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sexta-feira, 23 de maio de 2008

No Supermercado EXTRA-Morumbi – São Paulo.

Se há algo que detesto na vida é fazer compras num supermercado nacional. 

No Nordeste, não quero nem lembrar. Lá, tenho a sensação que estou na África. E isso não é frescura nem preconceito. Aliás, tem determinados supermercados na África, especialmente em países no sul desse continente onde é possível adquirir produtos de melhor qualidade e muito mais baratos que no Brasil. 

Muitos desses produtos, pasmem, são brasileiros. 

Para que conste, adoro ir a supermercados nos Estados Unidos; até na Europa onde são meio acanhados e... mais baratos que em São Paulo.

Como estou de passagem nesta cidade, em casa de uns familiares, quis presenteá-los com uma das minhas especialidades culinárias. 


Gosto de cozinhar. 

Acho que é um dos melhores “hobbies” que se pode ter para clarear o pensamento ou até para encontrar respostas a perguntas inquietantes. Deve ser por isso que as donas de casa têm um discernimento acuradíssimo dos problemas do mundo e raro não é, saem-se com alguma idéia extraordinária.

Pois bem, antes do feriado lá fui eu ao Supermercado. 


Escolhi o Extra Morumbi, à beira da Marginal Pinheiros; onde antes existia o extinto Paes Mendonça de tantas boas recordações. 

Uma hora lá dentro e saio com duas garrafas de azeite italiano, uma de vinagre e uma tablete de chocolate meio amargo para acalmar o desespero, a minha irritação e a vontade de correr para o aeroporto e sair desabalado deste infausto “paíf”. 

A cebola parecia ter sido rolada pelo asfalto, desde o produtor até à banca onde estava. Tinha até manchas pretas. De piche, seguramente. Nem me atrevi a tocá-las de tanto que fediam. 

As cabeças de alho há muito haviam perdido o frescor e, tísicas, se não secas, amontoavam-se para as mãos de várias pessoas que as esfarelavam entre os dedos, numa vontade férrea de aproveitar alguns poucos dentes com que pudessem temperar o feijão do feriado. 

As bananas ofereciam apenas duas opções: demasiado maduras, quase podres ou muitos verdes. 

O louro, manjericão, salsa, aipo, cebolinha e coentro, não tinham cheiro. Folhas desmaiadas e apertadas em cones de celofane foi o que encontrei. 

No setor de frios a má vontade imperava e a qualidade “Sadia” transbordava por todos os lados. 

Alguém já agarrou uma fatia de presunto Sadia gordo com os dedos e depois os cheirou? Experimentem. Para presunto, o cheiro de frango depenado vai deliciá-los.

A propósito, falando de Sadia ou até da Perdigão ou de qualquer outra marca de frios, cuja produção nacional é comercializada neste “paíf”, vocês sabem qual a diferença entre o tal salaminho, tipo italiano, e o salame hamburguês que essas empresas fabricam? 


A diferença está na quantidade de vezes que a mesma mistura de carnes é moída para alterar o aspecto e na essência química que é adicionada para diferenciar o sabor de um em relação ao outro.

Mas no setor de frios eu não quis comprar nenhum frio, para não entrar em fria. Desejava apenas um bom pedaço de queijo parmesão e algumas gramas de presunto parma. O “faixa azul”, de origem argentina foi o melhor que me ofereceram. Não gosto. É demasiado salgado, embora faça a delícia do paladar nacional. Deus me livre! Quanto ao presunto? Jamais compro presunto cru Sadia.

Há uns anos atrás, pouco antes de deixar o Brasil esse mesmo supermercado, lembrava eu, possuía uma variedade enorme de produtos importados, de ótima qualidade. 


Que nada! Não foi só a política ou as pessoas que pioraram no “paíf”. Os produtos também. A qualidade foi junto. Um deles que me entristece é o queijo Gouda Campolindo. 

O que me deliciou no passado, hoje não passa de uma amálgama farinhenta, dura e ressecada. Isso, porque mandei abrir uma peça. Recuso a imaginar o que será um pedaço cortado com dois ou três dias. De igual modo não quero nem pensar num Brasil com mais quatro anos de peteístas analfabetos e ladrões.

Jamais em Supermercado algum havia visto um setor de frutas como vi no Extra-Morumbi. Pêras quase podres, maçãs aguadas, uvas azedas e amassadas... 


Os tomates pareciam recém chegados do festival da tomatada de Zaragoza, na Espanha, após terem servido de morteiros na estupidez que lá se realiza. 

Os pepinos estavam ali, provavelmente porque os sacolões de periferia os haviam recusado. 

