Translate

segunda-feira, 25 de maio de 2009

O lero-lero da LERO na TVs Brasileiras.



A Globo, Record e Bandeirantes querem, porque querem, – insistem a mando do... – em “reformar” a língua portuguesa. A mitomania dessa gente não tem limites. Os disparates tampouco! Como se a maioria soubesse, pelo menos, falar ou escrever corretamente.

Deus do céu! Como se diz em bom brasileiro, "achu qui precisam ir de táquissis à um bom pissicólogo para obiter umas idéia más obijétiva".

Porém, como dizem em Portugal, “podem tirar o cavalinho da chuva”. Lá não haverá nenhuma reforma ortográfica! As letras mudas, – que caracterizam a grafia do país, – como o "C" e o "P" persistirão pelo valor etimológico indispensável que possuem, assim como os acentos e hífens que já existem. As diferenças de prosódia, pronúncia e emissão são muitas... se comparadas às brasileiras.

Os Portugueses levaram mais de meio século para se livrarem de uma ditadura, eliminar o analfabetismo e educar acadêmicamente um povo... E agora, querem os brasileiros que eles retrocedam? Que se tornem tão ignorantes quanto o são os brasileiros?

Nem a pau, Juvenal! [no Brasil pronuncia-se Juvenáu]

Fosse isso pouco, as reformas apresentadas pelos brasileiros não contêm nenhum fundamento acadêmico. São o resultado dum "achismo" megalômano, apresentadas sem embasamento morfológico. O acordo ortográfico não tem condições para servir de base a qualquer proposta normativa. Foi mal concebido, desconchavado e sem critério de rigor nas suas prescrições atentatórias da defesa da língua.

A Reforma não só é desnecessária, mas perniciosa e de custos financeiros não calculados.

A Lei da nova Reforma Ortográfica em Portugal ainda não foi regulamentada. Embora o Presidente e o Congresso português tenham "aprovado" o texto do acordo com o Brasil, a Lei propriamente dita não foi sancionada. Nem escrita ou promulgada, obviamente.

Nem será, assim me confidenciaram duas figuras proeminentes do governo português.

Portugal não é Brasil. Lá o povo opina porque se sente e é governo; é parte do governo e exige ser governado com respeito e decência. No Brasil... Bom, o povo nem se intera. Nem se interessa. Também não entende nada...

Na reportagem da Globo levada ao ar semana passada, o repórter afirma que Portugal não poderá voltar atrás no acordo internacional assinado; é a mais pura e deslavada mentira!

Portugal pode e vai voltar atrás. Se o governo se comprometeu a algo sem aprovação do povo, esse compromisso é nulo. Assim é numa verdadeira democracia.

A Globo, – mestre em deturpar, falsear e adulterar fatos e notícias, – certamente não se deu ao trabalho de ler a Constituição Portuguesa. Seria querer demais! A superficialidade que a caracteriza não lhe dá engenho para pesquisar.

Em Portugal este tema é tão sério, – mas tão sério, – que o atual governo socialista poderá perder as próximas eleições se insistir na sandice de publicar a Lei da Reforma Ortográfica, apelidada sarcasticamente de LERO. O lero-lero brasileiro para o qual os portugueses não dão a mínima.

É só mais outro vexame brasileiro, resultado da profunda ignorância intelectual que domina o país.

A imprensa portuguesa é frontalmente contra. A sociedade portuguesa está mobilizadíssima para que não ocorra nenhuma reforma. Os portugueses orgulham-se do idioma que falam e escrevem. O mesmo, aliás, não se pode dizer dos brasileiros, haja visto a falta de caráter e patriotismo ao modo lulista... e o mal que falam e escrevem.

As associações lusitanas contra a LERO esperavam colher 5.000 assinaturas – num espaço de dois meses – para apresentarem um projeto que anulasse o acordo firmado com o Brasil. A Magna Carta dá-lhes esse poder. Em menos de uma semana receberam mais de 100.000 assinaturas e o número segue crescendo vertiginosamente.

Os escritores portugueses, alguns deles prêmios Nobel... – que o Brasil não tem e jamais terá, – já se manifestaram numa unanimidade e sincronismo admiráveis contra essa reforma absurda.

