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domingo, 29 de julho de 2007

Querido(a) Leitor(a),

Ah... se eu pudesse ter dedos e engenho para agradecer, individualmente, a cada um e a cada uma de vocês que me escreveu... 

Queria ter mãos maiores para segurar a emoção que sobejaram em meu peito. 

Gostaria de ter braços colossais para envolvê-los num abraço sentido, pelo carinho que me brindaram. 

Adoraria ter palavras suficientes para lhes agradecer o enleio suspenso em que me encontro.

Não tinha idéia nem imaginação, sequer, para considerar que a minha ausência seria sentida por tantas pessoas.


Até os habituais “xingadores” de plantão se enrolaram na etiqueta com os seus impropérios mais finos para recriminarem o meu alheamento do blog. 

A estes envio, sem escrúpulos, o meu muito obrigado. 

Se, com os meus escritos, “proporciono-lhes”, como escreveram, “momentos de alívio e desabafo”, quando me enxovalham, só posso sentir-me honrado porque os faço pensar e, ao mesmo tempo, sentir. 

Já é alguma coisa nos dias atuais!

Contudo, alegrias maiores reservaram-me os e-mails daqueles e daquelas que se preocuparam com o meu bem estar; até com a possibilidade trágica de ter perecido no desastre do avião da TAM. 


Ah... vocês não imaginam como me fizeram sentir agraciado pelos Deuses; algo como saber-se amado por alguém cujo recato da perda ou do sofrimento foi deletado do coração. 

E isso, porque não nos conhecemos. 

Me alvoroto todo se permito à esperança fantasiar o dia em que o frio da escrita cibernética se transforme em voz e calor do olhar

5.773 e-mails recebi nestes 22 dias de afastamento involuntário. 


Mais de 250 por dia? 

Até o Google teve a gentileza de oferecer-me uma ampliação de acessos ao blog, com um marcador de contagem, em troca, claro, de uma módica mensalidade. 

A modéstia que me perdoe! 

É consideração demais para alguém inconformado com o desleixo que cobre o Brasil, tal qual nuvem tóxica a aniquilar os fundamentos morais e sociais que “estepaiz” já teve um dia. 

É esperança impaciente por saber que não estou só; embora sejamos poucos, ainda, para causar mossa nesses seres inacabados que nos governam; que se julgam semideuses no exercício dos seus cargos, que outra coisa não são, senão, pontes entre a depleção cívica e a hipoxemia social. 

É o regozijo levado às alturas; o que começou como um gosto vaporoso pela escrita, vocês me incitam a torná-lo um dever.

A você que me escreveu, redobro, de coração, todo o carinho e afabilidade que me dedicou; cada palavra terna que me ofereceu; cada alento que me transmitiu; cada abraço que me aqueceu. 


Obrigado a todos pelos quinze minutos de brilho só para mim.


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