Na seção dos pimentões quase enxuguei uma lágrima ao vê-los murchos, tortos e enrugados, embora a tabuleta, para os amarelos, exibisse orgulhosa os R$ 8,00 por quilo.

Alguém já teve o cuidado de cheirar essas frutas ou legumes que vendem no Extra-Morumbi? Eu já. Nesse dia. Quase enfartei. Cheiram a nada e se algum odor exalam, é a podre pelo contato que tiveram na caixa com outras mais apodrecidas ou então a amônia como um buquê de fundo, pela quantidade de agrotóxicos que recebem. 


É uma vergonha!

Furioso, chamei o gerente para reclamar. Diante de mim surgiu uma criatura insólita, baixinha, gordinha com um bigode farto à Emiliano Zapata. Não medi, porém, tenho quase certeza que a proporcionalidade dos pêlos ultrapassava a altura do indivíduo. 


Menos mal que não trazia pistolas. Seu nome é Wallace, com dois ‘L’. 

Disse-me o Wallace depois de ouvir-me com aquela atenção que os baixinhos dedicam aos mais altos que eles: – “Impossível que a qualidade esteja tão ruim! Temos uma empresa terceirizada que se encarrega de zelar pela qualidade.” 

Diante dessas palavras pedi-lhe que me acompanhasse ao setor. Lá, meio que aparvalhado, incapaz de negar aquela podridão como o havia feito com as minhas palavras no balcão de entrada, diz-me o Wallace: – “lamento que a qualidade não esteja do seu gosto. Esta loja, [a dele, Extra-Morumbi], é a que mais vende de toda a rede e nunca tivemos qualquer reclamação”.

Pronto. O Wallace havia dito tudo o que eu precisava ouvir. 


Se aquela era a qualidade que os clientes dali queriam e não reclamavam, porque era fiscalizada por uma empresa terceirizada, só pude concluir que o errado era eu. 

Felizmente não moro mais no Brasil nem sou igualmente obrigado a aceitar esse tipo de empulhação nem acreditar que as pessoas se sujeitem a comer e a pagar caro pelos restos que nem para sacolão servem. 

Se as pessoas que vi debulhando alhos secos para encontrarem uns poucos dentes para o arroz do dia não reclamam, mal fiz eu em reclamar.

Obviamente não voltarei ao Extra. Com a mesma ênfase recomendarei a todos que conheço e que venham ao Brasil para não fazerem compras na rede Extra de supermercados. 


Se a unidade do Morumbi é a que mais vende da rede, apesar da porcaria lá exposta, deduzo que as unidades de periferia ou dos bairros menos privilegiados a situação seja ainda pior. 

É de fazer as pedras chorarem.

Como as pessoas que freqüentam o Extra-Morumbi se sujeitam àquilo é algo que não me entra na cabeça. Também não consigo entender como esse ser infecto chamado Lula continua na presidência. Enfim, como diz um amigo meu, por não conseguir compreender tais peculiaridades nacionais, sou demasiado burro e por causa disso fui morar em outro país, este com ‘S’, obviamente.

Ainda bem que existe o Santa Luzia na avenida Lorena. Caro pra caramba. Mas como dizia o meu pai, as coisas não custam caro; nós é que ganhamos pouco. 


E foi lá onde comprei, aí sim, de boa qualidade, o que precisava para fazer uma dúzia de medalhões recheados com presunto de Parma e sálvia, cobertos com molho de açafrão. Para acompanhar fiz um modesto linguini com shiitake, os quais, para meu infortúnio e enorme cansaço, tive de comprar numa loja japonesa, no bairro da Liberdade.

Sabem quando vou cozinhar novamente no Brasil? 

No dia que me esquecer como é esta cidade ou se alguém se prontificar a percorrê-la para comprar o que quero, na qualidade que necessito. 

No supermercado Extra, seja em que unidade for, é claro, não entrarei.

Homossexuais, pedófilos e prostituição infantil

Num mundo como o de hoje é cada vez mais comum ver homossexuais, pedófilos e prostituição infantil na mesma página policial; seja nos jornais, seja na Internet. 

Por outro lado, no Brasil, mais do que em qualquer outro país, cresce a cada dia uma espécie de orgulho “alegre” em relação aos primeiros sem que se perceba que os segundos e os terceiros têm a sua origem nos anteriores. 

Esse orgulho é o quê? 

Vontade de demonstrar que é democrático(a)? Que não tem preconceito? 

Que acha natural, como vi no ano passado na televisão, um menino de uns oito anos gritar ao lado da mãe, para o microfone que queria ser “veado”?

