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quarta-feira, 5 de maio de 2010

Palavras, palavras...

Palavras, como diz o Salmo, deveriam ser puras; peças de “prata refinadas em fornalha de barro, purificadas sete vezes”.

Se há uma coisa que o ser humano gosta é de torcer palavras. Que graça teria a vida se não distorcêssemos o que os outros dizem? Não poderíamos rir das piadas que das distorções nascem... e viveríamos uma existência enfadonha pela incapacidade de suspeitar do implícito em muitas palavras que escutamos.

Veja o caso dos jornais no Brasil. Será que venderiam um só exemplar se se mantivessem fiéis ao que é dito? Ou descrevessem os fatos como são?

E as campanhas políticas? Teriam estas algum viço ou contribuição financeira se todos os candidatos aceitassem as palavras dos adversários?

E os pregadores da fé? Poderiam eles amealhar fortunas por palavrearem em nome de Deus, sem correr o risco, como diz Jeremias, 5:14, de converter em fogo as palavras que lhes saem da boca, e em lenha o povo, e aquele os devorar?

E nas empresas? Haveria apenas insiders. Rádio-peão seria algo desconhecido e a secretária do chefe poderia ser bajulada somente por dotes físicos e não pelas palavras que sobre tudo sabe ou ouviu dizer.

Eu não sei quanto a você, leitor, mas cada vez que ouço algum discurso do Lula me pergunto se ele escuta o que diz. Será que alguma vez contou as palavras que lhe saem boca afora? Pelo menos para dar-se conta que repete sempre as mesmas?

Será que o fato do Lula usar o gênero prolixo, sem conteúdo, é um exercício dissimulado para descobrir palavras pelas quais gostaria de ser lembrado?

Rui Barbosa foi e ainda é! Lula pode muito bem ter o mesmo sonho... Embora ignore, penso eu, que pelas palavras é justificado e pelas palavras é condenado...

Nos meus momentos mais bucólicos, pois nem sempre penso mal do Inácio, creio que ele, na sua infinita verborragia, sonoriza palavras para estas o enaltecerem no último dia... Talvez por medo que, da sua passagem terrena, reste somente o epitáfio: Aqui jaz Lula o orador dos pobres; falou muito e nada disse.

Até que disse! Cinco palavras de sua inteligência ardilosa: “quero a Dilma na presidência!”.

Pena que muitos eleitores tomar-se-ão ao vento e essas cinco palavras neles não ficarão... porque Dilma, em seu fluxo de consciência, é um anacoluto e o povo não tem a menor idéia do que seja isso.

Afinal, Dilma Rousseff, como criatura, se inserida na famosa frase de Drummond de Andrade sobre o Homem, chamá-la presidenciável não passa de anacoluto; resultado das cinco palavras ardilosas do próprio Lula, que, quando completadas, podemos ler assim: “Eu quero, através da Dilma, continuar na presidência... por outros quatro anos".

Ainda bem que palavras não são peças de “prata refinadas em fornalha de barro, purificadas sete vezes”, e sim, só um conjunto de letras com sons e significados diferentes...

sexta-feira, 30 de abril de 2010

O Brasil mata 50.000 pessoas por ano.

Outro dia, numa das suas tradicionais “discurseiras” [discurso recheado a besteiras] o Lula, o mui mentiroso, afirmou que o Brasil é um país pacifista. Devia estar no estado ébrio habitual. De porre deviam estar igualmente os editores da revista Times ao colocarem-no na lista dos mais influentes do mundo.

Superando 50.000 assassinatos por ano, com uma guerra urbana sangrenta a diário sendo travada no Rio de Janeiro, o Brasil é no mínimo um campo de batalha feral.

Batalha covarde, obviamente, pois covardia é o recheio principal do caráter brasileiro. Tanto dos que matam, como dos que não reagem e preferem enterrar a cabeça na areia para não verem como o país afunda na criminalidade.

Talvez por isso o Lula tenha afirmado que o país é pacifista. Porém, pacifismo não faz parte da índole brasileira. É verdade que não guerreia com outra nação desde 1870, quando terminou a guerra do Paraguai. Mas isso não faz dele uma terra pacifista, muito menos tranqüila ou segura para o cidadão comum.

As balas perdidas são muitas e os tiroteios nas principais avenidas, freqüentes. Os inocentes mortos também.

Oficialmente não existe pena de morte no país. No entanto está repleto de esquadrões da morte, formados essencialmente por policiais; com equipes fardadas da própria corporação para limparem as cenas dos crimes, fabricarem provas, etc.

Crimes esses cometido para eliminarem criminosos [a concorrência] e eles, os policiais, que se auto-intitulam milícias, tomarem conta dos negócios: do tráfico de drogas, da extorsão a comerciantes, comércio de redes piratas de TV a cabo e tudo o mais ilícito que puderem praticar.

Quem olhar os gráficos oficiais, bastante imprecisos aliás, [clique AQUI para ver], poderá ter uma idéia de como o Brasil é um país perigoso com o solo empapado em sangue. Morre mais gente por lá atualmente – por dia – do que nas guerras do Iraque e Afeganistão juntas.

No Brasil mata-se por qualquer coisa e por qualquer razão. Desde a namorada apanhada na cama com outro, passando pelo pai, mãe ou o avô por meia dúzia de trocados para comprar droga, até à dona de casa porque não tem suficiente dinheiro no porta-moedas da feira para entregar aos assaltantes.

Com menos de US$ 100,00 é possível contratar facilmente um assassino disposto a executar qualquer desafeto que tenhamos e que nos apeteça “apagar”.

Por esse mesmo valor também é possível, e sem dificuldade alguma, comprar qualquer documento de identificação falso, cartões de crédito clonados e talões de cheques bancários. Às vezes, os locais onde se comercializam esses "artigos" estão a poucos metros das delegacias policiais.