Dizem-se herdeiros de Luis Vaz de Camões, Alexandre Herculano, Almeida Garrett, Fernando Pessoa e tantos outros, cujos legados não permitirão que sejam maculados por meia dúzia de vigaristas brasileiros estudados em faculdades de quinta categoria.

Até o professor Bechara é contra.

Todas as editoras portuguesas são contra!

Todos os partidos de oposição ao governo são contra! Uma parte importante da bancada governista também é contra.

Portugal só assinou o tratado para enxotar os petistas, e estes nem perceberam! Deu-lhes um apito e os petistas sairam apitando, crentes que haviam se saído bem na fita.

Rematados imbecís! Às vezes chego a pensar que no Brasil não há espelhos.

Mas será que eles percebem alguma coisa? Além de roubar o erário nacional?

Até os seis países africanos onde o idioma oficial é o português, – Angola, Moçambique, etc., – já anunciaram que só farão alguma reforma na língua, se, – e só “se” – Portugal a fizer primeiro.

Mesmo assim duvido.

A quantidade de dialetos que proliferam por esses países sequer lhes permitiu concretizar uma pequena correção ortográfica levada a efeito em Portugal há cerca de vinte anos. O Brasil tampouco a realizou.

Na época o Brasil quis continuar com os tremas em “delinqüente”; “liquidificador”; “freqüente”, etc. As idéias acentuadas também. Isto só para citar algumas regras implementadas em Portugal e recusadas pelo Brasil. Vou até poupá-lo leitor de tocar nos pronomes reflexivos. Este assunto no seu país é uma confusão dos diabos.

Porque razão Portugal teria agora de aceitar uma reforma vinda do Brasil, ainda mais sem pés nem cabeça? A de 1971, muito mais amena, não aceitaram. E agora esta totalmente estapafúrdia?... capaz até de gerar enormes ambigüidades no uso de certos verbos?

Que trapalhões são os brasileiros!

E não se envergonham! Isso é que é o pior.

Somente aos intelectuais brasileiros, – no nível da parca cultura do país – se lhes ocorreu que uma igualdade ortográfica seria possível... Pobres coitados! Cabeça de jericos.

Viajaram na maionese e se lambuzaram... Para desonra de uma nação sem personalidade.

Os brasileiros querem tanto um assento no Conselho de Segurança da ONU que até já apresentaram um projeto para incluir o português como língua oficial da Organização das Nações Unidas.

Este é o verdadeiro escopo por trás da palhaçada da LERO.

Língua oficial? Por causa de oito países? A ser isso verdade, nem mesmo os portugueses tão achincalhados no Brasil foram capazes de engendrar tamanha piada.

Não vai ser assim que conseguirão o tão sonhado assento. Pelo contrário! o Brasil só demonstra incapacidade para ocupá-lo. Revela uma falta de inteligência que chega a agredir até o mais inculto.

Por tais nescidades é possível entender porque a "Academia Brasileira de Letras" transformou em imortal um sujeito como Paulo Coelho, cuja redação mais parece um assassinato da gramática. Uma surra violenta no português, bem ao gosto atual da bestialidade brasileira.

Mas não devemos nos surpreender. Não é de hoje que a ABL abriga símios letrados e os veste com fardões; para desespero de quem por mérito e engenho lá merece estar.

Porque tais imortais verdadeiros e brilhantes se calam, ficam ou se igualam, não consigo entender.

Não entendo igualmente como o Brasil tem um presidente analfabeto e o seu povo eleja e reeleja vezes sem conta ladrões contumazes, vigaristas e até assassinos.

Entre todos esses atos, – para espanto maior de mais dois ou três, – vejo nas duas edições do dicionário da ABL – pós reforma ortográfica, – que foram publicadas sérias divergências na escrita de palavras que dessa academia partiram com a sugestão de serem reformadas.

Transformada em agremiação de pseudo-intelectuais a ABL apresentou a primeira edição instruindo de uma forma; a segunda de outra.

Exemplos: “pára-raios” e “pararraios”; “reeducar” e “re-educar”.

Em qual confiar? E o estudante que comprou esses dicionários, a R$ 200,00 ou R$ 300,00 cada, provavelmente com dificuldade e a prestações, por qual deve orientar-se?

