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segunda-feira, 1 de agosto de 2011

A melíflua cornucópia dos brasileiros

Quando o assunto é o Brasil, – ou os brasileiros, – sempre me sinto diante do princípio da Incerteza de Heisenberg com o gato de Schrödinger ao meu lado, miando para avisar que está vivo.

Esse país, e sua população mais negra do mundo, tal como o gato, impõem-me restrições quanto à precisão possível para efetuar medidas simultâneas de suas classes de pares observáveis.

Após o bando petralha ter enganado os ignorantes para que estes o levassem ao poder, os brasileiros de maneira geral passaram a mostrar claramente que as concepções clássicas a respeito deles deviam e devem ser abandonadas.

Por exemplo, honestidade, honra, ética e respeito humano são algumas das variáveis que deixaram de ser medidas, devido à impossibilidade de observá-las.

Recentemente a TV Record levou ao ar uma série de reportagens que demonstraram claramente essa impossibilidade. Ao vivo e a cores foi mostrado como o brasileiro é pilantra, mau-caráter e, sobretudo, ladrão.

O curioso dessa reportagem foi ter partido justo da emissora, cujo dono, Edir Macedo, já ensinou em gravação para o mundo como roubar os fiéis da sua igreja. (Veja «aqui»)

Será que a Record quer agora mostrar-se mais pia entre os ímpios?

Hipocrisia é algo que realmente sobra no Brasil. O sujo sempre gosta de criticar o mal lavado.

No extremo oposto, não tão oposto, a TV Globo, na infinita venalidade que a caracteriza, bem que se esforça para mostrar aos ignorantes que o vexame que o país dá ao mundo não é tão grave assim. Para cada notícia ruim que é praticamente forçada a dar, sempre encontra um jeito, logo em seguida, de acrescentar um “mas” para suavizá-la.

Assim faz com o desemprego galopante que crassa país afora. A cada nova estatística, logo o(a) âncora abre o seu melhor sorriso melífluo para noticiar o “fato” de que o “registro em carteira de novos trabalhadores”, no mês, foi “mais alto” do que no mês anterior... Mas não dá detalhes; tampouco informa que a quantidade de despedidos foi ainda maior.

E acredite quem quiser! O ignorante acredita! Mesmo desempregado já se sente empregado e corre para comprar o celular da moda, “em deiz vez sem juro”...

Com as quedas sucessivas da Bolsa de S. Paulo (BOVESPA), a culpa é sempre das estrangeiras. Jamais a Globo se refere ao fato do Brasil, há mais de dezesseis anos, ter-se tornando num grande lupanar para divertimento temporário dos capitais externos.

O Brasil, – que é essencialmente um país de pobres e miseráveis, – paga os juros mais altos do mundo, a ponto de permitir, nas atuais conjunturas econômicas, Americana e Européia, que investidores e empresas desses países compensem as suas perdas locais com os lucros fabulosos que embolsam ao especularem no Brasil.

Quem hoje mora na Europa ou nos EUA, e tem algum patrimônio, consegue facilmente um empréstimo a juros de 0,5% ou 1% ao mês para aplicar esse dinheiro no Brasil, donde obtém um lucro liquido, depois de pagar o empréstimo, de 4% a 5%, sem o menor esforço.

Nesse meio tempo, leio nos principais jornais brasileiros que a Indústria Automotora, em conjunto, claro, “vai investir” 30 Bilhões de dólares nas suas unidades...

E acredite quem quiser!

É claro que esses jornais evitaram mencionar que essa mesma indústria pôs e estar a pôr em férias coletivas – ou no olho da rua – a uma boa parte dos seus empregados.

Daí não surpreende que os indicadores econômicos do Brasil, com o seu ministro da Fazenda por arauto, se mostrem orgulhosos da entrada de capitais no país. Para “investimentos”, dizem eles.

Ainda bem que são “investimentos”! Eu estaria ferrado se realmente fossem.

Enquanto isso, os brasileiros limpam as poupanças para irem gastá-las nos EUA... para ajudarem os americanos a atravessarem a crise econômica que eles mesmos criaram.

E quem foi que disse que brasileiro não é bonzinho?

Pouco importa se a indústria de manufaturados nacional (excluindo minérios) perdeu nos últimos cinco anos algo em torno de US$ 82 bilhões, além da sua capacidade competitiva.

O Brasil, com a sua indústria praticamente no século XIX, e com um parque tecnológico quase inexistente é, no maior dos contra-sensos, o quarto ou quinto maior credor dos Estados Unidos da América.

Isso é o que chamo de verdadeiro oximoro.

