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quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

A emoção sem pudor no pegulhal.

Há mais de 30 anos convivo com o jornalismo de vários países. Já vi de tudo. De tudo li um pouco também. No entanto, do lido e do visto, nunca nada me asqueou tanto como as transmissões atuais da Globo News Internacional sobre a tragédia na região serrana do Rio de Janeiro.

Quanto à Record Internacional vou poupar os dedos. Aqui em casa esse canal a serviço da demagogia, da empulhação religiosa, foi abolido decisivamente. Na minha opinião é uma TV de vigaristas. Todos os que lá trabalham deveriam ser presos; a começar por Paulo Henrique Amorim e a terminar na Ana Paula Padrão.

Que pena não enforcarem mais os charlatões...

É inadmissível a desfaçatez, principalmente a falta de escrúpulos, a falta de moral e o desrespeito humano desses mistificadores na exploração da desgraça alheia sem qualquer outro propósito senão o de manter o rebanho embasbacado diante da telinha para instigá-lo às porcarias que anunciam.

Só mesmo o Brasil para produzir jornalismo emocional-apelativo-imoral. Nos meus anos nesse país sempre tive a impressão que os brasileiros mais se parecem a cabras a balir diante do alvoroto. Fazer o quê? Nem para carneiros lanígeros servem. Falta-lhes essência. Falta-lhes inteligência. Falta-lhes sobretudo consciência cidadã e amor próprio.

Não admira que o jornalismo seja tão ruim, tão superficial, tão dramalhão.

Às portas da falência, as organizações Globo deram para exagerar na demagogia Iurdiana.

Explorar o mórbido dá audiência. Sempre deu. Pena que proporcionem só circo sem pão. Quanto maior o dramalhão mais anunciantes bons aparecem com aquelas promoções “imperdíveis em deiz vêz sem juro”, pois a patuléia sequer percebe nas “deiz vêz” as duas ou três que paga a mais pelo produto que é induzida a comprar.

Assim, o famoso padrão global de qualidade, imposto outrora por Walter Clark e José Bonifácio Sobrinho, foi aposentado. A competência profissional idem. Hoje prevalece um bando de ineptos a trabalharem à laia de âncoras nos telejornais. Nem português correto sabem falar.

Às vezes chego a ter dó da gramática, tal a quantidade de pontapés que recebe.

O jornalismo da Rede Globo, como um todo, tornou-se realmente abjeto, fedorento, adesista e muito, muito espurco! Dá nojo, raiva até, ver esses metidos a profissionais da informação a explorarem a desventura alheia e a aflição das vítimas do descaso, do egoísmo e da corrupção dos governantes brasileiros... sem a menor preocupação em descer ao fundo da questão e cobrar responsabilidades.

No entanto, em cada chamada, encarregam-se de anunciar o noticiário sobre as "VÍTIMAS DAS CHUVAS".

Num mote incessante esse jornalismo velhaco repete à insanidade as mesmas cenas, as mesmas entrevistas e o mesmo festival de nescidades dos repórteres travestidos de virgens pudicas numa logorréia sabujada.

Até Sandra Moreira, mais feia do que nunca, foi tirada da aposentadoria para se meter de botas na lama. Coitada. Pensava que já tinha falecido.

Nenhum desses plumitivos, (e digo “plumitivos” com absoluto desprezo), corre atrás dos políticos obscenos, das “otoridades”, para exigir ações imediatas, eficazes e vigorosas contra o descaso e caos que campeiam à solta pelas três maiores cidades inundadas.

Já há provas materiais e documentais, – pra lá de suficientes, – a comprovarem sem qualquer sombra de dúvida que toda a tragédia na Serra do Rio de Janeiro poderia ter sido evitada com um ano de antecedência. Portanto, responsabilidades criminais precisam ser apuradas, cobradas e indenizações civis devem ser exigidas e pagas imediatamente. Meter dois ou três prefeitos na prisão seria muito bom... Seria também um exemplo para os próximos que os sucederem.

Enquanto o cidadão brasileiro não tiver tal consciência, continuará a morrer em tragédias iguais a cada ano... e a Globo sempre frisará que são “Vitimas das Chuvas”.

Certamente por isso preocupa-se tão-somente em exibir as imagens da lama, as toneladas de donativos e em divulgar os aluguéis prometidos pelas prefeituras para casas inexistentes, onde não há sequer um só barraco para alugar...

Jornalismo fútil, corrupto e despreparado procede dessa maneira.

Educar a população ou mostrar-lhes os direitos que têm, nem pensar! Denunciar a zorra que existe na distribuição dos donativos, tampouco! Mostrar que os prefeitos e secretários se aboletaram com o dinheiro repassado pela União, é assunto melindroso! Poderá aborrecer algum anunciante. Denunciar que esses mesmos prefeitos estão cerceando a distribuição dos donativos, apesar de todas as acusações circulando em Blogs e Twitter, não faz parte da pauta...

Aliás, até a este exato momento, em nenhum jornal ou revista de grande circulação na bananolândia, eu vi clamor algum para imputar responsabilidades ao Estado do Rio de Janeiro ou às Prefeituras envolvidas.

Mas mostrar e repetir à náusea as lágrimas de crocodilo do Sérgio Cabral, isso a Globo faz muito bem.

Os editoriais dos jornais mais parecem caricias meigas quando tocam nas enchentes. Que jornalismo mimoso... Quem escreve tais arrazoados é bom de escapismo político e até social. Creio que deve enxergar só de um olho com alto grau de miopia.

