que a faz existir.

Mesmo assim, – quem sabe todos nós damos sorte, – da próxima vez que ela precisar ir a um hospital, talvez morra de vez. 


O leito, médicos e material destinados ao seu tratamento poderão ser melhor utilizados para ajudar alguém que realmente mereça viver ou recorra a um hospital para se curar de uma intoxicação de alimentos ignorados pela vigilância sanitária petista que foi subornada.

Dilma Rousseff é verdadeiramente a calhorda pra neguinho nenhum botar defeito! Uma digna criação do seu criador, o vigarista do Lula.

Sempre tive para mim que todo o bandido é imbecil. Se fosse inteligente não seria bandido nem se dedicaria a roubar ou a assaltar. Dilma Rousseff e suas declarações presentes e atos passados somente comprovam que estou certo. Porém, como sempre digo, é disso que o povo gosta.

Conseqüentemente, caro leitor brasileiro, seja cidadão consciente. Se ficar ou estiver doente, se for atingido por uma bala perdida ou sofrer um acidente qualquer, lembre-se do que a Dilma falou. 


Tente evitar o hospital. 

Seja camarada. 

Vire-se! 

Diga isso também à sua família e empregados. 

Que cada um arrume a mezinha que o cure, pois são pessoas doentes que enchem os hospitais e estes locais não são para ficarem cheios; menos ainda para prestarem os primeiros socorros.

Vamos lá, brasileiros, VOTEM NA DILMA! Ela é a melhor governante que vocês merecem!

Felizmente existe Miriam Leitão.


Como já escrevi diversas vezes aqui, jornalista, – jornalista mesmo, de verdade, no Brasil, – até à data de hoje, para mim só existe uma: MIRIAM LEITÃO. Havia mais dois, mas... bahhh... esses renderam-se. Ao envelhecerem, finalmente mostraram aquilo que sempre foram. Saíram do armário. Deixaram de se expressar de dentro para fora e colocaram a caneta e a voz ao serviço da venalidade que vem de fora. Um deles bandeou-se para o lado petista; conseguiu publicar um livro que ninguém leu, mas alguém comprou 8.500 cópias de uma tacada só. O outro, ao ter sido despedido da Record por falar mal do Lula, arrumou emprego de final de noite na TV Bandeirantes... por medo de envelhecer no ostracismo.

Diferente das raças noblatianas, camarotianas e toledianas que predominam no jornalismo brasileiro, Miriam Leitão sempre tem feito a diferença ao mostrar alma de jornalista e jornalismo na raça.

O artigo abaixo prova bem o que é o jornalismo qualitativo, um exemplo de opinião e investigação com princípio, meio e fim.

Miriam novamente desmascara os meliantes petistas. Prova sem sombra de dúvida que o Lula não só é um MENTIROSO, mas é também um pilantra da pior espécie e o governo petista uma corja de vigaristas. Bem digno da maioria dos brasileiros, especialmente na semelhança dos 35.000 aqui pela Europa, trancafiados nas diferentes prisões dos países da comunidade.

Além do arco-íris

Por Miriam Leitão

O Globo - 29.10.2010 – Leia o original «AQUI»

O Brasil descobriu petróleo no pré-sal nos anos 50 e já o explora há décadas.

O que houve agora foi a descoberta de grandes reservas, mas nem todo produto é de boa qualidade. A produção iniciada em Tupi é mínima perto do total extraído no Brasil. Principalmente é falsa a ideia de que o pré-sal é a solução mágica que garante o futuro. O governo faz confusão proposital quando o assunto é petróleo.

A excessiva politização do tema está criando mitos e passando para o país a ideia de que agora ganhamos na loteria, um bilhete premiado, que vai produzir dinheiro abundante que resolverá todos os nossos problemas. Isso reforça a tendência a acreditar na quimera, no “deitado em berço esplêndido”, que tem feito o país perder chances e assumir riscos indevidos.