Que falta de responsabilidade! Até a Academia Brasileira de Letras está desvirtuada!

Há muito tempo!

Um bando de incompetentes e vaidosos passou a dominá-la! Lá no túmulo Austregésilo de Ataíde deve estar roxo de fúria. Rui Barbosa deve estar uma fera com Machado de Assis por este ter criado um centro de parasitas.

A TV Globo, – cujos apresentadores e repórteres sequer diferenciam o “mas” do “más” ou do “mais”, – deu o pontapé inicial nessa estupidez e ordenou a um certo esbirro – metido a lingüista – para referendar essa onirodinia Global / Lulista. Não poderia ter contratado pseudólogo melhor para acompanhar o analfabeto-mor.

O mais famoso lingüista brasileiro, o professor Pasquale, muito respeitado em Portugal, – até rima, – preferiu abster-se da polêmica; conquanto os seus escritos na Folha de São Paulo gritem à rouquidão. Pasquale Cipro Neto é declaradamente contrário à nova ortografia da Língua Portuguesa inventada por verdadeiros analfas brasileiros do idioma que falam.

E tem absoluta razão! Sobram-lhe argumentos e coerência.

De alguma forma, sabe-se lá com que $entido, o governo brasileiro mais analfabeto já havido, decidiu transformar em lei tal estupidez. E pior, instituiu obrigatoriedade a partir de 2012. Mais outra demonstração cabal de estultice aguda.

Enfim...

A reforma já pegou de cheio a infeliz, venal e agora burra imprensa brasileira, especialmente a Globo. Felizmente, segundo me contaram, a TV Cultura ainda não. Esta somente adotará as novas regras depois da ABL soltar o vocabulário escrito!?

Esperam que a ABL unifique as trapalhadas.

Entretanto, mudará o governo. Os bandidos Lulistas cairão fora e talvez a LERO brasileira submerja na poeira do lero brasileiro.

Afinal, os mesmos inventores da reforma e seus defensores já iniciaram o movimento do acoxambramento das regras que eles próprios inventaram sem base pertinente para criá-las.

Começaram as defesas dos injustificáveis enodoados que fizeram; para os quais, pasme leitor(a), não conseguem sequer argüir com lógica. Eles mesmos reconhecem. O subalterno da TV Globo chega a ser patético nessa admissão.

Para ilustrar, repare no caso do verbo “parar”, cujo acento tais mentes “brilhantíssimas” resolveram eliminar.

Dias atrás uma manchete da Folha de São Paulo anunciava: “O trânsito para São Paulo”. Uma outra do Globo dizia: “Celular para a bala”. Uma outra: “Obama para julgamentos em Guantánamo” – Tudo escrito na melhor ortografia nova.

Obviamente, como deixei de ser brasileiro, precisei ler duas vezes essas frases. Tenho certeza que você leitor, – se for brasileiro, – leu e entendeu tudo da primeira vez. Invejo-o!

Perdoe os sarcasmo, mas tive dúvidas se o trânsito havia parado São Paulo ou se o trânsito para a cidade de São Paulo estava ruim. Foi só uma confusão entre verbo e preposição. Algo que qualquer brasileiro tira de letra, mas eu não. Estas coisas deixam-me a mente "oubistruída".

Entretanto, para quem precisou ler duas vezes, na segunda compreendeu que: "O trânsito pára São Paulo”; e um “Celular pára a trajetória da bala”. E é claro que “Obama pára julgamentos em Guantánamo”.

Malgrado a retirada do acento no verbo “parar”, “Pára-brisa” continuará acentuado e com hífen. "Pára-choque", no entanto, passa a "para-choque" sem acento. Porquê? Qual é a lógica? Os autores da reforma gaguejam e saem pela tangente sem retrucar. Não têm a menor idéia!

Vai ver, foi outra decisão subjetiva, gestada no fundo duma garrafa de cachaça, tirada da léxicologia petista, sob holofotes globais... incapaz de ser explicada.

Deve ser igual à razão pela qual o Congresso brasileiro mandou confeccionar o carimbo "Congreço" com "ç"; ou em São Paulo escrevem "Ensino" com "c".

