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terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Julian Assange e o WikiLeaks


Abaixo, os links dos 30 documentos já revelados sobre assuntos brasileiros.

Comparado com o rebuliço em Bruxelas ou na Espanha, sem falar na hecatombe que desabou no Departamento de Estado Americano, por causa dos documentos revelados no WiliLeaks, o Brasil parece bem calmo. As águas correm serenas por baixo da ponte. Essa é a impressão que transparece pelos jornais. Porém, conhecendo bem a imprensa brasileira, a experiência recomenda cautela e muita desconfiança. Toneladas de desconfiança, pois no Brasil existem pontes que ligam o nada a lugar nenhum.

Do que leio noticiado, referente ao governo lulo-petistas, geralmente descarto 50%; e, do que sobra, suspeito da metade. Da metade dessa metade, duas linhas aproveito para outorgar o benefício da dúvida.

Entretanto, se o noticiário tergiversa sobre tucanos ou acerca de dossiês apócrifos, acredito em tudo, como beato ajoelhado aos pés da cruz. As fontes petistas passadas aos jornais são amaciadas na robustez da ética incondicional e José Dirceu é o ortóstato verecundo da idoneidade azevieira.

Até agora só li artigos minimizando os vazamentos “wikilíquidos”. Matérias onde os plumitivos brasileiros se avigoraram a demonstrar que “todo o mundo já sabia” sobre o conteúdo nos documentos revelados.

Fico pasmo, leitor; tal qual vinho em desassossego no fundo do cálice.

Todo o mundo? Caramba!... Arriégua! Que sociedade mais sabida, tão antecipada nas asas da sabedoria! Possivelmente até o Tiririca há muito sabia que é verdade o que Nelson Jobim pensa do Itamaraty e sussurrou para o embaixador americano...

Porém, como o Lula já afirmou, categoricamente, que “tem a certeza abissoluta” de Nelson Jobim jamais ter dito o que consta no relatório... podemos ficar tranqüilos; a narração do embaixador é um espelho fiel da verdade.

Nem o mais cético dos especialistas no assunto, aqui na Europa ou nos EUA, sequer levantou suspeitas leves sobre a veracidade dos documentos ou dos seus conteúdos. Mas o Lula é o Lula... o homem que mente no hálito quente da verdade!

Governante dissoluto é assim mesmo; julga os outros com dois pesos na mesma medida; à imagem e semelhança da sua bela estampa. Sempre assevera que nos outros países existe a mesma bandalhareira, incompetência e desonestidade que persistem no Brasil... que ele tão brilhantemente personifica, pratica e faz questão de alardear.

Existe, com certeza! Eu não acredito em bruxas, mas que as há, lá isso há! O patamar ilibado brasileiro, de virtuosidade moral e ética, pode ser encontrado facilmente nos países da África Central, na Bolívia, no Equador, nas antigas colônias portuguesas e francesas... Mas na Europa, nem por assomo a corrupção e o mau caráter dos políticos vigora na congruência e expansão da dos brasileiros.

Entretanto, e entre nós, leitor, que “todo o mundo” é esse a quem os jornalistas se referem? − Os diplomatas brasileiros? Os próprios jornalistas? Os serviços de informação e espionagem do Brasil? Os petistas do governo? Os arapongas de plantão? O Krelson, de cabelo playson, que é moto-taxista lá em Bacabal, no Maranhão?

Adoro ambigüidades afirmativas. Especialmente vindas da Globo.

Os diplomatas brasileiros certamente devem saber das “coisa”. Absolutamente!

Tanto sabem, ou sabiam, por exemplo, que, durante a confusão Iraniana, sobre o urânio purificado, estavam convictos que a China e a Rússia apoiariam, ipso facto, a moção do Brasil no Conselho de Segurança da ONU, e... pasme leitor, pelo Wikileaks soubemos que os americanos já tinham os biscoitos prontos, decorados com cobertura de chocolate e uma cereja em cima de cada um, enquanto... Celso Amorim e o Top-top Garcia confabulavam para decidir quem iria comprar a farinha.

Rússia e China votaram contra a proposta do Brasil, obviamente.

Há quem diga que a silhueta do pensamento do Itamaraty é bastante canhestra... Que a sua forma de atuar baseia-se em idéias lançadas ebriamente pelas madrugadas. Não procuram fatos, não investigam e acreditam em boatos.

Deveriam partir dos fatos para então desenvolver idéias. Qualquer criancinha de seis anos sabe disso. Os petistas, entretanto, preferem planejar em cima, e de cima, da quadratura do círculo.

Daí, talvez hoje seja possível entender como as relações diplomáticas EUA x Brasil são tão desprezíveis... Mas o Lula é “o cara”, não é verdade? Belos tempos quando foi chamado assim por dois segundos e ninguém percebeu o sarcasmo...

Agora se compreende porque o presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, durante a visita do Lula, se “confundiu” com a tradução.

Como dizem os espanhóis, o russo deu-lhe um passe de peito e o pôs pra correr. Não o quadrou, porque certamente estava sem a muleta. Do contrário teria lhe dado um olé. O mesmo se repetiu na China. E ninguém da comitiva, – especialmente jornalistas, – entendeu o motivo do sr. Hu Jintao ter sido tão parco no tempo dedicado ao vigarista-mor do Brasil.

Como se pode ver, os diplomatas petistas sabem de tudo.

A real-politika brasileira é um espanto. Dá medo em susto. Só mesmos jornais falidos para darem destaque a quem é, na verdade, o faz-me-rir das tertúlias diplomáticas.

Na sede da UE em Bruxelas circulam diversas piadas bem divertidas acerca o Lula. Existe até um continuo muito parecido que o imita à perfeição; em francês, claro. A piada é ainda mais engraçada.