Pedofilia, estupro de mulheres e crimes cibernéticos já são incontáveis e estão na ordem do dia. O Brasil é o segundo país do mundo em crimes pela Internet.

Os assaltos e roubos estão em plena expansão. Nem os prédios de luxo com seguranças, cercas eletrificadas e câmaras de vigilância ficam a salvo das ações dos meliantes.

Os carros fortes de transporte de valores e os caminhões nas estradas, idem.

Nos bancos é a festa; o parque de diversões. Outro dia li que o próprio gerente de uma agência era o informante dos bandidos encarregados de roubar as pessoas que lá realizavam saques expressivos.

Quem hoje pegar um jornal brasileiro, qualquer um, e espremê-lo, dele obterá apenas sangue, corrupção, ladrões e imbecilidades petistas. Muitas imbecilidades petistas e muito texto jornalístico comprado por petistas.

O lulo-petismo não só se encarregou de arruinar a ética e a moral já débil dos brasileiros. As suas ações corruptas e os desmandos execráveis que tem proporcionado levaram às favelas a certeza de que é possível cometer qualquer delinqüência, sobretudo matar, sem o risco de ser punido.

Pelo Código Penal a pena máxima para homicídio qualificado é de 30 anos. Não importa se matar um, dois ou vinte. A pena é a mesma; não é sequencial nem acumulável. Cumprindo um sexto da pena, o individuo é solto... para cometer novos crimes.

No Brasil, sob o manto petista, encontra-se protegido um dos maiores terrorista-assassinos da Itália, Cesare Battisti. Quando um governo protege e defende indivíduos desta natureza, a mensagem que chega para a plebe é que o crime tem abrigo.

Quando petistas de alto coturno são apanhados a violar sigilo bancário de um infeliz caseiro, a emitir notas fiscais falsas e a receber dinheiro oriundo de achaques e chantagens a empresas e nenhum deles é punido ou sequer julgado, a mensagem que chega ao povão é que roubar é permitido. É lucrativo. Dá status quo diferenciado.

Quando dois prefeitos de cidades importantes são assassinados a mando de petista importante, porque não concordaram com a corrupção nem com as extorsões a empresas, e o caso é abafado em meio a uma investigação policial dilatada, comandada por uma delegada, ligada ao Lula por laços familiares, a mensagem que chega aos facínoras é que matar não tem conseqüências. Basta ter amigos na polícia ou dinheiro para comprá-los.

Os noticiários estão repletos de policiais com altas patentes sendo descobertos com a mão na massa ou envolvidos em tramóias escabrosas que fazem o criminoso comum invejá-los e dizer para si mesmo: Eu também quero!

Aliás, o Brasil é o país do “também quero” porque tudo é permitido e a impunidade é uma certeza.

Quando o presidente do Supremo Tribunal Federal manda soltar, por amizade, um criminoso notório de colarinho branco, sobre o qual pesam enxurradas de acusações fartamente documentadas pela polícia federal, a mensagem que chega aos estelionatários das esquinas, é que eles igualmente têm direito a cometer os mesmos atos.

Quando a Constituição Federal foi fraudada em 1988 com a inclusão de dois artigos que permitem a qualquer cidadão faltar com a verdade ou a omitir seja o que for, a mentira passou a vigorar oficialmente no Brasil.

Tanto assim é que o Presidente do Brasil, Luis Inácio Lula da Silva, mente descarada e publicamente sem qualquer receio. A sua candidata a substituí-lo, ex assaltante de bancos e terrorista, é outra falsificadora da verdade.

Se a mentira no Brasil é oficial e constitucionalmente respaldada, – como é, – 50.000 mortes por ano é só a primeira das conseqüências dessa legalização.

Leia também:

As 30 maiores mentiras do Lula.

As 8 maiores mentiras de Dilma Rousseff.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Cúmulo do azar.

Nascer no Brasil, na minha opinião já é um azar danado. Obviamente existem lugares piores, com passaportes mais discriminados e ensinos escolares mais deficientes. Mas nenhum tem os juros mais altos nem o crédito mais curto.

Contudo, vir ao mundo no Brasil, num hospital público e ser abandonado pelos pais biológicos logo aos primeiros dias é azar em triplicado. Se esse nascimento e abandono conduzirem a uma adoção por dois homossexuais, transformados em “casal”, aí o azar vira castigo. Certamente o espermatozóide, antes de fecundar o óvulo, jogou pedras na cruz.

Entretanto, essa parece ser a sina de milhares de brasileirinhos; provar que o adágio é verdadeiro. Não importa o que façam, nasceram no Brasil para fracassar numa vida deplorável.

Pois bem, nessa toada o Superior Tribunal de Justiça aprovou ontem, 27/07, pela primeira vez, a adoção de uma criança por um "casal" de homossexuais. A decisão tem caráter de jurisprudência. Com certeza será implementada pelos tribunais de estâncias inferiores e aplicada aos novos candidatos a “pais”.

Que horror!, pela decisão. Que aberração chamar uma dupla gay de "casal"!

Este mundo está realmente de pernas para o ar. E no Brasil a doideira parece infindável, como biruta de aeroporto. A tal ponto que um tribunal superior legaliza a adoção de uma criança, por um par de lésbicas, sem primeiro dispor de uma lei que legalize a união civil dessa gente.

Ainda que houvesse, maior seria o absurdo. Já imaginaram o espanto de uma criança no dia de receber a sua carteira de identidade e lá veja escrito: Filho de: Raimundo da Silva; e de Clodoaldo Ferreira? Ou Filho de: Maria de Lurdes Silva; e de: Cleonice Ferreira?

Provavelmente, no futuro, o governo brasileiro terá de acrescentar no espaço da filiação, na certidão de nascimento, um campo para o “vulgo”. Isto é, na progênie estará escrito, por exemplo: Filho de: Raimundo da SilvaVulgo: Samantha; e de Clodoaldo FerreiraVulgo: Priscila.