A primeira descoberta de petróleo no pré-sal do Brasil foi em 1957 no campo de Tabuleiro dos Martins, em Maceió.

A segunda foi em Carmópolis, em 1963.

Ainda hoje se produz petróleo nos dois campos: no segundo, 30 mil barris por dia.

O campo de Badejo, na Bacia de Campos, também fica na camada do pré-sal. Ele foi descoberto em 1975. Os dados contrariam o marketing do “nunca antes” e que esse petróleo é o “passaporte para o futuro”, como tem dito a candidata Dilma Rousseff.

Há produção de petróleo em campos de pré-sal no mundo inteiro. No Golfo do México, no Oriente Médio, no oeste da África, no mar do Norte. Um dos mais famosos é o de Groningen, na Holanda, descoberto pela Shell em 1959. Ainda hoje se tira petróleo de lá.

O pré-sal invenção brasileira é uma distorção de marketing inventado pelos políticos do governo com apoio dos ideólogos da Petrobras e da ANP — explica o ex-diretor da Petrobras, Wagner Freire.

O Brasil produz hoje dois milhões de barris de petróleo por dia.

Na melhor estimativa, a produção do pré-sal chegará a esse volume daqui a cinco anos. A exploração definitiva do campo de Tupi, que começou ontem, mas que na verdade ainda se encontra na fase de testes, foi de 14 mil barris, cerca de 0,7% da produção atual.

A projeção é que em 2012 produza 100 mil.

— Na rodada zero de licitações, em 1998, a ANP permitiu que a Petrobras escolhesse todos os campos que gostaria de explorar. Ela não quis as áreas do pré-sal. Na época, o barril do petróleo custava em torno de US$ 15. Por esse preço, a exploração era inviável pelos custos e dificuldades. Hoje, o petróleo está cotado a US$ 80. É por isso que a produção começou a valer a pena — lembra o consultor Adriano Pires.

O campo de Tupi foi licitado para a Petrobras e outras empresas privadas no ano 2000, como resultado da segunda rodada da ANP. Em 2007, foi comprovado que havia petróleo e, diante dos indícios de grandes reservas 47, blocos do pré-sal foram retirados da competição.

Até agora ainda não se sabe quais são as reservas de Tupi.

A Petrobras afirma que existem de 5 a 8 bilhões de barris. Mas a certificadora Gaffney, Cline & Associates, que foi contratada pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) para analisar o campo, estimou um volume menor: de 2,6 bilhões de barris.

Quem está certo? Ninguém sabe. É preciso fazer mais prospecção.

O relatório da Gaffney também diz que um dos campos de pré-sal, o de Júpiter, tem óleo pesado, ou seja, com menor qualidade, explica Wagner Freire. O gás possui 79% de CO2 e o petróleo é de 18° de API. O petróleo do tipo Brent e WTI, que são referência no mundo, possuem API acima de 30°. Quanto mais alta essa medida, mais leve é o petróleo, ou seja, dele se retira maior volume dos derivados mais valorizados. O petróleo que hoje se extrai no Brasil é de 20° a 22°. Tupi é um pouco melhor, 26°, mas ainda assim não chega ao nível do Brent e do WTI.

O fato de ter alto teor de CO2 no gás em Júpiter é um complicador. Se o CO2 for para a atmosfera, aumentará muito as emissões de gases de efeito estufa do Brasil.

Todo brasileiro admira a capacidade da Petrobras, provada ao longo de cinco décadas, de encontrar petróleo, desenvolver tecnologias e produzir em águas profundas. Mas a propaganda tem distorcido tudo, como se houvesse uma Petrobras velha e uma nova, do PT.

Não é verdade também que antes o petróleo brasileiro era carne de pescoço e agora acharam filé. Temos no Brasil óleos mais leves, ou seja filé mignon, em poços como os do Espírito Santo. O de Urucu na Bacia do Solimões é leve e sem enxofre, melhor que o Brent. E tem petróleo leve e pesado no pré-sal.