Esses pequenos vexames, (e foram muitos), pelos quais o Lula passou e ainda passa, sequer são noticiados; e quando o são, é assim: – Leia «AQUI» em relação à Rússia; e «AQUI», para ter uma idéia de como as trapalhadas da diplomacia brasileira permitem que “todo o mundo” saiba... que são trapalhões, bem amadores no jogo de gente graúda... que come "esperteza" brasileira no café da manhã.

Por outro lado, Elio Caspari, o renomado jornalista, parece dedicar um esforço e palavras bem especiais para demonstrar que os vazamentos do Wikileaks foram ótimos para respaldar as decisões [leia-se, imbecilidades], Lulistas tomadas na crise de Honduras. O nobre plumitivo alvitra até nas entrelinhas que os críticos da atual diplomacia petista deveriam realizar um ato de contrição...

E durma-se com um barulho desses! Será que ele quer também que a turma se ajoelhe no milho?

Pena que o sr. Gaspari, só depois de velho, às portas do Hades, tenha-se apaixonado pela esquerda e pelos “barbudinhos”. Amor tardio... Como diria aquele filósofo romano: – “Est in canitie ridiculosa venus” [Velho apaixonado, velho enganado].

Nelson Rodrigues tinha razão. Há sujeitos que nascem com a disposição de se mostrarem cretinos fundamentais...

Dos quase dois mil documentos sobre o Brasil, em poder de Julian Assange, nos quais o Lula e seus petistas amestrados são fartamente mencionados, apenas 30 foram divulgados até ontem. No final deste post o leitor encontrará os links de acesso. Não obstante, com a devida vênia, claro, embora você encontre os sumários traduzidos para o português, não pense o mesmo para os relatórios. Vontade não me faltou, num sabe? Entretanto... vijemaria!... um sexto sentido avisou-me que você não gostaria que eu os traduzisse, né?... Será que fiz bem em seguir a minha intuição?

Tomara! Detestaria desapontá-lo, leitor.

Um aviso: a localização dos documentos tem mudado muito nestas últimas horas. Os americanos 'tão doidinhos pra dar uma pá de cal em cima do site. Assim, caso não consiga acessar algum documento, terá que procurá-lo no Google pelo código que insiro à esquerda de cada link [ex.: BRAZILIA XXX]. Poderá também procurar, ainda no Google, pela palavra “wikileaks” e ver qual endereço está aberto. Nem sempre o endereço do site acessado ontem é o mesmo do dia seguinte, ou o da hora seguinte.

Se tiver muita dificuldade, dificuldade mesmo, envie-me um e-mail especificando qual documento deseja e eu enviá-lo-ei. Se me pedir mais de 3, vai ficar esperando. Hehehe. Não abuse.

Voltando ao sr. Julian Assange, o homem por trás dos vazamentos.

Esta manhã, quando vi a foto acima, lembrei-me do personagem “Silas”, o frade sicário do Opus Dei, interpretado por Paul Bettany, no filme “O Código Da Vinci”, estrelado por Tom Hanks. Lembra dele? A pele leitosa e opaca, os cabelos esbranquiçados, o olhar vitrificado... Será que Julian também usa um cilício e se autoflagela antes de adormecer?

Pois bem, sexta-feira passada, numa das reuniões de fim de tarde, quando os interesses europeus convergem para o copo com whisky, longamente envelhecido, alguém resolveu alcunhar o Julian de “o 3º anti-Cristo”. Citou até Lucas, 21:6: “Dias virão em que destas coisas que vedes nada ficará pedra sobre pedra: tudo será derrubado”; e Malaquias 3:2, “Mas quem suportará o dia da sua vinda? E quem subsistirá, quando ele aparecer? Porque ele será como o fogo do ourives e como o sabão dos lavadeiros”...

Já estava um pouco alto, ao estilo Lula, é verdade, mas não deixou de ter razão. Parece que os maiores segredos das sociedades, os diplomáticos, começam a ser derrubados. O que virá a seguir? Nenhuma vida privada resiste a um "googling"... não é?

Sem dúvida alguma o Wikileaks tornou-se um gigantesco parque de diversões para jornalistas, especialmente para libertários com pouca visão e neurônios deficientes. Para esses, os documentos divulgados representam baldes de mexericos suculentos para diversificar a redação e justificar os salários que recebem.

Acontece aqui na Europa. Semana passada, em NY, pude presenciar in loco et in sito, a alguns desses profissionais, tal qual galinhas eriçadas, disputando o milho lançado pelo granjeiro; por Julian Assange.

Os grandes jornais estão adorando. O holofote fica centrado tão-somente na fofoca... Embora o vazamento “wikilíquido” represente bem mais do que isso e suas conseqüências a médio prazo se avizinhem bastante graves. Especialmente na África petroleira e no desespero isolado em que se encontra o Irã. Os relatórios mostram-no alijado da comunidade dos irmãos de fé. Ninguém está satisfeito com o seu progresso nuclear nem com as suas ameaças a Israel.

Uma coisa é jogar bombas nos americanos em nome de Alá, lá longe. Uma outra, bem diferente, é ter uma guerra no quintal de casa, próximo a Dubai ou ao Bahrein, repletos de turistas e bilhões de dólares em investimentos. Já basta os palestinos às turras com os judeus; que está de bom tamanho.

No Brasil, entretanto, os documentos do Wikileaks passam de pantufas. Poucos compreendem inglês, nem estão versados nas siglas diplomáticas. Mal sabem falar português, o que se dirá então do idioma gringo? Ademais, a leitura dos relatórios fica difícil, dada a preguiça congênita dos profissionais para a investigação, pois não possuem memória. Então, o editor não precisa desperdiçar fundos com um tradutor para publicar assuntos que poucos entendem e importância alguma a maioria dos assinantes dá.

