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segunda-feira, 1 de agosto de 2011

A melíflua cornucópia dos brasileiros

Quando o assunto é o Brasil, – ou os brasileiros, – sempre me sinto diante do princípio da Incerteza de Heisenberg com o gato de Schrödinger ao meu lado, miando para avisar que está vivo.

Esse país, e sua população mais negra do mundo, tal como o gato, impõem-me restrições quanto à precisão possível para efetuar medidas simultâneas de suas classes de pares observáveis.

Após o bando petralha ter enganado os ignorantes para que estes o levassem ao poder, os brasileiros de maneira geral passaram a mostrar claramente que as concepções clássicas a respeito deles deviam e devem ser abandonadas.

Por exemplo, honestidade, honra, ética e respeito humano são algumas das variáveis que deixaram de ser medidas, devido à impossibilidade de observá-las.

Recentemente a TV Record levou ao ar uma série de reportagens que demonstraram claramente essa impossibilidade. Ao vivo e a cores foi mostrado como o brasileiro é pilantra, mau-caráter e, sobretudo, ladrão.

O curioso dessa reportagem foi ter partido justo da emissora, cujo dono, Edir Macedo, já ensinou em gravação para o mundo como roubar os fiéis da sua igreja. (Veja «aqui»)

Será que a Record quer agora mostrar-se mais pia entre os ímpios?

Hipocrisia é algo que realmente sobra no Brasil. O sujo sempre gosta de criticar o mal lavado.

No extremo oposto, não tão oposto, a TV Globo, na infinita venalidade que a caracteriza, bem que se esforça para mostrar aos ignorantes que o vexame que o país dá ao mundo não é tão grave assim. Para cada notícia ruim que é praticamente forçada a dar, sempre encontra um jeito, logo em seguida, de acrescentar um “mas” para suavizá-la.

Assim faz com o desemprego galopante que crassa país afora. A cada nova estatística, logo o(a) âncora abre o seu melhor sorriso melífluo para noticiar o “fato” de que o “registro em carteira de novos trabalhadores”, no mês, foi “mais alto” do que no mês anterior... Mas não dá detalhes; tampouco informa que a quantidade de despedidos foi ainda maior.

E acredite quem quiser! O ignorante acredita! Mesmo desempregado já se sente empregado e corre para comprar o celular da moda, “em deiz vez sem juro”...

Com as quedas sucessivas da Bolsa de S. Paulo (BOVESPA), a culpa é sempre das estrangeiras. Jamais a Globo se refere ao fato do Brasil, há mais de dezesseis anos, ter-se tornando num grande lupanar para divertimento temporário dos capitais externos.

O Brasil, – que é essencialmente um país de pobres e miseráveis, – paga os juros mais altos do mundo, a ponto de permitir, nas atuais conjunturas econômicas, Americana e Européia, que investidores e empresas desses países compensem as suas perdas locais com os lucros fabulosos que embolsam ao especularem no Brasil.

Quem hoje mora na Europa ou nos EUA, e tem algum patrimônio, consegue facilmente um empréstimo a juros de 0,5% ou 1% ao mês para aplicar esse dinheiro no Brasil, donde obtém um lucro liquido, depois de pagar o empréstimo, de 4% a 5%, sem o menor esforço.

Nesse meio tempo, leio nos principais jornais brasileiros que a Indústria Automotora, em conjunto, claro, “vai investir” 30 Bilhões de dólares nas suas unidades...

E acredite quem quiser!

É claro que esses jornais evitaram mencionar que essa mesma indústria pôs e estar a pôr em férias coletivas – ou no olho da rua – a uma boa parte dos seus empregados.

Daí não surpreende que os indicadores econômicos do Brasil, com o seu ministro da Fazenda por arauto, se mostrem orgulhosos da entrada de capitais no país. Para “investimentos”, dizem eles.

Ainda bem que são “investimentos”! Eu estaria ferrado se realmente fossem.

Enquanto isso, os brasileiros limpam as poupanças para irem gastá-las nos EUA... para ajudarem os americanos a atravessarem a crise econômica que eles mesmos criaram.