É o fim da picada! É o lulês avacalhando o português. É o pouco zelo em relação à língua portuguesa. E ainda se acham no direito de insistir numa reforma ortográfica?

Quando a poeira baixar, vocês brasileiros, – alguns pelos menos, – dar-se-ão conta que o Brasil ficou no prejuízo nesta história toda. O povo pagará a conta! Você pagará – mais uma vez – por outra imbecilidade oriunda dos analfabetos e bandidos que você escolheu!

Espero que se sinta orgulhoso(a)... e bem brasileiro(a)!

Essa demonstração de tentar motivar uma reforma ortográfica internacional do português é só uma prova reincidente da estupidez e ignorância intelectual brasileira; a confirmação do parcimonioso entendimento do idioma, cujas origens, paradigmas de flexões e exceções desconhecem.

O Brasil ficará com mais outra cara de palhaço.

Que ridículo já está a acontecer.

Da minha parte, quanto ao idioma português, permanecerei um blogueiro perígrafo.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Justiça divina não falha! Chega na hora certa.

[Clique na imagem para ampliar]
Dois momentos de Dilma Rousseff, ex-guerrilheira, ex-assaltante de bancos, ex-ladra, também conhecida na época como Luiza, Estella, Wanda, Marina e Patrícia, é atual ministra da Casa Civil, amiga e desejada sucessora do maior estelionatário político do Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Nunca fiz uma ação armada. Se tivesse feito, eu estaria condenada por isso. É a mesma coisa essa história do treinamento. Nunca fiz nem treinamento no exterior nem ação armada"
[Dilma Roussef antes de saber que tinha câncer]


Leia algumas matérias relacionadas:


O passado de Dilma Rousseff – [Jornal O Globo, 05 de abril de 2009].
Ex guerrilheiro diz que grupo de Dilma... – [Jornal O Globo, 04 de abril de 2009].
Memória da ditadura – [Jornal Folha de São Paulo, 05 de abril de 2009]
Aos 19, 20 anos, achava... – [Entrevista de Dilma à Folha de São Paulo]
Ex-guerrilheira é elogiada por militares... – [Jornal Folha de São Paulo, 05 de abril de 2009]

Sobre a fraude praticada pelo Jornal Folha de São Paulo, leia:

E-mail de Roberto Espinosa [O entrevistado pela FSP desmente o que foi publicado].
As explicações apresentadas pelo jornal FSP.
Entenda como a fraude foi praticada. [outras opiniões]

terça-feira, 19 de maio de 2009

Tributar poupança mantém lucro bancário

Por Thais Bilenky – Terra Magazine

O economista Reinaldo Gonçalves, professor titular da UFRJ, critica medida de tributação das cadernetas de poupança, anunciado pelo governo federal na quarta-feira, 13.

– "Fará com que as pessoas tenham uma rentabilidade menor e os bancos continuem tendo uma lucratividade absurda no Brasil
", – avalia Gonçalves.

Ex-filiado ao Partido dos Trabalhadores, Gonçalves ataca o governo Lula apontando "falta de coragem para enfrentar os bancos". Em sua visão, a "incompetência" da equipe econômica pode se comprovar a longo prazo":

– "Se os juros sobem de novo, essa medida perde o sentido".

Leia a entrevista.

Terra Magazine – Existe outra maneira de refinanciar os títulos da dívida pública que não só tributar a caderneta de poupança?

Reinaldo Gonçalves – Tem, simplesmente a questão central é a taxa de administração que os bancos cobram da maior parte dos fundos, que é muito alta. Como o governo não tem coragem de enfrentar os bancos, de forçá-los a reduzir as taxas escorchantes de administração, acaba tendo que fazer este malabarismo aritmético para levar as pessoas a manter suas aplicações nos fundos. Eu, por exemplo, não saía do meu fundo de investimento. Porque meu fundo tem uma administração de 1%. Todo mundo que tem uma aplicação elevada não sai para poupança, porque os fundos têm uma taxa de administração baixa. Então não faz sentido sair de um lugar para o outro. Isso acontece porque muita gente, por não ter aplicação alta, acaba entrando em fundos que tem uma administração muito elevada.

TM – Quais são as consequências da tributação da poupança?

