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quinta-feira, 29 de setembro de 2005

Os “SE” do Noblat

Acho graça à análise que o Noblat desenvolve sobre a vitória do AR [ALDO REBELO] versus a derrota do Nono [JOSÉ THOMAZ NONO].

É “se” pra lá, “se” pra cá, “se” aquilo, “se” aquilo o outro; é “se” que não acaba mais, tentando explicar o inexplicável.

Noblat tem vezes que é brilhante, mas em outras parece até que não é ele quem escreve tais análises. Talvez, nestes momentos, seja atacado pela síndrome do inventor da roda, querendo deixá-la cada vez mais e mais redonda. Ou, como todo o gênio, tem o seu momento opaco, como teve ao aceitar o Suplicy para escrever neste blog.

Contudo, eu gosto de todos esses “se”. Eu mesmo os uso.

Por exemplo, gosto de pensar que: “se” a minha mãe tive sido uma negra violão, provavelmente um alemão teria casado com ela e eu hoje seria um mulato de olhos verdes, morando na Alemanha, e não nesta ENORME MERDA que é o Brasil. Teria feito uma faculdade de qualidade, reconhecida no mundo inteiro e, teria um montão de louras querendo experimentar o meu sentido híbrido de alemão com negra. Ah... como eu falaria bem alemão...... Ah.... “se” a minha mãe tivesse sido negra, negrinha de cabelo pixaim...

Para você, Noblat, relembro-lhe uma resposta do falecido Miguel Arraes quando, certa vez um jornalista lhe perguntou ao que atribuía a derrota que tivera na eleição. Arraes respondeu:

- “perdi porque o outro candidato teve mais votos”.

Resposta simples e verdadeira. - Nonô perdeu porque o AR teve mais votos. Simples! Sendo AR, seus tiros foram profusos e melhores direcionados. A munição que usou era de melhor qualidade. A pólvora estava mais fresca e os alvos eram brandos demais. Entendeu, Noblat?

Você escreveu: “Os 15 votos que deram a vitória a Aldo Rebelo (PCdoB/SP)...” - 15 votos! Sendo ele AR nenhum número melhor combina com tais iniciais. AR-15. Número cabalístico. Tem tudo a ver.

Por outro lado, como você mesmo disse, foi bom o Nonô ter perdido. Você vai continuar entrando na câmara disfarçado de José Thomaz Nonô. Viu? seu desejo foi atendido e o sucesso do Blog está garantido.... até a moda passar.

No meio desta estória toda, fico triste pelo o Eduardo T. – Rio. Mais uma vez foi um Paulista que veio lá das Alagoas para ganhar o 3º. cargo mais importante da rééépublica.

E para finalizar, parabéns ao 3 em Um. Com AR-15 na presidência, um Brasil mais corrupto será construído. A paralisação dos trabalhos será mais, digamos, permanente... O Mensalão continua, a pizza leva mais muzzarella, e o Lulla continua.

Ah.... se a minha mãe tivesse sido negra.........

Atentai Brasileiros:

Para a posteridade, reproduzo um comentário muito interessante que encontrei numa das janelinhas do Blog do Noblat. Como certamente será deletado, guardo-o aqui no meu.

Foi Enviado por Vianna (
sergioviannabsb@ig.com.br)

Quando Noblat era Diretor do Correio Braziliense, dava gosto ler o jornal. 

Ali nas páginas dirigidas por ele, na forma e conteúdo, se via um bom jornalismo. 

Qualquer cidadão tem o direito de mudar de posição política. Não questiono esse direito. Só lamento que o Noblat, de quem sou leitor desde o JB, tenha criado um estilo neste Blog baseado na mágoa e no ressentimento. 

Abriu espaço para aqueles que ainda não sabem o que é democracia nem cidadania. Ao ler a notinha do "não convidem para a mesma mesa....Renan, Lula, Michel Temer, etc.", me deu vontade de fazer um comentário. 

Antes porém, fui ler os comentários já postados. Fiquei estarrecido após uma hora de leitura. O nível está aquém do primarismo político. Ou eu não sei qual a lógica do Blog, ou me fica a impressão de que o rancor e a mágoa que o Noblat imprimiu ao Blog abriu esta perspectiva tão lamentável. 

Se o que está postado hoje, for uma fotografia da média da juventude brasileira, creio que são todos jovens, a esperança de que o Brasil caminhava para o crescimento cultural na medida do avanço do acesso às informações livres, foi para o "brejo", literalmente. 