O Estado do Rio de Janeiro, as Prefeituras das cidades alagadas e o Governo Federal são os verdadeiros responsáveis pelos mais de 700 mortos, cujo total oficial certamente ultrapassará os 1.000... sem levar em conta os inominados perdidos debaixo dos metros de lama... dos quais jamais se conhecerá o nome ou direito terão a um enterro decente.

Por outro lado, tampouco li algo sobre algum desígnio da OAB em desenvolver esforços para unir os desabrigados numa ação coletiva, por perdas e danos, contra os responsáveis pela tragédia.

O Ministério Público também se mantém silente. Várias centenas de mortos não dão publicidade ao “laborioso” trabalho desses senhores na defesa e proteção da justiça. É mais gratificante correrem atrás do Paulo Maluf... dos milhões escondidos na Suíça.

O que são 700 ou 1.000 mortos soterrados, comparados com os 53.000 assassinados ou os 100.000 falecidos em acidentes viários, se nem estes merecem mais destaque nos jornais?; ou ações judiciais contra governos estaduais por roubarem o dinheiro do conserto das estradas?

E o povo? As verdadeiras vítimas, costumeiras, habituais e constantes do desgoverno brasileiro?

Ora... a Globo já se encarregou de exibir, insistente e continuadamente, vários Silvas sem barba e Lindinalvas de largas ancas, homens e mulheres de pouca instrução a sorrirem desdentados enquanto se proclamam “guerreiros”... “vitoriosos”... “cheios de esperança”, pois a vida continua e é preciso “pelejar pelo leite das criança”...

Até agora não entrevistou nenhum dos milionários que por lá tinham casa. Entrevistar “azélite” não seria adequado politicamente ao foco social-mentecapto do governo petista... Além disso, haveria que editar quase tudo do que dissessem... e não sobraria nada para levar ao ar.

Coitado dos Silvas e das Lindinalvas. Mal sabem o que dizem... Nem o que fazem... Tampouco percebem a estultice a dominar-lhes o cérebro, impedindo-os de exigirem pra valer os direitos que têm como cidadãos; ou reclamarem as indenizações a que fazem jus por serem vítimas, não das chuvas, como tanto a Globo insiste, mas da irresponsabilidade daqueles que elegeram para os proteger e governar.

Mal sabem tais pobres de espírito que os seus familiares e amigos não morreram por causa das chuvas..., mas porque eles próprios, embora vivos, assim como os mortos pelas avalanches e enxurradas, não souberam eleger com consciência políticos capazes. E, para os que irresponsavelmente elegeram, elegem ou elegerão, tampouco sabem ou saberão exigir deles vontade política para resolver os seus dramas, as suas necessidades que se repetem ano após ano, todos os anos em janeiro, fevereiro e março.

Ano que vem a Globo já se encarregará de martelar novamente as cabeças, a diário, alcunhando as vítimas do descaso governamental de “Vitimas das Chuvas”. Os novos Silvas sem barba e as Lindinalvas de quadris amplos, acreditarão; com orgulho sentir-se-ão ainda mais "guerreiros"... por salvarem um dos filhos e sepultarem o pai, a mãe e a filhinha mais nova.

Tragédias com tantas mortes, seja em Santa Catarina ou em Angra dos Reis no ano passado, ou a presente e colossal na região serrana do Rio, só acontecem por puro descaso político. A Globo, povoada pela enorme imbecilidade que passou a dominá-la, finge ignorar esse fato.

A Globo prefere chamar carinhosamente os desabrigados de “vítimas das chuvas”. Prefere mostrar as palafitas e barracos a se despencarem nas áreas de risco. Prefere insinuar maliciosamente que os Silvas sem barba e as Lindinalvas são os responsáveis pelas próprias tragédias, pelo lixo nas ruas, pela fragilidade das construções...

É revoltante! É nojento!

É muito fácil atribuir culpas a quem não conta nem dispõe de uma política habitacional honesta e de qualidade. É muito fácil culpar os palafiteiros pelo lixo nas ruas quando o serviço de coleta é ruim, superfaturado venalmente e só passa dois ou três dias por semana... se o motorista do caminhão estiver de bom humor e os bandidos da favela não usarem o veículo como alvo dos tiros.

Quando um governo confessa por escrito à ONU que: – “grande parte do sistema de defesa civil do país vive um despreparo generalizado e não tem condições sequer de verificar a eficiência de muitos dos serviços”, – não merece ser governo. Deve ser deposto.

Num país decente acontece assim.

Contudo, nem as vítimas vivas, ou os delas solidários, nem os mortos nas tragédias brasileiras entendem isso e todos, em uníssono, se eximem de qualquer culpa. Com tanta exculpação os governadores, senadores, deputados, vereadores e o próprio presidente da republiqueta só precisam engrossar o coro. Eles são, afinal de contas, o reflexo dos seus eleitores.

Rezemos então pela alma dos mortos. Especialmente pelas das crianças... elas sim, totalmente inocentes das irresponsabilidades políticas e sociais dos adultos.

Pelos vivos não vale a pena. Se forem pobres, já se sentirão “guerreiros”, reconfortados com a mixaria que ainda... apenas alguns, (pois não serão todos)... haverão algum dia de receber do Estado... em fevereiro?... Quem sabe março, outubro, dezembro?... Talvez janeiro de 2012 ou 2014?; quando começar a campanha para a volta do Silva com barba e os cordões da burra forem abertos à descarada.