RG – Essa confusão toda. Fará com que as pessoas tenham no fundo uma rentabilidade menor, porque vai ter tributação. E outra consequência é fazer com que os bancos continuem tendo uma lucratividade absurda no Brasil. Este é que é o problema.

TM – Existe a possibilidade de, mesmo com essa medida, os juros não caírem como se espera?

RG –
Não tem nada a ver uma coisa com a outra. Foi uma pressão que os bancos fizeram porque estava havendo este deslocamento. Não deve ter nenhuma causalidade em termos de afetar ou não a queda da taxa de juros. O governo fez isso finalizando que poderá continuar havendo queda da taxa de juros sem afetar o redirecionamento de fluxo, realocação de fluxo. Nada garante que o governo vai continuar reduzindo taxa de juros.

TM – Que medida consistente reduziria os juros?

RG –
O único risco é do ponto de vista cambial, o pessoal deixar de ter a expectativa aqui dentro, de trazer dólar para aplicar aqui. Por que o dólar caiu? Porque está entrando dinheiro. Por que está entrando dinheiro? Porque os juros são muito altos. Então, o governo persistiu no erro de manter juros altos para segurar a inflação, para as pessoas não consumirem muito. Só que numa recessão dessa (consequência da crise mundial), não faz sentido ter juros muito altos. Só faria sentido ter juros altos se a gente quiser que os dólares do mundo venham para o Brasil. Se o governo baixa muito os juros e os dólares saírem do Brasil, e este é um risco concreto, ele tem que tomar outras medidas para evitar que saia dólar do Brasil e evitar que entre o dólar mais especulativo. (...) Todo o problema é que o governo Lula não quer controlar a entrada e saída de capitais e ao mesmo tempo não quer contrariar interesses dos bancos.

TM – A medida não afeta apenas poupadores com saldo maior na cardeneta?

RG –
É verdade, mas não precisa ser rico para ter R$ 50 mil.

TM – É cabível comparar a medida com o confisco das cadernetas de poupança no governo Collor?

RG –
Não tem nada a ver com o confisco. Simplesmente é um malabarismo para manter aplicação nos fundos que compram título público, para a gente continuar comprando título público. Todos os meus conhecidos estão em fundos que têm taxa de administração em 0,5%. Só vai para a poupança quem tem taxa de administração muito alta.

TM – A tributação da caderneta a longo prazo vai se sustentar?

RG –
Nada! Vai acabar mudando lá na frente. Porque se os juros sobem de novo, essa medida perde o sentido.

TM – Há um alarde maior do que o necessário?

RG –
Certamente. Mostra a incompetência do governo. Ao não enfrentar o problema dos spreads que os bancos cobram, no caso dos empréstimos, e no caso das aplicações, a taxa de aplicação. No Brasil, enquanto você não enfrentar banco, a maior parte dos problemas persistirão. Concentração de riqueza, governabilidade interna, financiamento, arranjo macro-econômico, a questão fiscal fica comprometida...

Leia mais:Imposto sobre poupança começa em 2010
Tire suas dúvidas sobre a possível mudança na poupança
Confira em quanto sua poupança pode ser tributada
O PT assalta a Caderneta de Poupança dos brasileiros

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Brasil, terra de ninguém.

É apavorante ver na televisão Européia as cenas de horror que acontecem no Brasil. [Clique na imagem para ampliar]

Os horários nobres televisivos passaram a nos fartar com essa desgraceira. Talvez como advertência que políticas populistas analfabetas realmente não funcionam. Muito menos as neoliberais. Felizmente por aqui não temos nada disso.

Das reportagens da Record Internacional chega a espirrar sangue na tela. Ainda bem que as imagens ficam contidas no tubo da televisão. Do contrário, seria necessário um guarda-chuva para assisti-las e um pinico do lado para nele se vomitar.

Ondas de assaltos violentos por todos os lados? Em todas as principais capitais? Em condomínios de luxo? Em prédios repletos de segurança?

São Paulo parece arder em chamas como Roma antiga ao som da lira de Nero. A negrada no alto do morro não usa toga, mas ri e dança de calção barato e fuzil a tiracolo.