Ou então: Filho de: Raimundo da Silva – Vulgo: Samantha; e de Clodoaldo Ferreira – Vulgo: Não tem vulgo! Clodoaldo é macho; só come e não dá.

Humor negro de lado, na verdade a lei brasileira permite, após muita burocracia e trololó, que homens e mulheres solteiros adotem crianças, sem fazer referência à orientação sexual. É nesse vácuo que gays e lésbicas arrumam um “filho”, alegando a boa intenção de ajudarem uma criança a sair das ruas e das drogas... do orfanato miserável, que passou a chamar-se "abrigo para menores".

É o que sempre digo, no Brasil a inversão de polaridades é a constante.

Eu realmente não sei o que é pior, se o fato de uma criança ser abandonada pelos pais ou ser adotada por uma dupla homossexual. Para mim é errado. Em ambos casos é uma desgraça terrível para a criança; que não pediu para nascer nem para ser adotada por indivíduos heteróclitos. Contraria a natureza. Tanto os pais que abandonam, como os homossexuais que adotam, devem faltar-lhes alguns parafusos.

Já os juizes que aprovam essas adoções, a meu ver, devem ter a caixa craniana completamente desparafusada. Na realidade são uns hipócritas. Aprovam esses pedidos para aliviar a responsabilidade do Estado em cuidar dos menos favorecidos.

Hipócritas são igualmente as pessoas que apoiam esse tipo de decisão. Melhor seria que largassem a preguiça política de lado e se pusessem a trabalhar para eleger políticos decentes, capazes de solucionar o flagelo social das crianças abandonadas.

Nem os animais fazem isso. Criaturas do gênero masculino não adotam filhotes. Menos ainda recém-nascidos, sem disporem de uma teta para os alimentar.

Como é que se desenvolverá a cabeça dessa criança vendo dois homens se beijarem e se esfregarem a toda a hora? Especialmente se for do gênero masculino, o preferido pelos gays para adoção?

As lésbicas preferem meninas.

O que pensará a criança numa noite de raios e trovões quando entrar assustada pela primeira vez no quarto dos “pais” e vir um deles enrabando o outro? Como crescerão os valores desse menino no que diz respeito à sexualidade, decência e família?

Como será que os coleguinhas da escola reagirão quando o menino disser que a “mãe” dele é homem, faz a barba pela manhã, depila as pernas à tarde e à noite se veste com plumas e paetês e se chama Vânia?

Provavelmente tornar-se-á motivo de riso e saco de pancadas da turma; o introvertido permanente; um psicopata no futuro. O "filho da bicha" [pois esta será a alcunha], detestará ir à escola e mostrará aversão ao estudo.

Não é decente.

Que fique claro, eu não tenho nada contra veados. Cada um come e dá o que quer, onde quiser. Não obstante, tenho tudo em defesa da criança. Adotar um guri para criá-lo e educá-lo sob um guarda-chuva pederasta é abominável. É indecente! É um dos maiores horrores que a humanidade está cometendo.

E não me venham com essa de que uma dupla gay tem direito à mesma legitimidade para adotar uma criança tanto quanto tem um casal heterossexual. Não tem!

Não tem pelo simples fato de que o status quo dos dois gays, apesar do suposto “bem-querer” pela criança, causará mais danos psicológicos a ela do que as suas boas ações em proporcionar-lhe uma vida melhor.

Criança não é brinquedo a ser “adotado” para preencher os dias enfadonhos... nem para vesti-la com as roupinhas que acha bonitinhas ou gostaria de ter vestido quando da mesma idade.

Também não é traste para ser abandonado, nem poste para ser ignorado pelo Estado ou pela sociedade!

Chega de cinismo! Adoção por gays não é solução para criança nenhuma.

Criança representa o futuro, a continuidade de uma família, de uma raça, de uma história, de uma tradição. É a memória viva de uma cultura, de uma civilização e seu aperfeiçoamento. Portanto, todos estes aspectos devem ser considerados e cuidados durante toda a sua criação.

Infelizmente, muitos pais tem filhos apenas por tê-los, sem que possuam a menor compreensão da responsabilidade que é gerar uma criança e, sobretudo, criá-la. Desses pais saem os homossexuais e as lésbicas.

Neste aspecto a igreja católica tem contribuído bastante para essa falta de responsabilidade e para o agravamento das crianças nas ruas. Também de gays e lésbicas.

Quem é pai e mãe - de verdade - sabe o quanto é difícil criar e educar uma criança. O quanto é caro e quantos olhos fazem falta para vigiá-la e cuidá-la; na escola, no parquinho, nas reuniões e festas com os amiguinhos... e até quando está no meio da família, pois há familiares que deveriam estar atrás das grades.

Assim mesmo, por mais que nos esforcemos e gastemos, a sombra de um trauma que a criança possa vir a sofrer sempre nos ronda como espectro a cutucar-nos de que não estamos fazendo o suficiente.

É fato sabido e comprovado que em “famílias” de homossexuais, as crianças sofrem uma pressão muito maior dos colegas, o que muitas vezes é-lhes traumático para toda a vida.

Como duas bichas podem adotar uma criança, enviá-la para a escola e ficarem tranqüilas sabendo que “filho” se tornará na chacota sádica do resto da criançada; pois uma coisa que criança sabe ser, é ser cruel...

Será de uma estupidez monumental acreditar que um "filho" de gay será tratado como igual. Nem aqueles que foram adotados por casais heterossexuais, o são. Só quem não lida ou nunca lidou com crianças pode imaginar o céu azul.

Infelizmente a sociedade vive de preconceitos e as crianças os bebem com uma sede terrível; a começar pelo ténis da moda, que passa pelo status de filho de divorciada e termina no lápis com o acabamento da ribombeta da parafuzeta.