Nelson Jobim, por exemplo, só em cima do que foi publicado, deveria ter sido demitido e preso por alta traição. Um ministro de Estado não se pode dar ao desfrute de fofocar com um embaixador de país estrangeiro; menos ainda, falar mal de um colega; pouco importando o quanto vermelho ou safado for o petista. Roupa suja se lava em casa. Uma coisa é o cargo... outra coisa é a pessoa. Mas esse tipo de respeito e ética não é compreendido no Brasil, nem faz parte dos atributos brasileiros.

Se quer falar mal dos colegas de governo, então que abandone o cargo...

Entretanto, o homem já fraudou a própria constituição do seu país, e nada aconteceu. Como ministro e presidente do STF também aprontou quantas quis. Se o Lula é um pilantra, adorado pelos brasileiros, porque não há de ser o Ministro da Defesa de calibre igual? Os brasileiros gostam. Relembre «AQUI» e «AQUI» e «AQUI», algumas das façanhas desse ministro da bananolândia.

Com tantos vazamentos acontecendo, quem poderá responder:

Quem financia Julian Assange?

Dizem que é jornalista australiano... Contudo, não tem perfil investigativo, nem o seu passado profissional induz a uma comparação, por exemplo, com Chico Pinheiro no caso Pittagate... ou Valmir Salaro no caso Richthofen.

Brincadeirinha. Não resisti ao gracejo. Mas certamente não se parece com um Bob Woodward ou Carl Bernstein do Watergate, lidando com “um garganta profunda”. Mais parece um garoto anêmico que detesta verduras.

Como Julian consegue as informações? Compra, vende, permuta? 250.000 documentos, com uma média de 50 KB por cada um, não cabem num CD do soldadinho americano, no Iraque, que fingia escutar Lady Gaga, enquanto surrupiava os arquivos.

Até agora esse “bravo jovem” não apareceu. Sabe-se o suposto nome, mas não se viu a foto. Certamente deve estar sob “cuidados da CIA”. Coitado!

Mesmos zipados, (todos os documentos), seriam necessários muitos “CDs” ou vários pendrive; e tempo, claro, para acessar um canal de informações tão vasto, como afirmou o porta-voz da Casa Branca.

Segundo já se descobriu, Julian não é um hacker, nem possui grandes conhecimentos para manejar uma rede de dados, capaz de ser transferida, entre continentes, de um provedor para outro. Onde estão os seus técnicos?

Para manejar um volume dessa grandeza é necessário main-frames, instalações especiais, e muito conhecimento técnico para agüentar um ataque, ser derrubado e em menos de seis horas já estar on-line.

Julian é acusado de estupro de duas suecas. Logo duas? Com aquela palidez toda? As moças também não apareceram até hoje. Que estranho o pedido de prisão sueco conter erros de vício, a ponto de obrigar os britânicos ignorá-lo?

Como consegue Julian andar pela Europa e conceder entrevistas a um monte de jornais, tendo nas costas uma ordem de captura imediata, emitida pela Interpol?

Como Julian se alimenta? Onde? Como consegue comprar um terno novo (pois assim se mostra o tecido nas fotos), para cada nova entrevista, para diversos jornais, em locais e países diferentes?

Será que a Globo já conseguiu gravar uma para apresentar – “sen-sa-cio-nal-mente – no Fantástico?

O que as subprimes e hedges podres americanas, repassadas aos bancos europeus, e não pagas, têm a ver com a abrupta e importante revelação de tantos documentos secretos?... relativamente sem importância, como dizem os jornais brasileiros, mas que estão causando um estrago enorme nas relações EUA x União Européia...

Será que os americanos pensavam que o calote que deram nos bancos europeus, ficaria sem resposta?

Todas as tribulações econômicas e financeiras pelas quais atravessa a Europa, causadas direta e intencionalmente pela recusa dos EUA em atender aos alertas expressados em 2006, pelo Banco Central Europeu, ficariam sem resposta?

O fato do FED ter-se recusado, novamente, a recomprar os títulos podres ou a ajudar os bancos europeus que acreditaram nos bancos americanos, especialmente no Bank of America, ficaria sem resposta?

Que estranho o nascimento do WikiLeaks coincidir com o inicio real da crise econômica européia...

Os documentos expostos até agora serão apenas um aperitivo do que há de ser servido muito em breve... se os americanos não tomarem vergonha na cara e pagarem o que devem?

Daí a alusão do Julian ao insinuar informações esdrúxulas sobre um grande banco, que “todo o mundo” já sabe que é o Bank of América.

Qual a ligação dos bônus pagos aos executivos desse banco, e aos do “Shity” Bank, como em Bruxelas nos referimos carinhosamente ao City Bank, com a insinuação de Julian?

As ações praticadas até agora por Julian podem ser qualificadas como terrorismo? Como chantagem?

Longe disso.

Quem paga aos informantes que enviam informações tão importantes para Julian? Tudo é grátis, em nome da liberdade de informação? Inclusive os escandalosos pagamentos aos executivos dos dois bancos que menciono?

Há quem diga que os Americanos estão experimentando um pouco do próprio veneno que têm espargido pelo mundo...

Pode até ser. Coletar todas essas informações não é para gente miúda. Menos para um jornalista australiano que cai de pára-quedas em cima das informações confidenciais americanas.

Porque será que os serviços secretos da França, Israel e Inglaterra se mantêm tão apáticos? Tão silentes? São os melhores do mundo e não costumam imitar os constantes fracassos da CIA...

Em espanhol há um ditado que diz: “Nada es verdad, nada es mentira; todo depende del color del cristal con que se mira”.