Honestamente, não consigo entender, muito menos ver com bons olhos, todo esse orgulho ou essa alegria colorida, [este ano até com crachá], em relação a uma juventude que prima pelo exibicionismo, pelo escândalo, pela vida marginal em prol de um orgulho hipócrita-escarchado e até aviltante.

Homossexualismo, pedofilia e prostituição infantil sempre existiram desde que o mundo é mundo. Cada um sempre comeu e deu o que gosta ou foi forçado a isso. Infelizmente! É parte da natureza humana criar, dar, ser ou ter uma inclinação para o aberrante ou romper dogmas que a mesma humanidade tende a cunhar. 


Nesse embolado entra o racismo, o preconceito e os ódios que geram guerras, assassinatos e todo o mais de ruim que o ser humano é capaz de engendrar, quase sempre em busca de sua própria auto-afirmação.

A homossexualidade já foi alabada na Grécia como algo consentido só aos heróis do Olimpo. Filhos de famílias ricas tinham o seu preceptor que os iniciavam. Sócrates, Platão e o legislador Sólon foram alguns deles e se orgulhavam. Alexandre, o Grande, nunca escondeu a sua predileção. Durante o Império Romano ser “gilete” era considerado comportamento natural. 


Até Caio Júlio César, além de epilético, gostava de um rapazinho entre uma batalha e outra. A igreja católica, a tal que condena o homossexualismo, é, ela própria em toda a sua estrutura basal e piramidal, recheada de milhares de pederastas que corrompem crianças e até as absolvem dos pecados da carne que ela mesma inventou. 

Há bem pouco tempo saiu uma pesquisa na Inglaterra onde revelava que mais de 75% dos ingleses em algum momento da vida haviam mantido relações homossexuais. Os internatos ingleses são famosos por isso. 

Mais recentemente, até o Ronaldo "fenômeno" não conseguiu explicar direito como se meteu num motel com três travestis. Enfim, onde eu quero chegar com tudo isto é que, se cada um é como é e se deita com quem quer, por que razão se realizam paradas de homossexuais? Para afirmar o trágico propósito de expor as mazelas que compõem o ser humano? 

Porquê os meus filhos têm de assistir a essas aberrações mutantes com um montão de estúpidos a aplaudir? 

Apenas para deixá-los mais confusos nas suas idades aborrecentes? Se nem na antigüidade, quando o homossexualismo era incentivado, havia tais paradas, por que diabo têm de existir agora?

Eu fico com pena dessa multidão infeliz. 


Não porque aplaudem ou desfilam nessa demonstração de infortúnio humano. 

Fico com pena por que ao retornarem a casa, em carros nacionais mal fabricados e sem segurança, vão beber leite falsificado, comer carne contaminada, legumes com agrotóxicos e pagar impostos abusivos, que a estupidez que os leva a tais eventos é a mesma que os impede de ver a miséria e desdita onde vivem; que os torna covardes e incapazes de brigar, isso sim, por uma vida melhor e sem corruptos que os governem.

Parada do Orgulho “Alegre” só me mostra o quão triste é o ser humano e a quantas chega a sua capacidade de se transformar num mutante sem origem, sem forma, sem sexo... – Nesse mesmo sentido vejo a pedofilia.

Brasil, México, China e Tailândia são países famosos pela venda de meninas ainda imberbes para serem desfloradas por quem pagar mais. 


Na maioria das vezes quando escuto ou sei de algum caso desses, tenho vontade de matar o sujeito que pratica tamanha barbaridade. Mas tem ocasiões que a indiferença me ataca. Nesses momentos, para aliviar a angústia que tudo isso me causa, gostaria de ter o poder de entrar na mente de um desses indivíduos só para entender o que o leva a executar essa infâmia. 

No Nordeste do Brasil ainda é muito comum o próprio pai violentar a filha ou o filho. Lá, em 1984, conheci uns dois ou três desses dejetos humanos com quem tive oportunidade de pesquisar o que os levava a estuprar as crianças. 

Para encurtar a estória, continuei sem saber. Apenas consegui chegar à conclusão que a cada dia que passa, mais gosto dos meus cachorros. [Agora tenho dois].

Pela praia de Iracema, em Fortaleza ou nas calçadas de Boa Viagem, em Recife vi e ouvi crianças, meninas e meninos, a se prostituírem. Os(as) mais jovem o faziam por fome. Os mais velhinhos por vício; porque se acostumaram àquela vida e nela haviam delimitados os únicos horizontes que conseguiam enxergar.

