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terça-feira, 27 de abril de 2010

O Brasil do lulo-petismo

Quanto mais eu leio e escuto sobre a “polítika” lulo-petista, e seus atores, mais semelhanças encontro com os dramalhões da Globo.

Se nas novelas Globais há quem diga que a arte imita a vida... em se tratando do Lula e da candidata, com PT e MST coadjuvando pela periferia, o mais correto é afirmar que esses senhores, em conjunto, plagiam a arte para subsistirem; e, em separado, copiam vidas para justificarem as próprias existências de passados negros.

A propaganda da Dilma fazendo-a parecer-se com a renomada atriz Norma Bengell é o cúmulo do absurdo e prova cabal do que afirmo acima.

Como falta inteligência a essa gente. Acham que ser esperto é ser inteligente...

A vida pregressa dos petistas é tão suja que, – agora todos sabendo quem são realmente, – eles se vêem obrigados a roubar fotos de rostos alheios parecidos, em eventos históricos dos quais não participaram, para justificarem as suas deletérias vidas atuais. E fazem muito sucesso. Ora se não!

Entre 80% dos brasileiros, obviamente! Bom gosto e busca por qualidade política não fazem parte dos desejos nacionais.

Há anos, perversamente a TV dos Marinhos vem usando uma fórmula na apresentação das suas novelas, cuja metodologia tem-lhes proporcionado triunfos extraordinários; não só em termos de audiência mas financeiros, principalmente.

As demais redes bem que se esforçam na cópia, mas a competência é pouca e os fracassos, muitos.

Deveriam chamar Lula, Dirceu, Dilma e Ciro para ajudá-los.

Esse proceder, método e processo Global, além de emburricar a já parca inteligência dos brasileiros, consegue mantê-los em estado cativo permanente; até aqueles com mais de um neurônio.

Pela aplicação continuada da tal fórmula, os brasileiros tornaram-se dependentes dessas novelas; tal como viciados pela cocaína. Conseqüentemente, engolem todos os comerciais, absorvem as mensagens subliminares e saem desembestados para adotar, comprar e consumir as porcarias praticadas, usadas e demonstradas pelos personagens Globais. Brigam até na rua com os coitados, conforme o papel de vilão que eles estejam desempenhando no momento.

O mesmo não ocorre com os atores da novela “polítika” lulo-petista .

Como trama comum a todos os dramalhões, a Globo põe o João a comer a Maria, que come António, que come Joana, a qual, por sua vez, transa igualmente com a Maria que descobre o João num troca-troca com o António.

Lula, Dirceu, Dilma e Ciro fazem metaforicamente o mesmo. Só que melhor. Muito melhor e mais simples; sem necessidade de talento. No seu quotidiano político-administrativo-partidário e público exercitam a mesma equação, porém, no nível do espectador.

Não são tão explícitos. São mais ladinos. A aptidão é pouca, mas a esperteza é muita.

Isto é: nenhum deles atua para ganhar Kikitos de Ouro do ano, pois ele é de bronze; tampouco se valem de cenários ou coreografias; nem de corpos esculturais, nem de guarda-roupas da moda ou efeitos visuais. Primam essencialmente pela canastrice sórdida e enfatizam as próprias debilidades, a mitomania, o charlatanismo ou a venalidade que os conspurca.

Daí, o resultado não poderia ser outro. Irmanando-se à patuléia os índices de audiência e aprovação sobem vertiginosamente.

A Globo, que gasta milhões para manter um certo padrão de bom gosto e qualidade, deve se morder de raiva e inveja... Comparado com a novela lulo-petista, os índices Globais são de amargar.

Obviamente, em se tratando de Lula, Dirceu, Dilma e Ciro, oito anos com estas criaturas já nos demonstraram que vocação para a fraude, astúcia, bravata, malícia e furto não lhes falta; embora os críticos, – leia-se, os Democratas, – vejam neles somente inteligências capengas, capacidades paraplégicas e cérebros com desordens múltiplas.

Más línguas! Fofoqueiros é o que esses críticos são. Deviam aprender com os tucanos a calar a boca e aconchavar à surdina.

Inteligências capengas, capacidades paraplégicas e cérebros sei lá do quê, não são empecilhos para ninguém. Os tucanos que o digam. Desde quando essas coisas desqualificam o individuo no Brasil, se a maioria da população reúne precisamente essas características?

O que os “Demo” e a Globo ignoram é que cada um dos três atores petistas possui visão 20 por 20 com teleobjetiva e grande-angular. Inclusive Ciro Gomes que, apesar de não enxergar o nariz de palhaço, dos restos ele não tira o olho. Os quatro conseguem descobrir até pêlo em casca de ovo; e isso, verdade seja dita, não é para qualquer um.

Portanto, não nos surpreendamos pelo fato de Lula, Dirceu, Dilma e Ciro terem copiado a fórmula dos Marinhos; porém, introduzindo melhoras tão significativas que a invenção Global apequenou.

Vejam só: na novela lulo-petista, à semelhança perrengue das Globais, Lula afaga Ciro, finge maltratar Dirceu que ama Dilma, que berra e dá murro na mesa, mas afaga Lula para enciumar Dirceu, que visita Lula em segredo para derrubar Ciro, que confia em Lula mas descobre que foi usado, porque Lula prefere ficar com Dilma, que agora obedece a Dirceu, que arruma muito dinheiro para dar a Lula, que dá para Dilma... E assim sucessivamente.

Entenderam da diferença? Não há sexo no meio. Só dinheiro e perfídia.

O que a Globo exagera, na “polítika” lulo-petista o sexo é tratado de forma parcimoniosa e fora das câmaras. Já a sordidez, que na Globo é tocada de leve, no lulo-petismo tem ênfase e destaque especial.

