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sábado, 25 de agosto de 2007

Requiem aeternam dona eis(*) ao MERCOSUL!

A integração dos países da América do Sul, a partir do Mercosul, implodiu definitivamente, levando consigo o Mercosul. As dificuldades de acordos comerciais e a unificação macroeconômica levaram os países integrantes a definir como estratégia e método, a integração em dois vetores: Infra-estrutura e Energia.

O Acordo do Gás entre Argentina, Bolívia e Venezuela, realizado no dia 10 de Agosto de 2007, que IGNOROU os demais países consumidores e até produtores, é a pedra de cal em cima dos programas anteriores e das inúmeras reuniões entre presidentes, que produziram fotos e bons propósitos.

As trapalhadas do trapalhão e antipatriota, conhecido como Marco Aurélio Garcia, que levou o Brasil e o Mercosul para esse atoleiro, foram retribuídas pela trinca Morales/ Chávez/ Kirchner, com um "top, top, top" através do acordo.
Isso é um desastre para o Brasil, que colocou bilhões do BNDES, do Banco do Brasil e das estatais a serviço dos bolivarianos.

Até quando vamos aturar esse bando que assalta o país? Até quando?
(*) – Parte do ofício dos mortos, na liturgia católica, que principia com as palavras latinas réquiem aeternam dona eis, “dai-lhes o repouso eterno”.

O apagão de energia deve ocorrer ainda no governo lula!

A crise do setor aéreo e da saúde [só para mencionar duas] têm uma origem clara: O PT; esse partido execrável dirigido por analfabetos, ladrões, corruptos e corruptores. Em vez de colocarem técnicos e conhecedores do sistema, inventaram a ANAC e a ANVISA e, nelas, assentaram um monte de pelegos do PT, sem conhecimento, sem credenciais, exceto o saber de angariar fundos para o partido, dilapidando as instituições que deviam cuidar.

Agora, em Furnas, colocaram outros pelegos, disfarçados de PMDB, partido este pior, em todos os sentidos, que o PT. No Jornal O Globo (Panorama Político) do dia 23 de Julho de 2007 o ministro da articulação política disse que o candidato do PMDB para presidente de Furnas, o tal do Conde que já foi prefeito do Rio, pôde assumir porque não houve um grampinho contra ele nos quatro meses em que o nome dele esteve no ar. Isso realmente é ótimo dentro da visão petista! É uma ótima razão para ser presidente de Furnas e para “foder” de vez com a energia no Brasil.

A mesma lógica conduziu a crise que se vive hoje nos hospitais; a qual, por exemplo, fez o Hospital do Câncer, referência na América Latina e um dos melhores do mundo, transformar-se na lástima que se encontra atualmente, sem falar no resto. Tal lógica formou também a ANAC e no saldo já lá vão 354 mortos e horrores vividos nos aeroportos.

Portanto, que continuem os narizes de palhaços, pois outra coisa a covardia deste “páif” não é capaz de fazer, nem se usar.

Lembram-se do boca-de-sovaco-de-cobra, FHC, quando rebentou o apagão de energia no governo dele? É claro que não! Nem sei por que pergunto isto às memórias galináceas. Bom, esperem um “remake”; incluso com as mesmas baboseiras e vigarices a serem proferidas, executadas e obradas na excrescência limítrofe da ilegalidade.

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

A Moral e a Política


Da psicanalista Silvia Bleichmar [falecida dia 15/08/2007]:

Já se sabe: a política é impiedosa com a moral. Mas isso é assim, não porque todo mundo seja corrupto, mas porque, mais além da corrupção, que parece inerradicável, e na qual se envolve grande parte da corporação política de diversos signos e ideologias, as decisões de poder, em seu caráter pragmático, obrigam a escolha de ações regidas pelo que se considera necessário, contra aquilo que se concebe como correto.

A partir da diferença entre corrupção e imoralidade, se perfila um aspecto da política e da vida que deve ser levado em conta. Há atos que não são necessariamente corruptos, mas são imorais, porque quem os exerce sabe que não estão sob a opção que consideram válida e que os deixaria em paz com suas consciências.

Não há duvida de que os atos de corrupção seguem minando nossa confiança nas instituições e nas decisões que o poder tomará sobre eles. Mas a imoralidade com a qual se estabelecem algumas alianças políticas às vezes não deixa perceber a voracidade econômica dos que dela participam. Transparece como um afã de poder que, em seu movimento mesmo, deixa inertes a quem se vê por ele capturado.

Daí o pudor que sentimos, [?!], esse sentimento que surge após a exibição de um ato imoral. E vemos as idas e voltas com as quais alguns setores exercitam esse jogo, mediante o qual negociam lugares e postos em função da perspectiva eleitoral, como se o acesso à função pública fosse um prêmio de loteria ou bingo. E o fato de que se nos degrade – em muitos programas propostos – de nossa condição de cidadãos àquela de "vizinhos", não se dando conta, das verdadeiras necessidades que nos atravessam, cortando as propostas dos nexos que as determinam, ou escamoteando as condições que levam a uma ou outra escolha daqueles programas de governo. Disfarçam de forma sistemática com as idas e vindas – sorrindo – que realizam pelos bairros.