Fazer apologia do homossexualismo, como é essa bizarra “parada do orgulho gay”, é incentivar ainda mais a pedofilia e a prostituição infantil. 


Deveria ser proibida! 

Permitir esse tipo de demonstração nada tem a ver com um Estado democrático, como propagam esses seres infecciosos que organizam tais aviltamentos às famílias bem constituídas que se sentem enojadas com tamanhas aberrações. 

Permitir esses desmandos sociais rouba à criança que ainda está a descobrir o mundo a capacidade de discernimento entre o que é certo e o que é errado. Sim! É errado ser “bicha” mais ainda pedófilo, mais ainda incentivador de prostitutos e prostitutas infantis. 

Se o Estado não tem vontade de criar programas sociais que ajudem essa gente, porque rouba o dinheiro destinado a isso, acho que tampouco deveria contribuir para que aumentem mais.

São demonstrações como essas que me dão a convicção que o Brasil é uma ilha de ineptos cercado de estúpidos por todos os lados.

terça-feira, 20 de maio de 2008

Deus nunca foi brasileiro?

Só quem sai do Brasil por um bom tempo consegue compreender, na volta, como “estepaiz” vai se deteriorando em termos de pessoas, de cultura e até de vida. 

O Brasil, pouco a pouco, mostra-se que é mais um país de estúpidos, de gente sem cultura e repleto de eufemismos, do que um país de Deus, como se dizia no meu tempo. 

Vocês não sabem como isso me entristece.

Furacão aqui tem nome de tempestade tropical; terremoto, de abalo sísmico. 


Não consigo entender porque suavizam esses "atos" de Deus. 

Talvez porque agora se sabe que Deus não é brasileiro e no dia que acontecer uma fatalidade destas em cidades como São Paulo ou Rio de Janeiro, se perceba o horror da falta de escrúpulos das autoridades, dos construtores, e do povo alienado a tudo que no Brasil sobrevive.

As pessoas, até as cultas que conheço, deram para deturpar a pronúncia das palavras; acentuam-nas nas sílabas erradas e pior: “Objetivo” virou ‘obijetivo’; “Opção”, falam ‘opissão’; “Psicólogo”, dizem ‘pissicólogo’; “Psiquiatra”, até âncora de televisão famoso fala ‘pissiquiatra’ e informa que determinada pessoa foi ‘rapitada’ e não “raptada”. “Descer para baixo” ou “ascender para cima” virou moda. Acredito eu, pela influência de Paulo Coelho com os seus “acabamos de terminar” ou do Lula de poucas luzes e obscura instrução que troca os ‘S’ por “F”, quando a cachaça fala mais alto ou a pobre da esposa não está por perto para puxar-lhe a manga do paletó.

Quanto à “Justiça”, que já era injusta, agora virou “subijetiva”, como escutei na televisão, da boca de um juiz de direito. 


Não quero aqui entrar em detalhes técnicos, pois não vale a pena. 

Entretanto, dei-me conta que os Códigos, a Constituição Federal ou os aspectos técnicos do direito são cada vez mais violados ou jogados no ralo a cada hora. 

Um exemplo “fragrante” como diz certo Promotor do Ministério Público, é o caso Nardoni. O pai e a madrasta da infeliz menina Isabela Nardoni estão a ser julgados pelo clamor popular e não pelo que está escrito na Lei. 

Isso dá medo. 

Contra esse sorumbático casal existem apenas evidências circunstanciais. Não importa o quanto eu ou você “tenhamos certeza” que “são culpados”. A nossa certeza é apenas “subijetiva” e não pode ser motivo nem justificativa de se negar a quem quer que seja, o que está escrito na Lei Penal ou na Constituição Federal. 

Para evitar isso foram elaboradas. 

A Lei precisa ser cumprida conforme dispõe. 

A bem da verdade, a polícia não possui nenhuma prova cabal de que foram eles quem mataram a filha; portanto, como essa mesma polícia só encontrou circunstâncias, nenhum juiz poderia, conforme dispõe a Lei, negar o pedido de hábeas corpus

Entretanto já o fizeram; única e simplesmente para atenderem à histeria do clamor popular. Quando um tribunal Superior atenta contra o que está escrito, na lei que já era fraca de poder, perde completamente a sua eficácia. 

Isso me dá pavor. 

Pavor por ver o “técnico” submeter-se à “emoção” que não passa de contrição de meia dúzia de estúpidos e desocupados que se plantaram na frente da casa dos Nardoni e do sensacionalismo de duas redes de televisão.