A “polítika” lulo-petista não usa a vida para encenar a arte. Ela se apropria as idiossincrasias da arte e as exibe personificadas, ao vivo nas multidões, na forma de indivíduos reais.

A novela petista é na verdade um reality-show às avessas, em capítulos segmentados. Os atores que governam o Brasil não são reais e sim caricaturas fabricadas, como são os personagens da Globo, mas sem o sexo.

Se na Globo os episódios das novelas, com 45 minutos de duração, são preenchidos com lubricidades de todas as maneiras possíveis, os petistas usam o execrável, o furto, a mentira, a malícia, a traição e o embuste para rechearem o dia-a-dia. E, no fechar do expediente, pois nenhum deles possui Plim-Plim, deixam tudo em suspenso para que o ocorrido na jornada seja levado ao ar pelos noticiários.

Os capítulos das novelas Globais não fazem parte da grade dos noticiários. Os dos petistas sim. Eles não anunciam os próximos capítulos, nem ficam fazendo chamadas para despertarem curiosidade sobre o que vai acontecer.

Isso fica a cargo da grande imprensa, com maioria esmagadora de jornalistas simpatizantes ou corruptos a soldo do PT. Esses profissionais encarregam-se de alimentar a sordidez, coisa que não fazem em relação às novelas Globais.

No dia seguinte, para manter o assunto no ar, esses mesmos plumitivos improvisam novas performances, que outra coisa não são, senão, repetições de mais do mesmo do dia anterior, mas com direito a bis, onde mudam a roupagem; isto é, a ordem das palavras nas retóricas e assumem como próprias as idéias dos outros.

Falsificam, deturpam ou adaptam manchetes anteriores e se valem de artifícios, quase sempre em forma de boatos, para preencherem colunas de jornais que se transformam em notícias televisionadas.

As televisões alimentam-se dos jornais, pois é fato sabido que brasileiro não gosta de ler. Prefere ver, ouvir e emprenhar pelos ouvidos.

Com esta forma de se informar, o “púbrico” não atenta para os detalhes nem para os bastidores, pois está imerso no suspense de quem come quem na Globo; e muito mais atenção presta a quem rouba mais que quem, como se vivenciasse o próprio sonho... ou, qual contrato Dirceu pôde amanhar;... ou, a quem o Lula vai sacanear ou trair;... ou, do quanto cada um dos petistas vai aumentar o bolsa-esmola para permitir a compra o novo celular em “deiz vez sem juro”...

Se o cidadão perder alguns desses episódios sórdidos, já sejam da Globo ou da “polítika” lulo-petista, quando regressar da fila das Casas Bahia ou das três horas de engarrafamento fechado dentro do ônibus a cair de podre, no dia seguinte retomará o fio da meada sem qualquer dificuldade.

Na Globo, por exemplo, o suspense continuará com Joana e Maria, entre camas, na dúvida se escolhem a do João ou a do António, ou a delas próprias.

Já na novela lulo-petista, a trama é muito mais consistente. Lula mantém a fala com Dirceu pela porta dos fundos, portanto, longe das câmaras e do espectador, o que desperta ainda mais bisbilhotice. Ciro sai da novela falando sozinho e todos apostam para qual alvo ele irá disparar as baboseiras habituais. Isso toma dias de expectativa e alimenta textos e suspense. Dilma abandona as roupas de grife para se vestir como empregada doméstica e as novas “roupitchas” deixam o “púbrico” extasiado. O apogeu fica por conta de Dirceu que escamoteia mais alguns milhões de um “novo contrato”, talvez mande outro Celso Daniel da vida desaparecer ou dê ordens aos jornalistas para espalharem novo boato sobre os tucanos pretenderem privatizar mais uma empresa Estatal.

A audiência sobe às alturas e não há novela Global que derrube a “polítika” lulo-petista.

Quando eu morava no Brasil e assistia aos capítulos dessas burlescarias do momento, e foram muitas, ao final parodiava com a minha governanta para que trouxesse uma vassoura e juntasse o que havia sido televisado; a ver se podíamos aproveitar algo que prestasse, aliviando assim o travo de estupidez que a luxúria Global e a sordidez petista nos deixavam no paladar.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

O Horror-Cirque du Braziu

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Participe para crer!

Esse nome tão exótico em epígrafe pertence a um circo mambembe. Mistura de francês com favelês, nasceu de uma acomodação de gostos entre obreiros, lá numa cidadezinha perdida nos cafundós do ABC Paulista.

Todos sabemos que brasileiros amam tudo o que é francês ou falado em francês. Os operários também; inclusive Camembert com casca e vinho Beaujolais pedido com aquele biquinho nos lábios sem ficarem vermelhos.

Portanto, os homens da ala progressista, numa inspiração anacreôntica, preferiam que se chamasse Cirque du Soleil du Brézil. Mas o nome já existia e não era propriamente de origem francesa. A mulherada esquerdopata, no entanto, muito nefária, que recentemente havia assistido ao filme “Le cirque des horreurs”, de Sidney Hayers, dos idos de 1960, logo escolheu esse título com o propósito de intimidar a concorrência que encontrassem pelo caminho.

Mas o filme também não era francês, e sim inglês; embora elas, sem o saberem, tivessem assistido a uma cópia dublada em francês com legendas em português.

A celeuma foi criada. Os ânimos exacerbaram-se. Progressistas anacreônticos e esquerdopatas nefárias gastaram horas e horas em reuniões infindáveis para chegarem a um consenso.

Após dias de discussões acirradas o patrono dos trabalhadores apresentou o seu alvitre salomônico que agradou a todos. Juntou as duas sugestões e pôs a sua. O nome do circo foi aprovado por ampla maioria de votos.