As dificuldades que a Europa atravessa no presente, alguém tem de pagar. De uma forma ou de outra.

Obrigado, leitor, pela sua atenção.

De presente deixo-lhe a lista de 30 documentos referentes ao Brasil para que exercite o seu inglês.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Triste sina do brasileiro


Por favor, Leitor, leia primeiro a matéria que saiu na primeira página da Folha de S. Paulo: «AQUI»

Cada vez que acesso algum jornal brasileiro o sangue ferve; a indignação vai às alturas. Chego à sensação de estar tocando em sangue, ou, pior, sentindo a podridão humana a invadir-me os sentidos.

Foi o que aconteceu ainda há pouco com mais outra brasilidade. Desta vez por um estudante que morreu, SEM RECEBER QUALQUER TIPO DE ASSISTÊNCIA, em pleno calçadão... da que dizem ser a maior e melhor Universidade do Brasil: – a USP (Universidade de S. Paulo).

Samuel de Souza desmaiou, caiu em agonia a 230 metros da porta da Reitoria e não apareceu perto dele uma só alma para socorrê-lo ou, pelo menos, ampará-lo.

E lá ficou... durante seis horas... estendido no chão... ao sol esturricante do meio-dia.

Tampouco se apresentou um voluntário para carregá-lo nos braços, metê-lo num carro e levá-lo ao próprio hospital da universidade... a 3.000 metros dali.

Sequer alguém correu a chamar um médico, uma enfermeira... ou pegar uma padiola...

Chamaram uma ambulância! Porém... os "porém" brasileiros são anacrônicos... As ambulâncias do melhor hospital do Brasil não são para resgatar ninguém. Pelo menos, não para socorrer qualquer um...

Certamente lá devem existir para decoração... para publicidade... para justificarem alguma compra hiper-superfaturada... Devem ser que nem a cinematografia brasileira. Os filmes são uma merda, mas existem!

A inteligência do brasileiro é precária, bem o sei, e o expediente mental vive direcionado para oportunismos e malandragens.

No Brasil, apenas a Natureza, sempre tão instável, consegue ser desinteressadamente gentil com as criaturas humanas a sobreviverem por lá . Duas horas depois, para refrescar o corpo já intumescido, em principio de decomposição, caiu uma chuvinha fina, nojenta e ácida, do tipo habitual que costuma amenizar o ar poluído e pestilento de S. Paulo. Ainda me lembro dela e do nojo que me invadia.

Por seis horas lá ficou Samuel de Souza caído, falecido, morto-morrido... para ser olhado pela polícia que chegou, viu, fez porra nenhuma e se foi...

Agora, leitor, preste atenção à cronologia da morte de um brasileiro em pleno campus universitário... que dispõe, repito, de um dos melhores hospitais do país, com não-sei-quantos ambulatórios e vive repleto de estudantes de medicina, de enfermagem, sem falar de médicos-professores e... ah... dos doutores famosos, de reputações milionárias e medalhões às pencas, caindo-lhes dos peitos:

09:30 hs – Samuel de Souza chega à USP acompanhado de amigos. Desce do ônibus e caminha até a praça do Relógio Solar e ali desmaia.

10:05 hs. – um membro da guarda universitária tenta medir a pulsação do estudante... Samuel de Souza não respira mais...

Trinta e cinco minutos se passaram para alguém aproximar-se e tocar no estudante...

15:49 hs. – o corpo é retirado. – “Nenhum responsável do Corpo de Bombeiros foi localizado para falar a respeito”.

É revoltante perceber a qualidade de cidadão vivente em que se transformou o brasileiro durante os anos lulistas.

Da minha meninice à adolescência, da juventude à meia idade, o Brasil e brasileiros que eu conheci durante 46 anos não eram assim.

Se antes já era sina do brasileiro nascer para viver a vida em permanente fracasso e miséria, hoje, além desse estigma, podemos ter a certeza que está fadado a morrer no meio da rua, tal qual cachorro atropelado, jogado no meio-fio... sem que criatura alguma lhe estenda a mão ou dê qualquer importância.

É triste!

Igualzinho como acontece nos países praticamente ainda selvagens da África Central ou das Ilhas remotas do Pacífico.

Que abandono!

Nos oito anos lulopetistas os brasileiros não se tornaram somente velhacos, ladrões, corruptos, parricidas, matricidas, pedófilos, assaltantes, estupradores e eleitores de mão no bolso com celular na orelha... Tornaram-se também indiferentes à morte, aos corpos caídos nas calçadas...

São tantos, todos os dias... vistos e narrados nos rádios e televisões, que mais um, ora, mesmo dentro de uma universidade?... É só mais um.

Não importa se é branco, preto, amarelo ou esverdeado... Samuel de Souza, estudante de filosofia, a ponto de se formar, é só mais um morto... para somar-se aos 55.000 assassinatos anuais, às noventa e tantas mil mortes no trânsito, às quatro mil por gripe, às vinte ou trinta mil por malária, dengue e Aids, ás oito ou nove centenas por erros médicos, aos estupros, aos assaltos, às balas perdidas, à cocaína, às velhacarias petistas, paulistas, cariocas, baianas, gaúchas ou por onde se queira que corpos apareçam... e apodreçam a céu aberto.

A vida perdeu valor.

Tanto assim é, leitor, que, – se você leu a reportagem – poderá ver pelo relato que não só as autoridades se eximem de qualquer responsabilidade ou ineficácia ou de ambulâncias, como também o fazem os cretinos que por ali pululavam a assistir, morbidamente, à queda e falecimento do infeliz Samuel de Souza... que eu nem conheci.

Nem devia me importar... Menos ainda, entre um gole e outro de chocolate quente a dez mil quilômetros de distância. Lá fora começou a nevar.