Viver fora do Brasil, depois de quase meio século de permanência nele, percebe-se como se é enganado “nestepaiz”. Mas o mais triste é ter a constatação que aqui não se comenta nem se sabe o que se diz do Brasil lá fora, nem do seu estulto presidente nem do seu ministro da cultura, apenas para nomear dois casos que mais me impressionaram.

Mudando de assunto, ontem, domingo, 18 de Maio, ocorreram simultaneamente, em Buenos Aires e na Cidade do México, dois festivais musicais para arrecadação de fundos para as crianças abandonadas. 


O Brasil não foi convidado. 

A despeito desta omissão, nenhuma rede de televisão, sequer, mencionou esse mega evento. 

Estranho, não? 

Por metro quadrado o Brasil tem a maior população de crianças abandonadas da América Latina. Por que não foi convidado? Todos os demais países Latinos enviaram os seus melhores cantores. 

Só o Brasil não? Por quê?

É pena que eu não seja rico para poder retirar do Brasil todas as pessoas que gosto e poupá-las da vergonha de serem obrigados(as) a viver neste nefasto país onde se “véve” pior a cada dia; embora os noticiários nacionais informem o contrário. 


Só quem vive fora consegue perceber também que o país, onde a ética que aqui de vez em quando passa férias, tornou-se além de tudo uma ilha cercada de mentiras onde Deus nunca gostou de morar.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Notas soltas

Voltamos a ter leite falsificado. Desta vez em pó nos Estados da Paraíba, Pernambuco, Bahia, Ceará e Santa Catarina. Isso foi o que a polícia federal descobriu. E São Paulo e RIO DE JANEIRO, QUE ACONTECEU? Vão revelar depois? Mais uma vez se nota a falta de moral e de ética do povo brasileiro. Eu não sei por quê a PF faz todo esse estardalhaço em prender esses desalmados e desalmadas. Amanhã estará todo mundo solto, graças ao nosso "belíssimo" sistema judiciário-penal. [que ninguém reclama ou faz algo de forma efetiva]. No entanto não vejo nenhuma demonstração pública exigindo que esses filhos de damas da necessidade fiquem presos. Isso me leva ao caso Isabela Nardoni e seu brutal assassinato;

Foi e é lamentável ver essa gente nas ruas clamando por justiça quando em casa maltratam os próprios filhos. Cada vez que assisto aos exageros e absurdos das reportagens feitas pelas TVs Bandeirantes e Record sempre me pergunto se todos aqueles e aquelas que ali se personificam o fazem no desafogo de uma catarse contrita ou efetivamente para exigir justiça. Infelizmente cheguei à conclusão que toda essa gente não tem caráter nem moral nenhuma para pedir seja o que for. Dão leite falsificado aos filhos, entregam-nos aos cuidados de babás pechinchadas ou a avós licenciosos, para os encherem de porrada quando chegam em casa. Depois vão se manifestar. Mas não o fizeram há exatamente dois anos...

No dia 15 de Maio de 2006 o PCC fechou a cidade de São Paulo e eu não vi nenhuma demonstração publica fosse de quem fosse. Como covardes, todos meteram o rabinho entre as pernas e se esconderam feito avestruzes com medo dos bandidos. Gentalha que é o povo brasileiro. Gente sem moral, sem ética e covardes até dizer chega.

Por isso não me surpreende que todos os meses cheguem mais de 3.000 brasileiros DEPORTADOS de várias partes do mundo. E eu aplaudo entusiasmado que isso aconteça. Tenho vergonha de ser brasileiro e ter nascido num país indecente. Felizmente não preciso mais da nacionalidade brasileira. UFA!! Nas filas dos aeroportos até finjo que não falo português. Primeiro, porque se descobrem que falo português, logo me aparece um encosto brasileiro querendo algum maldito “jeitinho” para resolver as imbecilidades que os consomem. Segundo, em determinados países que já conhecem a má fama dos brasileiros, não gosto e é perigoso ser confundido como mais um; que eu não sou. É pena que pouco destaque se dê nos noticiários a essa chusma de rejeitados. São realmente dignos eleitores dos metralhas; o que me leva aos nossos políticos ineptos na sua maioria e sem vergonha e corruptos na sua essência.

Vi com estarrecimento a pergunta do senador
José Agripino do DEM à Dilma Rousseff, a comandante de uma quadrilha que realizou assaltos milionários a bancos na década de 70, e hoje nomeada ministra. O sr. Agripino se tivesse ficado calado nem se notaria o laquê nos cabelos pintados. Foi lamentável a atuação desse elemento senatorial. Uma amiga minha disse-me que ele só não foi mais burro por falta de espaço. Eu tenho que concordar, porque a dita assaltante subiu no sapato alto e deu-lhe o troco. Em vez de ficar ela mal na fita, como era a intenção do referido político, quem se deu mal foi ele. É lamentável que o povo da Paraíba eleja tal mentecapto sem se preocupar com a vergonha que lhes faz passar.