Para encurtar a história, hoje o Horror-Cirque du Braziu é o maior circo de horrores do Brasil e o único em plena atividade.

Logo nos primeiros anos de atuações bem-sucedidas, o Partido dos Trabalhadores, o PT, interessou-se em patrociná-lo “escrusivamente”. A cópia do pôster colada acima, com textos essencialmente em favelês, é uma das peças publicitárias mais importantes.

Com o patrocínio e num gesto de solidariedade, a cúpula do partido achou que devia participar. Assim, Lula, Dirceu e Dilma, exatamente nesta ordem de entrada, artistas consumados, passaram a integrar o elenco principal do espetáculo.

Cabe destacar que Ciro, o palhaço, embora seja uma das estrelas do show, é um ator convidado como retribuição pelos muitos serviços prestados. Não faz exatamente parte do partido, mas tem atuado bastante para sua grandeza. Especialmente na defesa de acusações infundadas de recebimento ilícito de milhões de reais por parte de membros do partido.

O que é um disparate.

Como o Cirque Du Soleil, o Horror-Cirque du Braziu também é transmitido pela televisão. Porém, diferente do espetáculo canadense, rico em qualidade e bom gosto, o brasileiro, sem sofisticação ou arte alguma, atinge índices de preferência em torno de 80%.

Algo inexplicável.

Os figurinos são paupérrimos, os testos primam pela mediocridade, os efeitos visuais são sempre vermelhos e as performances dos atores abaixo da crítica... Isto sem falar do desconforto imposto ao público. Se alguém quiser sentar-se apenas dispõe de umas poucas cadeiras de palha, forradas de chita, sem apoio para os braços. Se não quiser, fica de pé por horas e horas a fio.

Já as acomodações dos atores e do pessoal de apoio são um luxo só. Aviões particulares, travesseiros de penugem de gansos, lençóis de algodão egípcio importado, charutos cubanos e whisky Johnny Walker Blue jorrando até pelas torneiras; apenas para citar algumas das benesses à disposição da trupe.

Todas as apresentações Brasil afora são marcadas por grandes aglomerados de pessoas. Com as suas mais variadas ideologias, o público assistente recebe transporte e um lanche para acudir aos espetáculos.

Se os brasileiros se recusam, o Horror-Cirque du Braziu dispõe de assistentes, identificados com as siglas MST nos “bunés”, que se encarregam do convencimento compulsório e de encaminhá-los aos locais das apresentações.

Em turnê permanente há oito anos, o Horror-Cirque du Braziu pretende, a partir de Junho próximo, iniciar uma série de apresentações inimagináveis que superarão qualquer outro espetáculo já levado a cena.

Segundo sua assessoria de imprensa, coordenada pelo ex-terrorista e jornalista Global, Franklin Martins, a partir desse mês o Brasil assistirá a um festival de horrores jamais visto no país.

É só aguardar para ver.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Ciro Gomes, o estrovenga.

Nos meus anos de Fortaleza, certa noite no então hotel Esplanada, do deselegante Nelson Otoch, tive o desprazer de conhecer Ciro Gomes. Tasso Jereissati era governador e Maria Luiza Fontenele, do PT, a prefeita; famosa por ser corrupta e dona do motel mais luxuoso, recém inaugurado nos arredores da cidade.

As más línguas da época acusavam-na de ter surrupiado recursos federais para construir essa estalagem do pecado. Coitada! De tão pobre nunca teve nada. Mas a inveja humana é assim mesmo. Não pode ver um pobre com uma camisa lavada. No caso da Maria Luiza, pobre mulher, dona de um templo majestoso para o amor pernoitar.

Ciro Gomes, vindo de Sobral, recebera a honra de ser o melhor pré-candidato a substituí-la. Dignidade, reputação moral e ética flanqueavam-no como baluartes a fortalecer a coerência da sua retórica sabida nos fundamentos profusos da ciência política.

Apadrinhado por Jereissati, a eleição estava praticamente ganha. No Ceará daquela época, após a administração desastrosa de Maria Luiza, a prefeitura para o PSDB eram favas contadas. Só a presença de Jereissati bastava para abater pernilongos em vôo, ops!, para convencer os eleitores a votar no protégé. Não fiquei para ver o resultado. Em boa hora a empresa onde trabalhava transferiu-me para a Europa.

Dessa noite, nos idos de 1987 ou 88, não recordo exatamente, poucas lembranças guardei. Na reminiscência ficou, entretanto, a linda hostess do hotel; uma argentina loura de olhos verdes, translúcidos como duas esmeraldas colombianas. Só de olhar para ela o sujeito enveredava por vielas lúbricas de iniqüidades... com as quais sonharia a noite inteira.

Não fui tão afortunado.

Tudo o que é bom na vida tem um lado ruim. Nisso creio. Na mesma lembrança de tão divina mulher existe uma nuvem gélida, originada na repulsa instintiva que Ciro Gomes me causou ao apertarmos as mãos.

Foi a moça quem nos apresentou.

Acho que ela leu os meus pensamentos gulosos à beira da piscina. Estou convencido que só levou Ciro Gomes ao meu encontro para usá-lo como uma espécie de balde de água fria a fim de esfriar-me os devaneios.

O sucesso dela foi notável.

No apertar de mãos, a custo refreei a aflição de limpar os meus dedos na camisa dele. Como o Bush fez recentemente com Clinton na visita ao Haiti. A noite de Fortaleza não estava tão quente para Ciro Gomes ter a mão empapada de suor. Que nojo. Talvez sofra de sudorese... Vai-se lá saber. Nunca pude confirmar.

Mas no fundo sou um homem educado, ora bolas! Disfarcei e limpei a mão na minha calça. Nunca mais a vesti.