A Gaffney, que fez o estudo para a ANP, concluiu que todas as reservas do pré-sal juntas têm potencial de 15 a 20 bilhões de barris. Isso é uma boa notícia porque significa dobrar as reservas provadas do Brasil, que em 31 de dezembro de 2009 estavam em 15,2 bilhões. Poderíamos chegar a 35 bilhões e ganharíamos cerca de seis posições no ranking mundial de países com potencial para explorar petróleo, saltaríamos do 16º lugar para 10º, ao lado da Nigéria. Ainda assim, estaríamos longe de países como Arábia Saudita, com 314 bilhões de barris em reservas; Irã, com mais de 138 bilhões; Iraque, 115 bilhões; Kuwait, com 113 bilhões. Não seríamos também o primeiro da América do Sul porque a Venezuela tem mais de 99 bilhões de reservas comprovadas.

Há dificuldades técnicas nada desprezíveis para a produção desse petróleo em larga escala.

— Para se ter idéia, o campo de Roncador, que é no pós-sal, e foi descoberto em 1996, com três bilhões de barris de reservas, ainda não tem seu plano de desenvolvimento completo. E o desenvolvimento e a operação do pré-sal são mais complexos e mais caros — diz Freire.

Não existe um pote de ouro depois do arco-íris que vai resolver todos os nossos problemas. Ainda não inventaram um passaporte para o futuro que não seja trabalhar muito, poupar mais, investir sempre e, principalmente, educar a população.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Programa de governo de Dilma Rousseff

Hoje tomei conhecimento do que a ex-assaltante de bancos e ex-terrorista Dilma Rousseff pretende fazer se... se substituir o Lula.

A minha lista de supermercado é maior.

As minhas atribuições profissionais maiores ainda.

Uma lista com 13 pontos é bem digna de qualquer petista.

Em outras palavras, significa que essa corja e a meliante não têm a menor idéia do que fazer. Assim como aconteceu com o sapo barbudo de nove dedos.

Se os tucanos não tivessem deixado a papa pronta, até hoje os petistas estariam em assembléia para deliberarem o que fazer.

Desta vez os tucanos não quiseram contar-lhes nada.

No entanto, aqui entre nós, em se tratando de um plano de governo para brasileiros, devo confessar que é até um esmero exagerado. Não só pela quantidade como pela riqueza de detalhes que expressa.

Divirta-se com o plano da meliante:

01Crescer mais, com expansão do emprego e da renda, com equilíbrio macroeconômico, sem vulnerabilidade externa e desigualdades regionais;

02Dar seguimento a um projeto nacional de desenvolvimento que assegure grande e sustentável transformação produtiva do Brasil;

03Defender a soberania nacional. Por uma presença ativa e altiva do Brasil no mundo;

04Defender o Meio Ambiente e garantir desenvolvimento sustentável;

05Erradicar a pobreza absoluta e prosseguir reduzindo as desigualdades. Promover a igualdade, com garantia de futuro para os setores mais discriminados na sociedade;

06Expandir e fortalecer a democracia política, econômica e socialmente;

07Garantir a segurança dos cidadãos e combater o crime organizado;

08Garantir educação para a igualdade social, a cidadania e o desenvolvimento;

09O governo Dilma será de todos os brasileiros e brasileiras e dará atenção especial aos trabalhadores;

10Prover as cidades de habitação, saneamento, transporte e vida digna e segura para os brasileiros;

11Transformar o Brasil em potência científica e tecnológica;

12Universalizar a saúde e garantir a qualidade de atendimento do SUS;

13Valorizar a cultura nacional, dialogar com outras culturas, democratizar os bens culturais e favorecer a democratização da comunicação.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Mineiros brasileiros no (des)governo Lula.

Logo após o acidente ocorrido na mina chilena e toda aquela demonstração de preparo e eficácia no resgate dos mineiros que os chilenos deram ao mundo, assisti pela Globo Internacional a um programa onde um “Intilekitual Uspeniano” era entrevistado sobre a segurança dos trabalhadores nas minas brasileiras.