O mesmo para esse partido defensor da ética que provou ser o mais corrupto e ladrão entre todos. Mais um
diretor do PT, o sr. Élvio Lima Gaspar, também responsável pelas áreas de Inclusão Social (AS) e de Crédito (CS) do BNDES, é apontado pela PF como o autor de um dos maiores golpes no BNDES. [124 milhões pra nego nenhum botar defeito]. É o PT roubando às claras. Por quê esses metralhas iriam se preocupar com a ética? Quem vota neles não tem mesmo ética nenhuma e ainda querem mais quatro anos. Só imagino o que já devem ter roubado. Ainda bem que eu não vivo mais “nestepaiz” de qüinquagésima categoria e só venho aqui para rever os familiares, que infelizmente são demasiado velhos para enfrentarem o desafio de morar em outro país.

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Madrugada Brasileira

Texto de Fernando Luis Pinheiro [17/12/2007], para este blog, enviado de New York.
A Madrugada brasileira tem peculiaridades muito interessantes. Por exemplo, o Sol a odeia. Dizem! Ninguém sabe bem por quê; entretanto, todo o santo dia volta para aquecê-la, radiante e deslumbrado. Estranho, não? – Isso mais parece uma atitude de quem ama... Mas enfim. – Do mesmo modo que a idolatra, acusa-a de ser demasiado frívola; de não saber escolher as companhias; de sair com qualquer um... Quando a ela se refere, chama-a de metrômana! Até certo ponto tem razão. Castidade não é um dos seus predicados mais notáveis, embora possua carisma e qualidades insuperáveis; uma delas a inocência absoluta, incapaz de distinguir entre o bem e o mal ou de compreender os sofismas “inteligentes” que os homens filosofam. Quando ela não se entrega à lúbrica Chuva ou ao Vento proscrito sem consciência, sai pra vadiar com os Trovões, numa gritaria só; como histéricos a satisfazer a necessidade de atenção. O Sol detesta esse tipo de exibicionismo. Para exibido já basta ele. Outras vezes, acusa-a de depravada por liar-se despudoradamente com o Frio, só com uma frente fria por cima. Com o Verão ela faz pior; nem frente usa. Prefere uma aparência mais estival. Quanto muito, às vezes, se lhe dá na telha, aqui e ali rouba pedacinhos de nuvens para cobrir-se as partes pudicas... E o Céu, extasiado, desdobra-se como uma cortina para salpicá-la de estrelas e vê-la desfilar, de horizonte a horizonte, com o seu manto de luzes a esvoaçar acima da urbe.

Nos últimos anos, no Rio de Janeiro, mais que em qualquer outra cidade do Brasil, a Madrugada deu para passear de braço dado com a Morte; só para ver como são arrebatadas, – às dezenas, – as almas pobres morro acima ou as almas ricas dos turistas à beira-mar; como um voyeur necrófilo a se divertir com corpos sem vida, espalhados nas calçadas esburacadas; todos os dias. Depois cai em depressão e apaixona-se pelo primeiro que a chama de aurora boreal; que é o seu grande sonho. Contudo, ela gosta mesmo é de ser chamada de Alvinha; porém, só pelos mais íntimos. Uma espécie de privilégio pelas lembranças que eles e elas, nela deixaram.

Entretanto, digam lá o que disserem, o Silêncio é o seu melhor amigo; o mais imutável, o mais leal. Ele a entende. Defende-a por compreender-lhe os medos e os enredos. Vivencia, como se seus fossem, os segredos mais inconfessáveis que lhe doem na alma. Dizem que é por causa dessa afeição pelo Silêncio que o Sol afronta a Madrugada. Mas quem conhece tal animosidade pouco se atreve a meter o bedelho. O Sol é perigoso e muito esquentado! Como todo poltrão, é ciumento possessivo; às vezes, um assassino impiedoso. Já dona Alvinha é o oposto. É calma e dadivosa. Serena, tudo para ela está bem. É como se despossuída de querer, existisse. Nunca pede nada, nem incomoda ninguém. Suspeita-se que possua baixa auto-estima. Dá a impressão que não se valoriza, porque nunca deixa transparecer que também tem tristezas, decepções e sonhos jamais alcançados. Pura ingenuidade. É evidente, se comparada ao Sol, os dois têm personalidades antagônicas; como escuridão e claridade, por exemplo. Por isso não se bicam. E o pior,... não há diálogo entre eles. Aliás, nunca houve; mas por culpa do Sol que a assusta ao alvorecer. Quem os vê, pode até acreditar que são a demonstração inequívoca que atração entre pólos opostos não passa de crendice popular. Mas isso é balela. Entre eles, a atração que os impulsa, é a mesma que os afasta. Como uma paixão enlevada que floresce entre a timidez e o arrebato.