Nesse meio tempo os ricos já se encarregarão de receber, por meio dos seus bons advogados amancebados, as suas indenizações polpudas sob o manto da justiça sigilosa.

Tal como o alfeire de vítimas de Santa Catarina, há mais de ano relegadas ao abandono, o pegulhal da região serrana do Rio já se orgulhará do seu status “guerreiro” coberto com muitas roupas velhas. "Vitorioso", deliciar-se-á a beber água mineral ofertada pela solidariedade nacional... de milhares de Capra hircus outros, a balir diante da telinha... com vontade de ajudar, porém, com mais vontade ainda de comprar uma nova TV de plasma em “deiz vêz sem juro”.

Tragédia anual vista em 40 polegadas na parede do barraco é mais plangente. A emoção pelas "vitimas das chuvas" brota e rola sem pudor...

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

O cúmulo da imbecilidade.


Não é sem razão que César Maia é considerado o político mais imbecil que existe no Brasil. Consegue superar até o analfabeto do Lula ou a ladra de bancos que chefia a bananolândia.

César Maia certamente tem uma meia dúzia de parafusos soltos na cabeça. Isso, se parafuso algum tiver. Cuidado! Acredito piamente que na cabeça dele deve haver de tudo menos discernimento, inteligência ou bom senso.

Já que ninguém fala dele, vejam só o que o fragorosamente derrotado nas últimas eleições, – num ato desesperado por notoriedade, – solta hoje no seu Ex-Blog:

EX-BLOG ENTREVISTA CESAR MAIA SOBRE AS DISPUTAS NO DEM!

Em outras palavras: – César Maia entrevista-se a si mesmo!

É ou não é um caso de internação imediata? E o homem ainda pretendia ser presidente da republiqueta...

Não vou nem transcrever o texto, pois seria dar trela à insanidade. Entretanto, se quiser ter uma idéia da "entrevista" clique na foto acima para ampliar. É absolutamente patético.

Será que o filho, Rodrigo Maia, não sente vergonha de ter um pai tão imbecil? Eu sentiria e trataria de interná-lo.

É impressionante ver o que o ostracismo faz com o ego das pessoas... Coitado. Pirou de vez!

Leia também:

César Maia e o plural majestático.

César Maia não erra uma.

Carta aberta a César Maia – Prefeito do Rio de Janeiro

Prefeito César Maia - do Rio de Janeiro

O governo Lula acabou! (Uma das muitas previsões de César Maia publicada na FSP em 02/09/2007, que nem por aproximação chegou perto)

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Inundações, tragédia e mortes... com hora anunciada.

Pela Globonews internacional acabo de ver que já passa de 400, os mortos nas duas regiões serranas do Rio. A raiva é muita e a indignação tresanda em cada poro.

Que vergonha! Que desespero!

Por associação, recordo um discurso do imbecil Aloísio Mercadante e a promessa desse revogador do irrevogável em transformar o Brasil num país tropical mais avançado...

A Austrália, - que o dito cujo sequer sabe que é também país tropical, - muito mais avançado que o Brasil, inclusive e principalmente no IDH, sofre uma inundação de proporções bíblicas que cobre uma área superior à França e Alemanha juntas. O número de mortos não chega a 30.

Bem menos de 10% dos já encontrados nas pequenas Petrópolis e Nova Friburgo.

Com esta comparação, entre países tropicais, fica bem claro o quanto as “otoridades” brasileiras são ineptas nas suas administrações e responsáveis por essas tragédias.

Sem dúvida alguma!

Entretanto, tristemente fica ainda mais patente o quanto os eleitores desses energúmenos são relapsos nas escolhas eleitorais; da pouca memória que têm, até em relação ao próprio sofrimento; e do pouco valor que dão aos direitos de cidadania que lhes concernem e deveriam exigir.

Deveriam! Mas falta consciência...

Anos atrás, sendo Garotinho o governador do RJ, uma tragédia idêntica ocorreu. Nada foi feito para prevenir novas. Garotinho, apesar disso, não perdeu um voto sequer. Só não está hoje em cargo público porque o Tribunal Eleitoral não deixou.

Com Sérgio Cabral acontecerá o mesmo.

A tragédia em Angra dos Reis, no ano passado sob a gestão Cabral, tampouco serviu de exemplo, nem de alerta, nem para despertar vontade de exigir. Igual a inundação de 20 atrás, em Franco da Rocha/SP, serviu de alerta para a mesma Franco da Rocha dos dias atuais.

Por mais cruéis que possam parecer estas palavras, o que acontece todos os anos em S. Paulo e RJ são tragédias anunciadas... com dia e hora marcados.

Parece até que as pessoas que moram nas áreas anualmente inundadas, - pois são sempre as mesmas, - gostam que isso ocorra para poderem se revestir de vítimas e gritarem a plenos pulmões: “QUEREMOS JUSTIÇA!” “QUEREMOS SANEAMENTO BÁSICO!”

Secadas as águas tudo volta ao normal. A justiça fica para depois, o saneamento para muito depois.

Nas épocas das eleições já esqueceram de tudo. Votam no santinho encontrado no chão ou no sujeito do carro de som a prometer cestas básicas... Ou no sujeito a chorar ao microfone para comover corações... pois nenhum brasileiro resiste às lágrimas de um homem sensível.