Dá dó ver o que está acontecendo aqui neste espaço. 

Dó de dor mesmo, não de desprezo, pois acho que o livre arbítrio deve prevalecer e o respeito a esse direito também. Mas está doendo muito assistir a manifestações tão deprimentes. 

Uma boa noite a todos e me desculpem os que não estão contribuindo para o baixo nível, pois me refiro à média geral do festival de besteira que assolam este blog (cum permissa do Estanislau). 

Até breve.

sexta-feira, 26 de agosto de 2005

Um novo fim

Por Félix Barbosa(*)

"Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim." – [Chico Xavier]

Quem observa o Brasil com discernimento entristece-se ao escutar parlamentares do PT citarem o presente “tsunami” de corrupção como algo, não de agora, mas oriundo do governo FHC e dos tempos coloniais. Por conseguinte, concluo eu, o PT, seus dirigentes e atuais governantes só seguiram a tradição.

Essa lengalenga de dizer: – se tivéssemos sido colonizados pelos ingleses ou pelos holandeses talvez outro seria o Brasil, – é uma falácia. Já tivemos mais de 500 anos para sanear a “rouboBras” e nada fizemos. Como dizia Dostoiewsky, "o inimigo está lá fora". É cômodo, não?

Recordo uma entrevista do Sr. Douglas North, prêmio Nobel de Economia, à revista Veja, onde afirmou que os países da América Latina importaram seu modelo institucional de Portugal e da Espanha e por isso levam desvantagem. 


Segundo ele, a Península Ibérica tem instituições ineficientes, sem maturidade para estimular o crescimento econômico. Em contra-partida, os Estados Unidos, sob a carga genética das instituições inglesas, têm um sistema bem mais moderno.

Para usar a expressão do momento, repilo frontalmente tal pensamento. Basta ver a economia da Espanha atual e como ela e Portugal estão comprando este Brasil nosso aos retalhos. – No entanto, esse tipo de pensamento soa como música para todos os comodistas de plantão, cuja inépcia e, por conta de se locupletarem, justificam as suas excrescências ao governo anterior, aos colonizadores ou ao infeliz Delúbio. Infeliz sim! - Execrado por todos e ungido, a “celerado único” por aqueles a quem ele lhes consagrou fidelidade canina.

O nosso caráter brasileiro, apesar de vilipendiado pelo PT, reside nas 7 subjetividades: Amor; paixão; lealdade; fidelidade; conquista; sedução e idoneidade. Quiçá, por não as exercermos corretamente tenhamos permitido tanta corrupção. Nela, o PT como um todo se diz vitima de um passado, – e hoje sabemos que a tal “ética” deles era uma ignomínia.

Esta falta de entendimento convergiu na eleição do homem equivocado. No Lula personifica-se a não-fidelidade e a não-lealdade; a paixão e o não-amor; a conquista e a ausência de sedução. - [o Collor, por exemplo, plim-plim..., usou a sedução]. – Por outro lado, tocando à idoneidade, vê-la ou não no Lula, se a possui ou não, depende da faceta do cristal com a qual se observe este atributo.

Quem hoje, desapontado, diz ter sido seduzido pelo Sr. Lula, é um “purista”. O PT dos últimos 12 anos conquistou parte da nação. – PSDB foi seu aríete. – Permitiu ao Lula conquistar 53 milhões de almas desiludidas por meio de um MST invasor, Sindicatos achacadores, shows milionários, tratamento dentário, malas de dinheiro e promessas mitômanas, tão veementes, mais pareciam ser a chave da porta da felicidade.

Conquista nada tem a ver com sedução. Sedução significa enlevo, deleite, atração, encanto, fascínio, – predicado do qual FHC se valeu para reeleger-se, calcado nos resultados do seu primeiro mandato. 


Entretanto, conquista, como ela mesma inspira, quer dizer submeter, vencer, subjugar, alcançar, obter a qualquer preço. Em outras palavras, Lula adestrou o poder por conquista. 

No exercício desse poder, não obteve mérito, nem força, nem mesmo submissão apesar de comprar a Vice-Presidência, o Sr. Roberto Jefferson e uma série de parlamentares, cujo abrolhar assemelha-se a lenços de papel sendo arrancados da caixa.