Só quem é pai ou mãe sabe a que me refiro.

A literatura especializada está cheia de casos de “filhos” de homossexuais que tiveram de mudar de escola, de cidade ou mentir para os colegas sobre a opção sexual dos seus “pais”.

Nas escolas públicas brasileiras além do bullying constante entre as crianças, as aulas passaram a ser divididas por facções. A rivalidade criminosa estendeu-se aos alunos. Como um “filho” de homossexuais vai conseguir sobreviver nesse ambiente? Ao custo de quantos traumas psicológicos? Até ao risco de perder a própria vida?

Se para uma criança com pais normais e responsáveis a vida escolar não está nada fácil, imagina para um "filho" de pederasta...

Só de pensar fico arrepiado.

Na mesma literatura especializada é possível encontrar um sem fim de relatos de psicólogos infantis concernente a este assunto. Tanto sobre os que recomendam que se esconda das crianças a homossexualidade dos "pais", como sobre os que aconselham revelar tudo; pois quanto mais cedo a criança souber, mais fácil será para ela assimilar a notícia e encarar as manifestações preconceituosas. Isto é, aprender a sofrer bem cedo para ficar "traumatizadamente" esperta.

Será que os juizes não atentaram para realidade nacional? Para o abandono em que o lulo-petismo tem deixado a juventude brasileira? Ou será que aprovaram a adoção porque os “pais” adotivos, que são duas mulheres, têm dinheiro suficiente para pagarem uma escola particular e incluir a criança no plano de saúde? Se assim for, - e foi, - mais aberrante é essa aprovação. Qualquer bicha ou lésbica pobre agora vai querer fazer o mesmo, sem ter meios, nem preparação, nem inteligência para cuidar do bem-estar da criança.

Tenho para mim que a base de uma família é um pai e uma mãe. Por isso se chama casal. O conjunto desses pais e mães formam uma sociedade.... que, infelizmente, não tem sabido desempenhar corretamente o seu papel e o resultado está aí nas manchetes dos jornais e nos programas pinga-sangue da TV.

Com homossexuais e lésbicas adotando crianças e mais crianças, um lar heterossexual sadio fica cada vez mais comprometido e longe; conseqüentemente, mais psicopatas, maníacos, drogados e muitos e mais homossexuais veremos engrossarem as próximas gerações futuras.

Onde ficam os direitos da criança de ter direito a uma família? Família decente, obviamente!

Não é sem fundamento que há cerca de três anos o cientista italiano Umberto Veronesi afirmou que a espécie humana deve caminhar para a bissexualidade "como resultado da evolução natural das espécies". [leia AQUI]. A professora de sexologia da Universidade La Sapienza de Roma, Chiara Simonelli, concorda com as previsões.

Oxalá tais previsões não se concretizem.

No que diz respeito ao Brasil, alguém precisa frear essas adoções.

Em vez de apoiá-las, melhor seria que forçassem o Estado a cumprir a sua obrigação de prover boas creches, orfanatos, escolas e hospitais, sobretudo formar bons profissionais para justificar que é Estado. Do contrário continuará essa merda aí chamada de lulo-petismo, originada de outra chamada neoliberalismo, que juntas apontam para um futuro convulsionado.

terça-feira, 27 de abril de 2010

O Brasil do lulo-petismo

Quanto mais eu leio e escuto sobre a “polítika” lulo-petista, e seus atores, mais semelhanças encontro com os dramalhões da Globo.

Se nas novelas Globais há quem diga que a arte imita a vida... em se tratando do Lula e da candidata, com PT e MST coadjuvando pela periferia, o mais correto é afirmar que esses senhores, em conjunto, plagiam a arte para subsistirem; e, em separado, copiam vidas para justificarem as próprias existências de passados negros.

A propaganda da Dilma fazendo-a parecer-se com a renomada atriz Norma Bengell é o cúmulo do absurdo e prova cabal do que afirmo acima.

Como falta inteligência a essa gente. Acham que ser esperto é ser inteligente...

A vida pregressa dos petistas é tão suja que, – agora todos sabendo quem são realmente, – eles se vêem obrigados a roubar fotos de rostos alheios parecidos, em eventos históricos dos quais não participaram, para justificarem as suas deletérias vidas atuais. E fazem muito sucesso. Ora se não!

Entre 80% dos brasileiros, obviamente! Bom gosto e busca por qualidade política não fazem parte dos desejos nacionais.

Há anos, perversamente a TV dos Marinhos vem usando uma fórmula na apresentação das suas novelas, cuja metodologia tem-lhes proporcionado triunfos extraordinários; não só em termos de audiência mas financeiros, principalmente.

As demais redes bem que se esforçam na cópia, mas a competência é pouca e os fracassos, muitos.

Deveriam chamar Lula, Dirceu, Dilma e Ciro para ajudá-los.

Esse proceder, método e processo Global, além de emburricar a já parca inteligência dos brasileiros, consegue mantê-los em estado cativo permanente; até aqueles com mais de um neurônio.

Pela aplicação continuada da tal fórmula, os brasileiros tornaram-se dependentes dessas novelas; tal como viciados pela cocaína. Conseqüentemente, engolem todos os comerciais, absorvem as mensagens subliminares e saem desembestados para adotar, comprar e consumir as porcarias praticadas, usadas e demonstradas pelos personagens Globais. Brigam até na rua com os coitados, conforme o papel de vilão que eles estejam desempenhando no momento.

O mesmo não ocorre com os atores da novela “polítika” lulo-petista .

Como trama comum a todos os dramalhões, a Globo põe o João a comer a Maria, que come António, que come Joana, a qual, por sua vez, transa igualmente com a Maria que descobre o João num troca-troca com o António.