E é também aqui onde a política deveria ser restituída na sua função de princípios, como exercício da cidadania e não como puro mercadejo. Porque o problema não está só em que a mentira esteja disfarçando a verdade, mas que venha a surgir exercícios que impossibilitem – não só o engano de outros, mas o auto-engano – que lhe dá sustentação.

O Novo Nome da Demagogia!


O verbo adular provem do latim adulari, uma expressão próxima a acariciar e a adulterar. Este último verbo provem da raiz AL, ou seja, mais além de, ou, no latim - alter, outro.
Seguindo esta pista etimológica poderia dizer-se que a adulação tem o efeito de alterar, de levar mais além de si mesmo, a quem o adulador adultera, primeiro sua própria imagem para manipular depois a vontade. Fascinado pelo adulador, o adulado - acredita -, e cai, a partir daí, debaixo da influência de quem o manipula como um meio para os seus próprios fins. As carícias do adulador corrompem a sua vítima, alteram a sua natureza.

Quando Aristóteles tratou deste tema em A Política, distinguiu dois tipos de adulação, conforme o regime político. Nas monarquias os cortesãos inescrupulosos corrompiam o rei mediante as caricias da adulação. Nas democracias, cujo soberano é o povo, [no Brasil o povo não sabe disso], os políticos corrompiam o povo mediante as caricias da demagogia. Mas hoje os demagogos contam com um poderoso instrumento que os contemporâneos de Aristóteles não possuíam: a capacidade de medir cientificamente os sentimentos e as preferências dos adulados. Hoje a terra fértil que nutre a demagogia é a proliferação das pesquisas.

Aristóteles elaborou dois tipos de discurso: o eXotérico - destinado ao publico em geral -, e o eSotérico, reservado aos seus discípulos. Da mesma forma há que se distinguir dois tipos de pesquisas: a exotérica, que se exibe ao publico, e a esotérica, para uso reservado do cliente.

O objetivo das pesquisas exotéricas, é o marketing. Quando se pode apresentar com um mínimo de verossimilhança, uma pesquisa que favorece a um candidato este decide divulgá-la. Elas tratam de um exitismo, de um jogo de ganhador. O observador deve ter muito cuidado com elas. [são estas as geralmente divulgadas pelos jornais nacionais das diferentes TVs].

As pesquisas esotéricas, são as que mais se aproximam da verdade. Mas só o cliente a conhece. Mas que efeito produzem sobre o político que a contrata?

O sociólogo Dick Morris, consultor a seu tempo de Clinton, distingue três tipos de políticos: o "idealista falido" que tem grandes ideais, mas não consegue comunicá-los ao publico; o "Idealista Astuto", que tendo grandes ideais consegue comunicá-los e que é o melhor dos políticos porque é o estadista capaz de guiar seu povo. E o pior político é o "Demagogo", o qual, - ao contrário dos outros - não abriga nenhuma idéia própria, mas que para triunfar se limita a cultivar, sem escrúpulos, o que o público deseja, usando as pesquisas esotéricas sem preocupação com a realidade ou o futuro. Quer governar em direção ao seu próprio êxito, apenas.

Tanto o idealista astuto como o demagogo utilizam pesquisas esotéricas. Um para comunicar com eficácia seus ideais. O outro para manipular as massas segundo a arte perversa a adulação. [É o caso do Lula, que pouca gente vê e a maioria não enxerga].

Idéias que hoje não atraem majoritariamente o público poderão atrair no futuro quando as fórmulas demagógicas mostrarem sua falácia. Mas no outro extremo da tipologia de Morris milita uma grande quantidade de políticos que se limitam a medir as pesquisas esotéricas para dizer à maioria, em cada momento, o que ela deseja escutar. Estes demagogos dedicam-se, exclusivamente, ao curto prazo: prometem o que se deseja hoje. Quando o humor social muda eles mudam também. [Lula é mestre nesta arte, que pouca gente vê e a maioria não enxerga]

Mas o seu destino lhes espera, certamente, no longo prazo, que agora desdenham. Renan Calheiros que o diga.

A política como traição!

1. Nenhuma outra atividade, como a política, no sentido da luta pelo poder, implica tanta disposição a trair os mentores que se apresentam como companheiros ou amigos.

2. Maquiavel situou a traição dentro da "virtú" política, a qual pouco tem a ver com a moral ou com o ódio.

3. A traição pode plasmar a dialética hegeliana (só que sem a idéia de progresso) na qual se nega o anterior: não se trai para ser igual ao traído. Isso explica que alguém que estava a trabalhar com seu predecessor acabe por ser muito diferente ao chegar à cúspide.

