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terça-feira, 20 de maio de 2008

Deus nunca foi brasileiro?

Só quem sai do Brasil por um bom tempo consegue compreender, na volta, como “estepaiz” vai se deteriorando em termos de pessoas, de cultura e até de vida. 

O Brasil, pouco a pouco, mostra-se que é mais um país de estúpidos, de gente sem cultura e repleto de eufemismos, do que um país de Deus, como se dizia no meu tempo. 

Vocês não sabem como isso me entristece.

Furacão aqui tem nome de tempestade tropical; terremoto, de abalo sísmico. 


Não consigo entender porque suavizam esses "atos" de Deus. 

Talvez porque agora se sabe que Deus não é brasileiro e no dia que acontecer uma fatalidade destas em cidades como São Paulo ou Rio de Janeiro, se perceba o horror da falta de escrúpulos das autoridades, dos construtores, e do povo alienado a tudo que no Brasil sobrevive.

As pessoas, até as cultas que conheço, deram para deturpar a pronúncia das palavras; acentuam-nas nas sílabas erradas e pior: “Objetivo” virou ‘obijetivo’; “Opção”, falam ‘opissão’; “Psicólogo”, dizem ‘pissicólogo’; “Psiquiatra”, até âncora de televisão famoso fala ‘pissiquiatra’ e informa que determinada pessoa foi ‘rapitada’ e não “raptada”. “Descer para baixo” ou “ascender para cima” virou moda. Acredito eu, pela influência de Paulo Coelho com os seus “acabamos de terminar” ou do Lula de poucas luzes e obscura instrução que troca os ‘S’ por “F”, quando a cachaça fala mais alto ou a pobre da esposa não está por perto para puxar-lhe a manga do paletó.

Quanto à “Justiça”, que já era injusta, agora virou “subijetiva”, como escutei na televisão, da boca de um juiz de direito. 


Não quero aqui entrar em detalhes técnicos, pois não vale a pena. 

Entretanto, dei-me conta que os Códigos, a Constituição Federal ou os aspectos técnicos do direito são cada vez mais violados ou jogados no ralo a cada hora. 

Um exemplo “fragrante” como diz certo Promotor do Ministério Público, é o caso Nardoni. O pai e a madrasta da infeliz menina Isabela Nardoni estão a ser julgados pelo clamor popular e não pelo que está escrito na Lei. 

Isso dá medo. 

Contra esse sorumbático casal existem apenas evidências circunstanciais. Não importa o quanto eu ou você “tenhamos certeza” que “são culpados”. A nossa certeza é apenas “subijetiva” e não pode ser motivo nem justificativa de se negar a quem quer que seja, o que está escrito na Lei Penal ou na Constituição Federal. 

Para evitar isso foram elaboradas. 

A Lei precisa ser cumprida conforme dispõe. 

A bem da verdade, a polícia não possui nenhuma prova cabal de que foram eles quem mataram a filha; portanto, como essa mesma polícia só encontrou circunstâncias, nenhum juiz poderia, conforme dispõe a Lei, negar o pedido de hábeas corpus

Entretanto já o fizeram; única e simplesmente para atenderem à histeria do clamor popular. Quando um tribunal Superior atenta contra o que está escrito, na lei que já era fraca de poder, perde completamente a sua eficácia. 

Isso me dá pavor. 

Pavor por ver o “técnico” submeter-se à “emoção” que não passa de contrição de meia dúzia de estúpidos e desocupados que se plantaram na frente da casa dos Nardoni e do sensacionalismo de duas redes de televisão.

Viver fora do Brasil, depois de quase meio século de permanência nele, percebe-se como se é enganado “nestepaiz”. Mas o mais triste é ter a constatação que aqui não se comenta nem se sabe o que se diz do Brasil lá fora, nem do seu estulto presidente nem do seu ministro da cultura, apenas para nomear dois casos que mais me impressionaram.

Mudando de assunto, ontem, domingo, 18 de Maio, ocorreram simultaneamente, em Buenos Aires e na Cidade do México, dois festivais musicais para arrecadação de fundos para as crianças abandonadas. 