E quem foi que disse que brasileiro não é bonzinho?

Pouco importa se a indústria de manufaturados nacional (excluindo minérios) perdeu nos últimos cinco anos algo em torno de US$ 82 bilhões, além da sua capacidade competitiva.

O Brasil, com a sua indústria praticamente no século XIX, e com um parque tecnológico quase inexistente é, no maior dos contra-sensos, o quarto ou quinto maior credor dos Estados Unidos da América.

Isso é o que chamo de verdadeiro oximoro.

Em outras palavras, um país de miseráveis com um dos índices sócio-econômicos mais baixos do mundo, com uma escolaridade ao nível da poeira que por lá se pisa, empresta dinheiro aos americanos para que estes esbanjem adoidados e se divirtam com o dinheiro que aos brasileiros tanta falta faz e os petistas tanto gostam de roubar.

Dá para acreditar?

Quando juntamos a essa “emprestança” aos americanos, mais o emprestado ao FMI, mais as dívidas de países africanos perduláriamente perdoadas inconstitucionalmente pelo Lula, mais tudo o que os petistas e seus aliados políticos roubam via corrupção em obras hiper-super-faturadas, é claro que desse modo não sobra dinheiro para investimentos na indústria; na infra-estrutura do país; menos ainda para a melhora do sistema de saúde; e, infinitamente menos ainda para a evolução intelectual dos brasileiros, cuja ignorância é inata e deveras incentivada.

Tal ignorância tem provado ao longo dos anos ser parte necessária, fundamental e imprescindível para que petistas e demais corruptos similares cheguem ao poder com o único objetivo de se locupletarem.

Quanto mais ignorante é o brasileiro mais ele vota em corruptos, ladrões e assassinos, pois são estes os únicos que proporcionam aos ignorantes brasileiros a desejada “Bolsa Esmola”, cujo propósito, outro não é, senão permitir-lhes provar o caldo knorr no arroz sem sabor...

E todos vivem felizes, sem luz, sem hospitais, sem médicos, sem escolas decentes, sem segurança... E todos, ignorantes ou não, rodam por estradas esburacadas; cruzam pontes que os levam do nada a lugar nenhum; sobretudo, todos se divertem amontoados em cidades com o esgoto correndo a céu aberto... ou se ferem gravemente com dezenas de tampas de boeiros que explodem misteriosamente...

Em termos de Brasil, incentivar a ignorância intelectual ou a política do seu povo seria o menor dos males se o incentivo à covardia cidadã não fosse o maior deles.

A polícia, – incompetente, porém corrupta até à medula, usa as rádios e televisões para recomendar, para instar o cidadão comum a não reagir diante dos assaltos; dos múltiplos e freqüentes roubos a que é submetido todos os dias.

Daí ser costume ver um cidadão brasileiro sorrir, com os dentes recém comprados, ao dizer que sai de casa como candidato a vítima e regressa sentido-se um sobrevivente...

Um sobrevivente da própria burrice e da covardia que o dominam, é bem certo; porém, disso o brasileiro tampouco tem consciência.

Obviamente, quanto mais o cidadão se acovardar e não reagir aos vilipêndios a que é submetido, com mais ganas e certos de sucesso estão os criminosos, – inclusive, e mormente, os próprios governantes, – nos atos que praticam; cujos benefícios, na maioria das vezes, dividem, se não entre eles, mas até com o próprio policial que foi à rádio ou televisão insistir para que não se reaja ao abuso dos meliantes.

A imprensa adora essas recomendações e reforça-as com a maior das diligências, achando que está a prestar um grande serviço “a favor da vida”.

Mal percebem tais mentecaptos que apenas estão ajudando e facilitando a audácia dos bandidos...

Só assim é compreensível ver policiais, - a receberem salários de miséria, - como proprietários de carros luxuosos, de mansões à beira-mar e apartamentos, cujos preços de mercado, nem com cem anos dos proventos rendendo juros na poupança, poderiam auferir.