Repare no que à repórter diz o sindicalista Claudionor Brandão, petista com certeza, eleitor de assaltante de bancos e, certamente, “cumpanhero” da vigarista-plagiadora Marilena Chauí, filósofa de araque, co-fundadora do PT, professora dessa universidade e autora de manifestos a favor do cerceamento da imprensa e de outras liberdades mais.

O cretino ordenou a um funcionário do sindicato para pedir auxílio ao Hospital Universitário, mas não lhe ocorreu pegar o estudante caído e transportá-lo imediatamente para o hospital.

É claro que não! Dos dois neurônios que possui, um é autista e o outro asmático.

Até me surpreende como o sindicalista Brandão foi tão ousado e não convocou antes uma reunião com as "base" para marcar o dia da eleição democrática, claro, a fim de se escolher o camarada que iria solicitar ajuda ao hospital.

Rematado imbecil!

Pedir assim, no seco, a um reles “funcionário” para cumprir tal tarefa, foi sem dúvida ato arbitrário, autoritário, demagógico, fascista!; influenciado pelos tucanos ou pelas forças ditatoriais obscuras que tentam dominar as massas para retroceder o Brasil aos níveis oligárquicos, existentes, antes da chegada do "salvador" Lula ao governo do país.

Eu, euzinho, se fosse o Zé Dirceu, expulsava imediatamente esse “cumpanhero”... do partido e do sindicato, ora! Seria até capaz de arrumar um Sombra para dar um "jeito" no abusado.

Para encerrar, caro leitor, observe a foto acima. A mulher de costas, em posição de lótus, sobre o banco de pedra, parece estar extasiada com a visão do corpo estendido, coberto com sacos plásticos, do lixo. Provavelmente, se elucubrarmos aqui, com toda a boa vontade, será que poderemos imaginar que ela pranteia o morto enquanto se deleita com o odor fétido da decomposição?

Se pensarmos com má vontade, a foto revela o costado de uma cretina fundamental, loira oxigenada, obviamente, desrespeitando um corpo humano abandonado à própria miséria.

É só uma imagem brasileira...

Quem foi mesmo o poeta que disse “a morte promete sempre mais do que pode dar”?... Bom, certamente não foi um brasileiro... No Brasil, a morte não promete nada.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Sílvio Santos agraciado com medalha da grã-cruz

No Painel da Folha de S. Paulo de hoje, li estarrecido:
Por Renata Lo Prete

"Medalha no peito Não obstante a crise do banco PanAmericano, Lula resolveu agraciar o empresário Silvio Santos com a Ordem do Mérito do Trabalho Getúlio Vargas no grau de grã-cruz. O vice José Alencar e o maestro Isaac Karabtchevsky receberam a mesma distinção".
É de estarrecer!!! - Assinante da FSP lê «AQUI»

O Lula, NOVAMENTE, esbofeteia o país inteiro e os brasileiros, covardes, sem auto-estima, sem patriotismo, oferecem a outra face.

Como se sentirá Isaac Karabtchevsky ao ser colocado no mesmo nível de bandidos? De braço dado com dois homens sem caráter?

NO BRASIL, O CRIME REALMENTE COMPENSA!!!!!!!!!!!

Silvio Santos, um vigarista, da pior espécie de canalhas que existem no Brasil, um homem que ao longo dos anos só tem enganado milhões de brasileiros, que deu um golpe fraudulento de R$ 2,5 bilhões no seu próprio banco, e que pagou todas as dívidas de campanha desse bando criminoso chamado PT, tão adorado pelos brasileiros...

O meu informante estava certo.

Vergonha para o Brasil. Vexame para os brasileiros!

Que país horrível é o Brasil!

Que coisa medonha!

Quando vejo este tipo de agraciamento a bandidos, insultando toda a nação, indignação alguma me dá ver os morros e favelas dominadas por traficantes, por assassinos ou pela polícia conivente... extorquindo e roubando moradores que se dizem honestos, mas indiferentes se mostram aos despautérios do bêbado e corrupto-mor, chamado Lula da Silva.

É bem merecido. Acho até pouco. Deviam fazer pior. Muito pior! Não são honestos.

Dá-me vontade até de sorrir ao ver as reportagens sobre brasileiros morrendo às pencas nas filas dos hospitais sucateados, nos postos de saúde atendidos por falsos médicos contratados diretamente pelas Prefeituras; ou dos brasileiros vítimas de medicamentos vencidos ou adulterados; ou de infecções hospitalares, disseminadas até a partir da porta de entrada dos hospitais. Ou quando os juizes decidem venalmente em favor de culpados e de assassinos... ou quando as cooperativas adulteram o leite e dezenas de crianças morrem intoxicadas.

Choro pelas crianças; sofro, agatanho-me o peito pela impotência... Diverte-me o sofrimento dos pais. É merecido.

Quase chego à gargalhada ao ver os brasileiros pagarem os juros bancários mais altos do mundo... nos empréstimos, na casa própria, nos cartões de crédito, nos crediários das lojas... e... ah... como solto o riso, franco e divertido, quando são revistados, – tal qual larápios, – pelos seguranças dos bancos nas portas giratórias.

Adoro quando um desses seguranças provoca um enfarte num aposentado – ou lhe mete uma bala na testa – e o velho morre incrédulo... entre as portas de vidro... à míngua inútil da glória da segurança bancária.

Graças aos deuses, diverte-me saber que os brasileiros vivem endividados até à ponta dos cabelos, comendo arroz azedo, quando o têm, para sobreviver... ou que milhões deles são analfabetos e morrem de malária, de dengue, de aids, de gripe... por descaso governamental... ou assassinados por ladrões que acharam pouco o trocado da feira que as vítimas portavam.