Quem foi que disse que o brasileiro é 80% emoção, 15% corrupto e 5% inteligente?

Lamento pelos 400 mortos! Porém, lamento muito mais os milhares de vivos nessas regiões... Não têm consciência nem vontade de evitar novos mortos... embora gritem por justiça enquanto choram o pai ou o filho soterrados.

Ano que vem tudo se repetirá. Provavelmente 5% de cidadãos conscientes indignar-se-ão outra vez com Sérgio Cabral e eu escreverei algo parecido a este lamento...

O descaso governamental, inundações, tragédias e mortes são motes cessantes, apenas temporários no pensamento popular.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Ambigüidades só “made in Brazil”.

Como se já houvessem poucas aparece mais essa dos passaportes diplomáticos para os aprendizes de meliante, os filhos dos Lula.

As manchetes dominam.

Em tudo o que já li sobre mais essa vigarice, agora unida da família do bandido maior do PT, ninguém se pergunta porque esses dois enjeitados querem “desesperadamente” os passaportes diplomáticos?

Nem curiosidade têm.

O filho adotivo espalhou pelo Twitter que graças ao “papi” os brasileiros são bem recebidos em todo o mundo. Recordemos o que o inteligente escreveu:
“Parabéns aos brasileiros que são recebidos com carinho em todo o mundo graças ao ex-presidente e não a imprensa PIGista suja!”
Marcos Cláudio Lula da Silva, filho do Lula e dono de passaporte diplomático
.
Para que quer então o filhote de bandido, um passaporte diplomático?

Será que o “papi” vai precisar trazer algum dinheirinho de fora do Brasil para continuar a proporcionar o alto padrão de vida que desfrutava no planalto?

Com passaporte diplomático ninguém abre a bagagem na chegada ao Brasil... para ver o que está voltando... do quanto foi retirado em malas transportadas no aero-lula...

Mas já todos esqueceram que aos dois dias de Lula assumir a presidência, Mariza Letícia, a esposa, pediu e recebeu a nacionalidade italiana. Todos os filhos também. Por este fato, tornou Lula também o primeiro presidente brasileiro de dupla nacionalidade a (des)governar o “paíf”.

Ninguém se importou com a bofetada que o clã famigerado dos Lula deu na Constituição Federal... Nem a OAB. Tampouco com os rolos de papel higiênico que os brasileiros tiveram de gastar para se limparem do que o Lula obrou em cima de cada um.

Deve ser por isso que o Brasil virou um enorme banheiro de rodoviária...

Li hoje que as “crasse” C e D, em 2010, pagaram mais impostos que os ricos. Se mal se pergunte, o Lula não foi eleito para fazer exatamente o contrário?

Certamente eu devo estar enganado.

Enquanto isso, ninguém mais fala dos onze caminhões, de 80 m3, cada um, que saíram do palácio com “os pertences” do Lula. Nem do caminhão, especialmente climatizado para transportar as “birita” do Lula. Obviamente tudo pago com o dinheiro dos idiotas brasileiros que continuam a tomar no fiofó e acham ma-ra-vi-lho-so!

Dizem que tomar no rabo vicia. Deve ser por isso que há cada vez mais bichas no Brasil.

Povo burro e corrupto merece isso e muito mais. Inclusive ser chefiado por uma reles Ladra de bancos.

O que eu acho mais engraçado nessa história de roubo, às claras do dia do que havia dentro do Planalto, é que o chamado “jornalismo investigativo” não foi atrás para saber o que havia dentro dos caminhões, nem onde as caixas estão armazenadas à custa do erário público.

Se tivesse sido um Tucano a fazer o mesmo já apareceriam dezenas de promotores orelhudos e corruptos, tipo Luiz Francisco de Souza, para investigarem... o pasquim da Carta Capital para publicar e o anão Paulo Henrique Amorim para afiar a sua conversa amolada. Mas o Lula é do PT... a roubalheira é permitida!

E, além disso, como o Brasil já é campeão de ter os juros mais altos do mundo, o pior ensino escolar do mundo, os maiores índices de criminalidade do mundo, o povo mais venal e sem vergonha do mundo, de ser a maior explanada de sexo a céu aberto do mundo, de ser o país com mais negros do mundo, agora pode se orgulhar de ter nos Correios o maior percentual de extravio de correspondência do mundo.

Após o PT dominar a máquina pública, inclusive os Correios, o extravio de correspondências oscilava em torno dos 5%, o que já era um número internacionalmente alto. Em 2009 e 2010 passou para a casa dos 10%. Percentual este, quando comparado a outros países, é considerado pelos especialistas o maior do mundo.

Nem no Burundi existe tanta irresponsabilidade e tanta desonestidade.

Hollywood tem se encarregado de mostrar que o Brasil é o paraíso dos ladrões. Para lá fogem todos os que se dão bem nos crimes praticados dentro do celulóide. Lula não pôde deixar de comprovar que o fato é verdadeiro. No seu penúltimo ato de governo deu asilo a Cesare Battisti, terrorista e assassino.

Por que não asilar um criminoso em 2010, se em 2006 já tinha dado asilo ao padre Francisco Antonio Cadena Collazos, conhecido como Padre Olivério Medina? Este velhaco de batina é colaborador reconhecido e oficial graduado nos quadros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC). Vive no Brasil desde 1992, como uma espécie de embaixador. Por meio dele e do dinheiro do narcotráfico fornecido pelas FARC o PT construiu a sua sede em Porto Alegre e pagou gastos substanciais da campanha presidencial de 2003.