Pelo que sei, o que passa na TV Globo internacional é transmitido primeiro no Brasil, seja pela Globo News a cabo ou pela Globo Pública. Portanto, se o leitor assiste regularmente a essas emissoras saberá a que me refiro; conseqüentemente, perdoar-me-á a falta de detalhes.

Já não lembro do nome do programa nem do entrevistado, menos do entrevistador. Para qualquer assunto transmitido pela Globo a minha memória torna-se indolente, desconfiada e rebotada. No entanto, recordo que o Uspeniano era engenheiro de minas, professor-não-lembro-do-quê e especialista em segurança.

Tinha cara de todólogo, mas isso foi só impressão minha.

Pois bem, lá para as tantas, o dito “Intelekitual” afirmou que era muito raro ocorrerem acidentes nas minas brasileiras... Elas contavam obrigatoriamente com duas saídas e uma série de equipamentos de segurança, razão pela qual pouquíssimos acidentes aconteciam.

Pois não é que ainda agora, ao ler o jornal O Globo de ontem, encontro uma reportagem que fala exa-ta-men-te o contrário?!

Por favor, leitor, se ainda não leu a reportagem, leia «AQUI» “Mineiros no Brasil: Sem resgate”. Vale a pena, creia-me, especialmente pelo número de acidentes durante o (des)governo Lula [veja o gráfico], e pelo detalhe na foto que ilustra a matéria.

Vale a pena também para comprovar o que sempre tenho escrito aqui: – a TV Globo é uma grande farsante, geralmente leviana, falsa e superficial nas matérias que leva ao ar. Com o arremedo de Fox News, tupiniquim de Cacoal, diante de qualquer desastre internacional o primeiro que faz é mostrar um feixe de feno para tranqüilizar os bezerros brasileiros.

Voltando à reportagem do jornal, a matéria começa assim:

Enquanto o mundo ainda comemora o resgate dos 33 mineiros chilenos, que ficaram presos a 750 metros de profundidade, no Brasil os trabalhadores nas 11 minas de carvão em Santa Catarina choram os seus mortos a conta-gotas na região”.

Foram 12 mortes desde maio de 2008. A última aconteceu há apenas dois meses, e mais dois mineiros ficaram inválidos. A cada dois meses, um trabalhador perde a vida nas minas subterrâneas, num dos trabalhos mais perigosos do mundo, revela reportagem de Cassia Almeida e fotos de Márcia Folleto
”.

Em outras palavras, quando o tal programa da Globo foi ao ar, nesse momento mineiros brasileiros morriam! O jornalismo da Globo sabia disso e arrumou um Intilekitual Uspeniano para mentir descaradamente a fim de pôr uma carapaça – de suposta veracidade, – para não levantar rebuliço e prejudicar a eleição da assaltante de bancos.

Agora, leitor, repare na foto. Clique nela para ampliar, pois verá melhor. Observe o cartaz, escrito em verde e vermelho, logo acima do elevador onde estão os mineiros:

Repare na ortografia do que está escrito: “O CIPEIRO DEVERA FAZER A DECIDA DO PESSOAL”.

Diante de um cartaz escrito dessa maneira, suponho que há bastante tempo lá pendurado, fico imaginando a qualidade e a capacidade dos diretores e gerentes que comandam essa mina.

Das duas uma: ou por ali nunca passam ou se passam... são tão analfabetos quanto quem escreveu o cartaz. Não surpreende que haja tantos acidentes, tantas mortes e nenhuma notícia.

O CIPEIRO? Se entendi bem, por derivação de sentido, é o homem que trabalha no cipó. Que agarra no cipó... Será que é um macaco?

Quem trabalha, agarra ou anda em cipó, ou é Tarzan ou é macaco. Chipanzé, talvez. Sagüi se quisermos um momento de ternurinha. Tarzan já morreu... Aqui entre nós, quem trabalha com o cabo que desce e sobe o elevador é cabista, ascensorista, maquinista.