Que pena não morrerem mais! Muitos mais...

Que lástima não serem mais destratados, esmurrados e vilipendiados pela polícia, pelos traficantes, sobretudo... ainda mais pelos petistas!

Adoro saber dos inocentes mortos pelas balas perdidas... sempre atribuídas a policiais e nunca a quem verdadeiramente as dispara.

Ainda bem que o MST invade fazendas produtivas, arruína campos arados, mata gado no pasto e destrói milhares de plantações ainda embrionárias.

Adoro a onda Quilombeira de uma terra que pertencia aos índios, roubada pelos brancos, que, sob o governo petista, se sabe agora, pasmem, pertencia aos negros que vieram escravos da África...

Certamente o horto do Jardim Botânico, no Rio de Janeiro, sempre foi propriedade dos negros... dos filhos do Axé e das prostitutas petistas que os partiram.

Que bom existirem “valentões” a queimarem índios dormidos, indigentes sonolentos nas calçadas e empregadas domésticas em paradas de ônibus... Melhor mesmo são os “valentões” paulistas, filhinhos de papais desnaturados, em dilema homossexual latente a baterem em bichas com lâmpadas fluorescentes... por se sentirem reprimidos, frustrados, incapazes de assumirem a mesma mariconada que agridem a lamparadas...

Como é bom saber que o Brasil é um dos países mais corruptos do mundo e um dos mais difíceis para se iniciar uma empresa ou até abrir uma lojinha de quinquilharias.

Ah... leitor, não sabe como reverencio, aplaudo e me regozijo com as “inteligências abéculas” ao estilo Mayara Petruso, a insigne jericada posta a insultar nordestinos após as eleições... seguindo o tipo mulher despeitada que descobriu tarde ser de chita a clâmide recebida pelos favores horizontais.

Nos invernos brasileiros deleito-me com as inundações. Felizmente existirem no Brasil governantes que nenhuma importância dão a obras de saneamento e permitem esgotos a céu aberto... e pontes a ligarem o nada a lugar nenhum.

Que divertido o ensino no Brasil ser “encino” e ir de mal a pior. Monteiro Lobato é proibido nas escolas, o Atlas brasileiro mostra dois Paraguais e Congresso é escrito “Congreço”.

O favelês vigora. Floresce. Já é uma língua viva. Gosto de ouvir os repórteres televisivos, radiofônicos e vespertinos a falarem... a escreverem tão bem esse idioma... maltratando sem dó a inculta e bela, a última flor do Lácio.

Que bom no Brasil existirem mais “universidades de Direito” do que toda a Europa e EUA juntos... não têm. Acho maravilhoso o Direito brasileiro residir em universidades mercantilistas de baixíssima qualidade; na sua maioria, refugio de desprovidos de moral, de ética, que vêem no Direito a melhor forma de superar a lassidão e exercitar a astúcia e o oportunismo... atributos tão inatos... tão nacionalmente brasileiros.

Talvez por isso e apesar, disto, muito me alegro pela reforma do judiciário jamais ter saído do papel e o Poder em si estar hoje inquinado e lotado de esqualos togados... tal como bagres a alimentarem-se de qualquer coisa: - da burocracia, dos artigos legais esdrúxulos e mal redigidos, dos impedimentos e delongas processuais; a morosidade justificada pelo amplo direito à defesa... Defesa de quem pode pagar “bons” advogados amancebados com o Poder Público; indefesa para quem não pode e se rende alegre e imbele à tal justiça sem integridade...

Aplausos para o PMDB, o prostituto político. Rezemos pela alma do DEM em extinção. Esqueçamo-nos do PSDB, das coisas que, ditas, já não são verdade... e dos ninhos apodrecidos dos tucanos. Neles há muito deixou de haver penas.

Preciso limpar os limos do meu poço. Faça o mesmo no seu, caro leitor.

Que bom os marketeiros brasileiros – o conjunto singular de epígonos para dar “voz” e “razão” à “maioria ventríloqua”, – terem passado a racionalizar o irracional; terem transformado a política eleitoral num processo de simples oferta; numa feira de vaidades a promover candidaturas de quem promete melhor e pagava melhor ainda...

Gosto de saber que no Brasil, – astutamente e com enorme aptidão, tanto no campo comercial, social ou político, – os marketeiros tornaram-se tutores do povo e da opinião pública.

Mais gosto de saber, – até incentivo, – que os intelectuais, especialmente os “intilékituaisuspenianos, uerjenianos e pukianos tenham-se transformado em papagaios a repetir o mandado por terceiros; a abjurarem as suas supostas convicções para aderirem a quem detém o poder, tão-somente por uma “boquinha” no governo ou por um livro novo publicado, que ninguém nunca lerá... sem se importarem que eu e mais dois ou três coloquemos na lista do questionável tudo o que anteriormente escreveram.

Que odioso sou!, não é verdade, caro Leitor?

Como sou cruel...

Por apoiar tudo o de “bom” que o Brasil “tem”?; ou por permanecer indignado com as honras ao mérito dadas a celerados de colarinho branco?

Sílvio Santos vem aí... lálá, lálálá... Eu te amo meu Brasil, eu te amo... Meu coração é verde, amarelo, branco, azul, anil... Ninguém segura a juventude do Brasil...

Por favor, leitor, decida; pois sou pior do que isso. Quem diz a verdade sempre se torna odioso para quem a ouve, ou... neste texto, lê. – Queime-o!

Não pense mais, leitor. Saiba que o meu respeito por você vai além de quanto digo. Quem pensa, sofre; e o pior tormento não é sofrer, é pensar. O pensamento faz engolir o vômito de fel... Saiba que é fel o que me atraganta diante da falsidade... quando vejo criminosos agraciados pelos crimes que cometeram... em troca de contribuições dadas a campanhas políticas do Partido Truculento... de um analfabeto corrupto... de uma criminosa, ex-terrorista e assaltante de bancos, eleita... para presidente da república.