Se o Sol soubesse o quanto a Madrugada se vê arredada e desconexa da turbulência mundana da cidade... Que as aventuras dela são paliativos para amenizar a dor da desesperação... Também, pudera, a noite coloca-a generosamente, todos os dias, no mundo para deixá-la morrer sozinha. Já nasce com hora certa para morrer. Como é possível existir assim? E o Sol nada faz. Derivado disso, ela se vê povoada de pesadelos que não a deixam dormir ou sonha com mundos inalcançáveis... Enquanto a oeste, ele esconde-se tranqüilamente sem se preocupar com ela. Já a aconselharam a procurar o Furacão para que este lhe afaste os medos para longe; mas... no Brasil não existem furacões. Apenas Tempestades! E estas são erráticas e egocêntricas. Incapazes de ajudarem seja quem for, menos ainda a Alvinha, coitada.

Se o Sol visse como ela se enfastia com o comportamento dos brasileiros... Como a Solidão a atormenta com acusações dolorosas quando se perde nalgum antro político ou nos braços de quem apenas a usa e não a quer... Alvinha nem se distrai mais com os rapazes dos morros que se atiram balas traçantes uns aos outros... E passou a chorar de pena quando esses moços se divertem alvejando crianças e adultos dentro das próprias casas. Cansou de ser manipulada por poetas e cantores que dela desfrutam, sem cerimônia, para enaltecerem a Lua, a versos, ou as estrelas sem ao menos a romancearem. Tudo para ela virou um enorme fastio. Não lhe interessa mais os envelopes e papelotes trocados de mãos nas esquinas sem dono; nem as prostitutas e travestis a enfearem a orla marítima; nem a meninada ao relento, nos parques e becos, a fumar crack ou cheirando cola para se aquecerem ou driblarem a fome. As negociatas nas esplanadas e nos restaurantes de luxo tornaram-se mostras de curtas-metragens brasileiras, encenadas por canastrões e dirigidas por diretores sem talento. Fartou-se de esperar horas de pé para assisti-las e mais horas sentada para terminarem, sabendo que os finais são sempre os mesmos: corruptor comprando corrupto em cenas veladas com amantes no meio de chanchadas descabidas de ética e moral.

Alvinha se sente muito só! Por isso recorre ao Silêncio... quase a diário; nas horas mais insanas. O Silêncio não se importa. Sempre a amou, apesar da relação ciosa e doentia que o une à Verdade brasileira. Quando a Madrugada se interpõe nessa relação a dois, o convívio entre os três chega à promiscuidade, é certo. A Verdade brasileira não é tão ciumenta nem tão possessiva quanto o Sol; muito menos, pragmática. Tem personalidade bipolar, caráter dúbio e opção bissexual; muito diferente das suas irmãs espalhadas pelo mundo. Nunca deixa o Silêncio; nem mesmo quando a Alvinha o toma para ela. A Lua Invídia, sofre do complexo de perseguição e mania de superioridade; não lhes dá trégua. Conta tudo ao Sol e deixa-o de núcleo incendiado. É uma língua de trapo. Vive espalhando por aí o que o Silêncio e a Verdade fazem na Madrugada. Mas ela não presta atenção que é por causa da Madrugada que a Verdade goza no Silêncio. Somente com as duas ele se contextualiza com a sua verdadeira essência. Que a Verdade se impõe na Madrugada... Isso é fato. Um tanto sórdido, mas é.

Entretanto, a Lua pode ser bisbilhoteira e intriguista, mas não mente. Quando a Madrugada surge, a Verdade brasileira revela-se tal como é: sádica! Cruel em muitos instantes. Às vezes contraditória, prolixa e mitômana. Mas mesmo assim, nunca deixa o Silêncio falar. A Verdade sempre o cala com zelo grudando-se aos lábios dele. Ao Silêncio só lhe resta consentir e tentar suavizar a Verdade quando chega a Madrugada.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Pior que viver no Brasil é ter que regressar a ele.

Regressar ao Brasil tem-se tornado, nos últimos anos, motivo de vergonha, de raiva e, sobretudo, de profunda decepção com os meus compatriotas. Desta vez não foi diferente. Desta vez foi até pior.