Não se preocupe, leitor, eu sei que “cipeiro” é só um termo na gíria dos mineiros das profundezas... Não deixa de ser bem adequado.

Cipó neles!

E quanto a “devera” que deve ser “DEVERÁ”, (com o “A” acentuado), futuro do presente do verbo dever? O leitor, como eu, provavelmente imagina que o tempo do verbo foi escrito no rigoroso cumprimento da nova ortografia lulopetista, imposta pelo analfabeto que lhe dá nome e para a qual os portugueses atenção deram sequer.

Afinal de contas, todos sabemos, no Brasil, pretérito mais-que-perfeito e futuro do presente não existem. Os brasileiros sobrevivem apenas no e do presente. Passado é esquecido e o futuro representa tão-somente um celular novo ou uma TV de tela plana.

Quanto à “DECIDA”, suponho que devem ter pretendido escrever “descida”... mas, como provavelmente esperam para breve a visita do Lula para inaugurar o novo poço a ser aberto dentro de cinco anos, escreveram dessa maneira para que o nobre guia dos brasileiros possa ler o cartaz sem se atrapalhar com o “S”. Vai que pronuncia “deficida”, com a sua lingüinha “plesa” e é mal interpretado pelos jornalistas tucanos?

Mais de uma bolinha de papel e vários rolos de fita seriam certamente jogados em cima do Serra.

Por coisas assim não me surpreende, nem fico mais aborrecido, que na Europa, especialmente aqui em Bruxelas ou em Madrid, os brasileiros sejam chamados de “singe” e “monos” respectivamente; “macacos” em bom português.

No Brasil mente-se por todos os poros e ninguém presta atenção às verdades, nem mesmo às mentiras.

Nota: No Brasil as mortes de mineiros são computadas na proporção das toneladas de minério extraído. Se a extração é volumosa, o lucro farto e acontecem algumas mortes, bom... qual é o problema? São só cipeiros, mineiros, brasileiros em suma!

domingo, 24 de outubro de 2010

A Escolha de Sofia que os brasileiros vão enfrentar.

"O maior castigo para aqueles que não se interessam por política, é que serão governados pelos que se interessam”. – Arnold Toynbee

Como o Leitor sabe, "A Escolha de Sofia” é a história de uma mãe polonesa, não-judia, filha de um ideólogo anti-semita, que é presa pelos alemães ao ser descoberta carregando carne contrabandeada. Por esse crime é enviada com os dois filhos para o campo de concentração nazista de Auschwitz. Lá, por veleidade do médico encarregado da seleção de prisioneiros, que implica com ela, Sofia é obrigada a escolher, – entre o filho e a filha, – quem será levado imediatamente para a câmara de gás: - qual será executado e qual será poupado.

Se ela se recusar a escolher os dois serão mortos. Sofia escolhe ficar com o menino, que é mais forte e tem mais chances de sobreviver, porém, nunca volta a ter notícias dele.

“A Escolha de Sofia” tornou-se uma expressão proverbial a simbolizar a escolha entre opções intoleráveis, igualmente aniquiladoras, sinônimo de decisão quase impossível de se tomar.

A Escolha de Sofia” é a que os brasileiros enfrentarão no próximo domingo, 31 de Outubro.


Serra ou Dilma? A Escolha de Sofia.


Por Rodrigo Constantino(*)

Tudo que é preciso para o triunfo do mal é que as pessoas de bem nada façam". – Edmund Burke.

Agora é oficial: José Serra e Dilma Rousseff são as duas opções viáveis nas próximas eleições. Em quem votar? Esse é um artigo que eu não gostaria de ter que escrever, mas me sinto na obrigação de fazê-lo.

Os antigos atenienses tinham razão ao dizerem que assumir qualquer lado é melhor do que não assumir nenhum?

Mas existem momentos tão delicados e extremos, onde o que resta das liberdades individuais está pendurado por um fio, que talvez essa postura idealista e de longo prazo não seja razoável.