Como vê, leitor, não vale a pena pensar. Nem sofrer. Menos você me entenderá... ou, como disse o poeta, desgastará o amor de querer me interpretar...

Irremediavelmente, o Brasil é um país desprovido de moral, sem ética, desgastado na sua honra, traído no seu patriotismo, devorado pela indecência e privado da dignidade...


Cântico Negro

José Régio
do livro: Poemas de Deus e do Diabo


Vem por aqui; – dizem-me alguns com olhos doces,
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom se eu os ouvisse
Quando me dizem: – vem por aqui!
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos meus olhos, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...

A minha glória é esta:
Criar desumanidade!
Não acompanhar ninguém.
Que eu vivo com a mesma sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe.

Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam os meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde,
Por que me repetis?: – vem por aqui!?
Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...

Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.
Como, pois, sereis vós,
Que me dareis machados, ferramentas, e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o longe e a miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...

Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátrias, tendes tetos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios.
Eu tenho a minha Loucura!
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...

Deus e o Diabo é que me guiam, mais ninguém!
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.

Ah... que ninguém me dê piedosas intenções!
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: – vem por aqui!
A minha vida é um vendaval que se soltou.
É uma onda que se alevantou.
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou...
Não sei para onde vou...
Sei que por aí não vou!

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Pot-pourri à brasileira.

Olá Leitor(a). 

Estou novamente em New York. Desta vez para a minha semana anual de compras... que ontem decidi prolongar por mais outra. O meu alfaiate precisa de mais tempo para terminar as encomendas. 

Você não imagina como os ternos sob-medida saem bem mais baratos em NY, se comparados aos da Savile Row, em Londres. Os preços estão ótimos.

Ruim... e bota ruim nisso, são as dezenas de brasileiros embrulhados em cachecóis de lãs multicores, andando aos berros pelas calçadas e corredores das lojas. Que gentalha! Que mau gosto. Que cafonice! Que cheiro a naftalina.

Só de cruzar com eles dá-me um ataque de espirros e seguro a carteira com força.

Pela manhã, decidi comprar-me a “Ferrari” dos Laptops. Acabo de estreá-la para comentar o que li durante a semana passada. Preciso aproveitar ao máximo este novo brinquedinho de US$ 6.500. A diversão durará até regressar a Bruxelas, bem o sei. 


O meu filho mais velho já me convencerá que não disponho de “conhecimentos informáticos” suficientes, (mentalmente está convencido que sou burro), para saber aproveitar tamanho avanço tecnológico.

Não lhe tiro a razão. Neste universo informático encontro mistérios que nem a própria razão ou a vã filosofia são capazes de esclarecer.

Entretanto, desta vez, jurei pra mim mesmo, vou resistir uma semana antes de aceder à troca desta belezura, pela laptop dele, presente meu quatro meses atrás pelo seu aniversário. Nos anos anteriores consegui resistir por dois dias... e acabei ficando sempre com o laptop do meu caçula...

Pelo visto, o escândalo da mega-fraude perpetrada pelo Silvio Santos sumiu dos noticiários brasileiros. O pilantra abotoou-se com R$ 2,5 bilhões, comprou uns quantos editores e redatores, ajudou a eleger a assaltante de bancos para a presidência da republiqueta brasileira e as gloriosas tropas de assalto invadiram o morro... com direito a hastear bandeira no alto... pela terceira ou quarta vez, em pouco menos de três anos...

Por certo, fiquei até com pena dos viciados, – em crises de abstinências, – por estarem impedidos de comprar cocaína, maconha e crack, os “barato” – da Vila Cruzeiro e do Complexo do Alemão, – apropriados a proporcionarem-lhes a sutil compreensão das vicissitudes nacionais.

Como diria um amigo meu, não há crise de abstinência, só “encheção de saco”. Em vez de ir a pé para comprar a droga, nas próximas semanas será preciso carro para ir até ao morro vizinho.

Segundo ele, existem mil comunidades cariocas onde a cocaína sai até mais em conta...

Para mudar de assunto a Globo News, no programa “Profissão Repórter”, levou ao ar uma reportagem bombástica sobre o sucateamento do atendimento hospitalar brasileiro, sem mencionar - uma só vez - a criminosa irresponsabilidade dos petistas...

Segundo uma amiga minha, as gravações foram concluídas no final de Agosto e a edição em princípios de setembro. Que estranho não ter ido ao ar logo em seguida, antes do dia da eleição do segundo turno...

Ao mostrar pobres-a-rodo, sujeiras aos montes e incompetências a granel, deu razão ao estrupício da Dilma Rousseff quando afirmou que “os hospitais estão cheios, porque todo o mundo procura os hospitais”.

Se o programa tivesse ido ao ar em outubro, por exemplo, certamente o empréstimo do BNDES para a Globo não seria aprovado.

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, numa das suas múltiplas chispas de genialidade energúmena, decidiu refundar a cidade do Rio de Janeiro, ditando por decreto municipal o dia 28 de novembro como o de refundação da cidade.

Como se refunda uma cidade que já existe e não foi destruída?

Como diria Nelson Rodrigues, carioca já nasce com a disposição irresistível de se mostrar cretino fundamental. Cééérrrto?

Na rede Globo, se bem recordo, o programa “Estúdio i”, apresentado por Maria Coutinho Beltrão, revela bem esse cretinismo inato. Especialmente da apresentadora; mais ainda se nos lembrarmos do pai dela, Hélio Beltrão.