Da conversa que tivemos mal recordo uma sílaba. Apesar de ter sentido um asco imenso, sequer consegui desviar os olhos do seu pescoço. Que enorme! Que pescoção! Que espanto! Lembro-me de um amigo murmurar, ante a minha estupefação, que esse predicado causava muito sucesso entre os cearenses. A espetacular parte anatômica provocava-lhes delírios; afinal, a natureza, nesse particular físico, fora excessivamente econômica com eles.

Os anos passaram. Outros mundos conheci. Porém, em 2002, de volta a São Paulo, precisei ir à FMU – Liberdade, para recusar educadamente o convite de compor o quadro docente dessa Universidade. Mal tenho tempo de coçar-me, quanto mais paciência para dar aulas a alunos que desabam nos bancos da faculdade sem saber ler ou raciocinar...

Não nasci com o dom de iluminar mentes na escuridão. Bem que tento; troco até as baterias, mas não consigo.

No meio da conversa com o reitor, ele ainda esperançoso que eu mudasse de opinião, avisou-me entusiasmado que Ciro Gomes estava no prédio para dar uma palestra aos estudantes.

Arrepiei-me todo.

Foi uma daquelas reações pretéritas que às vezes nos fazem misturar presente e passado e nos transportam para dentro de uma cápsula do tempo. O asco do primeiro encontro, lá em Fortaleza, subi-me à boca. Vi um par de olhos verdes serem arredados de mim por um pescoção enorme na minha frente. Atônito, olhei para as palmas das mãos. Felizmente estavam secas.

Mas não fiquei tranqüilo.

Senhor da minha fé, supliquei imperioso aos anjos que fizessem o bondoso reitor esquecer o encanto de me convidar para assistir a tão proeminente figuraça. Ciro postulava-se à presidência. Os anjos não me ouviram. Tampouco recordo o que respondi ao simpático acadêmico. Só me lembro de ser levado, quase a reboque, a caminho do auditório.

No abrir das portas o primeiro que vi foi o pescoção. Deus do céu! Parecia ainda maior do que eu lembrava. Depois percebi que o exagero visual devia-se à perspectiva do ângulo no qual me encontrava em relação ao palestrante. O reitor acenou-me para seguí-lo até ao palco. Aí foi demais. Fingi não vê-lo nem ouvi-lo. Sou muito tímido.

Sentei-me na primeira cadeira vazia que encontrei. E lá fiquei.

Por quarenta e cinco minutos, em silente martírio, suportei o pescoço, perdão..., o orador. Quando por fim desviei o olhar pelo auditório, percebi que estava lotado. Nem notara. Resignado, não tive mais remédio senão contextualizar-me com as perguntas dos pupilos. Superavam qualquer tese dissertativa de doutorado sobre imbecilidade; mas eu não queria ser descortês com o meu anfitrião. Levantar-me assim de repente para ir embora seria indelicado. Todos sabem que sou muito tímido. Também muito educado. Já o disse antes. Portanto, resisti.

Cheguei a ficar orgulhoso do meu estoicismo diante dos chutes gramaticais dos estudantes. Senti os olhos lacrimejarem ao ouvir os “pra mim entender” e "pra mim fazer". Chorei ao ouvir o ruído dos passos dos plurais saírem em tropel salão afora. Tive um ataque de soluços depois de escutar alguém perguntar: “qual era a “prataforma” “obijetiva” do candidato para combater a “corrupissão” e “capiturar” os “corrupito”; falado exatamente como está escrito.

O ar exalava reflexão quase religiosa quando Ciro Gomes abria a boca. Que eloqüência! Que homem mais sabido! As respostas, recordo bem, esvoaçavam pelo ambiente como capote de toureiro dando olés em touros, isto é, nos alunos.

Nunca entendi a fascinação dos néscios pelos gabanelas. Devia haver uma lei contra isso.

Dias ou semanas antes, não lembro, Ciro Gomes havia soltado uma das suas patacoadas mais brilhantes; aquela horrível sobre a então noiva, Patrícia Pilar. Não vale a pena transcrever aqui palavras tão... Esqueçamo-las! Mas várias universitárias sentiam-se ofendidas por osmose e foram bastante incisivas com o candidato.

Nada havia mudado em Ciro nos últimos catorze anos. O pescoção continuava igual. A arrogância também. Respondeu a todas as perguntas e eu quase pude ver os corações das moças a palpitarem.

– “Que homem inteligente”. – sussurrou a moça à minha frente para a colega do lado.
– “É liiindo!” – respondeu-lhe a outra no mesmo ciciar.
– “Será qu'ele disse me'mo que mulher serve só pra dormir?” – contrapôs a primeira.
– “Xiiii... eu não me importava”... – retrucou a segunda e ambas soltaram risinhos malvados.

Ciro Gomes seguia sendo o mesmo bazófia estrepitoso, cheio de apelos à moral, à honra e à dignidade. Havia rompido com o partido, cuspido no prato que comera, achando que seria grande... Mas a jactância arrendodava-lhe cada palavra. A gabarolice do seu suposto conhecimento da ciência política continuava a iluminar as promessas do que pretendia realizar no futuro... se eleito. Por felicidade não foi.

O desastre teria sido pior do que tem sido com o Lula.

Bom... outros oito anos se passaram e hoje não estou mais no Brasil... mas nos jornais leio, vira-e-mexe, o nome de Ciro Gomes. Cada notícia é melhor que a anterior. Dei-me conta que cresceu politicamente. Voltou a ser ministro! Desta vez do Lula... que naquele auditório tanto o ouvi criticar. Deixou de ser bufão para ser palhaço; e agora marionete exclusiva para uso maquiavélico do mesmo Lula.