O mesmo se pode observar com a maioria dos políticos nos mais diferentes níveis. Em funcionários públicos é algo corriqueiro; tão comum é que pela extensão e luxo da propriedade onde moram é possível calcular os anos de corrupção em que chafurdam.

Mais comum é ver “Empresários”, com "empresas" legalmente sediadas nas reles edículas de suas residências, contratados pelo poder público para executarem grandes obras públicas, como recentemente se viu na região serrana do Rio de Janeiro. Uma região devastada por uma catástrofe climática que o oportunismo e sem-vergonhice brasileira está sabendo aproveitar a bolsos cheios.

Brasileiro precisa ser ignorante e covarde, bem covarde, se quiser sobreviver no seu país, repleto de leis, onde poucas, muito poucas são efetivamente cumpridas... Leis essas orquestradas por esqualos togados a serviço de advogados que se deleitam num sistema judiciário, cuja prática, só por si, é um louvor à exponenciação da burocracia mais abstrusa.

Disso os brasileiros também sequer têm consciência, mas clamam aos berros por justiça...

Qual justiça? Eu nunca sei. A que leva 15 anos para condenar um assassino?; sem contudo o pôr atrás das grades? ou a que consegue levar até à prisão apenas 1 (um) em cada 100 (cem) assassinos?

Doce e melosa é a fonte da riqueza dos brasileiros.

domingo, 3 de julho de 2011

Brasileiros, os mais rejeitados!

Os paquistaneses vêm em segundo lugar como nacionalidade mais rejeitada. Porém, na proporção de 1 (um) paquistanês rejeitado para cada 5 (cinco) brasileiros.

Cidadãos de países do Médio Oriente, alvos habituais de preconceitos, por religião e cultura, têm mais facilidade para entrar nos paises europeus ou nos EUA do que brasileiros.

Assim, agora é oficial! Está plasmado na maioria das estatísticas oficiais de fronteiras no estudo realizado pelo D. I. da União Européia. Os dados abrangem desde a Coréia do Sul até ao terrível aeroporto de Maputo, em Moçambique.

Independente de educação, profissão ou qualquer outro objetivo político ou social, Brasileiro(a) é a nacionalidade mais rejeitada nos aeroportos dos países Europeus, nos Estados Unidos, na Ásia e até na África. Em 2008, 2009 e 2010.

Três anos seguidos não é pra qualquer um. Tricampeões em rejeição deve ser todo um orgulho.

Espanha e Inglaterra lideram essa rejeição mundial. Estados Unidos vêm em terceiro lugar.

No Reino Unido, de cada 100 brasileiros que chegam aos aeroportos e portos marítimos, 12 (doze), têm a entrada recusada no país e são recambiados para o Brasil sem qualquer comentário.

De 2008 a 2010, foram 24.830 brasileiros rejeitados pelo processo de imigração britânico, o equivalente a 24,2% de todas as remoções realizadas pelo país no mesmo período. (Estatística do Home Office do Governo Britânico).

Na Espanha, a rejeição à entrada de brasileiros virou asco pelos brasileiros. Se antes os argentinos, uruguaios e paraguaios detinham, somados, esse “status quo”, os brasileiros ganham atualmente de goleada. (Estatística do ministério do interior do Governo Espanhol).

De cada 100 “filhos” do Lula que chegam aos aeroportos e fronteiras terrestres Espanholas, 22 (vinte e dois) são proibidos de entrar. São presos e mandados de volta para o Brasil, também sem explicações.

Por que será? Porquê tanto desprezo pelos brasileiros?

Antes não era assim!

O povo brasileiro é tão alegre, tão risonho, tão hospitaleiro... Tadinhos!

Pois é!

A despeito de toda essa alegria e hospitalidade, são também os mais vigaristas, os mais desordeiros, os mais ladrões, os mais falsários, os mais ordinários, os mais mal-educados, os mais mentirosos... e as mulheres... ora! Elas são um capítulo todo à parte.

As brasileiras que um dia já foram belas e cheias de curvas, hoje, feias, gordas e de peles nojentas, são vistas como mais reputas que as putas de beira de cais desses países.