O Brasil não foi convidado. 

A despeito desta omissão, nenhuma rede de televisão, sequer, mencionou esse mega evento. 

Estranho, não? 

Por metro quadrado o Brasil tem a maior população de crianças abandonadas da América Latina. Por que não foi convidado? Todos os demais países Latinos enviaram os seus melhores cantores. 

Só o Brasil não? Por quê?

É pena que eu não seja rico para poder retirar do Brasil todas as pessoas que gosto e poupá-las da vergonha de serem obrigados(as) a viver neste nefasto país onde se “véve” pior a cada dia; embora os noticiários nacionais informem o contrário. 


Só quem vive fora consegue perceber também que o país, onde a ética que aqui de vez em quando passa férias, tornou-se além de tudo uma ilha cercada de mentiras onde Deus nunca gostou de morar.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Notas soltas

Voltamos a ter leite falsificado. Desta vez em pó nos Estados da Paraíba, Pernambuco, Bahia, Ceará e Santa Catarina. Isso foi o que a polícia federal descobriu. E São Paulo e RIO DE JANEIRO, QUE ACONTECEU? Vão revelar depois? Mais uma vez se nota a falta de moral e de ética do povo brasileiro. Eu não sei por quê a PF faz todo esse estardalhaço em prender esses desalmados e desalmadas. Amanhã estará todo mundo solto, graças ao nosso "belíssimo" sistema judiciário-penal. [que ninguém reclama ou faz algo de forma efetiva]. No entanto não vejo nenhuma demonstração pública exigindo que esses filhos de damas da necessidade fiquem presos. Isso me leva ao caso Isabela Nardoni e seu brutal assassinato;

Foi e é lamentável ver essa gente nas ruas clamando por justiça quando em casa maltratam os próprios filhos. Cada vez que assisto aos exageros e absurdos das reportagens feitas pelas TVs Bandeirantes e Record sempre me pergunto se todos aqueles e aquelas que ali se personificam o fazem no desafogo de uma catarse contrita ou efetivamente para exigir justiça. Infelizmente cheguei à conclusão que toda essa gente não tem caráter nem moral nenhuma para pedir seja o que for. Dão leite falsificado aos filhos, entregam-nos aos cuidados de babás pechinchadas ou a avós licenciosos, para os encherem de porrada quando chegam em casa. Depois vão se manifestar. Mas não o fizeram há exatamente dois anos...

No dia 15 de Maio de 2006 o PCC fechou a cidade de São Paulo e eu não vi nenhuma demonstração publica fosse de quem fosse. Como covardes, todos meteram o rabinho entre as pernas e se esconderam feito avestruzes com medo dos bandidos. Gentalha que é o povo brasileiro. Gente sem moral, sem ética e covardes até dizer chega.

Por isso não me surpreende que todos os meses cheguem mais de 3.000 brasileiros DEPORTADOS de várias partes do mundo. E eu aplaudo entusiasmado que isso aconteça. Tenho vergonha de ser brasileiro e ter nascido num país indecente. Felizmente não preciso mais da nacionalidade brasileira. UFA!! Nas filas dos aeroportos até finjo que não falo português. Primeiro, porque se descobrem que falo português, logo me aparece um encosto brasileiro querendo algum maldito “jeitinho” para resolver as imbecilidades que os consomem. Segundo, em determinados países que já conhecem a má fama dos brasileiros, não gosto e é perigoso ser confundido como mais um; que eu não sou. É pena que pouco destaque se dê nos noticiários a essa chusma de rejeitados. São realmente dignos eleitores dos metralhas; o que me leva aos nossos políticos ineptos na sua maioria e sem vergonha e corruptos na sua essência.