Já o havia sido de Tasso Jereissati, é bem verdade. Suponho que não deve ter-lhe custado muito retomar ao mesmo papelão; se é que alguma vez saiu dele. Nem curinga é tão versátil.

Se eu fosse pernanbucano, diria que a verdadeira vocação de Ciro Gomes é ser moço de jangada.

Tenho a suspeita que Ciro, além da hiper-hidrose, sofre também da síndrome de abstinência do jugo de boi. Quando se separou de Jereissati ficou sem jugo e sem chavelhão. Sem chão, como diriam os paulistas. Livre de controle, e ao próprio arbítrio, retomou a toada de falar o que não deve e a ufania destrambelhou-o como espada de fogo lançada ao chão.

Resultado? Mudou-se para São Paulo na ilusão de Lula oferecer-lhe o jugo de uma candidatura, – que nunca teve a menor chance e só Ciro acreditou, – ao palácio dos Bandeirantes.

O moço quer é poder.

Por petulância ou por estupidez, talvez por excessivas doses de ambas, ficou sem jugo. Recuou ao limbo de oito anos atrás; às estrelas do céu do Ceará. Ciro volta a caminhar errante de lá para cá, propalando as habituais arrogâncias para a gulodice da imprensa estrábica... e divertimento pérfido do Lula.

Coitado! Acreditou na subserviência lulo-petista, achando que por ela singraria pelo poder como quando Jereissati lhe dizia o que fazer, o que falar e como se comportar.

Quantas decepções fazem falta para demover um tolo? Creio que Ciro todavia ignora que teimosia é a manifestação mais clara da burrice.

Tanto é que o seu próprio partido, o PSB, já se deu conta. Tenta a pulso salvar o restinho da dignidade que Ciro não destruiu e negocia a retirada dele... De onde?

Do PSB? De uma fantasiosa corrida ao governo de S. Paulo?; ou da reedição onírica de voltar a ser candidato à presidência?

Seja lá qual for, nas duas últimas alternativas nunca teve ou terá qualquer probabilidade de êxito, exceto, claro, naquela(s) ainda flutuando no seu imaginário fanfarrão.

Certamente, Tasso Jereissati jamais imaginou que o bezerro que criou com tanto afeto, e para o qual mandou até fazer um jugo à medida do pescoção, haveria de lhe cuspir em cima e se transformar no faz-me rir da política nacional.

O jovem político, lá de Sobral, tornou-se um estrupício. O seu pescoço que tanto fascina os cearenses, para o resto do Brasil é só um gargantão. É só isso que Ciro Ferreira Gomes é. Nem para defender o mensalão e a corrupção petista, como o fez de forma tão vibrante, ele serve mais. Isso, porque moral, honra e dignidade eram o seu lema... Imagino se não fosse.

Ah... moça linda de olhos verdes
Por onde é que andará...
Huumm... Não quero nem ver-te!
Porque não me deixaste sonhar.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Brasília, 50 anos de envilecimento.

Brasília construída em 1.000 dias!? Em propaganda é preciso crer...

Porque foi inaugurada há 50 anos no abafar das denúncias sobre os superfaturamentos das obras e dos infinitos atos de corrupção e assassinatos. Atos praticados durante a transferência do Rio de Janeiro que se perpetuaram... Tanto os superfaturamentos como a corrupção. Os assassinatos também.

Muita gente enriqueceu. Na maioria das atuais fortunas nacionais ainda há vestígios de sangue, miséria e poeira dos candangos nas moedas que as constituem. Destaque especial haveria de se dar aos baús dos Canhêdos, Constantinos, Ótavios, Estevãos e tantos outros lá residentes; continuados protagonistas de um passado sem sinal de fim...

À vista, pelo menos não.

Cinqüenta anos depois só a expansão habitacional, o caos urbano e a criminalidade mostram que algo mudou. A vida em si, a mentalidade do citadino, o cabresto nos olhos e até a feira do “Paraguai” continuam tumefactos. Putrefatos, se somarmos os últimos eventos. Até o clima que assa e alaga no verão e mais parece o Saara no inverno, piorou.

Brasília que no alvor virou a cidade do “sabe com quem você está falando?”, ao dar os primeiros passos materializou-se na capital dos divórcios, das orgias e da prostituição. Não teve direito à puberdade. Na adolescência abraçou com vontade a peculiar sordidez dos brasileiros. Na maturidade de meio século revelou a verdadeira índole; a sua profissão de fé; aquilo que sempre foi...

Quando eu morava no Brasil e ouvia a lengalenga dos estultos de que a culpa do mau caráter brasileiro era proveniente da herança nefasta deixada pelos colonizadores portugueses, eu costumava usar o exemplo de Brasília só para deixá-los mais confusos.

Confusão cívica e equívocos históricos não lhes faltavam.

Felizmente os Lusitanos não construíram Brasília, que mais parece a cidade dos caixotes empilhados a céu aberto. A esplanada dos ministérios relembra até um gigantesco pátio de embarque de contêineres; sinal que os portugueses por ali não passaram nem participaram das leis, decretos e ordenamentos que a constituíram. Não elegeram nenhum presidente, senador ou deputado. Nem mesmo deram qualquer palpite na “inteligente” disposição urbana em forma de “avião”...

Patrimônio Cultural da Humanidade.

No entanto, diferente de outras cidades, Brasília é a mais corrupta do Brasil. O poder central está lá. Dizem os especialistas brasileiros que isso é natural...

Natural seria o contrário. Onde o governo está, deveria predominar e se sustentar a honestidade, a verdade e os propósitos patrióticos. Pelo menos os patrióticos.

Não no Brasil! Menos em Brasília.