Em 2005, o governo colombiano pediu a extradição do padre, acusando-o de ter liderado um ataque das FARC a uma base militar em 1991. Tarso Genro deu asilo e Lula apoiou. Irmãos no crime sempre se apóiam e asilam mutuamente... de mãos dadas.

Bandidos unidos jamais serão vencidos! O PCC de São Paulo e o CV do Rio vão muito bem.

Para aqueles que duvidam da fraternidade bandida no Brasil, além do asilo concedido a um assassino, o último ato do governo Lula foi declarar a ex-ministra Erenice Guerra inocente de ter roubado, chantageado e adulterado documentos de licitações, assim como de ter extorquido e exigido subornos para dar andamentos a uma série de mutretas fartamente noticiadas.

Seria uma injustiça não inocentá-la... Afinal, grande parte do dinheiro achacado foi parar na mão dos petistas.

A pilantra foi demitida da Casa Civil em outubro de 2010 por causa de denúncias comprovadas e testemunhadas de tráfico de influência. O primeiro ato do governo Dilma foi publicar no Diário Oficial a demissão de toda a diretoria dos Correios. Diretoria essa nomeada por influência direta da ex-ministra que era mão direita e esquerda da Dilma.

Não é à toa que no Brasil caiem mais raios do que em qualquer outro lugar no planeta. Infelizmente Thor, o deus dos raios, tem uma pontaria desgraçada. Esses raios só acertam vacas de quatro patas e um ou outro inocente.

No Brasil até os deuses se mostram incapazes de enfrentarem a escumalha.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Os filhos das camisinhas furadas

Indigne-se!

Ou se preferir, no original: Indignez vous! – Em francês soa mais chique, mais peremptório.

Talvez provoque alguma reação nos brasileiros... que tanto gostam e vêem Paris como a capital do bom gosto, a Meca das férias sonhadas... pagas intermitentes no crediário a perder de vista.

Indignez vous! É o que eu diria para esses brasileiros... Também lhes diria que é errado falar “bifê”. O correto é Bufê, com ênfase no ‘U’ e som de ‘U’. O mesmo vale para Menu e não, “mêni”... Muito menos “pirê”, quando o correto é Purê! – Purê de batatas, e não “pirê de batata”.

“Indignez vous! (pour une insurrection pacifique)”, por uma insurreição pacífica, é o título de um livrinho de 30 páginas, escrito por Stéphane Hessel, que me caiu ontem nas mãos, (finalmente), ao cair da tarde, na minha parada habitual na livraria perto de casa.

Andava doido para conseguir esse livro.

O leitor já pode imaginar que o li de uma assentada só. Na Europa não se fala de outra coisa. O WikiLeaks deixou de interessar. Não sei se o livro está à venda no Brasil. Foi lançado em Paris, em Outubro de 2010. As edições têm-se esgotado uma após a outra. Se você não o leu, recomendo. Vale a pena.

Com uma hora e pouco de leitura, na última página a memória entrou num caleidoscópio de reminiscências que me transportaram aos meus tempos de estudante insurreto, aí no Brasil; à minha luta para ajudar o comecinho do Partido dos Trabalhadores; à prisão pelo DOPS (cuja indenização por prisão política jamais pedi, nem pedirei); e, como não podia deixar de ser, à decepção em 1990, quando descobri que o Lula era um bandido, Zé Dirceu outro pior e que o PT não passava de uma corriola de vigaristas a enganar o povo.

Para Stéphane Hessel, o "motivo básico da resistência é a indignação”. O meu avô dizia o mesmo. Talvez por essa influência muitas vezes indignei-me com o que acontecia no Brasil... E continuei a afligir-me mais com todos os petistas... Talvez por ser dos poucos capazes de enxergar que o Lula fazia pior, tendo sido eleito para fazer melhor... e o povão, em estado de apatia e ganância absolutas, deixava-se levar pela lábia mefistofélica do apedeuta.

É certo que as razões para ficarmos indignados no mundo complexo de hoje podem parecer menos evidentes do que nos dias de Hessel, na luta contra o nazismo; ou nos da ditadura militar da minha juventude. Mas "procura e acharás!", escreveu Hessel. Embora essa frase não seja originalmente dele, é a consigna que alguns homens sempre têm em mente para provarem a si mesmos que são homens de bem e não carneiros obedientes à voz do pastor, nem fazem parte da patuléia de “cegos” e “surdos” como infelizmente existem no Brasil.

Indignação e inconformismo são os combustíveis necessários para nos impulsionar a melhorarmos a nossa vida, amenizando simultaneamente o infortúnio do nosso semelhante e/ou da comunidade onde vivemos. Uma coisa depende da outra; está ligada à outra. Uma não acontece sem a outra. Nisso acredito.

Nos países do mundo onde o fosso crescente entre os muito ricos e os muito pobres é cada vez maior, embora no Brasil se viva a vergonhosa ilusão de que as classes C e D melhoraram de vida, deveria ser motivo para a juventude brasileira resistir a Lulas e Dilmas... especialmente pelo que são essas duas infaustas criaturas, pelo passado vergonhoso que tiveram e pelo nada que fazem à frente dos governos, exceto o de enriquecimento ilícito.