Vi com estarrecimento a pergunta do senador
José Agripino do DEM à Dilma Rousseff, a comandante de uma quadrilha que realizou assaltos milionários a bancos na década de 70, e hoje nomeada ministra. O sr. Agripino se tivesse ficado calado nem se notaria o laquê nos cabelos pintados. Foi lamentável a atuação desse elemento senatorial. Uma amiga minha disse-me que ele só não foi mais burro por falta de espaço. Eu tenho que concordar, porque a dita assaltante subiu no sapato alto e deu-lhe o troco. Em vez de ficar ela mal na fita, como era a intenção do referido político, quem se deu mal foi ele. É lamentável que o povo da Paraíba eleja tal mentecapto sem se preocupar com a vergonha que lhes faz passar.

O mesmo para esse partido defensor da ética que provou ser o mais corrupto e ladrão entre todos. Mais um
diretor do PT, o sr. Élvio Lima Gaspar, também responsável pelas áreas de Inclusão Social (AS) e de Crédito (CS) do BNDES, é apontado pela PF como o autor de um dos maiores golpes no BNDES. [124 milhões pra nego nenhum botar defeito]. É o PT roubando às claras. Por quê esses metralhas iriam se preocupar com a ética? Quem vota neles não tem mesmo ética nenhuma e ainda querem mais quatro anos. Só imagino o que já devem ter roubado. Ainda bem que eu não vivo mais “nestepaiz” de qüinquagésima categoria e só venho aqui para rever os familiares, que infelizmente são demasiado velhos para enfrentarem o desafio de morar em outro país.

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Madrugada Brasileira

Texto de Fernando Luis Pinheiro [17/12/2007], para este blog, enviado de New York.
A Madrugada brasileira tem peculiaridades muito interessantes. Por exemplo, o Sol a odeia. Dizem! Ninguém sabe bem por quê; entretanto, todo o santo dia volta para aquecê-la, radiante e deslumbrado. Estranho, não? – Isso mais parece uma atitude de quem ama... Mas enfim. – Do mesmo modo que a idolatra, acusa-a de ser demasiado frívola; de não saber escolher as companhias; de sair com qualquer um... Quando a ela se refere, chama-a de metrômana! Até certo ponto tem razão. Castidade não é um dos seus predicados mais notáveis, embora possua carisma e qualidades insuperáveis; uma delas a inocência absoluta, incapaz de distinguir entre o bem e o mal ou de compreender os sofismas “inteligentes” que os homens filosofam. Quando ela não se entrega à lúbrica Chuva ou ao Vento proscrito sem consciência, sai pra vadiar com os Trovões, numa gritaria só; como histéricos a satisfazer a necessidade de atenção. O Sol detesta esse tipo de exibicionismo. Para exibido já basta ele. Outras vezes, acusa-a de depravada por liar-se despudoradamente com o Frio, só com uma frente fria por cima. Com o Verão ela faz pior; nem frente usa. Prefere uma aparência mais estival. Quanto muito, às vezes, se lhe dá na telha, aqui e ali rouba pedacinhos de nuvens para cobrir-se as partes pudicas... E o Céu, extasiado, desdobra-se como uma cortina para salpicá-la de estrelas e vê-la desfilar, de horizonte a horizonte, com o seu manto de luzes a esvoaçar acima da urbe.

Nos últimos anos, no Rio de Janeiro, mais que em qualquer outra cidade do Brasil, a Madrugada deu para passear de braço dado com a Morte; só para ver como são arrebatadas, – às dezenas, – as almas pobres morro acima ou as almas ricas dos turistas à beira-mar; como um voyeur necrófilo a se divertir com corpos sem vida, espalhados nas calçadas esburacadas; todos os dias. Depois cai em depressão e apaixona-se pelo primeiro que a chama de aurora boreal; que é o seu grande sonho. Contudo, ela gosta mesmo é de ser chamada de Alvinha; porém, só pelos mais íntimos. Uma espécie de privilégio pelas lembranças que eles e elas, nela deixaram.