Em outras palavras, um país de miseráveis com um dos índices sócio-econômicos mais baixos do mundo, com uma escolaridade ao nível da poeira que por lá se pisa, empresta dinheiro aos americanos para que estes esbanjem adoidados e se divirtam com o dinheiro que aos brasileiros tanta falta faz e os petistas tanto gostam de roubar.

Dá para acreditar?

Quando juntamos a essa “emprestança” aos americanos, mais o emprestado ao FMI, mais as dívidas de países africanos perduláriamente perdoadas inconstitucionalmente pelo Lula, mais tudo o que os petistas e seus aliados políticos roubam via corrupção em obras hiper-super-faturadas, é claro que desse modo não sobra dinheiro para investimentos na indústria; na infra-estrutura do país; menos ainda para a melhora do sistema de saúde; e, infinitamente menos ainda para a evolução intelectual dos brasileiros, cuja ignorância é inata e deveras incentivada.

Tal ignorância tem provado ao longo dos anos ser parte necessária, fundamental e imprescindível para que petistas e demais corruptos similares cheguem ao poder com o único objetivo de se locupletarem.

Quanto mais ignorante é o brasileiro mais ele vota em corruptos, ladrões e assassinos, pois são estes os únicos que proporcionam aos ignorantes brasileiros a desejada “Bolsa Esmola”, cujo propósito, outro não é, senão permitir-lhes provar o caldo knorr no arroz sem sabor...

E todos vivem felizes, sem luz, sem hospitais, sem médicos, sem escolas decentes, sem segurança... E todos, ignorantes ou não, rodam por estradas esburacadas; cruzam pontes que os levam do nada a lugar nenhum; sobretudo, todos se divertem amontoados em cidades com o esgoto correndo a céu aberto... ou se ferem gravemente com dezenas de tampas de boeiros que explodem misteriosamente...

Em termos de Brasil, incentivar a ignorância intelectual ou a política do seu povo seria o menor dos males se o incentivo à covardia cidadã não fosse o maior deles.

A polícia, – incompetente, porém corrupta até à medula, usa as rádios e televisões para recomendar, para instar o cidadão comum a não reagir diante dos assaltos; dos múltiplos e freqüentes roubos a que é submetido todos os dias.

Daí ser costume ver um cidadão brasileiro sorrir, com os dentes recém comprados, ao dizer que sai de casa como candidato a vítima e regressa sentido-se um sobrevivente...

Um sobrevivente da própria burrice e da covardia que o dominam, é bem certo; porém, disso o brasileiro tampouco tem consciência.

Obviamente, quanto mais o cidadão se acovardar e não reagir aos vilipêndios a que é submetido, com mais ganas e certos de sucesso estão os criminosos, – inclusive, e mormente, os próprios governantes, – nos atos que praticam; cujos benefícios, na maioria das vezes, dividem, se não entre eles, mas até com o próprio policial que foi à rádio ou televisão insistir para que não se reaja ao abuso dos meliantes.

A imprensa adora essas recomendações e reforça-as com a maior das diligências, achando que está a prestar um grande serviço “a favor da vida”.

Mal percebem tais mentecaptos que apenas estão ajudando e facilitando a audácia dos bandidos...

Só assim é compreensível ver policiais, - a receberem salários de miséria, - como proprietários de carros luxuosos, de mansões à beira-mar e apartamentos, cujos preços de mercado, nem com cem anos dos proventos rendendo juros na poupança, poderiam auferir.

O mesmo se pode observar com a maioria dos políticos nos mais diferentes níveis. Em funcionários públicos é algo corriqueiro; tão comum é que pela extensão e luxo da propriedade onde moram é possível calcular os anos de corrupção em que chafurdam.

Mais comum é ver “Empresários”, com "empresas" legalmente sediadas nas reles edículas de suas residências, contratados pelo poder público para executarem grandes obras públicas, como recentemente se viu na região serrana do Rio de Janeiro. Uma região devastada por uma catástrofe climática que o oportunismo e sem-vergonhice brasileira está sabendo aproveitar a bolsos cheios.

Brasileiro precisa ser ignorante e covarde, bem covarde, se quiser sobreviver no seu país, repleto de leis, onde poucas, muito poucas são efetivamente cumpridas... Leis essas orquestradas por esqualos togados a serviço de advogados que se deleitam num sistema judiciário, cuja prática, só por si, é um louvor à exponenciação da burocracia mais abstrusa.

Disso os brasileiros também sequer têm consciência, mas clamam aos berros por justiça...

Qual justiça? Eu nunca sei. A que leva 15 anos para condenar um assassino?; sem contudo o pôr atrás das grades? ou a que consegue levar até à prisão apenas 1 (um) em cada 100 (cem) assassinos?

Doce e melosa é a fonte da riqueza dos brasileiros.


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