Os bordéis estão cheios delas. As zonas de meretrício, idem. Quando se hospedam em hotéis são olhadas com desdém. Nos restaurantes são alvos de vigilância constante por parte dos garçons; por medo que fujam do local sem pagar, fato bastante comum; ou para que não abordem clientes solitários, geralmente com o propósito de roubá-los ou convencê-los a que lhes paguem o que consumiram.

Nas prisões francesas, em termos de população carcerária masculina, por nacionalidades, os brasileiros lideram. Se até há poucos anos atrás argelinos, egípcios e marroquinos eram em maior número, hoje, a quantidade de brasileiros, presos e condenados pela justiça, sobrepaira em centenas os oriundos dos países árabes.

Até em Moçambique, onde a corrupção é igual ou maior que no Brasil e, tal como aconteceu no Brasil, por lá a dignidade moral também se mudou de mala e cuia para outras bandas, as prisões Moçambicanas abrigam brasileiros.

Se hoje o Brasil já é considerado o país mais negro do mundo, pela população dessa cor que lá sobrevive, pendurada nas tetas abjetas do governo corrupto que os governa, a nacionalidade por si própria obteve mundialmente a mesma negritude, tanto no sentido racista mais pejorativo, como no comportamento imoral tão fartamente documentado.

Por outro lado é bom não esquecer a fama quase centenária do Brasil em acolher pedófilos assassinos, ex-nazistas, mafiosos italianos, ladrões e terroristas. Não só nos filmes Hollywoodianos. Ainda hoje a atual Suprema justiça do Brasil, e os governantes, têm-se encarregado – à exaustão – de abrigar a escória mundial. Até lhes fornecem residência definitiva e autorização legal para trabalharem no país...

Como será que se sentem os poucos e ainda honestos brasileiros, residentes no Brasil? Deveras orgulhosos, presumo, de serem governados por uma ex-ladra de bancos... Uma cidadã bem brasileira, cujos atributos físicos, fama terrorista, comportamento imoral e despreparo intelectual condizem, aliás, e muito, com o que os brasileiros demonstram, praticam e propagam pelo mundo.

O Brasil não é só o país com os juros mais altos do mundo... O seu povo também é o mais rejeitado entre todos os povos do mundo. Agora é oficial!

domingo, 1 de maio de 2011

Beato oportuno.

Por acreditar em Deus e em Cristo, seria uma contradição ignominiosa da minha parte se acreditasse na Igreja Católica, ou em qualquer outra igreja, templo ou religião.

Nada me deixa tão deprimido quanto os atos praticados pela Igreja católica. Talvez porque conheça bem a sua história e os corredores do Vaticano onde ela se desenrolou e desenrola, repleta de sangue e hipocrisia.

Talvez porque só a veja deturpar e falsificar os verdadeiros ensinamentos de Cristo. Talvez porque os dois mil anos de história sangrenta dessa organização demoníaca se repitam num redemoinho incessante... e não há ninguém que lhe imponha um basta.

Herege já me chamarão alguns. E quem se importa? Felizmente, eu é que não! Pelo contrário! Considero tal adjetivo um elogio. Especialmente nos tempos atuais. Há muito aprendi o verdadeiro significado dessa palavra; bem diferente, aliás, daquele que as maldades canônicas impuseram ao mundo, com o intuito de usurparem dinheiro e bens dos judeus, ciganos, árabes e outras minorias tais.

E a maldade exploratória financeira se repete com a “beatificação” de Karol Wojtyła. O atual papa, e também inquisidor-mor, bem ao estilo Tomás de Torquemada, arrumou até um milagre “praticado” pelo “espírito” de Wojtyła, que, de tão conveniente, somente foi exercido, quase manu militari, em cima de uma freira, cujo oficio é o de obedecer e manter a boca fechada.

Francesa tinha de ser, obviamente. Os genes do cardeal Richelieu ainda permanecem vivos nesse país. Tão vivos de fazer gosto a Maquiavel e ao Cardeal Mazarin.

É certo que a desesperança se instalou no ceno do comportamento humano. Não faltam falsos profetas a prometerem, e até a venderem, benesses celestiais. Os vigaristas dos Iurdianos já chegaram a vender metros quadrados no céu. Em troca, claro, de polpudas somas.