Lula, Dirceu, Dilma e Ciro fazem metaforicamente o mesmo. Só que melhor. Muito melhor e mais simples; sem necessidade de talento. No seu quotidiano político-administrativo-partidário e público exercitam a mesma equação, porém, no nível do espectador.

Não são tão explícitos. São mais ladinos. A aptidão é pouca, mas a esperteza é muita.

Isto é: nenhum deles atua para ganhar Kikitos de Ouro do ano, pois ele é de bronze; tampouco se valem de cenários ou coreografias; nem de corpos esculturais, nem de guarda-roupas da moda ou efeitos visuais. Primam essencialmente pela canastrice sórdida e enfatizam as próprias debilidades, a mitomania, o charlatanismo ou a venalidade que os conspurca.

Daí, o resultado não poderia ser outro. Irmanando-se à patuléia os índices de audiência e aprovação sobem vertiginosamente.

A Globo, que gasta milhões para manter um certo padrão de bom gosto e qualidade, deve se morder de raiva e inveja... Comparado com a novela lulo-petista, os índices Globais são de amargar.

Obviamente, em se tratando de Lula, Dirceu, Dilma e Ciro, oito anos com estas criaturas já nos demonstraram que vocação para a fraude, astúcia, bravata, malícia e furto não lhes falta; embora os críticos, – leia-se, os Democratas, – vejam neles somente inteligências capengas, capacidades paraplégicas e cérebros com desordens múltiplas.

Más línguas! Fofoqueiros é o que esses críticos são. Deviam aprender com os tucanos a calar a boca e aconchavar à surdina.

Inteligências capengas, capacidades paraplégicas e cérebros sei lá do quê, não são empecilhos para ninguém. Os tucanos que o digam. Desde quando essas coisas desqualificam o individuo no Brasil, se a maioria da população reúne precisamente essas características?

O que os “Demo” e a Globo ignoram é que cada um dos três atores petistas possui visão 20 por 20 com teleobjetiva e grande-angular. Inclusive Ciro Gomes que, apesar de não enxergar o nariz de palhaço, dos restos ele não tira o olho. Os quatro conseguem descobrir até pêlo em casca de ovo; e isso, verdade seja dita, não é para qualquer um.

Portanto, não nos surpreendamos pelo fato de Lula, Dirceu, Dilma e Ciro terem copiado a fórmula dos Marinhos; porém, introduzindo melhoras tão significativas que a invenção Global apequenou.

Vejam só: na novela lulo-petista, à semelhança perrengue das Globais, Lula afaga Ciro, finge maltratar Dirceu que ama Dilma, que berra e dá murro na mesa, mas afaga Lula para enciumar Dirceu, que visita Lula em segredo para derrubar Ciro, que confia em Lula mas descobre que foi usado, porque Lula prefere ficar com Dilma, que agora obedece a Dirceu, que arruma muito dinheiro para dar a Lula, que dá para Dilma... E assim sucessivamente.

Entenderam da diferença? Não há sexo no meio. Só dinheiro e perfídia.

O que a Globo exagera, na “polítika” lulo-petista o sexo é tratado de forma parcimoniosa e fora das câmaras. Já a sordidez, que na Globo é tocada de leve, no lulo-petismo tem ênfase e destaque especial.

A “polítika” lulo-petista não usa a vida para encenar a arte. Ela se apropria as idiossincrasias da arte e as exibe personificadas, ao vivo nas multidões, na forma de indivíduos reais.

A novela petista é na verdade um reality-show às avessas, em capítulos segmentados. Os atores que governam o Brasil não são reais e sim caricaturas fabricadas, como são os personagens da Globo, mas sem o sexo.

Se na Globo os episódios das novelas, com 45 minutos de duração, são preenchidos com lubricidades de todas as maneiras possíveis, os petistas usam o execrável, o furto, a mentira, a malícia, a traição e o embuste para rechearem o dia-a-dia. E, no fechar do expediente, pois nenhum deles possui Plim-Plim, deixam tudo em suspenso para que o ocorrido na jornada seja levado ao ar pelos noticiários.

Os capítulos das novelas Globais não fazem parte da grade dos noticiários. Os dos petistas sim. Eles não anunciam os próximos capítulos, nem ficam fazendo chamadas para despertarem curiosidade sobre o que vai acontecer.

Isso fica a cargo da grande imprensa, com maioria esmagadora de jornalistas simpatizantes ou corruptos a soldo do PT. Esses profissionais encarregam-se de alimentar a sordidez, coisa que não fazem em relação às novelas Globais.

No dia seguinte, para manter o assunto no ar, esses mesmos plumitivos improvisam novas performances, que outra coisa não são, senão, repetições de mais do mesmo do dia anterior, mas com direito a bis, onde mudam a roupagem; isto é, a ordem das palavras nas retóricas e assumem como próprias as idéias dos outros.

Falsificam, deturpam ou adaptam manchetes anteriores e se valem de artifícios, quase sempre em forma de boatos, para preencherem colunas de jornais que se transformam em notícias televisionadas.

As televisões alimentam-se dos jornais, pois é fato sabido que brasileiro não gosta de ler. Prefere ver, ouvir e emprenhar pelos ouvidos.

Com esta forma de se informar, o “púbrico” não atenta para os detalhes nem para os bastidores, pois está imerso no suspense de quem come quem na Globo; e muito mais atenção presta a quem rouba mais que quem, como se vivenciasse o próprio sonho... ou, qual contrato Dirceu pôde amanhar;... ou, a quem o Lula vai sacanear ou trair;... ou, do quanto cada um dos petistas vai aumentar o bolsa-esmola para permitir a compra o novo celular em “deiz vez sem juro”...