Os tiroteios abertos, a esmo pela cidade do Rio de Janeiro, fazem do Iraque atual ou da fronteira Israel-Palestina dois lugares bucólicos.

Os céus noturnos, repletos de balas tracejantes, incitam-me a imaginar mais um novo episódio de “Guerra nas Estrelas”.

Nem a pacata Porto Alegre de antanho escapa da violência diária que tomou conta da vida nacional brasileira.

Que vida triste!

Serão estes os frutos de uma justiça ”à la carte”? De uma política petista anhota, corrupta e alimentadora da preguiça brasileira? Ou será que é passiva?; resultado da incompetência generalizada do cidadão para enfrentar a conjuntura econômica?

Não é necessário ser adivinho, mas uma mistura de sobre-crescimento social sem oferta de empregos, adicionado a leis que beneficiam os prevaricadores e o aumento do custo de vida, é fácil calcular esta fórmula.

Há quem diga que a tendência brasileira para encontrar culpados escolhe sempre os governantes da ocasião. Sei!

Deve ser por isso que misturam falta de caráter, criminalidade e política no mesmo balaio, sem entenderem que a lei é igual para todos; independentemente de serem políticos, banqueiros ou cidadãos comuns.

Berram por justiça diante do filho atropelado e calam-se na ignorância diante dos roubos do PT ou da pilhagem dos senadores e deputados em cima do erário nacional.

Os brasileiros contemporizadores que me perdoem, mas não posso desculpar o indesculpável.

Em vez de ajudar a criar as condições necessárias para que as forças de segurança sejam respeitadas e apoiadas tanto em benefícios sociais, como legais e profissionais, o povo brasileiro prefere a inação à ação!

Prefere o silêncio e a conivência nos desmandos petistas, mas solta gritos estridentes diante do corpo estendido da menina atingida por uma bala.

Clama por justiça a qualquer preço pelo abate do soldado do tráfico, a quem chama de "inocente morto pela polícia". Mas convive porta com porta, ao lado dos traficantes e nada faz se o filho se transforma em “vapor” ou “avião” e abastece a despensa da casa.

Será que ninguém se dá conta que o segundo é resultado do primeiro?

Acho graça quando assisto às exigências do povo brasileiro para que o governo, [ou seja lá o que isso for], apresente soluções. Porém, esse mesmo povo cumprimenta a marginalidade sem a denunciar ou combater. Faz campanhas pela paz e depois vai aos morros comprar drogas.

Nem se dá conta que tal ida aumenta mais a criminalidade e incute no favelado o desejo de ser criminoso; traficante, ladrão, sequestrador, assassino...

Concordo que têm que ser exigentes com a vida. Entretanto, de que vale toda essa exigência se nada fazem diante da condição deplorável da saúde pública? Do ensino público? Da situação quase de mendicância em que se encontram os policiais?

Onde estão os berros e as manifestações populares contra a degradação da saúde pública que tanto prezam e nada fazem? Onde estão as passeatas para exigir melhores professores? Ou para exigir melhores salários para os policiais?

Saúde pública? Mais polícia na rua? Sei!

Todos os Estados do Brasil governados pelo PT apresentam os piores hospitais; os maiores índices de mortalidade infantil; os casos mais estarrecedores de atendimento público... Pará e Bahia são dois exemplos vexatórios. Mais até que os Estados governados pelo PSDB ou PMDB. Porquê?

Temos que ser exigentes com a segurança e qualidade de vida é bem verdade! Porém, porque há tantas campanhas e tantas advertências a favor do não reagir diante dos assaltos e seqüestros?

Para facilitar o trabalho dos bandidos? Perdoe o sarcasmo, mas para preservar a vida é que não é.

Chega de tratar o criminoso como um coitadinho!

O brasileiro precisa exigir que o criminoso seja efetivamente punido, de preferência executado, e as vítimas apoiadas e defendidas.

Chega de tantos analfabetos! Chega de ter um analfabeto na presidência do país!

O cidadão precisa reagir! Tem de reagir! Não só aos assaltos, mas em primeiro lugar contra a corrupção; contra os desmandos dos senadores e deputados; contra os aumentos salariais desses desgraçados feitos na calada da noite; e, sobretudo contra esse governo petista que está a levar o Brasil para um caos cujas conseqüências sociais são absolutamente imprevisíveis.