Bento XVI apenas procede como os seus antecessores.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Uma galinha no lixo

Reinaldo Azevedo publicou hoje um artigo muito interessante (leia «aqui») onde afirma que “Certa imprensa está feliz como pinto no lixo! Aliás, cabe a metáfora mesmo, não a comparação: É pinto no lixo”.

Pessoalmente, penso exatamente o mesmo, embora discorde do pinto.

Em matéria de jornalismo, o Brasil é um lixão repleto de galinhas e galos a ciscar... Os pintos não têm vez.

Por coincidência, como já imaginava, lendo a Folha de S. Paulo não encontrei pintos, mas o texto de uma criatura, que pela idade, está mais para galinha. Galinha velha. Galinha ciscando no lixo; no entulho da ignorância; certamente na imundice da sua própria concupiscência.

O nome dela é Daniela Lima e o texto que escreveu, chafurdando na venalidade, você lê «aqui», no original, para assinantes da Folha. Se não for assinante, leia-o «aqui» ou «aqui».

Qualquer pessoa com um pouco de conhecimento político poderá perceber que Daniela, sendo jornalista, não só prima pela falta de inteligência, como mostra bem que as suas penas e bico estão a serviço da desinformação e, sobretudo da manipulação petista. A estupidez que revela no artigo parece estar diretamente proporcional à sua falta de entendimento sobre o que FHC escreveu na Revista Interesse Nacional. Leia-o «aqui».

O artigo dessa galinha ciscadora parece estar essencialmente direcionado para a maledicência difamadora com o intuito de plantar a discórdia e "ajudar a orientar" o foco dos debates para 2014.

Qualquer comentário meu sobre FHC passará sempre longe da amabilidade. É bem verdade! Porém, devo reconhecer que o seu artigo está carregado de razão e jamais, pegue-se por onde se lhe pegue, jamais qualquer interpretação subjetiva, por pior que seja, poderá se aproximar das burrices imbecis que Daniela Lima escreveu; ou a chamada "oposição Brasileira", sofrendo de ataxia agúda, interpretou. Muito menos as ações adotadas pelo Governador de SP são "estratégia diferente da defendida em artigo por FHC".

Daniela Lima não só se mostra uma autência apedeuta em interpretação de texto, como parece ter um gosto especial para inventar mentiras.

Entretanto, jornalismo a serviço do PT geralmente prefere a deturpação, cuja imbecilidade Daniela Lima exemplifica tão bem... ao estilo galinha feliz... no lixo.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Efeitos da generalização.

Um dos aspectos mais interessantes da sociedade brasileira é a capacidade que tem para generalizar e rotular.

Na falta de maior criatividade o plural majestático passa a ser usado, os diminutivos correm livres e o subjuntivo campeia à solta em todas as conversas.

É comum ler nos jornais, ou ver e ouvir na TV, a determinados jornalistas emitirem opiniões próprias, num texto e tom como se deles não fossem, porém, em nome de “TODOS”... para demonstrarem que estão bem “informadinhos” ou... foi-lhe ordenado que dessem essas “impressõesinhas” a bem da convicção que “TODOS” têm.

Quase sempre esses escritos ou discursos começam com expressões assim: “Entende-se que...”; “O Brasil insiste em não enxergar...”; “O público exige...”; “Não é de nossa índole...” etc.

O autor, “humildemente”, escreve ou fala “apenas” o sentir nacional.

No texto procura deixar implícito que todas as palavras lá escritas são um reflexo do que “TODOS” falam nos papos de mesa de bar...

Quantas vezes o leitor já ouviu: – “Sicrano emocionou o Brasil” ou, “o drama da ginasta “tal” deixou a TODOS comovido”? – inclusive com erro de “plurals”; pouco importando se você ou eu não ficamos comovidos, nem nos emocionamos ou estremecemos com o favelês que passou a ser falado no “Brasiu”.

As empresas fazem exatamente o mesmo.