Será que não valeria a pena ter eliminado o Partido dos Trabalhadores Nacional - Socialista em 1933 na Alemanha, antes que Hitler pudesse chegar ao poder?

Será que eliminar Hugo Chávez justificaria o meio deplorável de eleger um candidato horrível, mas menos louco e autoritário?

São questões filosóficas complexas. Confesso ficar angustiado quando penso nisso.

Voltando à realidade brasileira, temos um verdadeiro monopólio da esquerda na política nacional. PT e PSDB cada vez mais se parecem. Mas existem algumas diferenças importantes também:

O PT tem mais ranço ideológico, mais sede pelo poder absoluto, mais disposição para adotar quaisquer meios os mais abjetos para tal meta.

O PSDB tem mais limites éticos quanto a isso.

O PT associou-se aos mais nefastos ditadores, defende abertamente grupos terroristas, carrega em seu âmago o DNA socialista.

O PSDB não chega a tanto.

Além disso, há um fator relevante de curto prazo: o governo Lula aparelhou a máquina estatal toda, desde os três poderes, passando pelo Itamaraty, STF, Polícia Federal, as ONGs, as estatais, as agências reguladoras, tudo!

O projeto de poder do PT é aquele seguido por Chávez na Venezuela, Evo Morales na Bolívia, Rafael Correa no Equador, enfim, todos os comparsas do Foro de São Paulo.

Se o avanço rumo ao socialismo não foi maior no Brasil, isso se deve aos freios institucionais, mais sólidos aqui, e não ao desejo do próprio governo. A simbiose entre Estado e governo na gestão Lula foi enorme. O estrago será duradouro. Mas quanto antes for abortado, melhor será: haverá menos sofrimento no processo de ajuste.

Justamente por isso acredito que os liberais devem olhar para este aspecto fundamental, e ignorar um pouco as semelhanças entre Serra e Dilma.

Uma continuação da gestão petista através de Dilma é um tiro certo rumo ao pior.

Dilma é tão autoritária ou mais que Serra, com a agravante de ter sido uma terrorista na juventude comunista, lutando não contra a ditadura, mas sim por outra ainda pior, aquela existente em Cuba ainda hoje. Ela nunca se arrependeu de seu passado vergonhoso; pelo contrário, sente orgulho. Seu grupo Colina planejou diversos assaltos.

Como anular o voto sabendo que esta senhora poderá ser nossa próxima presidente?!

Como virar a cara sabendo que isso pode significar passos mais acelerados em direção ao socialismo bolivariano?

Entendo que para os defensores da liberdade individual, escolher entre Dilma e Serra é como uma escolha de Sofia.

Anular o voto – desta vez – pode significar o triunfo definitivo do mal.

Em vez de soco na cara ou no estômago, podemos acabar com um tiro na nuca.

Dito isso, assumo que votarei em Serra. Meu voto é anti-PT acima de qualquer coisa. Meu voto é contra o Lula, contra o Chávez, que já declarou abertamente apoio a Dilma. Meu voto não é a favor de Serra. E, no dia seguinte da eleição, já serei um crítico tão duro ao governo Serra como sou hoje ao governo Lula. Mas, antes é preciso retirar a corja que está no poder.

Antes é preciso desarmar a quadrilha que tomou conta de Brasília. Só o desaparelhamento de petistas do Estado já seria um ganho para a liberdade, ainda que momentâneo.

Respeito meus colegas liberais que discordam de mim e pretendem anular o voto. Mas espero ter sido convincente de que o momento pede um pacto temporário, como única chance de salvar o que resta da civilização - o que não é muito, mas é o que hoje devemos e podemos fazer!


(*) Rodrigo Constantino é economista, escreve a coluna "Eu e Investimentos" do jornal Valor Econômico. É também colunista do jornal O Globo e membro-fundador do Instituto Millenium, vencedor do prêmio Libertas em 2009, no XII Fórum da Liberdade.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Sobre Farsas – de Merval Pereira

Acabo de ler o artigo “Sobre Farsas”, publicado hoje por Merval Pereira, onde o ilustre plumitivo abre um parêntesis para explicar aos “petistas desavisados” o significado da palavra “energúmeno”.