Não compreendo como aí no Brasil podem aceitar esse clima de insegurança a se perpetuar; ou que permitam os filhos terem receio de sair da Escola com medo de serem assaltados, seqüestrados ou mortos; ou que as pessoas tenham medo de andar nas ruas; e dentro dos carros vivam verdadeiras fobias que um moleque lhes quebre o vidro e roube a bolsa ou o celular.

Se é preciso alterar as leis, que as alterem. Se é preciso reforçar os efetivos policiais, que se reforcem. Se é preciso dar melhores meios à Polícia, que se dêem. Essa é a obrigação do Estado.

Porém... Ah, porém! Mais que essa obrigação, devia existir por parte do povo brasileiro o comprometimento primário e o dever responsável de escolher políticos honestos, capazes de enfrentar e atender a todas essas necessidades.

Mais que a obrigação de exigir do governo seja o que for, deveriam exigir dos professores menos preguiça; mais aperfeiçoamento; mais capacidade, sobretudo que aprendessem a falar corretamente o português.

Afinal de contas, o povo brasileiro é o verdadeiro Estado! É ele, povo, quem deveria mandar!

Porém, – ainda dentro dos “porém”, – este conceito não entra na cabeça dos brasileiros... Nem a pau! Nem na ponta da pistola! O Brasil virou terra de ninguém.

sábado, 16 de maio de 2009

O único a retirar a assinatura da CPI da Petrobras.

Cristóvam Buarque retirou a sua assinatura do novo pedido de instalação da CPI da Petrobrás. Pela segunda vez! [O primeiro foi em 2007, de autoria do senador Romeu Tuma (PTB-SP)] Em ambos casos a pedido do Lula. Por ordem expressa do Lula!

O Lulão manda; o Cristóvam obedece e não se fala mais no assunto!

O mesmo Lula que o despediu por telefone. O mesmo Lula que o mandou catar milho quando foi ministro. O mesmo Lula que o preteriu em favor de um egípcio corrupto para diretor geral da UNESCO. O mesmo Lula que nem o recebe no palácio do planalto.

Parece incrível, mas é verdade. O amor próprio do senador e o respeito ao seu eleitorado parecem ter desaparecido.

O Senador Cristóvam Buarque (PDT-DF) assemelha-se a mulher de malandro. Quanto mais apanha mais gosta. Quanto mais humilhações sofre, mais vexames faz questão de dar publicamente.

Representa bem o caráter atual que predomina no Brasil. Servilismo até à medula; inteligência na sola dos pés.

E eu que o elogiei aqui há poucos dias atrás... Chamei-o de “bem preparado”. Quanto mais olho para o Brasil, mais decepcionado fico.

Mas eu já conhecia essa subserviência. Não é de hoje nem de agora. Pensei que com a idade pudesse ter melhorado. Afinal foi militante da Ação Popular; companheiro de Serra e de Sérgio Mota. Enganei-me! A vida não lhe ensinou nada; ou, ele nada aprendeu. Continua a ser o mesmo pão com sardinha da infância.

Cristóvam Buarque é realmente uma coisa amorfa. Como nos tempos de escola. Um traque a flutuar... Agora entendo, – finalmente, – o pouco ou nenhum respeito que o Lula tem por ele.

Eu também não teria. Melhor, deixei ter. Um homem como Cristóvam Buarque não se pode respeitar sem correr o risco de se ficar todo sujo.

Negar e renegar vezes sem conta a própria assinatura?

Será que Cristóvam é um homem que sabe o que quer? A sua vontade e opinião dependem do Lula? Será um bicho rastejante, sem eira nem beira, que faz da sua vida pública a mesma covardia de menino envergonhado na hora do recreio?

É uma vergonha!

Porém, nem tanto. Baixinho, gordinho, só mesmo pra pintor de rodapé, como se diz lá de onde eu venho. E pra ele, cuidado! Não pode ser rodapé muito alto.

Porque será que escrevi tudo isto? Cristóvam Buarque é brasileiro, ora bolas!