Quem elegeu o Sr. Lula, [direito não censuro], e por ele se sente ludibriado, tampouco está afrontando o necessário para alterar esta conjuntura. Não lê a Constituição, nem sequer o manual do Procon; não conhece os seus direitos, não os procura e menos ainda os exerce. Apenas rezinga e culpa a ascendência! 


Portanto, qualquer infortúnio ou tributo indevido adicional, é reflexo do pretérito. E pagamos todos! O Congresso Nacional paga salários polpudos a parlamentares ausentes contumazes ou aposentadoria aos renunciantes e tampouco nada faz. E pagamos todos!

Certa vez Rui Barbosa concluiu - "O povo não tem representante porque as maiorias partidárias, reunidas nas duas casas do Congresso, distribuem a seu bel-prazer as cadeiras de uma e de outra casa, conforme os interesses das facções a que pertencem." – e eu pergunto: não é o povo quem escolhe esses representantes?

Isto foi dito há 90 anos atrás. De lá para cá, talvez tenhamos estultice e celulares demais e com certeza, sabedoria de menos, sem falar na mesma fome, na mesma falta de patriotismo, na mesma carência de escolas, na mesma corrupção. As verdades mais claras do passado podem tornar-se ainda mais claras no presente. Porém, somente aqueles que constroem o futuro têm direitos a julgar o passado. 


O PT perdeu esse direito! 

É possível até que sua passagem pela vida política brasileira assemelhe-se à réstia que uma pedra deixa na superfície das águas.

(*) Félix Barbosa, é engenheiro químico; Doutor em Literatura Inglesa; Mestre em Literatura Espanhola; Mestre em Administração de Empresas; Atualmente é Consultor de Empresas na área de contratos societários internacionais.

quarta-feira, 24 de agosto de 2005

Oposição incompetente

Artigo publicado no "Blog do Noblat". Os meus agradecimentos ao Ricardo Noblat por sua gentileza.

Oposição incompetente

Por Félix Barbosa(*)

Bem-vindos aos fatos: o PT sangra e está acuado contra as cordas. 

A oposição perdeu todas as mesas das CPMIs e é sistematicamente derrotada nas votações dos requerimentos que submete. Se Einstein media o valor de um homem pela medida em que ele [homem], se libertava do seu próprio eu. 

Nos oposicionistas na CPMI dos Correios, vejo uma "medida" pequena.Para trazer o Doleiro Barcelona à CPMI, Álvaro Dias, ilustre senador da oposição, votou contra. 

Na votação para convocação do ex-ministro Gushiken, uma "incontinência urinária" assolou alguns membros da oposição, justo na hora do voto. 

O senador Artur Virgílio  adepto das palavras bonitas, de difícil compreensão, nem apareceu na sala. Como ele, outros se virgularam de suas eméritas presenças no momento da votação.

O Resultado foi a derrota da oposição na sessão da CPMI dos Correios: PT 18 X oposição 11. (média ponderada dos votos recebidos pelos requerimentos da oposição no dia 18/08/2005).

Quem assistiu a essa sessão, pôde presenciar um festival de derrotas da oposição e a competência política da tropa de choque do PT, conduzida por Ideli Salvatti, Maurício Rands, Carlos Abicalil, sob o guarda chuva do Senador Delcidio Amaral.

Do lado da oposição o que se via era alguns galinhos garnisés, a começar pelo mais bonito parlamentar, o jovem ACM neto. Sem argumentação, sem eloqüência e verborragiando palavras apelativas, amargaram a "não aprovação" de todos os requerimentos para convocação dos, sobejamente conhecidos, mentores e operadores da maior crise de corrupção deste país.

Há muito se sabia do DNA corruptor do PT. 


No entanto, a corrupção anterior, a egolatria do Sr. FHC, a falta de ética do falecido Sérgio Mota, a conspurcação do Serra com os laboratórios e a ação dos fundos de Pensão nas privatizações deram origem ao fenômeno Lula paz e amor. 

Deram origem, sobretudo, à institucionalização da corrupção sistêmica e voraz que assistimos e, com nojo, nos defrontamos ao raiar de cada dia, nestes últimos três meses.

Os professores da corrupção foram superados pelos defensores da ética. Não só na arte de corromper, mas também na retórica, na capacidade de convencimento, na eloqüência dos argumentos. 


Cedo ou tarde será preciso escolher um lado se quisermos permanecer humanos. A oposição, no entanto, escolhe todos, em nome da tal da "governabilidade". São contra o impeachment do Lula. Porém, afirmam que ele é autista; que nada sabe, que não tem condições de continuar governando.