O tratamento desumano dado aos indocumentados, aos imigrantes, aos negros, aos ciganos... A ansiedade de querer sempre mais; a competição desenfreada na escala social; a ditadura dos mercados financeiros; o despudor dos marketeiros em manipular e enganar a opinião pública; a Segurança Social relegada apenas às promessas de campanha... e até os brados da resistência sufocada contra a Justiça corrupta e sem justiça, deveriam ser motivos de indignação dos brasileiros. "Motivos para insurreição pacífica", especialmente dos jovens, como escreveu Hessel, pois a eles o futuro do país pertence.

Stéphane Hessel tem 93 anos. Se o meu avô fosse vivo completaria este mês 114. Contudo, apesar da diferença de idades, ambos foram contemporâneos na Segunda Guerra Mundial. Lutaram sob a mesma bandeira da Resistência Francesa. Hessel foi preso e deportado para o campo de concentração de Buchenwald. Meu avô, do campo Sachsenhausen conseguiu fugir para a Suíça. Terminou os seus dias em Minas Gerais, no Brasil. Azar dele pelo desamparo de vida que teve; sorte a minha, porque me ensinou a ser homem digno; a não me submeter principalmente àqueles que se declaram “salvadores do povo”... pois deles, maiores desconfianças haverá de se ter.

É uma pena que os brasileiros não gostem de ler e os jovens tenham abraçado o Twitter como fonte primária de informação. Se lessem o livrinho de 30 páginas que Hessel escreveu, talvez pudessem aprender a se indignarem antes dos fatos ocorrerem e não depois.

Conseqüentemente, talvez tivessem vontade e conhecimentos para reagirem no tempo certo, e não de retroagir por meio de atitudes e mensagens deploráveis, todas elas piores do que as cometidas por aqueles contra quem querem resistir.

Meu avô apelidava esses jovens de “filhos das camisinhas furadas”. Acidentes que a tecnologia do latex não soube evitar. Como não eram para nascer, mas nasceram, a Natureza foi apanhada de surpresa. Não estava preparada para aprovisioná-los a tempo com os atributos normais, dados a qualquer Ser que siga o curso natural. Por exemplo, Inteligência falta a quase todos eles. E se alguns a recebem, falta-lhes Honestidade ou Sentido-Comum...

Segundo dizia o meu avô, esses três atributos não atendem a qualquer um, principalmente numa emergência Nem mesmo se a Natureza pedir:

A Inteligência é senhora requintada, cheia de salamaleques; requer tempo e cuidado para poder se transmitir a um cérebro recém-formado.

A Honestidade é dama vaidosa, faladeira, mas sofre de complexo agudo de inferioridade. Tem baixíssima auto-estima. É uma Maria-vai-com-as-outras. Raramente tem opinião própria. Ademais, é difícil encontrá-la disponível; anda sempre metida em manifestações a tentar se afirmar. A Natureza só consegue encontrá-la com dia e hora marcada.

O Sentido-Comum é um velho ranzinza, introvertido, que sofre de transtorno obsessivo compulsivo. Tem medo de tudo; até de pôr os pés fora de casa. Só sai se a Honestidade e a Inteligência o forem buscar na porta. Nem a própria Natureza consegue levá-lo pela mão.

Portanto, para qualquer nascimento indevidamente programado, a Natureza vê-se incapaz de chegar perto dos três e avisá-los em cima da hora que uma camisinha se rompeu e alguém vai nascer... e eles precisam correr para lá.

Na maioria desses “chamados-às-pressas”, a Natureza recebe um não na cara. Então o filho ou filha da “camisinha furada” nasce sem as três qualidades; ou nasce apenas com uma ou duas...

Inteligência e Sentido-Comum são os mais relutantes em atender urgências...

É o caso, por exemplo, daquela moça, Mayara Petruso, com a sua mensagem “tuítada”:

- “Nordestino não é gente, faça um favor a SP, mate um nordestino afogado!
Quando eu li a notícia tive até vontade de telefonar para perguntar-lhe como se mata um nordestino afogado? Primeiro, porque no Nordeste não há lá muita água. Segundo, se ela já diz que o coitado está afogado, portanto, subentende-se que está morto, morrido, falecido, estirado no chão... Como será que a sumidade pretendia matar "um nordestino agogado", alguém já morto?

É uma pena que não tenha “tuítado” as instruções. Se o tivesse feito, como diria o meu avô, talvez não ficássemos na dúvida da moça ser ou não uma cavalgadura com duas albardas em cima, carregadas de livros, zurrando para a inteligência acudí-la. A moça se diz (ou dizia), estudante de direito...

Pelo menos, em relação à Mayara, com uma certeza ficamos: o português dela é muito ruim.

Stéphane Hessel não é tão desbocado no livro como o meu avô era nas palavras e eu sou na escrita. Entretanto, depois que terminei a leitura, percebi algo em relação ao Brasil que jamais havia notado:

Os jovens brasileiros não sabem se indignar a tempo e a horas; e quando se insurgem é no momento cronológico posterior ao fato, da forma mais beócia possível e com decoração inapropriada. A juvenil luta armada, pós 1964 e todos os disparates que cometeram, prova bem que de lá para cá nada melhorou.

Nem no passado, nem no presente eles conseguem se indignar no seu devido tempo. Nem durante os aviltamentos ou abusos. Tampouco se insurgem diante das evidências, das provas, ou das mentiras.

Parece até que se alguma inteligência possuem, ela é retardatária... Talvez seja manca ou sofra de artrose...