No amontoado de revistas e jornais que guardaram durante a minha ausência vi retratado, no branco, a negritude funesta da alma que se tornou a brasileira. 


O “pretejar” das consciências caminha cada vez mais para a escuridão total; para ausência absoluta da falta de caráter de um povo. O sem escrúpulos “nestepaiz” chegou ao ponto de adulterar o leite com soda cáustica e água oxigenada. 

Leite que tem como seu principal usuário a criança que precisa crescer com saúde. 

O queijo também foi falsificado às toneladas. Isso também li. O Laboratório “X” dedicou-se ao longo de vários anos a adulterar e a falsificar exames de DNA, tornando filho quem não é filho de pai/ mãe que, em alguns casos, conforme li, nem trepação houvera.

Em pouco mais de um mês, a quantidade de crianças recém nascidas, enfiadas em sacos de plástico, jogadas no lixão, em beira de estrada e nas margens de rios, são, definitivamente, o prenúncio marcado do pouco valor que já se dá ao ser humano “nestepaiz”, de governo corrupto, e analfabeto na presidência, eleito por uma maioria esmagadora de gente sem princípios morais, cívicos ou de cidadania.

Os aviões e helicópteros continuam a cair pelo descaso e pela corrupção generalizada que impera aqui, mais que em outros lugares. Três helicópteros despencam no mesmo dia e se descobre que o agente do governo, num deles, nem habilitado estava para a função que desempenhava. 


No dia seguinte cai um avião particular na sopa de uma família que almoçava reunida. Todos mortos e o fraudador da constituição nem se pronuncia a respeito. Que pode ele pronunciar se é um rematado fraudador?

A cidade maravilhosa já virou um Congo às claras e abertas. Ainda lembro o quão acertado foi aquele jornalista, nos jogos pan-americanos lá passados, quando escreveu no quadro de avisos da central de jornalismo: “Welcome to Congo”. Foi criticado, defenestrado, mas estava certo como nunca. 


Só aquele Prefeito que lá se locupleta, e no seu ex-blog escreve abobrinhas, disfarça a realidade. Ah... em conjunto com aqueles, milhares deles e delas, que se manifestam pela paz e depois das passeatas vão correndo aos morros para se abastecerem de drogas, que alimentam a guerra para a qual querem tanto que haja paz.

Brasília já virou uma latrina a céu aberto. 


Saí daqui com o Presidente do Senado a ponto de ser cassado. Volto e descubro que até o paladino da ética, [só para quem não o conhece], o Sr. Mercadante, mercantilizou a absolvição do meliante, do sem caráter, do sem escrúpulos. 

Não me surpreende que no carimbo do Congresso esteja escrito “CONGREÇO nacional”. Isso mesmo: com “Ç”. Não é à toa que em Jundiaí, no interior de São Paulo, vários pais pediram na Justiça que filhos fossem reprovados. 

Os pais de um dos pimpolhos, o que estava na quarta série do Ensino Fundamental, recorreram ao Judiciário para pedir a reprovação do próprio filho. Outros dois casais alegaram, em outro pedido, que os seus rebentos receberam um ensino precário numa escola municipal e não poderiam ser aprovados. Nem tudo está perdido. Ainda existe alguma ética “nestepaiz” de maioria sem ética, sem escrúpulos e sem vergonha na cara.

Ainda na política leio que a Justiça acusa o Zeca do PT, o ex-governador de Mato Grosso do Sul, de um desvio milionário de dinheiro público. Ele é acusado de improbidade administrativa, peculato e uso de documentos falsos. Desviou dinheiro do governo do estado por meio de contratos superfaturados e notas frias emitidas por gráficas e agências de publicidade.... 


Isso não é novidade! É mais outro bandido. Sendo do PT que novidade há na notícia? Que peteísta é bandido, já sabemos há muito tempo. Pena que a maioria sabe disso e vota neles.

Neste meu regresso ao Brasil, após 45 dias fora, dei-me conta que se algum grande acontecimento ocorreu ‘nestepaiz’ deve ter ocorrido em absoluto silêncio e por força da inércia. 


Entretanto, percebi que por detrás das notícias visíveis e perceptíveis que li há um monstro adormecido, preguiçoso e torpe que se esconde no coração de todos aqueles que aqui vivem; ele raramente se move ou tenta agarrar algo. 

Definitivamente não quero ser parte deste país e recuso-me frontalmente a abrigar tamanha monstruosidade dentro de mim. Regressar ao Brasil já não causa emoção e sim desespero e aflição.


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