Contudo, e apesar de tudo, tampouco vale a pena espinafrar o infeliz senador. Perdoai-o porque não sabe o que faz.

A CPI da Petrobras não irá adiante. Aposto o que for preciso. O governo corrupto e o Lula em particular não permitirão. Farão de tudo e comprarão seja quem for, pelo suborno que for, para impedir.

Nem em sonhos poderão permitir que venham a público os roubos que os petistas têm velhacamente perpetrado dentro da Petrobras.

Gente da Companhia têm-me contado horrores. Os desmandos são de tal ordem que alguns executivos, de tão enojados, têm andado a espalhar currículos por todos os lugares.

Um deles, numa viagem à Venezuela, disse-me que a Petrobras virou a casa da mãe Joana. Não tenho nenhuma razão para duvidar. O que me mostrou foi mais que suficiente.

Só um dos contratos de frete entre Madre de Deus (BA) e São Paulo (SP) cujo custo não supera os R$ 3.000,00, custou aos cofres da Petrobras R$ 1.850.000,00. E há vários deste tipo.

O catering servido em duas das plataformas (RJ e ES) sai por R$ 950.000,00 ao mês; cada uma! Certamente a peãozada que lá trabalha deve comer caviar todos os dias. Nada mais justo e nutritivo. Além disso, a Petrobras ainda financia artistas para festas e comemorações do PT. Folguedos estes, alguns onde o vento faz a curva, o artista nem aparece; não tem público e o cantor nem sabe que foi contratado. Tadinho!

Por último, do que vi, um petista sem emprego é dono de uma transportadora que presta serviços exclusivos para a Petrobras. Até aí tudo bem. Ocorre que a empresa não possui um caminhão sequer, não faz nenhum transporte, mas as notas fiscais são apresentadas mensalmente. E pagas, por suposto. A Petrobras é uma empresa séria e paga todos os fornecedores em dia!

O Tribunal de contas e o Ministério público já descobriram outras falcatruas similares e denunciaram. O que aconteceu? Nada! O acionista que se lixe! O Contribuinte, você, paga a conta; e faz o favor de não reclamar. Ora, era só o que faltava, né?!

Em outras palavras, essa corja de petralhas tem sugado o caixa da Petrobras como um aspirador; como nenhum governo jamais, em tempo algum, teve coragem de fazer.

Leitor(a), já se perguntou porque a Petrobras arrumou um artifício tão espúrio para deixar de pagar R$ 4 bilhões ao fisco?

Ou porque os auditores da Petrobras identificaram problemas da empresa em obter crédito junto a instituições privadas; inclusive junto ao próprio Banco do Brasil?

Em outubro de 2008 a Petrobras não teve outro remédio senão contrair um empréstimo de R$ 2.022.700 bilhões, junto à Caixa Econômica Federal. Que estranho! Esta instituição bancária não foi constituída nem está preparada para realizar este tipo de operação, sabia?

Nas informações trimestrais da legislação societária da Petrobras, encaminhado à Companhia de Valores Mobiliários (CVM), está escrito: “O empréstimo tem como objetivo reforçar o capital de giro da Companhia”.

Bizarro que a Petrobras não disponha de capital de giro suficiente. Você não acha?

Enfim! A CPI, que a meu ver é realmente necessária e inadiável, só iria à frente – friso iria – se existisse no Brasil uma oposição coesa composta por indivíduos honestos. Mas não há uma coisa nem a outra.

O que o PSDB e os Democratas [como se alguém acreditasse] fizeram ao instalarem essa CPI da Petrobras não passa de um circunlóquio para holofotes. Puro gogó para tentar capitalizar uma coisinha aqui e outra ali de caras às eleições de 2010. Ainda mais tendo como personagem central esse outro infecto chamado Artur Virgilio. O tal que nem 4,5% de votos recebeu dos seus próprios conterrâneos.

Dentro de uma semana ou duas todos esses paladinos receberão um chequinho dos petistas e outro escândalo nascerá para deleite da imprensa e apatia absoluta do cidadão.

No frigir dos ovos, só fico com pena do pobre e titubeante Cristóvam Buarque. Passou por mais outro vexame sem nenhuma necessidade. Coitado!


Comentários: Para enviar por E-mail clique «AQUI»



x