No Brasil, política é com "p" minúsculo e significa dinheiro. 


Nós nunca a compreenderemos. 

Somos uma maioria analfabeta e não temos líderes de verdade. 

Quem o era, já morreu. Quem ainda é, lembra da ditadura e está velho demais e sem forças. Só nos resta os Artur Virgilios, os Mãos Santas, ACMs, César Borges e outros que somem da sala da CPMI na hora de votar.

O Brasil é um organismo. 


Todos nós somos células com diferentes finalidades. No entanto estamos entrelaçados, servindo uns aos outros. Mas maioria dos brasileiros não entende isso. Vemos uma UNE vendida - o futuro já vendido! 

Vemos os sindicatos negociando migalhas. Vemos a compra de um avião, cujo preço construiria duas ou três universidades capazes gerarem bons líderes. Vemos uma oposição ao estilo PRONA, usar o nome de Deus insistentemente, para adornar parlapatices citatórias sejam elas do Livro Sagrado, de próceres ou de uma lista de frases em latim.

Já não surpreende como o PT conseguiu comprar tanta gente e manipular o Congresso Nacional. Temos uma oposição fraca, sem hombridade. As transmissões das CPIs, mostram-nos, com nitidez, os interesses ali grassantes. Nenhum deles é republicano.

Ao vê-los tratarem-se uns aos outros como Excelência, sinto um torpor lúcido, pesadamente incorpóreo, estagno, entre desonestidade e a hipocrisia, numa sensação à sombra da excrescência. Assistindo à performance dos chamados oposicionistas, minha atenção bóia entre dois mundos e vê cegamente a profundeza de um Brasil e a leviandade da sociedade eleitora de tais pessoas.

Tenho a impressão de que se ali adentrasse um policial e gritasse: - "POLICIA" – eles não sairiam correndo. Responderiam em uníssono: - "E aí amizade? Demorou pra chegar! Vai um chopinho?".

Diante de uma oposição tão contraditória, eu, crítico do Lula e do PT, devo reconhecer que há no gênio petista um elemento obscuro. 

Aquele elemento confuso, real, mas difícil de definir, chamado mediunidade. Lula foi o veículo de um vasto número de tendências, se não tivesse sido tal veículo, não teria podido dominar a oposição incompetente. Foi essa que o enviou para que nela ingressasse, e Lula comandou e tem comandado, porque a venalidade da oposição assim lhe ordenou que o fizesse.

(*) Félix Barbosa, 49 anos, é engenheiro químico; Doutor em Literatura; Mestre em Literatura Espanhola; Mestre em Administração de Empresas; é Consultor de Empresas na área de contratos societários internacionais.

quinta-feira, 28 de julho de 2005

Honestidade é que nem virgindade.

Não existe essa de ser meio virgem, como não existe essa de ser meio desonesto.....

O texto abaixo foi-me enviado por Maria da Graça, uma grande amiga, que esqueceu o nome do autor. Diz ela que copiou, mas na hora de colar, não colou. Mistérios da computação feminina. Bom, quem quer que seja o autor ou a autora, o crédito está dado. Primeiro, porque está muito bem escrito; e segundo, porque concordo com tudo que escreveu.

Limpando os trilhos
Pode parecer paranóia mas toda esta confusão está cheirando um grande arranjo para o PSDB voltar ao poder. 


Em primeiro lugar não é crível que o problema do mensalão não fosse do conhecimento de todos os interessados em Brasília, o próprio presidente da Câmara, para justificar o aumento dos subsídios dos deputados já havia falado no pagamento mensal dos parlamentares; segundo, as questões de nomeações para cargos de confiança, com a interferência de dirigentes do PT, sem vínculos com o governo, também, eram públicas e notórias.

Portanto, o estardalhaço que se faz agora tem como objetivo atrapalhar ou liquidar de vez a pretensão de Lula se reeleger e do PT se manter no Poder. 


Outra coisa que também cheira mal é a apreensão do dinheiro da Igreja Universal do Reino de Deus transportado no aero-bispo do deputado-bispo do PFL. 

O objetivo deste episódio é, claramente, queimar os evangélicos e o seu possível candidato à Presidência, o ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho.

