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segunda-feira, 26 de abril de 2010

O Horror-Cirque du Braziu

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Participe para crer!

Esse nome tão exótico em epígrafe pertence a um circo mambembe. Mistura de francês com favelês, nasceu de uma acomodação de gostos entre obreiros, lá numa cidadezinha perdida nos cafundós do ABC Paulista.

Todos sabemos que brasileiros amam tudo o que é francês ou falado em francês. Os operários também; inclusive Camembert com casca e vinho Beaujolais pedido com aquele biquinho nos lábios sem ficarem vermelhos.

Portanto, os homens da ala progressista, numa inspiração anacreôntica, preferiam que se chamasse Cirque du Soleil du Brézil. Mas o nome já existia e não era propriamente de origem francesa. A mulherada esquerdopata, no entanto, muito nefária, que recentemente havia assistido ao filme “Le cirque des horreurs”, de Sidney Hayers, dos idos de 1960, logo escolheu esse título com o propósito de intimidar a concorrência que encontrassem pelo caminho.

Mas o filme também não era francês, e sim inglês; embora elas, sem o saberem, tivessem assistido a uma cópia dublada em francês com legendas em português.

A celeuma foi criada. Os ânimos exacerbaram-se. Progressistas anacreônticos e esquerdopatas nefárias gastaram horas e horas em reuniões infindáveis para chegarem a um consenso.

Após dias de discussões acirradas o patrono dos trabalhadores apresentou o seu alvitre salomônico que agradou a todos. Juntou as duas sugestões e pôs a sua. O nome do circo foi aprovado por ampla maioria de votos.

Para encurtar a história, hoje o Horror-Cirque du Braziu é o maior circo de horrores do Brasil e o único em plena atividade.

Logo nos primeiros anos de atuações bem-sucedidas, o Partido dos Trabalhadores, o PT, interessou-se em patrociná-lo “escrusivamente”. A cópia do pôster colada acima, com textos essencialmente em favelês, é uma das peças publicitárias mais importantes.

Com o patrocínio e num gesto de solidariedade, a cúpula do partido achou que devia participar. Assim, Lula, Dirceu e Dilma, exatamente nesta ordem de entrada, artistas consumados, passaram a integrar o elenco principal do espetáculo.

Cabe destacar que Ciro, o palhaço, embora seja uma das estrelas do show, é um ator convidado como retribuição pelos muitos serviços prestados. Não faz exatamente parte do partido, mas tem atuado bastante para sua grandeza. Especialmente na defesa de acusações infundadas de recebimento ilícito de milhões de reais por parte de membros do partido.

O que é um disparate.

Como o Cirque Du Soleil, o Horror-Cirque du Braziu também é transmitido pela televisão. Porém, diferente do espetáculo canadense, rico em qualidade e bom gosto, o brasileiro, sem sofisticação ou arte alguma, atinge índices de preferência em torno de 80%.

Algo inexplicável.

Os figurinos são paupérrimos, os testos primam pela mediocridade, os efeitos visuais são sempre vermelhos e as performances dos atores abaixo da crítica... Isto sem falar do desconforto imposto ao público. Se alguém quiser sentar-se apenas dispõe de umas poucas cadeiras de palha, forradas de chita, sem apoio para os braços. Se não quiser, fica de pé por horas e horas a fio.

Já as acomodações dos atores e do pessoal de apoio são um luxo só. Aviões particulares, travesseiros de penugem de gansos, lençóis de algodão egípcio importado, charutos cubanos e whisky Johnny Walker Blue jorrando até pelas torneiras; apenas para citar algumas das benesses à disposição da trupe.

Todas as apresentações Brasil afora são marcadas por grandes aglomerados de pessoas. Com as suas mais variadas ideologias, o público assistente recebe transporte e um lanche para acudir aos espetáculos.

Se os brasileiros se recusam, o Horror-Cirque du Braziu dispõe de assistentes, identificados com as siglas MST nos “bunés”, que se encarregam do convencimento compulsório e de encaminhá-los aos locais das apresentações.

Em turnê permanente há oito anos, o Horror-Cirque du Braziu pretende, a partir de Junho próximo, iniciar uma série de apresentações inimagináveis que superarão qualquer outro espetáculo já levado a cena.

Segundo sua assessoria de imprensa, coordenada pelo ex-terrorista e jornalista Global, Franklin Martins, a partir desse mês o Brasil assistirá a um festival de horrores jamais visto no país.

É só aguardar para ver.


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