Veja os anúncios de carros. Qual deles não mostra que “TODOS” gostam individualmente da marca anunciada; e “TODOS” sempre pedem para repetir os feirões dessa marca?

Num caso e no outro para nada importa se eu ou você discordamos; ou se você gosta da Ford e eu do Citroën, até por que estas marcas também afirmam que “TODOS” dão preferência a elas.

Nas empresas, a generalização é praticada com especial cuidado; geralmente na forma de boatos que começam assim:

– Você tá sabendo? Fulano vai ser demitido...

– Verdade?

– Não me diga que você não sabe...

– Não!

– Não? Não sabe? Mas TOOODO o mundo tá sabendo!...

Quando ainda morava no “paíf” do Lula costumava indignar-me com essas generalizações... embora desde os primeiros passos como estagiário tivesse aprendido a estar sempre consciente de que o Brasil é, essencialmente, uma nação de saltimbancos, governada por imorais.

– Todos? – era a minha resposta habitual, lacônica e simples, seguida de: – Quem são esses todos?

Obviamente o(a) boateiro(a) logo se engasgava e eu passava a ser o alvo do novo boato.

Em outras palavras, seguindo a mesma toada, já que a minha opinião e pensar são engolidos pelo “TODOS”, todas essas generalizações, tão em moda no Brasil, tentam mostrar que só existem porque são “reflexos” da opinião geral onde TODOS são incapazes...

Da maioria esmagadora que “obriga TODOS” a seguirem o rebanho... Do contrário, quem não pensar ou agir igual perderá a vez.

Um exemplo bem claro do que afirmo foi executado acintosamente durante oito anos com os resultados das pesquisas para aprovação do governo Lula.

No jornalismo brasileiro a generalização é a pauta do dia. Dependendo de quem encomenda a matéria, a generalização é usada para transmitir determinada mensagem e ser absorvida pela maioria, já que, subentende-se, “TODOS opinam igual”.

Na propaganda, a coisa é mais séria. Não só, como também, a falta de ética, de escrúpulos e de vergonha na cara por lá desbordam. A ganância dessa gentalha, ao longo dos anos, só tem piorado o caráter já nefasto dos brasileiros.

Eu sou dos poucos que ainda pensa, de uma maneira geral, que todos esses textos ou peças publicitárias apenas demonstram que os autores são seguidores fanáticos e praticantes tenazes da “pesquisa generalizada” para pastorear o rebanho; método tão em voga no Brasil. Principalmente na época da ditadura que Lula COPIOU com esmero; e que os marqueteiros da Dilma têm aperfeiçoado a cada minuto com requintada vileza e muita hipocrisia.

Quem não acreditou e/ou se emocionou com a voz embargada da Dilma ao mencionar os “brasileirinhos” mortos no Rio?

Embora o correto fosse dizer “brasileirinhas”, – pois mais meninas faleceram, – os “brasileirões” arrepiaram-se e uma lágrima ou outra escorreu desenfreada face abaixo.

Os jornais escreveram rios de palavras para relatar o fato, pois “TODOS” ficaram emocionados.

Na Globo New internacional o “TODOS emocionados” foi repetido quase à insanidade.

Entretanto, não é só a Globo a abusar do “TODOS” para emocionar a todos.

O curioso desses “TODOS” é que NINGUÉM se emocionou com o garoto baleado, caído, sangrando profusamente, no corredor da escola Municipal Tasso de Silveira, no meio de uma multidão bestial, passando ao lado ou por cima dele... sem dar a mínima!

Nem os policiais, incompetentes se preocuparam em controlar a turba de selvagens histéricos.

Selvagens em geral procedem assim, mas “TODOS” ficam emocionados com todas as emoções... menos com uma criança caída no chão, sangrando e gesticulando o bracinho, querendo ajuda.

Quando leio ou ouço esses “TODOS” abrangentes, sempre penso que seria perigoso instar aqueles que não concordam a atirar a primeira pedra. Poderiam chover muitas... embora convicto esteja que a covardia os impediria de atirá-las.

O mesmo repito para mim diante dos artigos generalizados. Principalmente diante de um corpo de uma criança caída, vertendo sangue em borbotão e vendo que TODOS a ignoram.