Como tudo o mais no país, o errado para os brasileiros parece ser sempre o certo, o aceitável, o natural a admitir ou a praticar. A inversão de polaridades apascenta-lhes a vida. O “jeitinho”, o maná da sobrevivência a perseguir.

O político não rouba; apenas cria caixa 2 para a sua campanha. O Lula não mente; apenas economiza verdades. O juiz não liberta o amigo criminoso; apenas assegura-lhe direitos civis. A Constituição não foi fraudada; apenas melhorada. Os assaltos a bancos praticados pela Rousseff foram atos de luta heróica contra a ditadura, portando justos e necessários. O seqüestro e morte de pessoas também. O bandido não rouba ou mata por vontade própria; apenas é vítima da sociedade... Se o marido rouba o cinzeiro do restaurante... que mal faz “pegar” uma lembrancinha?... Que mal faz pegar algumas dezenas de notas para aprovar um projeto, uma licença, uma lei...

Que meigo!

E a meiguice nacional segue caminho pelas escolas. O professor, independente e assíncrono do próprio idioma, meigamente empurra o aluno de um ano para o outro sem este saber ler. O professor também não sabe.

Estudar para quê? Se durante vinte anos ninguém divulgar que é corrupto e ladrão, a ausência de conhecimento poderá levá-lo à presidência da república. A viver em Brasília! Depois, se descobrirem que é desonesto, melhor. A sua popularidade e aprovação rondarão os 80%...

Jacaré em rio de piranhas nada de costas. Não é tolo.

No entanto, em Brasília não há jacarés. Na fauna somente Antas, Ratos e Cobras. Muitas antas, muitas cobras, muitos ratos e umas quantas piranhas.

Parabéns Brasília! Venturis ventis!

terça-feira, 20 de abril de 2010

Coisas do quotidiano brasileiro

Se alguém ainda tinha dúvidas sobre as pesquisas políticas, agora já não tem mais. Ao se analisarem as últimas, Sensus, Ibope, Datafolha e Vox Populi confirmou-se a falta de idoneidade desses institutos: – as pesquisas de opinião brasileiras são manipuladas bem ao gosto e bolso do freguês.

Sempre foram. Quem não se lembra da Proconsult e suas manipulações Globais? Contudo, e apesar de tudo, mesmo com Brizola denunciando a trapaça da TV Globo, nem assim a sem-vergonhice e a falta de escrúpulos foram tão palpáveis e óbvias como agora.

Por fim o rei está nu. Ou será a rainha terrorista que assaltou bancos?

É impossível existirem tantas disparidades nos resultados. Não obstante, é mais inacreditável ver como vários jornalistas, aqueles chamados sérios em suas colunas e blogs, de repente tentam desesperadamente justificar as diferenças injustificáveis em meio a um festival de textos absurdos.

Quanto será que recebem? Provavelmente a continuação no emprego.

Se um senador revoga o irrevogável e imagens de corrupção explícita não falam por si, porque não justificar o injustificável?

Portanto, os resultados são falsos! Enganosos! Tendenciosos! Fabricados para a absorção e condução da pouca inteligência nacional, inimiga da ética.

Como tudo o mais que acontece no Brasil.

Desde os combustíveis ao leite tudo é falsificado, manipulado, adulterado ou imitado; geralmente para baixo, na conformidade do caráter e gosto brasileiros. Caráter já antes questionável. Agora pior, de encontro à imagem e semelhança do maior pulha que o país já produziu e colocou na presidência.

Mais de 30% dos táxis no Brasil são falsos e roubam passageiros. O feirante vende frutas e legumes de classe 'D' pelo preço de 'A'. Da cebola ao alho, da laranja ao pimentão nas gôndolas dos supermercados, os produtos mais parecem que vieram rolando estrada afora desde o produtor até ali, para se exibirem deploráveis ao consumidor; o qual, por sua vez, enquanto os compra, entretém-se a furtar biscoitos, beber grátis dois ou três redBull e a trocar de sapatos, deixando os usados nas prateleiras.

Afinal, esses mesmos supermercados adulteram datas de validade dos produtos e reembalam mercadorias vencidas. Nada mais justo.

O açougue vende carne questionável; proveniente de condições infectadas. O mecânico inventa necessidades de consertos no carro. O zelador do prédio manda mais que o condômino e o Síndico crê que foi eleito para se apropriar do fundo de caixa e criar despesas extras.

Os morros despencam. Bairros inteiros alagam. Nas residências em ruas secas inflam-se os "sacos" para agüentar testemunhas de Jeová e espectros Mórmons todas as tardes a bater palmas ao portão. As paciências vertem com as leituras da água e da luz fora da realidade consumida... A culpa é sempre do relógio.

Enquanto o caminhão do gás e suas estridências desafinadas rompem tímpanos, as almas alegram-se com os calhambeques aos berros pelos ovos “fresquinhos” da granja... num dueto com as pamonhas de Piracicaba, o puro creme do milho. Feliz, o coro histriônico repete aos berros: "Hoje tem banana; banana prata, banana nanica; hoje tem mandioca".

As buzinas ensurdecem. O funk nas favelas é em surround. O tiroteio aumenta. A mãe grita, o filho grita... Ela por justiça, ele por dor e a polícia já nem mais apita.

A polícia assalta, usa em proveito próprio veículos apreendidos, vende armas e drogas apresadas, rouba e assassina na melhor das sincronias e miscigenação com os bandidos que deveria prender.

O cidadão, - covarde por natureza, - arrincona-se apavorado tal qual lagartixa acuada no canto da parede. E paga. Paga ao bandido para não ser assaltado. Paga à policia para não ser vilipendiado. E fecha as lojas também quando os toques de recolher lhes são impostos.

E os impostos sonega alguns e paga outros. Os mais altos do mundo que sua preguiça política, apatia social e desleixo cívico fazem pagar. Reclama, mas só de brincadeira.