O fim do PT gerará, devidamente, um vazio de esperanças, principalmente entre os mais pobres, e esse vácuo poderia perfeitamente ser preenchido com as promessas de realizações milagrosas pelos religiosos pentecostais da Igreja Universal e outras similares. 


O caminho, assim, estaria aberto a um demagogo e populista capaz de aproveitar a decepção das massas com o fracasso da solução terrena do governo do PT, e ninguém melhor do que Garotinho para exercer esse papel, comprometendo os religiosos políticos com a corrupção se estaria afastando essa possibilidade. Ninguém acredita que o transporte de dinheiro por aeros-bispos em todo o Brasil não fosse do conhecimento de todos.

O caso Daslu, também, é emblemático, o espetáculo da prisão de seus sócios cumpre o objetivo de comprometer a direita mais radical com a sonegação de impostos para evitar que ela aproveite o vácuo e espalhe o poder com um discurso moralista e moralizador.
Portanto, só sobraria para suceder Lula o pess...

“Querem fazer da gente besta”
A frase que serve de título é usada pelo povão sempre que dele querem zombar. Ouve-se com muita freqüência: 


Você quer fazer de mim besta? 

O vocábulo “besta”, tem o sentido, na linguagem popular, de “tolo”, “simplório”, segundo registra o dicionário Aurélio, e o tolo é o tonto, sem inteligência, amalucado, aparvalhado.

Todos sabem que os pais e donos do PT são: Luiz Inácio Lula da Silva, José Dirceu, José Genoino e Luiz Gushikem. 


São conhecidos, agora, os seus diretos e diletos auxiliares: Delúbio Soares, João Paulo Cunha, Marcelo Sereno e Sílvio Pereira, contando todos com as astúcias e o talento do publicitário mineiro Marcos Valério. 

São todos partícipes das roubalheiras que neste momento estão sendo conhecidas. O presidente Lula certamente a todos pediu: tirem-me do meio dessas safadezas, para aparecer como inocente e desconhecedor de tais maracutaias.

Em 1946, no mês de agosto, fui nomeado juiz municipal do termo do Frade, hoje Jaguaretama. Encontro-me, poucos dias depois, com o meu saudoso professor José Martins Rodrigues, que me disse: Cavalcante (assim me tratava), você agora é juiz, precisa estudar muito, recomendo-lhe a aquisição e leitura de uma obra clássica: ‘‘A Lógica Judiciária e a Arte de Julgar’’, do Fabreguttes. 


E continuou: É livro raro, mas já há uma tradução para o Português. Tive sorte, encontrei o livro no “sebo” do Gurgel. Comprei-o e nele aprendi muitas lições das quais destaco esta: “A Lógica é propriamente a arte de raciocinar”. Obra citada, pg.13, Tradução de Henrique de Carvalho, Rio, 1914. 

Com o passar do tempo, noutro livro ‘‘Introdução à Lógica’’, de Irvins M. Copi.pg.19, Tradução de Álvaro Cabral, São Paulo, 1978, leio: “O Estudo da Lógica é o Estudo dos Métodos e dos Princípios, usados para distinguir o raciocínio correto do incorreto”. Arme-se um silogismo: 

O presidente Lula precisa de deputados para formar maioria parlamentar. Esta é a premissa maior: Os deputados foram comprados (mensalão), essa a premissa menor. As duas........

AS ÁGUAS DA CRISE DESEMBOCAM NO JUDICIÁRIO
''Claro que a reforma política não é panacéia. Com o Congresso que está aí, e que não votará contra ele, visto que não dará, pois, um tiro no próprio pé, pode acabar sendo é uma cortina de fumaça. 


Nem a reforma administrativa - reduzir número de cargos de confiança e de ministérios. Nem ministério ético, composto de notáveis. Nem ainda técnico ou técnica na Casa Civil.

A questão é mais profunda. Basta levantar o tapete da nossa história: tem sujeira ainda da Colônia, do Império e da República Velha. 


É o resultado de cinco séculos de conciliação das elites, quando tudo mudou para continuar a mesma coisa. E parece que queremos continuar varrendo as crises para debaixo do tapete. Uma questão central é a impunidade. 

Que adianta qualquer lei se quem a desrespeita tem a garantia da impunidade, seja no julgamento seja na protelação dele, e isso quando é apanhado com a mão na massa? 

Não se pode também viver do varejo das operações da Polícia Federal e das fiscalizações das cortes de contas. Tem de haver moralização no atacado, válida para todos e em todo o território nacional. Algo como fez a Itália, com a operação 'mãos limpas'.'