Se o cidadão perder alguns desses episódios sórdidos, já sejam da Globo ou da “polítika” lulo-petista, quando regressar da fila das Casas Bahia ou das três horas de engarrafamento fechado dentro do ônibus a cair de podre, no dia seguinte retomará o fio da meada sem qualquer dificuldade.

Na Globo, por exemplo, o suspense continuará com Joana e Maria, entre camas, na dúvida se escolhem a do João ou a do António, ou a delas próprias.

Já na novela lulo-petista, a trama é muito mais consistente. Lula mantém a fala com Dirceu pela porta dos fundos, portanto, longe das câmaras e do espectador, o que desperta ainda mais bisbilhotice. Ciro sai da novela falando sozinho e todos apostam para qual alvo ele irá disparar as baboseiras habituais. Isso toma dias de expectativa e alimenta textos e suspense. Dilma abandona as roupas de grife para se vestir como empregada doméstica e as novas “roupitchas” deixam o “púbrico” extasiado. O apogeu fica por conta de Dirceu que escamoteia mais alguns milhões de um “novo contrato”, talvez mande outro Celso Daniel da vida desaparecer ou dê ordens aos jornalistas para espalharem novo boato sobre os tucanos pretenderem privatizar mais uma empresa Estatal.

A audiência sobe às alturas e não há novela Global que derrube a “polítika” lulo-petista.

Quando eu morava no Brasil e assistia aos capítulos dessas burlescarias do momento, e foram muitas, ao final parodiava com a minha governanta para que trouxesse uma vassoura e juntasse o que havia sido televisado; a ver se podíamos aproveitar algo que prestasse, aliviando assim o travo de estupidez que a luxúria Global e a sordidez petista nos deixavam no paladar.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

O Horror-Cirque du Braziu

Clique na imagem para ampliar

Participe para crer!

Esse nome tão exótico em epígrafe pertence a um circo mambembe. Mistura de francês com favelês, nasceu de uma acomodação de gostos entre obreiros, lá numa cidadezinha perdida nos cafundós do ABC Paulista.

Todos sabemos que brasileiros amam tudo o que é francês ou falado em francês. Os operários também; inclusive Camembert com casca e vinho Beaujolais pedido com aquele biquinho nos lábios sem ficarem vermelhos.

Portanto, os homens da ala progressista, numa inspiração anacreôntica, preferiam que se chamasse Cirque du Soleil du Brézil. Mas o nome já existia e não era propriamente de origem francesa. A mulherada esquerdopata, no entanto, muito nefária, que recentemente havia assistido ao filme “Le cirque des horreurs”, de Sidney Hayers, dos idos de 1960, logo escolheu esse título com o propósito de intimidar a concorrência que encontrassem pelo caminho.

Mas o filme também não era francês, e sim inglês; embora elas, sem o saberem, tivessem assistido a uma cópia dublada em francês com legendas em português.

A celeuma foi criada. Os ânimos exacerbaram-se. Progressistas anacreônticos e esquerdopatas nefárias gastaram horas e horas em reuniões infindáveis para chegarem a um consenso.

Após dias de discussões acirradas o patrono dos trabalhadores apresentou o seu alvitre salomônico que agradou a todos. Juntou as duas sugestões e pôs a sua. O nome do circo foi aprovado por ampla maioria de votos.

Para encurtar a história, hoje o Horror-Cirque du Braziu é o maior circo de horrores do Brasil e o único em plena atividade.

Logo nos primeiros anos de atuações bem-sucedidas, o Partido dos Trabalhadores, o PT, interessou-se em patrociná-lo “escrusivamente”. A cópia do pôster colada acima, com textos essencialmente em favelês, é uma das peças publicitárias mais importantes.

Com o patrocínio e num gesto de solidariedade, a cúpula do partido achou que devia participar. Assim, Lula, Dirceu e Dilma, exatamente nesta ordem de entrada, artistas consumados, passaram a integrar o elenco principal do espetáculo.

Cabe destacar que Ciro, o palhaço, embora seja uma das estrelas do show, é um ator convidado como retribuição pelos muitos serviços prestados. Não faz exatamente parte do partido, mas tem atuado bastante para sua grandeza. Especialmente na defesa de acusações infundadas de recebimento ilícito de milhões de reais por parte de membros do partido.

O que é um disparate.

Como o Cirque Du Soleil, o Horror-Cirque du Braziu também é transmitido pela televisão. Porém, diferente do espetáculo canadense, rico em qualidade e bom gosto, o brasileiro, sem sofisticação ou arte alguma, atinge índices de preferência em torno de 80%.

Algo inexplicável.

Os figurinos são paupérrimos, os testos primam pela mediocridade, os efeitos visuais são sempre vermelhos e as performances dos atores abaixo da crítica... Isto sem falar do desconforto imposto ao público. Se alguém quiser sentar-se apenas dispõe de umas poucas cadeiras de palha, forradas de chita, sem apoio para os braços. Se não quiser, fica de pé por horas e horas a fio.

Já as acomodações dos atores e do pessoal de apoio são um luxo só. Aviões particulares, travesseiros de penugem de gansos, lençóis de algodão egípcio importado, charutos cubanos e whisky Johnny Walker Blue jorrando até pelas torneiras; apenas para citar algumas das benesses à disposição da trupe.

Todas as apresentações Brasil afora são marcadas por grandes aglomerados de pessoas. Com as suas mais variadas ideologias, o público assistente recebe transporte e um lanche para acudir aos espetáculos.

Se os brasileiros se recusam, o Horror-Cirque du Braziu dispõe de assistentes, identificados com as siglas MST nos “bunés”, que se encarregam do convencimento compulsório e de encaminhá-los aos locais das apresentações.

Em turnê permanente há oito anos, o Horror-Cirque du Braziu pretende, a partir de Junho próximo, iniciar uma série de apresentações inimagináveis que superarão qualquer outro espetáculo já levado a cena.