Que lástima a Globo não ter mostrado a ignorância de “TODOS” aqueles que ela enaltece e escreve como arauto de “TODOS que se emocionam”.

Nos meus anos de vida nesse país infame, chamado Brasil, diante das emoções comoventes que a Globo, a Record e a Band transmitiam, no dia seguinte perguntava à minha governanta se ficara emocionada com a notícia; ou se havia pedido para repetir o feirão de carros da FIAT, a que mais usava o plural generalizado..

– Qual noticia? Qual feirão? – Os olhos arregalados dela só acerbavam a minha indignação.

Na copa da empresa, na hora do café, repetia as mesmas perguntas. Poucos ou nenhum eram os “TODOS” que sabiam das “emoções Globais, Iurdianas ou Bandeirantianas” ou gostavam de determinado carro, anunciado como sendo a preferência de todos. Afinal, trabalhador brasileiro que se preze passa o “Jornal Nacional” dentro do ônibus, nas três ou quatro horas que tarda para chegar ao destino. Jornal, raramente lê; e se o faz, soletra as manchetes para deduzir o resto, seja por ilação ou por orelhada... quase sempre do todólogo do lado que entende de tudo, mas não sabe de porcaria nenhuma.

E como há todólogos no Brasil...

Entretanto, sobre o Big Brother, TODOS sabiam e, provavelmente, ainda sabem de tudo e mais um pouco.

É bem verdade que há muito no Brasil a expressão e o sentir nacional deixaram de ser de dentro para fora, para passarem a ser de fora para dentro. Brasileiro não é chegado a um raciocínio independente... ou a pensar por si próprio diante das vicissitudes da vida.

Tanto assim é que a incúria dos editores e a insensatez ou venalidade de muitos jornalistas têm proporcionado a inversão dos principais paradigmas sociais: - TODOS os desvios éticos passaram a ser abençoados e verborragicamente justificados para serem perdoados pelos brasileiros.

A eleição de Fernando Collor para presidente, seu impeachment e, anos depois, eleito senador, ilustram bem os efeitos da generalização e o reviramento dos conceitos morais dos brasileiros.

O fato de um presidente da república mentir descaradamente e nada acontecer é outro exemplo.

A eleição de uma ladra de bancos para presidir o Brasil é só a cereja do bolo a coroar esses TODOS...

A patuléia tem pouca memória e muita preguiça política. Generalizar poupa os neurônios precários dos brasileiros; permite-lhes opinar sobre tudo, sem medo de confrontações, porque a mentira é muita, o vocabulário é escasso e a generalização uma bolha pra lá de confortável.

O que seria dos formadores de opinião sem a generalização? A Globo mal passaria de jornal de bairro e Edir Macedo continuaria como caixa de banco.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Tiros em Realengo!

Alô, Alô Realengo! Aquele abraço!... Apenas para relembrar o estribilho de Jorge Duílio Lima Meneses, que já foi Jorge Ben, depois virou Jorge Ben Jô... E hoje, velho, encalhado na mesma toada, faz-se chamar Jorge Ben Jor, ou Benjor, dependendo da numerologia do dia.

Nos meus anos de Rio de Janeiro, no Leblon, ouvia dizer que em Realengo morava a morte; o calor abrasava como inferno e o vento... Ah... corria o boato que o vento fazia a curva em Padre Miguel para evitar se queimar por lá.

Por lá tampouco aparecia a televisão. Morte em Realengo não era notícia. Não dava Ibope.

Quando não eram os bandidos matar, era a policia. Se as chuvas não afogavam o suficiente, o Aedes aegypti multiplicava-se e matava...

E hoje, como antanho, ademais do sol a queimar, dos bandidos e da polícia a matar, das chuvas, dos mosquitos...

Hoje, em Realengo não só se continua a matar à vontade, como também se massacram crianças na escola, durante o horário letivo.

Isso sim é novidade.

Realengo chegou finalmente às páginas dos jornais. Do Brasil e do mundo.