"Mata! Esfola!"
Por que ainda não enforcaram o Roberto Jefferson, o corrupto, o homem que defendeu Collor, o acusador sem provas? Como acreditar num país que poupa criminosos deste tipo, que roubam o povo, agridem a ética e enxovalham a nação?

Por que afinal, após tantas provas, ainda não amarraram o Paulo Maluf num pau-de-arara, deixando-o sem pão e sem água até que ele estertore de dor e raiva, morrendo como um cão, indo pagar no inferno a culpa de seus nefandos crimes?

Por que Garotinho e sua mulher continuam impunes, ludibriando o povo com suas trapaças eleitorais e suas improbidades na administração pública, quando, num país decente, com imprensa decente, o povo devia ser convocado para, em praça pública, apedrejar o casal, deixando os corpos insepultos para serem devorados pelos cães?

Por que... por que... por que... --são muitos os por quês levantados diariamente nas cartas dos leitores aos jornais e revistas e nos e-mails de cidadãos honrados, extremamente éticos, que querem matar e esfolar, querem ver sangue.

O sonho acabou
O "muro" caiu há 15 anos, a União Soviética desmoronou, a China aderiu ao capitalismo do vale-tudo, a Albânia foi a última bóia do PC do B até despejar gente faminta e piolhos na Itália. 


Foi com certo atraso, pois, que uma onda soprada pela esquerda tentou chegar à América Latina no novo século. E essa onda pode passar antes mesmo de chegar. 

Fidel envelheceu sob diferentes aspectos, Chávez orgulha-se do isolamento, Lula está dando nisso aí, Lagos é de centro, Kirchner não é ideológico, só intuitivo, Vázquez está verde. O elo é sobreviver à hegemonia esmagadora dos EUA.

Ao tomar posse, Lula admitiu que a derrota do seu governo seria a derrota das esquerdas. O que dizer agora? O partido da ética e da justiça social sucumbiu a uma prática política obsoleta e abjeta. E é suspeito de aperfeiçoá-la.

Além de empresas privadas financiando campanhas, as públicas bancam partidos. Além do fisiologismo das emendas e dos cargos, a compra em espécie de deputados. E o presidente não vê. 


Aliás, não vê nada. Foi-se o sonho, o que fica melancolicamente claro no relato de Laura Capriglione, na Folha de domingo, sobre o 12º encontro da esquerda latino-americana em São Paulo. Da tribuna, o anfitrião anunciava 106 delegados e 276 convidados de 42 países. Na platéia, 96 gatos pingados. Até aí o sonho era um, a realidade, outra.

A expectativa em relação ao governo de Lula e do PT era imensa. A desolação é ainda maior. A esquerda era pura, honesta, do bem. A direita era impura, desonesta, do mal. Agora, todos são do mal, com uma diferença: a direita é mais competente. Faz até os programas sociais que julgávamos patenteados pela esquerda.

O país parece dividido entre PT e PSDB, mas a grande vitoriosa é a direita. Nem precisou ganhar, porque a esquerda é que perdeu. Ou se perdeu. "Um dia vieram e levaram meu vizinho que era judeu. Como não sou judeu, não me incomodei. No dia seguinte, vieram e levaram meu outro vizinho que era comunista. Como não sou comunista, não.....

A cueca, a mala e o futuro
Antes, o "batom na cueca". Hoje, o "dólar na cueca", com um assessor de um líder petista de Fortaleza que é irmão do ex-presidente nacional do PT flagrado recheado de dinheiro vivo.

Antes, ouvia-se muito falar em "mala preta" e idealizava-se uma pasta executiva do tipo 007 cheia de dinheiro, especialmente dólares. Hoje, tudo mudou. A mala ganhou vida, virou uma estrela. 


Está em toda parte, viaja de jatinho e de ônibus interestadual, afronta detectores de aeroportos e é vaidosa, a danada. Vive sendo fotografada. Numa hora, é discreta, num pretinho básico. Noutra, multiplica-se por sete: uma vermelha, bojuda, outra verde, com rodinha, uma terceira negra, sóbria...

É assim que a população brasileira vai se encantando definitivamente com a política. Só se fala nisso. Para discutir a reforma política, ninguém tem paciência. Mas falar sobre malas e cuecas virou esporte nacional. Pobre do meu e-mail, vive entupido de mensagens contra, a favor, indignadas, pasmas, conspiratórias, revoltadas, conformadas.