Veja o que ocorreu no dia da posse da Rousseff: Milhares de mensagens foram trocadas entre jovens que clamavam para que um atirador de elite se dispusesse a "atirar" e "matar a presidente" durante o desfile no carro aberto.

Eis algumas mensagens mais “argutas”. A que está em negrito eu gostei. Revela bem a leviandade e insensatez em relação ao processo político que ocorreu e ocorre no Brasil. Na verdade, os 4 exemplos selecionados provam tão-somente a falta de cidadania e responsabilidade cívica dessa meninada. Demonstram sobretudo a ausência da inteligência, cujo espaço deve ter sido ocupado por “mil” frustrações pessoais... o que nos dá a certeza de serem filhos e filhas de camisinhas furadas.
– "Bem agora podia vir um atirador de elite e acertar a cabeça da Dilma, maldita.” – dizia uma das mensagens;

– "Matem essa Dilma de uma vez, por favor. Algum atirador acerta na cabeça dela e outro no vice dela.” – dizia outra;

– "Algum atirador de elite está on-line?? Só avisando que daqui a pouco a Dilma vai desfilar em carro aberto... só um aviso... nada de mais..."

– "Tem algum atirador disposto a dar um tiro na cabeça de Dilma quando ela estiver subindo a rampa do planalto?".
Será que algum dos autores dessas mensagens se deu conta que a mulher já havia sido eleita há três meses, por maioria absoluta... e nos dois turnos?

Só agora despertaram para a realidade? Por onde andaram durante os meses de Setembro e Outubro? Ficaram enfiados em algum buraco com tampa, desde janeiro de 2010?

Se a estupidez fosse um esporte olímpico, a moçada brasileira estaria recoberta de medalhas de ouro, de prata e de bronze... Os “caras pintadas”, de verde e amarelo, só teriam com que se orgulhar... assim como se envaideceram das imbecilidades que cometeram na época.

Da mesma deficiência devem sofrer os que queimam índios a dormir nas paradas de ônibus, ou agridem empregadas domésticas... por serem domésticas; ou quebram lâmpadas nos rostos dos viados a paquerarem na Av. Paulista...

Aqui entre nós, haveríamos de nos perguntar o quê e onde esses jovens estudam?; ou fazem nos colégios e faculdades que assistem?... Melhor ainda: será que essa garotada tem pais e mães de verdade ou serão todos eles filhos de damas da necessidade, nas quais as camisinhas se romperam?

Durante todo o processo eleitoral ficaram mudos! Durante os 12 meses de mensalão, meia dúzia se vestiu de preto e o resto calou! Diante das constantes e repetidas mentiras do Lula, nem piaram. Ao ouvirem as barbaridades ditas pelo presidente da UNE e do corrupto que se mostrou, ficaram autistas! Dilma Rousseff é uma ladra de bancos comprovada, que nada tem a ver com luta política, mas isso tampouco os incomodou quando a mulher se postulou à presidância...

Depois das portas arrombadas é que se desataram manifestar? Ora, ora...

Esses “tuiteiros” recordam-me as famílias que constroem casas em cima de lixões ou nas encostas dos morros... Quando a enxurrada da chuva leva tudo por água abaixo, eles choram, gritam por justiça... por moradias... pelo auxilio das prefeituras... pelo pai morto... pelo filho soterrado... e queimam pneus e ônibus nas ruas, danificando os transportes que os servem e o asfalto por onde transitam...

Como escreveu Stéphane Hessel em seu livro, sem instrução não há idéias... E com ambigüidades por objetivo, jamais uma insurreição pacífica ou armada poderá triunfar, porque não há indignação genuína e sim, apenas um ir às forras; tal qual mulher corneada que transa como o melhor amigo do marido só para se vingar. Não há glória nem vingança. Há só mais um ato patético... e um palavrão feio para denominá-la.

Brasileiro só se indigna ou insurge politicamente na época do FEBEAPÁ (Festival de Besteiras que Assola o País), porque tudo termina numa grande festa zoada, com muitas pizzas, gargalhadas e mais camisinhas furadas.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Falando de coerência.

No blog do Lauro Jardim, no Site da revista Veja, encontrei esta «aqui»:
A coerência do neto de Brizola

“O ex-deputado federal Brizola Neto (PDT) passou o ano inteiro espinafrando Sérgio Cabral em seu blog. Agora virou secretário estadual de Trabalho do Rio de Janeiro.

Eis alguns registros do pedetista ao longo de 2010:

* Cabral não negocia. Impõe e acha que todo mundo vai obedecer. Foi por isso que nos meteu nessa embrulhada dos royalties.

* Cuidado, governador, com aquele velho ditado: quem tudo quer, tudo perde. O senhor não é um líder de massas, um político carismático.

* Sérgio Cabral, em matéria de política, pensa, pela ordem, em si, nele próprio e em Sergio Cabral, filho.

* Sérgio Cabral anda incorporando o espírito de César Maia e está adorando produzir factóides”.
Brizola Neto é brasileiro. Em matéria de coerência ninguém supera os brasileiros; digam lá o que disserem!

Vejamos alguns exemplos de coerência absoluta que recordo neste momento:

O PT passou 20 anos alardeando que era o mais ético entre os éticos. Ao assumir o governo descobriu-se que era mais ladrão, mais corrupto e mais sem ética ou moral do que qualquer dos outros partidos políticos que tanto criticava.

O PT apenas quis ser coerente com a realidade!