Entretanto, digam lá o que disserem, o Silêncio é o seu melhor amigo; o mais imutável, o mais leal. Ele a entende. Defende-a por compreender-lhe os medos e os enredos. Vivencia, como se seus fossem, os segredos mais inconfessáveis que lhe doem na alma. Dizem que é por causa dessa afeição pelo Silêncio que o Sol afronta a Madrugada. Mas quem conhece tal animosidade pouco se atreve a meter o bedelho. O Sol é perigoso e muito esquentado! Como todo poltrão, é ciumento possessivo; às vezes, um assassino impiedoso. Já dona Alvinha é o oposto. É calma e dadivosa. Serena, tudo para ela está bem. É como se despossuída de querer, existisse. Nunca pede nada, nem incomoda ninguém. Suspeita-se que possua baixa auto-estima. Dá a impressão que não se valoriza, porque nunca deixa transparecer que também tem tristezas, decepções e sonhos jamais alcançados. Pura ingenuidade. É evidente, se comparada ao Sol, os dois têm personalidades antagônicas; como escuridão e claridade, por exemplo. Por isso não se bicam. E o pior,... não há diálogo entre eles. Aliás, nunca houve; mas por culpa do Sol que a assusta ao alvorecer. Quem os vê, pode até acreditar que são a demonstração inequívoca que atração entre pólos opostos não passa de crendice popular. Mas isso é balela. Entre eles, a atração que os impulsa, é a mesma que os afasta. Como uma paixão enlevada que floresce entre a timidez e o arrebato.

Se o Sol soubesse o quanto a Madrugada se vê arredada e desconexa da turbulência mundana da cidade... Que as aventuras dela são paliativos para amenizar a dor da desesperação... Também, pudera, a noite coloca-a generosamente, todos os dias, no mundo para deixá-la morrer sozinha. Já nasce com hora certa para morrer. Como é possível existir assim? E o Sol nada faz. Derivado disso, ela se vê povoada de pesadelos que não a deixam dormir ou sonha com mundos inalcançáveis... Enquanto a oeste, ele esconde-se tranqüilamente sem se preocupar com ela. Já a aconselharam a procurar o Furacão para que este lhe afaste os medos para longe; mas... no Brasil não existem furacões. Apenas Tempestades! E estas são erráticas e egocêntricas. Incapazes de ajudarem seja quem for, menos ainda a Alvinha, coitada.

Se o Sol visse como ela se enfastia com o comportamento dos brasileiros... Como a Solidão a atormenta com acusações dolorosas quando se perde nalgum antro político ou nos braços de quem apenas a usa e não a quer... Alvinha nem se distrai mais com os rapazes dos morros que se atiram balas traçantes uns aos outros... E passou a chorar de pena quando esses moços se divertem alvejando crianças e adultos dentro das próprias casas. Cansou de ser manipulada por poetas e cantores que dela desfrutam, sem cerimônia, para enaltecerem a Lua, a versos, ou as estrelas sem ao menos a romancearem. Tudo para ela virou um enorme fastio. Não lhe interessa mais os envelopes e papelotes trocados de mãos nas esquinas sem dono; nem as prostitutas e travestis a enfearem a orla marítima; nem a meninada ao relento, nos parques e becos, a fumar crack ou cheirando cola para se aquecerem ou driblarem a fome. As negociatas nas esplanadas e nos restaurantes de luxo tornaram-se mostras de curtas-metragens brasileiras, encenadas por canastrões e dirigidas por diretores sem talento. Fartou-se de esperar horas de pé para assisti-las e mais horas sentada para terminarem, sabendo que os finais são sempre os mesmos: corruptor comprando corrupto em cenas veladas com amantes no meio de chanchadas descabidas de ética e moral.