Se eu acho ruim ver tudo chafurdando na lama? Bem, ninguém pode dizer que seja bom, mas há um lado educativo e depurador em tudo isso. A podridão está vindo à tona, a polícia age, a imprensa divulga e todos se manifestam. A indignação gera mudança.

No caso da compra de votos, há o PSDB na reeleição de FHC e há o PT na sedução dos aliados do PTB, PL, PP. No caso das malas, há a de milhares de dólares e de reais do PT e há os milhões de reais do deputado do PFL. Mas é bom focar num outro ator dessa tragédia: a Igreja Universal.

Por que um "bispo" da Universal que viaja com malas de R$ 10 milhões, tem jatinho de R$ 50 milhões, já presidiu uma rede de TV (a Record) de milhões e conquistou ovelhas no mundo inteiro vai se meter com política? 


Ou, diretamente: para que um bispo da Universal precisa de mandato de deputado? Tivemos 20 anos de ditadura militar, vivemos uma redemocratização alegre e tranqüila, passamos pela transição caótica de Sarney, chegamos à ce....

sexta-feira, 8 de julho de 2005

Carta aberta a Franklin Martins

Sr. Franklin Martins,

Foi deplorável o SEU COMENTÁRIO AO HERÓDOTO BARBEIRO NA MANHÃ DE QUINTA-FEIRA, 7 DE JULHO DE 2005.

Só o senhor mesmo, digníssimo funcionário da Globo, para acreditar que o Marcus Valério enfraqueceu os depoimentos do Sr. Jefferson ou da Da. Karina. Muito pelo contrário!! Quem assistiu viu totalmente o contrário do que o sr. afirmou! 


Nada como uma mentira repetida mil vezes para se tornar verdade, não é mesmo?

Aqui entre nós, quanto o PT está lhe pagando para falar essas patacoadas? Ou será que é o Marcus Valério que está recheando a sua conta bancária? 


A forma solerte e pelega do seu comentário fazem-me crer que o senhor ainda pensa que somos todos mentecaptos e que apesar de tudo acreditamos no que os repórteres da globo falam. Pois, meu caro, está totalmente enganado. Não é mais assim!!! 

Prova disso são os baixos índices de audiência do Jornal Nacional da Globo e como os da CBN vêm caindo!

O seu comentário em referência, não foi só venal, mas, totalmente inapropriado. Suas palavras só confirmam o quanto o sr. Jefferson está correto quando afirmou que o Zé Dirceu tinha a Globo debaixo do braço. A sua verborragia prova isso!!!! 


Que vergonha!!

Que pena que o senhor não tenha aprendido nada com os novos rumos que o povo brasileiro está tomando. 


A vida está passando pelas suas mãos e o senhor não aprendeu nada.

Eu sempre digo que no dia que acabarem com as organizações Globo, o Brasil terá, enfim, uma chance real de seguir para um futuro promissor.

O senhor não tem ética. Isso já se sabe há muito tempo. Agora, diante do que se está vendo, pela primeira vez, nas transmissões da TV Senado de da BandNews, o senhor acredita mesmo, em sã consciência, que as suas palavras tenham alguma credibilidade? Tenha santa paciência!!! 


O senhor não é sequer, um jornalista atualizado.... Lamentável!! 

Que patético o senhor se tornou! O que faz a roubalheira!

Aqui entre nós, o plural de Aval é Avals ou Avais? Provavelmente o senhor, assim como o seu defendido, mais uma vez, não saberão. 


O senhor dirá: Isso é coisa do Ex-Tesoureiro, o Marcus Valério enfraqueceu na sua brilhante resposta... .

Outro, este que o senhor diz que enfraquece a verdade, dirá - Eles me perguntaram sobre AVAL e não sobre AVAIS! É bem diferente Aval quer dizer um só enquanto AVAIS ou AVALS é mais que um...

Tenho vontade de mandá-lo enfraquecer outra coisa, mas prefiro despedi-lo dos meus ouvidos de forma tão

Cordialmente

Félix

Uma nota ao leitor: Quer apostar comigo que este crápula do Franklin Martins está a soldo do PT? Mais, quer dobrar a aposta como esse velhaco, em breve, será nomeado para algum cargo no governo gatuno do PT? 


Só bandido convive com bandido! Franklin Martins, não se esqueça, já viveu de seqüestrar gente.


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