Brincadeira que o faz jogar na Mega-sena. Acerta mas não recebe o prêmio. O bilhete era falso.

Nos necrotérios trocam-se corpos e nas maternidades, bebês; sempre com a maior das irresponsabilidades. Cabe aos parentes dos defuntos e aos pais dos recém-nascidos solicitarem testes de DNA para saber se os mortos e os vivos lhes pertencem por direito biológico.

Nos hospitais, abunda a falta de atendimento. Os pacientes morrem nas filas de espera e nos corredores; até nas salas de operações porque os médicos disputam no tapa o singular direito de operar em prol das míseras taxas com que “engordam” os salários miseráveis. A enfermeira receita como médica. O médico sem especialidade exerce como especialista. O boliviano falsifica o diploma e é contratado pela prefeitura. A farmácia vende placebo e remédio de contrabando...

Contrabando que floresce como malesa em campo aberto. Os guardas nas fronteira fecham um olho e abrem dois bolsos. A polícia investiga para cobrar o devido suborno e depois passa a fingir de investigar.

E não há quem possa ensinar que policia é para defender e não para participar.

Nas escolas, o professorado de baixíssima qualidade apanha dos alunos. Bem feito! A diretora recebe socos, a professora pontapés. O aluno carrega pistola na mochila para matar o colega. A aluna leva ácido para queimar o rosto de quem lhe roubou o namorado. Aprender que é bom, nada! Também nada é ensinado.

A droga rola pois dá tesão e aviva a beleza.

Beleza brasileira de calça justíssima com camisetas a três-quartos, banhas imensas ao léu, bundas disformes e rostos de dar medo em susto.

Na praia de Copacabana ressaltam as espinhas, a pele áspera e gordurosa, pés chatos e mãos sapudas. Os pernis deitados mais parecem no fumeiro a ponto de virarem presunto. Haja coragem para fatiá-los.

Na Av. Faria Lima de São Paulo desfilam tetas mamárias de dar inveja a úberes. Os cabelos pixains passados a ferro engalanam corpos em calças igualmente apertadíssimas, expelindo adiposidades circunferentes pra lá de descomunais.

19 milhões de mulheres tornaram-se chefes de família. Mas só as feias.

Os homens afeminaram-se para dar azo à alegria que sempre os impulsionou nos carnavais. Agora são másculos-gays; homens-alegres o ano inteiro.

Alegria masculina cuja camisa encardida pede socorro. Mas a calça é preta, o cinto de plástico bege e sapato de ponta da mesma cor; dentro falta pé e o bico dobra a esquina primeiro. A gravata vermelha a meio da pança, balança como pêndulo de relógio a caminho da cintura. No paletó não há finura; parece emprestado, mas tem três botões pra seguir a moda... talvez do futuro...

Do futuro brasileiro de uma tela em branco assentada em cima de um baú de esperanças...

De esperanças de um judiciário decente e justo...

Esperanças... talvez de um governo honesto...

sábado, 17 de abril de 2010

A Igreja Pedófilo-católica.

Não há crime mais hediondo que abusar sexualmente de uma criança. Quando essa vilania é cometida por um padre, a hediondez alcança patamares que se sobrepõem à pior das crueldades e à mais perversa das infâmias.

Para mim, todo o pedófilo comum devia ser castrado a sangue frio, em praça pública; depois de ter o nome e foto incluído num cadastro nacional para consulta pública.

No entanto, se o pedófilo e/ou sodomita for um padre, frade ou pastor católico, deveria ser fritado em óleo fervendo. Do mesmo modo como a Igreja Católica, Apostólica Romana, fez com o estudante Pompônio Algério; um jovem, então com 18 anos, que denunciou as ignomínias que padres, bispos, cardeais e papas cometiam em Roma.

O papa Paulo IV, organizador da Inquisição e do Tribunal do Santo Ofício, não contente com a fritada ainda mandou envolver previamente o corpo do estudante da Universidade de Pádua em piche e aguarrás.

No dia do julgamento Pompônio Algério disse: “Eu digo que a Igreja falseia a verdade ao afirmar que o homem, por si próprio, não tem condição de fazer nada bom, nem para ele mesmo, devido à sua natureza corrupta infecta, exceto atender aos desígnios abençoados pela graça de Deus. A Igreja Católica Romana é uma Igreja privada e nenhum cristão deveria estar limitado a uma igreja particular. Esta igreja discorda de muitas coisas, principalmente da verdade”.

Quase seis séculos se passaram desde que a ICAR assassinou o jovem Pompônio; e muitos milhões de outros seres humanos. Não obstante, ainda não se fartou de tanta crueldade. Em pleno século XXI acentuou ainda mais a manipulação da vivência do cristianismo. Continua mentido, trapaceando, escarnecendo da ingenuidade das pessoas e cometendo o pior dos crimes: ABUSAR DE CRIANÇAS.

A Igreja Católica devia ser a primeira a zelar pela integridade moral dos devotos. No entanto, ESTUPRA CRIANÇAS! Os filhos dos dos seus próprios seguidores.

É uma organização de criminosos! Nunca foi nem é a casa de Deus. Nem pode ser! Eu costumo chamá-la de multinacional da fé para exploração da ignorância humana.

Mesmo os padres não-pedófilos ou não-sodomitas, são tão criminosos quantos os primeiros, pois silenciam diante dos abusos, das falcatruas e participam afincadamente da manipulação e exploração dos desprovidos de espírito.

Silenciaram também durante a compra e posterior venda e distribuição de armas aos guerrilheiros do Congo, de Moçambique, Angola e Guiné. Eu fui testemunha.