Desta vez, fora da musicalidade azucrinante de Ben Jor e de Gilberto Gil, mas pelos tiros no massacre praticado na escola Municipal Tasso de Silveira, por um tal Wellington Menezes.

A televisão de outrora, tão arredia a Realengo, gostou. Foi até lá.

A rede Globo gostou tanto que montou um estenderete para informar ao mundo que houve Tiros em Realengo!

Até posso imaginar que o mesmo deve ter feito a TV Record, na sua busca de qualidade imitada, por certo mais espalhafatosa e dramática, com o linguajar habitual pra secar a Última Flor do Lácio.

Foi bizarro ver como a Globo Internacional passou um dia inteiro a explorar a tragédia com seu costumeiro arrasta emoções à última lágrima... Tal qual abutre na carnada soube esbaldar-se bem no sofrimento alheio.

– “Você se sente herói por ter ajudado a levar as crianças o Hospital?” – perguntaram repetidas vezes os diferentes repórteres, com o mesmo erro gramatical, ao entrevistarem os mesmos “heróis”...

Como sempre, os holofotes focaram-se apenas nos efeitos. No estardalhaço dos efeitos. Das causas nem um pio.

Ninguém quer saber.

Todos fingem não saber explicar, porque notadamente se recusam a enxergar as causas, das quais são parte causante e efeito ao mesmo tempo.

Wellington Menezes era doido, introvertido, esquizofrênico, filho de mãe que morreu louca... Ponto. Está explicado!?

Confesso que me perdi nas "explicações" tentadas dos “pisscólogos”. Pasmei com as palavras; mais com a imagem da “pissicóloga” de fartos seios e tomara-que-caia a segurá-los.

Belos seios, intui. Psicólogos de verdade não vi. Nem ouvi. Mas compreendi.

Os repórteres da Globo são incapazes de pronunciar corretamente essa profissão. Talvez por isso, mais inábeis são de encontrar um profissional à altura de ilustrá-la para tentar explicar o inexplicável.

Será mesmo inexplicável?

O importante é explorar o drama pelo drama; a tragédia pela tragédia; e quanto maior a histeria, as lágrimas “capitada” pelas câmaras, maior a audiência será...

Sem dúvida o “Michel Moore” brasileiro já deve estar a caminho da porta da Lei Rouanet para surrupiar uma montanha de dinheiro público e realizar o seu “Tiros em Realengo”... numa versão mal acabada de “Tiros em Columbine”, onde não faltará, por certo, o toque habitual da mediocridade do cinema brasileiro.

Maria Bethânia, que já foi favorecida pela Lei Rouanet, certamente nos brindará no seu blog, de R$ 50.000,00 pagos pelos brasileiros, com um poema de dor por Realengo, interpretado por ela própria.

Tragédia e elegíada à parte, resta apenas mais uma brutalidade de um brasileiro contra crianças. Mais outra! Contra meninas! Mais outra! Contra o sexo feminino de tenra idade! Mais outra entre tantas outras, que se sucedem uma após a outra num rodopiar incessante, cujos efeitos estrepitosos sempre fazem esquecer as causas que lhes dão origem... O quanto os brasileiros são responsáveis por essas causas... embora se fartem de chorar durante os efeitos.

Que estranho o ensandecido mulato ter escolhido preferencialmente mais meninas do que meninos... para matar.

Já aparecerá, pois, quem haverá de afirmar que Wellington Menezes, quando infante, era azucrinado pelas meninas... por ser negro.

E todas as explicações dos "pisscólogos" e "pissicólogos" passarão por aí.

É verdade que para denegrir o sexo feminino, os machos brasileiros são bons à beça! Principalmente nas justificativas da violência que lhes sobra à farta, tanta é a que lhes corre nas veias.

Não me surpreende, portanto, haver tantos veados no Brasil. Tantos maricas querendo impor suas mariquices a uma sociedade essencialmente corrupta, covarde, que virou lupanar a céu aberto, mas que já pode se orgulhar de ter também os seus “Tiros em Columbine” que no Brasil, por ser diferente da cidade de Littleton, Colorado, EUA, se chama Realengo.


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