Alvinha se sente muito só! Por isso recorre ao Silêncio... quase a diário; nas horas mais insanas. O Silêncio não se importa. Sempre a amou, apesar da relação ciosa e doentia que o une à Verdade brasileira. Quando a Madrugada se interpõe nessa relação a dois, o convívio entre os três chega à promiscuidade, é certo. A Verdade brasileira não é tão ciumenta nem tão possessiva quanto o Sol; muito menos, pragmática. Tem personalidade bipolar, caráter dúbio e opção bissexual; muito diferente das suas irmãs espalhadas pelo mundo. Nunca deixa o Silêncio; nem mesmo quando a Alvinha o toma para ela. A Lua Invídia, sofre do complexo de perseguição e mania de superioridade; não lhes dá trégua. Conta tudo ao Sol e deixa-o de núcleo incendiado. É uma língua de trapo. Vive espalhando por aí o que o Silêncio e a Verdade fazem na Madrugada. Mas ela não presta atenção que é por causa da Madrugada que a Verdade goza no Silêncio. Somente com as duas ele se contextualiza com a sua verdadeira essência. Que a Verdade se impõe na Madrugada... Isso é fato. Um tanto sórdido, mas é.

Entretanto, a Lua pode ser bisbilhoteira e intriguista, mas não mente. Quando a Madrugada surge, a Verdade brasileira revela-se tal como é: sádica! Cruel em muitos instantes. Às vezes contraditória, prolixa e mitômana. Mas mesmo assim, nunca deixa o Silêncio falar. A Verdade sempre o cala com zelo grudando-se aos lábios dele. Ao Silêncio só lhe resta consentir e tentar suavizar a Verdade quando chega a Madrugada.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Pior que viver no Brasil é ter que regressar a ele.

Regressar ao Brasil tem-se tornado, nos últimos anos, motivo de vergonha, de raiva e, sobretudo, de profunda decepção com os meus compatriotas. Desta vez não foi diferente. Desta vez foi até pior.

No amontoado de revistas e jornais que guardaram durante a minha ausência vi retratado, no branco, a negritude funesta da alma que se tornou a brasileira. 


O “pretejar” das consciências caminha cada vez mais para a escuridão total; para ausência absoluta da falta de caráter de um povo. O sem escrúpulos “nestepaiz” chegou ao ponto de adulterar o leite com soda cáustica e água oxigenada. 

Leite que tem como seu principal usuário a criança que precisa crescer com saúde. 

O queijo também foi falsificado às toneladas. Isso também li. O Laboratório “X” dedicou-se ao longo de vários anos a adulterar e a falsificar exames de DNA, tornando filho quem não é filho de pai/ mãe que, em alguns casos, conforme li, nem trepação houvera.

Em pouco mais de um mês, a quantidade de crianças recém nascidas, enfiadas em sacos de plástico, jogadas no lixão, em beira de estrada e nas margens de rios, são, definitivamente, o prenúncio marcado do pouco valor que já se dá ao ser humano “nestepaiz”, de governo corrupto, e analfabeto na presidência, eleito por uma maioria esmagadora de gente sem princípios morais, cívicos ou de cidadania.

Os aviões e helicópteros continuam a cair pelo descaso e pela corrupção generalizada que impera aqui, mais que em outros lugares. Três helicópteros despencam no mesmo dia e se descobre que o agente do governo, num deles, nem habilitado estava para a função que desempenhava. 


No dia seguinte cai um avião particular na sopa de uma família que almoçava reunida. Todos mortos e o fraudador da constituição nem se pronuncia a respeito. Que pode ele pronunciar se é um rematado fraudador?

A cidade maravilhosa já virou um Congo às claras e abertas. Ainda lembro o quão acertado foi aquele jornalista, nos jogos pan-americanos lá passados, quando escreveu no quadro de avisos da central de jornalismo: “Welcome to Congo”. Foi criticado, defenestrado, mas estava certo como nunca. 


Só aquele Prefeito que lá se locupleta, e no seu ex-blog escreve abobrinhas, disfarça a realidade. Ah... em conjunto com aqueles, milhares deles e delas, que se manifestam pela paz e depois das passeatas vão correndo aos morros para se abastecerem de drogas, que alimentam a guerra para a qual querem tanto que haja paz.

Brasília já virou uma latrina a céu aberto. 


Saí daqui com o Presidente do Senado a ponto de ser cassado. Volto e descubro que até o paladino da ética, [só para quem não o conhece], o Sr. Mercadante, mercantilizou a absolvição do meliante, do sem caráter, do sem escrúpulos. 