A conivência fanática é o único caminho. É a opção da “” para terem direito a três supimpas refeições por dia, casa e roupa lavada... e o bolso com dinheiro.

Duas semanas atrás, durante um trabalho em Bogotá, por acaso assisti a uma entrevista do secretário da Conferência Episcopal, Juan Vicente Córdoba. Ri muito quando o escutei dizer: “...a pedofilia na igreja católica abrange só 0,02% dos casos”.

De onde será que esse hipócrita tirou tal percentual? A qual universo estatístico se refere o energúmeno?

Alguém só um pouquinho curioso pela história pregressa da multinacional da fé poderá descobri-la repleta de erros e de crimes atrozes. De luxuria e de assassinatos. De crueldades insanas e do pior da sordidez humana.

Tudo em nome da fé e da hegemonia do poder.

Excetuando as obras de arte e as moedas de ouro, nada mais na igreja católica é honesto ou sequer autêntico. Nem a fé propalada aos quatro ventos. Porque acham que a Igreja é tão relutante em validar milagres testemunhados, por centenas de pessoas, e tão pródiga na canonização de beatos e santos?

Se reconhecer o milagre, a intermediação para “falar” com Deus estará comprometida, o poder espiritual ficará ameaçado e a sacolinha vazia. Criando “santos” para cada coisa e dia da semana, a afluência dos devotos aumenta, a sacolinha fica cheia e a mesa farta.

A fraternidade na igreja só existe, - não nos enganemos, - para propósitos nada fraternos. Fosse a ICAR uma instituição de fé voltada para a compaixão, certamente não chafurdaria no luxo suntuoso onde se espoja. E não me refiro somente ao Vaticano, mas principalmente às subsidiárias como Opus Dei, Verbum Dei, Legionários de Cristo, Societas Iesu, CongregatIo Fratrum a SFrancisco Xaverio, Sociedade Dehoniana Brasil Central, e tantas outras...

No entanto a humanidade é incapaz de acreditar verdadeiramente em Deus; muito menos em si mesma. Ou de aceitar as suas limitações. É gananciosa. Venal demais para só agradecer a Deus pelo que possui e se alimenta. Sempre quer mais e pede mais. Também não gosta de ser livre. Cria conceitos como democracia, socialismo ou ditadura para viver entre a liberdade que imagina querer e a opressão em que gosta de viver. Prefere ser escrava. Capacho de governos. Serva de algum tipo de religião para receber o perdão pelas maldades que inflige e/ou ter alguém para atribuir a culpa.

Foi Deus que quis assim!; choramingam resignados os devotos diante dos próprios fracassos... e se crêem bem-aventurados, porque serão consolados... pela Igreja, pelo padre... Se por um bispo ou cardeal, o consolo transforma-se em certeza de alegria vindoura.

Um dos aspectos mais obscenos do atual escândalo de pedofilia dentro da ICAR é o fato do Papa emitir apenas uma carta lamentando, notem bem, lamentando só os casos na Irlanda, sem tomar qualquer atitude punitiva contra os padres criminosos irlandeses.

Até parece o Lula diante do mensalão.

Que ninguém se iluda ou acredite que a pedofilia na ICAR irá terminar por causa do escândalo que percorre o planeta. A pederastia na Igreja é uma prática enraizada, consentida e APROVADA; do mesmo modo como é o homossexualismo dentro das prisões. Continuará enquanto existir igreja católica. E, tal como nas prisões, será negado veementemente.

O sexo é a parte imprescindível da natureza animal no ser humano. Nós viemos do sexo. E quando não tem tu, vai tu mesmo.

Um padre é igualmente resultado de sexo. Por mais que a igreja rebole, eufonizando o contrário, é um ser com igual sexualidade como qualquer outro. Talvez até mais, porque come do bom e do melhor e sempre têm uma caixa cheia de esmolas à disposição.

O exercício sacerdotal, comunhão, eucaristia, etc., são apenas rituais inerentes à alegoria de ser católico. Isso não coloca o padre acima do paroquiano, menos do cristão comum, nem lhe dá direito à impunidade.

Impunidade que Joseph Ratzinger, o Benedito nazista, brinda os sacerdotes pedófilos da Austrália, de Boston, Miami, Kentucky, Wisconsin, Verona, Áustria, Holanda, e de milhares de outras localidades, inclusive do Brasil, onde praticam diariamente atos infames com crianças... em nome do “amor” de Deus e da “fé” em Jesus...

Que raça de filhos da puta!

Padres, bispos e cardeais pedófilos – alguns deles poderão se tornar papas – vão continuar espalhados; engranzados nas igrejas, nas paróquias, nos colégios, mosteiros, orfanatos e dioceses para, digamos, continuarem se regozijando, à consciência, dos atos abomináveis que cometeram... e se esmerarem com mais cuidado nos que continuam a perpetrar e ainda hão de praticar.

Afinal, o papa já disse num dos seus discursos anódinos: “Aquele que estiver livre de pecado que atire a primeira pedra”.

Por tais palavras Joseph Ratzinger deveria renunciar... ou ter se jogado do alto da varanda da Basílica.

Depois dessa, qualquer padre que, por medo ou réstia de decência, ainda não saiu do armário, sentir-se-á no direito de ter o seu “peccatum annuntiato gaudium magnum”, e certamente estuprará a primeira criança que encontrar... pois bem-aventurados são os pequeninos onde o “amor” de Deus e a “” em Jesus dá mais “prazer”.

Por ter assassinado milhões de inocentes, por abusar da boa-fé dos cristãos, por estuprar a inocência das crianças e, sobretudo, por se aproveitar do nome de Cristo para propósitos sórdidos, a igreja como um todo, – do papa ao último prelado na Patagônia, – merece receber o Maior dos castigos.


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