4. Para ser traidor deve-se ter resistência. As traições ocorrem dentro de uma mesma família (política). Não se trata de se passar ao inimigo, mas de trair o amigo, o companheiro, dentro do próprio grupo. Os desdobramentos nem sempre são pacíficos

No início da legislatura, em 1937, Churchill, já deputado veterano, degustava o seu charuto, enquanto aguardava a primeira sessão da Câmara. Nisto, sentou-se ao seu lado um jovem e estreante deputado. Este puxa conversa e aponta para a bancada da frente, simétrica, dos deputados do outro partido, e diz: É deputado... ali na frente estão os nossos inimigos. Churchill reagiu de imediato: Inimigos? Não! Ali estão os nossos adversários. Nossos inimigos estão aqui atrás e ao nosso lado.

Só dois comentários sobre as idiossincrasias Brasileiras:

De Prudente de Morais Neto, jornalista [descendente do ex-presidente Prudente José de Morais e Barros (1841 — 1902), terceiro presidente do Brasil], que escrevia sob o pseudônimo de Pedro Dantas, e está registrada no livro “Quase Política”, de Gilberto Freyre:

O parlamento não é fábrica que deva recomendar-se pelo número de projetos que elabore ou pela rapidez com que os produza... Às vezes a maior virtude de um parlamento está precisamente no número de projetos que elimina ou depura, que corrige ou substitua, depois de estudo quanto possível minucioso dos assuntos”.

De parlamento, o Brasil não tem nada. Teve uma tentativa mal fadada e estrondosamente fracassada em 1961, quando Tancredo Neves foi eleito Primeiro Ministro. Disto, tenho certeza, as minhocas brasileiras nem lembrança têm, sequer. O que existe hoje, neste “páif”, é um Congresso; como tal, para lá congregam bandos e mais bandos de fisiologistas néscios e casmurros, muitos deles facínoras, com o intuito de embolsar dinheiro à custa da ingenuidade e da esperança dos seus iguais; ou para fugir de processos penais pelos muitos delitos que cometeram; como ocorre atualmente com uma série de “deputados” e “senadores”. Todos eleitos por uma maioria de analfabetos, gente preguiçosa que, de consciência cidadã, possuem somente o desejo de dependerem do Estado.

Um antigo professor meu dizia que se resumíssemos o trabalho realizado pelos diversos Congressos eleitos ao longo dos últimos trinta anos, restaria apenas meia dúzia de páginas com algum valor intrínseco.

Só para citar um exemplo, dos muitos que pululam ao nosso redor, aludo a Constituição Federal, que hoje nos rege; nasceu velha, desatualizada e foi acintosamente fraudada pelo então deputado federal Nelson Jobim, premiado com a presidência da mais alta corte do nosso país, o Supremo Tribunal Federal e, mais recente, nomeado ministro da defesa.

De Armand Jean Du Plessis, Cardeal de Richelieu, duque e político francês, primeiro-ministro de Luís XIII de 1628 a 1642

"Editar uma lei e não fazê-la cumprir é autorizar algo que se quer proibir".

Neste aforismo francês enquadra-se visivelmente o furto a cemitérios, protagonizado pelo modista Ronaldo Ésper, cujo delito foi remido pelo juiz Marcio Lucio Falavigna Sauandag, da 30ª Vara Criminal de São Paulo. A absolvição desse meliante, pois outra coisa não é, transformou-se numa afronta – mais uma – a todo o cidadão respeitador das leis que regem a nossa sociedade.

Por que esse juiz absolveu esse elemento, digno representante de uma sociedade em decomposição? Porque ele foi espontaneamente socorrido pelo espírito imunizante da elite nacional atual, representada de forma vil e espúria pelas demagogas Hebe Camargo e Luciana Gimenez. Estas duas mulheres, de pouco saber e muita estultice, valeram-se do espaço da mídia, a qual, de maneira geral e conivente, permaneceu calada, e saíram em defesa do ladrão Ronaldo Ésper. Abriram espaço especial para a defesa desse embusteiro, que riu, dramatizou, chorou, pediu perdão e, hipocritamente, justificou-se com falácias pueris, ora como réu confesso, ora como vítima dos algozes policiais. O Resultado foi um caloroso aplauso de uma platéia embevecida. No final, o meliante foi premiado com um programa de TV. Ele está livre.

Não vale mais a pena comentar o caso da desempregada doméstica, a Angélica Aparecida Souza Teodoro que pegou quatro anos de prisão por roubar uma lata de manteiga para dar de comer ao filho de dois anos. Ela está presa!

Vivemos numa terra de contrastes, sem dúvida alguma. As leis nacionais apenas existem para beneficiar uns poucos “Ésper-tos”, em detrimento de muitas Angélicas e angélicos. Não me surpreende que a ética tenha ido para o ralo.


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