Segundo sua assessoria de imprensa, coordenada pelo ex-terrorista e jornalista Global, Franklin Martins, a partir desse mês o Brasil assistirá a um festival de horrores jamais visto no país.

É só aguardar para ver.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Ciro Gomes, o estrovenga.

Nos meus anos de Fortaleza, certa noite no então hotel Esplanada, do deselegante Nelson Otoch, tive o desprazer de conhecer Ciro Gomes. Tasso Jereissati era governador e Maria Luiza Fontenele, do PT, a prefeita; famosa por ser corrupta e dona do motel mais luxuoso, recém inaugurado nos arredores da cidade.

As más línguas da época acusavam-na de ter surrupiado recursos federais para construir essa estalagem do pecado. Coitada! De tão pobre nunca teve nada. Mas a inveja humana é assim mesmo. Não pode ver um pobre com uma camisa lavada. No caso da Maria Luiza, pobre mulher, dona de um templo majestoso para o amor pernoitar.

Ciro Gomes, vindo de Sobral, recebera a honra de ser o melhor pré-candidato a substituí-la. Dignidade, reputação moral e ética flanqueavam-no como baluartes a fortalecer a coerência da sua retórica sabida nos fundamentos profusos da ciência política.

Apadrinhado por Jereissati, a eleição estava praticamente ganha. No Ceará daquela época, após a administração desastrosa de Maria Luiza, a prefeitura para o PSDB eram favas contadas. Só a presença de Jereissati bastava para abater pernilongos em vôo, ops!, para convencer os eleitores a votar no protégé. Não fiquei para ver o resultado. Em boa hora a empresa onde trabalhava transferiu-me para a Europa.

Dessa noite, nos idos de 1987 ou 88, não recordo exatamente, poucas lembranças guardei. Na reminiscência ficou, entretanto, a linda hostess do hotel; uma argentina loura de olhos verdes, translúcidos como duas esmeraldas colombianas. Só de olhar para ela o sujeito enveredava por vielas lúbricas de iniqüidades... com as quais sonharia a noite inteira.

Não fui tão afortunado.

Tudo o que é bom na vida tem um lado ruim. Nisso creio. Na mesma lembrança de tão divina mulher existe uma nuvem gélida, originada na repulsa instintiva que Ciro Gomes me causou ao apertarmos as mãos.

Foi a moça quem nos apresentou.

Acho que ela leu os meus pensamentos gulosos à beira da piscina. Estou convencido que só levou Ciro Gomes ao meu encontro para usá-lo como uma espécie de balde de água fria a fim de esfriar-me os devaneios.

O sucesso dela foi notável.

No apertar de mãos, a custo refreei a aflição de limpar os meus dedos na camisa dele. Como o Bush fez recentemente com Clinton na visita ao Haiti. A noite de Fortaleza não estava tão quente para Ciro Gomes ter a mão empapada de suor. Que nojo. Talvez sofra de sudorese... Vai-se lá saber. Nunca pude confirmar.

Mas no fundo sou um homem educado, ora bolas! Disfarcei e limpei a mão na minha calça. Nunca mais a vesti.

Da conversa que tivemos mal recordo uma sílaba. Apesar de ter sentido um asco imenso, sequer consegui desviar os olhos do seu pescoço. Que enorme! Que pescoção! Que espanto! Lembro-me de um amigo murmurar, ante a minha estupefação, que esse predicado causava muito sucesso entre os cearenses. A espetacular parte anatômica provocava-lhes delírios; afinal, a natureza, nesse particular físico, fora excessivamente econômica com eles.

Os anos passaram. Outros mundos conheci. Porém, em 2002, de volta a São Paulo, precisei ir à FMU – Liberdade, para recusar educadamente o convite de compor o quadro docente dessa Universidade. Mal tenho tempo de coçar-me, quanto mais paciência para dar aulas a alunos que desabam nos bancos da faculdade sem saber ler ou raciocinar...

Não nasci com o dom de iluminar mentes na escuridão. Bem que tento; troco até as baterias, mas não consigo.

No meio da conversa com o reitor, ele ainda esperançoso que eu mudasse de opinião, avisou-me entusiasmado que Ciro Gomes estava no prédio para dar uma palestra aos estudantes.

Arrepiei-me todo.

Foi uma daquelas reações pretéritas que às vezes nos fazem misturar presente e passado e nos transportam para dentro de uma cápsula do tempo. O asco do primeiro encontro, lá em Fortaleza, subi-me à boca. Vi um par de olhos verdes serem arredados de mim por um pescoção enorme na minha frente. Atônito, olhei para as palmas das mãos. Felizmente estavam secas.

Mas não fiquei tranqüilo.

Senhor da minha fé, supliquei imperioso aos anjos que fizessem o bondoso reitor esquecer o encanto de me convidar para assistir a tão proeminente figuraça. Ciro postulava-se à presidência. Os anjos não me ouviram. Tampouco recordo o que respondi ao simpático acadêmico. Só me lembro de ser levado, quase a reboque, a caminho do auditório.

No abrir das portas o primeiro que vi foi o pescoção. Deus do céu! Parecia ainda maior do que eu lembrava. Depois percebi que o exagero visual devia-se à perspectiva do ângulo no qual me encontrava em relação ao palestrante. O reitor acenou-me para seguí-lo até ao palco. Aí foi demais. Fingi não vê-lo nem ouvi-lo. Sou muito tímido.

Sentei-me na primeira cadeira vazia que encontrei. E lá fiquei.

Por quarenta e cinco minutos, em silente martírio, suportei o pescoço, perdão..., o orador. Quando por fim desviei o olhar pelo auditório, percebi que estava lotado. Nem notara. Resignado, não tive mais remédio senão contextualizar-me com as perguntas dos pupilos. Superavam qualquer tese dissertativa de doutorado sobre imbecilidade; mas eu não queria ser descortês com o meu anfitrião. Levantar-me assim de repente para ir embora seria indelicado. Todos sabem que sou muito tímido. Também muito educado. Já o disse antes. Portanto, resisti.