O Lula era o político mais honesto entre os honestos. Em oito anos de seu governo descobriu-se que é um mentiroso patológico, um vigarista de topete e cartola. "Governou" o país do alto dos palanques falando nada sobre o nada.

Com um detalhe super coerente: José Sarney, o eterno oligarca outrora odiado, tornou-se seu amigo amado.

Ciro Gomes queria até ver o Lula morto. Como prefeito de Fortaleza, como Governador do Ceará e depois como candidato à presidência falou, até pelos cotovelos, cobras e lagartos do Lula e do PT. Resultado, Virou ministro do Lula e seu grande defensor, até na corrupção do mensalão.

Ciro Gomes é sem dúvida um homem coerente nos atos e nas palavras. Nas obras, igualmente a sua coerência é farta, metálica e sonante.

Mangabeira Unger, no seu sotaque “agringalhado” falou e escreveu o que Lúcifer quis a respeito do mau caráter e vigarices do Lula e de seu governo. Virou ministro do Lula. Detalhe, foi até criado um ministério só para acomodá-lo. Isto é o que eu chamo de pura coerência brasileira.

Para Mino Carta, da revista Carta Capital, até 2004, o Lula era considerado pior do que o diabo. Euzinho, com estes olhos e ouvidos que a terra há de comer, dezenas de vezes o vi e ouvi falar os maiores absurdos sobre o Lula, sempre nos termos mais pejorativos e sórdidos. Mino Carta tem uma boca bem suja.

Mal começa o ano de 2005, Mino Carta certamente deve ter visto a Luz. Lula passou a ser o Deus vivo e amparo das horas de angústia. (Mino Carta não acredita em Deus onipotente nem em religião alguma). Coincidência ou não, 70% do faturamento da revista em publicidade passou a ser pago pela Petrobrás, Banco do Brasil e outras empresas sob o comando do ex-Diabo, transformado no “Deus vivo e imaculado”, Lula da Silva.

A penúria cinzenta da revista virou vermelho vivo, como só a coerência brasileira sabe transformar.

Ricardo Noblat, o blogueiro que em 2006 alçou vôo com a cobertura do mensalão, e com todos os seus escritos a favor da ética e da moral, hospeda hoje em seu Blog a José Dirceu, um dos maiores canalhas, corrupto e bandido até à medula, como poucas vezes já se viu na política brasileira. Nada mais coerente e cordato ao caráter paladino do jornalista, incansável defensor de pernambucana “atacada” na Suíça por “Skinheads nazistas”. E para reforçar tal coesão, hospeda também a Marcos Coimbra, presidente do Instituto Vox Populi, sujeito magano; o maior vedóia das pesquisas empulhadas ao gosto e divulgação do freguês.

Fernando Collor de Mello, arquiinimigo dos marajás, que ficava com “aquilo” roxo, e inimigo ferrenho do Lula, descobriu-se que era ainda mais velhaco que os marajás. Foi expulso da presidência. Na volta, como Senador, pelos braços do povo que o expulsou, virou um El Cid na defesa do Lula, das suas vigarices e da corrupção generalizada do PT por todo o país.

Se alguém queria maior exemplo de coerência individual ou popular, Collor de Mello é a epítome por excelência da coerência brasileira.

Joaquim Barbosa, o primeiro negro a chegar à suprema corte do país, sentou-se lá como ministro, iluminado pela glória de ser homem impoluto, trabalhador tenaz e conhecedor sábio de leis. A ele foi-lhe dado a relatoria do processo mais importante, que jamais houvera passado por qualquer das mãos dos seus colegas togados, do presente e do passado.

Joaquim Barbosa recebeu a missão patriótica de relatar todas as denúncias da quadrilha de 40 homens públicos que roubavam o Estado e propor uma condenação. Os anos passaram, os dias e meses também... para se descobrir que o negro ministro não era só na cor, mas no caráter também.

Mais uma vez a coerência brasileira se revelou sem pudor; audaciosa e devassa como só ela é capaz.

No transcurso e pleno gozo de uma licença médica, por supostas dores nas costas, que durou meses e meses, foi fotografado em botecos e festas... a beber e a comer do melhor... em vez de estar trabalhando... a justificar a fama que o ajudara a subir ao topo da Justiça.

A coerência brasileira é tanta que se revela até na própria Justiça. Sendo cega, de venda nos olhos, com uma espada pesadíssima na mão e uma balança enorme na outra... É absolutamente coerente que não consiga ver a farsa do ministro negro... nem seja capaz de castigar qualquer petista, banqueiro ou político safado, nem pesar os crimes que são cometidos contra ela.

Coerência é algo que não falta à justiça brasileira, aos brasileiros e, sobretudo à coerente nação chamada Brasil.

Louvores haverá que dar aos brasileiros, mestres em transformar o simples em complicado, com o objetivo de exaltar a complexidade da simplicidade, reclamando da violência, da corrupção… Clamam aos céus por segurança! Por saúde! Por alimentos! Dizem-se vítimas dos ladrões… Sentem-se aviltados nos hospitais sucateados; Espoliados nos impostos, impostos por seus governantes…

Numa demonstração coesa de absoluta coerência, insatisfeitos pela saída de um analfabeto elegem outro ainda mais analfabeto para deputado e, para presidente da república, uma ladra de bancos.

Isso sim, é ser coerente! É a coerência elevada à mais excelsa potência brasileira.


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