Eu tive que rir. E ri muito. Leia o artigo «AQUI»

Ri, não do texto, o qual concordo plenamente, nem do periodista, embora este algum motejo me cause, mas de reminiscências longínquas que me fizeram recordar expressões ignorantes e iletradas de petistas diante de palavras semelhantes, cujo significado sequer compreendiam e quase sempre, aos berros, pretendiam entender... geralmente o contrário.

Recordei-me do sorriso enaltecido de Marilena Chauí quando a chamei de “alborqueira da filosofia” e da fúria desembestada, dias depois, que jogou sobre mim quando descobriu o significado.

Nem só para plagiar teses ela tem aptidão. José Guilherme Merquior que o diga. (Relembre «AQUI»). Ela também sabe procurar no dicionário.

Lembrei-me ainda do sorriso envaidecido, quase altaneiro da Marta Suplicy quando, audacioso, num jantar sentado ao lado dela, a descrevi como “a abécula da política”. A Martaxa achou que a comparava a uma flor; Até disse “obrigado” e que eu era muito simpático.

É claro que sou!

Nunca cheguei a saber se a então prefeita de S. Paulo alguma vez descobriu o significado de abécula.

Merval usa o substantivo “energúmeno” para adjetivar o Lula como “fanático” (!?).

Fanático? Gostei do eufemismo. Sem dúvida os meus são mais lúdicos. Por isso sou simpático.

Mas, em se tratando do Lula e da sua meliante caterva, por onde sobra esperteza, burrice e maus fígados, – e falta completamente honestidade e inteligência, – o substantivo escolhido é até galanteador... se os petistas procurarem o significado no dicionário Aurélio.

Tal como Merval, creio que é o único que conhecem.

Na minha época de PT por lá faltava dicionário e havia excesso de preguiça em abrir um que para lá levei.

Entretanto, se abrirmos o dicionário Houaiss, muito mais técnico, completo e detalhado que o Aurélio, poderemos ler:

Energúmeno:
Substantivo masculino:
1 – Diacronismo obsoleto: – possuído pelo demônio; possesso.
2 – Derivação por extensão de sentido: – indivíduo que, exaltado, grita e gesticula excessivamente.
3 – Derivação, sentido figurado: – indivíduo desprezível, que não merece confiança; boçal, ignorante.

De forma simples, direta e condensada numa só palavra, o jornalista, que entende bem de farsas, descreve exatamente o que o Lula é: um indivíduo possuído pelo capeta; um sujeito ab-reptício que, exaltado, grita e gesticula desmesurado, mostrando nesse comportamento que é um homem desprezível, que não merece confiança; que é um boçal; um ignorante apoiado por 80% de brasileiros tão pérfidos, possessos, mentecaptos e abomináveis quanto.

O Lula apenas mostra o que sempre foi; e que Duda Mendonça, como bom baiano, disfarçou. Os brasileiros, acéfalos, admiram.

Não surpreende, portanto, que Lula tenha escolhido uma criatura com os mesmos predicados para substituí-lo.

Merval Pereira não é exatamente o meu jornalista predileto, nem de longe o mais admirado, porém, como já disse um homem sábio: “ninguém é tão grande que não tenha o que aprender, nem tão pequeno que não tenha o que ensinar”.

Louvadas sejam as forças ocultas e as influências globais, no espaço dado ao contraditório, que fizeram Merval usar o lápis de ponta azul.

Luis Inácio Lula da Silva é realmente “Oenergúmeno por excelência, no sentido mais lato, verdadeiro e aplicável da palavra! Pena que o jornalista só tenha descoberto isso agora e não há oito anos atrás quando escrevia com lápis de ponta vermelha... ou há quatro anos atrás... antes de ir para New York e na volta ter virado diretor.


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