Não me surpreende que no carimbo do Congresso esteja escrito “CONGREÇO nacional”. Isso mesmo: com “Ç”. Não é à toa que em Jundiaí, no interior de São Paulo, vários pais pediram na Justiça que filhos fossem reprovados. 

Os pais de um dos pimpolhos, o que estava na quarta série do Ensino Fundamental, recorreram ao Judiciário para pedir a reprovação do próprio filho. Outros dois casais alegaram, em outro pedido, que os seus rebentos receberam um ensino precário numa escola municipal e não poderiam ser aprovados. Nem tudo está perdido. Ainda existe alguma ética “nestepaiz” de maioria sem ética, sem escrúpulos e sem vergonha na cara.

Ainda na política leio que a Justiça acusa o Zeca do PT, o ex-governador de Mato Grosso do Sul, de um desvio milionário de dinheiro público. Ele é acusado de improbidade administrativa, peculato e uso de documentos falsos. Desviou dinheiro do governo do estado por meio de contratos superfaturados e notas frias emitidas por gráficas e agências de publicidade.... 


Isso não é novidade! É mais outro bandido. Sendo do PT que novidade há na notícia? Que peteísta é bandido, já sabemos há muito tempo. Pena que a maioria sabe disso e vota neles.

Neste meu regresso ao Brasil, após 45 dias fora, dei-me conta que se algum grande acontecimento ocorreu ‘nestepaiz’ deve ter ocorrido em absoluto silêncio e por força da inércia. 


Entretanto, percebi que por detrás das notícias visíveis e perceptíveis que li há um monstro adormecido, preguiçoso e torpe que se esconde no coração de todos aqueles que aqui vivem; ele raramente se move ou tenta agarrar algo. 

Definitivamente não quero ser parte deste país e recuso-me frontalmente a abrigar tamanha monstruosidade dentro de mim. Regressar ao Brasil já não causa emoção e sim desespero e aflição.

sábado, 22 de setembro de 2007

Médicos fazem festa e jovem morre em hospital

Jornal O Dia – por André Bernardo e Pâmela Oliveira

A dona de casa Luciana Bellarmino de Anchieta, 36 anos, disse que durante as 24 horas que permaneceu no hospital Souza Aguiar, no Rio de Janeiro, à espera de uma vaga no CTI para seu filho, Wallace Bellarmino da Cunha, 14 anos, ouviu comentários a respeito de uma festa que médicos residentes estariam realizando nas dependências do hospital. Segundo a TV Bandeirantes, um documento comprova a chegada de cerveja no local para a festa. O garoto morreu no hospital.

"Quando ouvi aquilo, nem acreditei. Até pensei em reclamar, mas fiquei com medo. Já imaginou se fizessem alguma maldade contra o Wallace?", reclama Luciana, que ainda não decidiu que providências pretende tomar contra o município pela morte do filho.

"Quando começou a passar mal, meu filho ainda pediu para não ser levado para o Souza Aguiar. Ele tinha medo daquele lugar porque sabia da fama do hospital. Parece que o Wallace estava adivinhando", lamentou.

Horas antes do desabafo de Luciana, o secretário municipal de Saúde, Jacob Kligerman, em entrevista a uma rádio, defendeu a direção da unidade. "Prestigio muito o atual diretor", disse Kligerman, que demonstrou descontentamento com as denúncias . "A quem interessa essas reportagens? A mim interessa que o Souza Aguiar seja um exemplo para o Rio", disse.

Para a dona de casa Rosane da Silva, 32 anos, porém, o Souza Aguiar ainda está longe de ser um modelo, como ambiciona o secretário. Ontem Rosane esperou por mais de três horas para que sua avó, Maria Aparecida, de 89 anos, fosse atendida na Emergência da unidade.

"Infelizmente a gente não tem para onde correr. Mas se isso tivesse acontecido com minha mãe internada eu tinha quebrado tudo", disse ela, ao saber que médicos residentes deram uma festa no hospital.