Cheguei a ficar orgulhoso do meu estoicismo diante dos chutes gramaticais dos estudantes. Senti os olhos lacrimejarem ao ouvir os “pra mim entender” e "pra mim fazer". Chorei ao ouvir o ruído dos passos dos plurais saírem em tropel salão afora. Tive um ataque de soluços depois de escutar alguém perguntar: “qual era a “prataforma” “obijetiva” do candidato para combater a “corrupissão” e “capiturar” os “corrupito”; falado exatamente como está escrito.

O ar exalava reflexão quase religiosa quando Ciro Gomes abria a boca. Que eloqüência! Que homem mais sabido! As respostas, recordo bem, esvoaçavam pelo ambiente como capote de toureiro dando olés em touros, isto é, nos alunos.

Nunca entendi a fascinação dos néscios pelos gabanelas. Devia haver uma lei contra isso.

Dias ou semanas antes, não lembro, Ciro Gomes havia soltado uma das suas patacoadas mais brilhantes; aquela horrível sobre a então noiva, Patrícia Pilar. Não vale a pena transcrever aqui palavras tão... Esqueçamo-las! Mas várias universitárias sentiam-se ofendidas por osmose e foram bastante incisivas com o candidato.

Nada havia mudado em Ciro nos últimos catorze anos. O pescoção continuava igual. A arrogância também. Respondeu a todas as perguntas e eu quase pude ver os corações das moças a palpitarem.

– “Que homem inteligente”. – sussurrou a moça à minha frente para a colega do lado.
– “É liiindo!” – respondeu-lhe a outra no mesmo ciciar.
– “Será qu'ele disse me'mo que mulher serve só pra dormir?” – contrapôs a primeira.
– “Xiiii... eu não me importava”... – retrucou a segunda e ambas soltaram risinhos malvados.

Ciro Gomes seguia sendo o mesmo bazófia estrepitoso, cheio de apelos à moral, à honra e à dignidade. Havia rompido com o partido, cuspido no prato que comera, achando que seria grande... Mas a jactância arrendodava-lhe cada palavra. A gabarolice do seu suposto conhecimento da ciência política continuava a iluminar as promessas do que pretendia realizar no futuro... se eleito. Por felicidade não foi.

O desastre teria sido pior do que tem sido com o Lula.

Bom... outros oito anos se passaram e hoje não estou mais no Brasil... mas nos jornais leio, vira-e-mexe, o nome de Ciro Gomes. Cada notícia é melhor que a anterior. Dei-me conta que cresceu politicamente. Voltou a ser ministro! Desta vez do Lula... que naquele auditório tanto o ouvi criticar. Deixou de ser bufão para ser palhaço; e agora marionete exclusiva para uso maquiavélico do mesmo Lula.

Já o havia sido de Tasso Jereissati, é bem verdade. Suponho que não deve ter-lhe custado muito retomar ao mesmo papelão; se é que alguma vez saiu dele. Nem curinga é tão versátil.

Se eu fosse pernanbucano, diria que a verdadeira vocação de Ciro Gomes é ser moço de jangada.

Tenho a suspeita que Ciro, além da hiper-hidrose, sofre também da síndrome de abstinência do jugo de boi. Quando se separou de Jereissati ficou sem jugo e sem chavelhão. Sem chão, como diriam os paulistas. Livre de controle, e ao próprio arbítrio, retomou a toada de falar o que não deve e a ufania destrambelhou-o como espada de fogo lançada ao chão.

Resultado? Mudou-se para São Paulo na ilusão de Lula oferecer-lhe o jugo de uma candidatura, – que nunca teve a menor chance e só Ciro acreditou, – ao palácio dos Bandeirantes.

O moço quer é poder.

Por petulância ou por estupidez, talvez por excessivas doses de ambas, ficou sem jugo. Recuou ao limbo de oito anos atrás; às estrelas do céu do Ceará. Ciro volta a caminhar errante de lá para cá, propalando as habituais arrogâncias para a gulodice da imprensa estrábica... e divertimento pérfido do Lula.

Coitado! Acreditou na subserviência lulo-petista, achando que por ela singraria pelo poder como quando Jereissati lhe dizia o que fazer, o que falar e como se comportar.

Quantas decepções fazem falta para demover um tolo? Creio que Ciro todavia ignora que teimosia é a manifestação mais clara da burrice.

Tanto é que o seu próprio partido, o PSB, já se deu conta. Tenta a pulso salvar o restinho da dignidade que Ciro não destruiu e negocia a retirada dele... De onde?

Do PSB? De uma fantasiosa corrida ao governo de S. Paulo?; ou da reedição onírica de voltar a ser candidato à presidência?

Seja lá qual for, nas duas últimas alternativas nunca teve ou terá qualquer probabilidade de êxito, exceto, claro, naquela(s) ainda flutuando no seu imaginário fanfarrão.

Certamente, Tasso Jereissati jamais imaginou que o bezerro que criou com tanto afeto, e para o qual mandou até fazer um jugo à medida do pescoção, haveria de lhe cuspir em cima e se transformar no faz-me rir da política nacional.

O jovem político, lá de Sobral, tornou-se um estrupício. O seu pescoço que tanto fascina os cearenses, para o resto do Brasil é só um gargantão. É só isso que Ciro Ferreira Gomes é. Nem para defender o mensalão e a corrupção petista, como o fez de forma tão vibrante, ele serve mais. Isso, porque moral, honra e dignidade eram o seu lema... Imagino se não fosse.

Ah... moça linda de olhos verdes
Por onde é que andará...
Huumm... Não quero nem ver-te!
Porque não me deixaste sonhar.


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