Outra a reclamar do atendimento da unidade foi Mônica Lima, 37 anos. Ela foi atendida na emergência às 10h50 por um acadêmico que receitou um remédio e pediu que esperasse por um médico. Às 15h09, o médico ainda não havia aparecido. "É absurdo. O hospital é público, mas nós pagamos impostos", protestou.

A entrada de cerveja para a festa realizada na residência médica - registrada no livro de ocorrência do hospital - deixou indignada a vereadora Andréa Gouvêa Vieira, da Comissão de Saúde da Câmara. "É o fim do mundo. Eu, se fosse o secretário, chamaria a responsabilidade. Ninguém tem coragem de enfrentar o corporativismo médico. Vou fazer requerimento de informações a secretaria." O Conselho Regional de Medicina (Cremerj) acionou a Comissão de Ética do Hospital Souza Aguiar para apurar os fatos ocorridos e apresentar relatório.

Engraçado como o Prefeito César Maia [DEM-RJ], não fala nada disto no seu ex-blog. O contrário é que deixaria de ser engraçado. 


Mas César Maia é César Maia, a personificação da economia intelectual. Entretanto, o mais curioso disto tudo é que casos como este acontecem a diário no Rio de Janeiro, ex-cidade maravilhosa, hoje capital do crime, da droga, da corrupção no Brasil e ninguém faz nada. 

Só uma população covarde e oportunista permite este tipo de caos. Não é só no Rio que estes absurdos ocorrem. 

É no Brasil inteiro, onde uma população sem caráter e sem moral se acovarda diante dos desmandos na saúde. Permitem que um imposto criado, precisamente, para sanear a saúde [CPMF], seja utilizado para fins escusos. 

Portanto, têm mais é que agüentar situações humilhantes como narra a reportagem; ou como a greve dos médicos nos Estados do Nordeste.

Enquanto o povo desta merda de país não se der conta do seu papel na sociedade em que vive, aviões da TAM continuarão a cair, festas nos hospitais se sucederão e humilhações humanas serão perpetradas contra humanos. 


O Brasileiro não tem vergonha na cara. Portanto, merece qualquer tipo de destrato. Covardes!

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Uma aberração ...


Da Associated Press – Terça, 18 de setembro de 2007, 11h58


SENADOR AMERICANO PROCESSA DEUS POR ESTRAGOS

Um senador americano do Estado de Nebrasca está processando Deus por causar inumeráveis mortes e horror, além de ameaças terroristas. Ernie Chambers, furioso por outro processo que considera frívolo, diz que quer mostrar que qualquer um pode processar quem queira nos Estados Unidos.

Chambers diz em seu processo que Deus fez ameaças terroristas contra ele e seus eleitores, causou medo e provocou "ampla mortandade, destruição e aterrorização de milhões de habitantes da Terra".

O senador, que costuma escapar das orações matinais das sessões legislativas e já fez críticas a cristãos, também afirma que Deus causou "apavorantes enchentes, horríveis furacões e terríveis tornados".

Chambers diz que sua ação foi provocada por um processo federal contra juiz que barrou palavras como "estupro" e "vítima" em julgamento sobre ataque sexual. O réu no caso, Tory Bowen, processou o juiz Jeffre Cheuvront alegando que ele violou seus direitos de livre discurso.

A foto do autor, [acima], já diz tudo e pouco há o que dizer de tamanha e infeliz reprodução humana. Entretanto, este mundo, realmente, está cada vez mais doido. Como diz a minha empregada, é o fim dos tempos; o ser humano perdeu completamente a compostura, a racionalidade e o seu próprio respeito. 


Cá como lá, ou vice-versa, parece que a política está tomada por palhaços e gente sem vergonha. Isto sem falar que esse senador é membro do senado mais poderoso e rico do planeta. É um homem, negro, que aos 70 anos de idade esqueceu o que a vida lhe ensinou e envergonha, agora, toda a sua raça. 

É de vomitar!


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