"Que Brasil formidável seria o Brasil se o brasileiro gostasse do brasileiro", já diria o imortal Nelson Rodrigues.

No fim de semana passado gostei bastante das fotos das apreensões realizadas pela polícia carioca. Além das toneladas de maconha, dos poucos pacotes de cocaína e de uns quantos tijolinhos de crack, o melhor mesmo foram as armas enferrujadas, ou partes delas, apresentadas pela imprensa brasileira como sendo as utilizadas pelos criminosos.

Que espetáculo! Que mentira!

Que jornalismo cretino!

Será que nenhum plumitivo se deu conta que essas armas são uma empulhação da polícia carioca para esconder, não só a própria incapacidade de atuação como a corrupção sistêmica e generalizada que permeia por todos os seus níveis hierárquicos?

Tirando uma ou duas armas mostradas nas fotos, as demais são velhas, imprestáveis e, provavelmente, se nos barracos estavam, serviam apenas para aproveitarem partes delas como peças de reposição no conserto das armas em uso.

Que estranho a polícia ter apreendido tanta maconha, pouquíssima cocaína e quase nada de crack... e nada de armas boas em completo funcionamento.

Gostei também de saber que a polícia estima em 16.000 cariocas o número de narcotraficantes no Rio de Janeiro. Desses, 600 ou 700 estavam na Vila Cruzeiro e fugiram para o Complexo do Alemão.

16.000 bandidos representam 0,1% da população do Rio. Só? Os deputados, senadores e a maioria dos funcionários públicos do Estado estão incluídos nessa contagem?

Que estranho a polícia (22.000 homens em toda a cidade), ter conseguido prender tão-somente meia dúzia desses cariocas... a maioria pé-de-chinelo...

Mais de 500 bandidos, bem armados, fugiram pelos esgotos? Qual foi o acordo?

Os bandidos fogem em paz e os policiais podem revistar todas as 30.000 casas do complexo para se apropriarem de tudo o que encontrarem... inclusive de dinheiro e bens das famílias, cujo crime maior que cometem é não conseguirem sair da pobreza?

Ora, ora! Parece que os crioulos do AfroReggae obtiveram sucesso nas negociações secretas. Que inveja devem sentir os hipócritas das ONGs da paz... das ONgs do bem... e os "intilékituais pukianos" e "uerjenianos" e até os "uspenianos" metidos nas dezenas de comissões de direitos humanos... não menos hipócritas e absolutamente corruptos... voltados apenas para defender os coitadinhos dos bandidos.

Desta vez ninguém falou do Alex Pereira Barbosa, o MV Bill e da sua CUFA (Central Única das Favelas). O que será que deu no rapaz? Ficou rico e não cuida mais dos “brother”?

Enquanto os bandidos se dispersam, a polícia finge que prende, mas rouba o cidadão comum, o prefeito refunda o Rio de Janeiro e Sérgio Cabral já se vê candidatíssimo vitorioso ao Palácio do Planalto, (para desespero e olho gordo do César Maia), José de Alencar, VP da republiqueta, é submetido à sua décima sexta operação.

Coisa ruim não morre mesmo! Isso sim é uma desgraça.

E a gloriosa força aérea brasileira já se prepara para comprar o novíssimo Aerodilma? Pela bagatela de R$ 450 milhões? Leia «AQUI». Que foi que aconteceu?

O aerolula é pequeno demais para o corpanzil disforme da ex-terrorista e assaltante de bancos?

Será, por acaso, necessário nas viagens da Dilmula, que uma equipe médica e respectivos equipamentos precisem acompanhá-la para retrasar-lhe o avanço do câncer de modo a permitir ao Lula manter-se na presidência da republiqueta?

Ou então... Não me diga, leitor, que virou moda no Brasil que cada mequetrefe a assumir a presidência precisa, in obligatio propter rem et animus obligandi de um novo avião para seu uso e comodidade?

Melhor encerrar por aqui. Posso perder o apetite escrevendo mais sobre brasilidades. Tenho reserva no Manhattan Ocean Club para jantar uma bela lagosta de duas libras de peso. Se vier a NY recomendo-lhe que visite o restaurante. No Brasil não existe nada, sequer, parecido.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

PanAmericano: agora a culpa é dos “parente”?

Caro Leitor, façamos como o poeta: – enlacemos as mãos. Sentemo-nos sossegadamente à beira do rio e fitemos como o PanAmericano é uma fraude enorme; sempre foi!; e nós... Nós não estamos de mãos enlaçadas...

Ricardo Feltrin, editor e redator do “Ooops”, coluna de fofocas televisivas do UOL, escreveu no sábado 14/11: – “Sílvio tomou a decisão de por fim ao ‘nepotismo’ no Grupo SS anteontem, em reunião com seus advogados. A equipe teria concluído que a colocação de parentes em altos cargos de direção e confiança foi o principal motivo para que a fraude ocorresse”. – Leia o resto «AQUI», se quiser. Não vale a pena.

O texto do sr. Feltrin, como o nome já insinua, – bem apropriado, diga-se, ao que publica, – é um feltro ou uma filtragem encomendada. Entretanto, serviu-me de inspiração. 


Diante de tantas mentiras que os jornais brasileiros estão a publicar sobre o PanAmericano, a minha indignação vai além do quanto existo.

Por motivos particulares, bem gostaria de contar aqui o que sei e mostrar os documentos há muito guardados. Não posso! Correria o risco de trazer à baila nomes de pessoas estimadas que um dia, de boa fé – e por ingenuidade, – foram seduzidas, manipuladas e lesadas por esse camelô, filho de uma égua, chamado Senor Abravanel.

Quinta-feira passada, cheguei a ligar para duas dessas pessoas. Até me propus ir ao Brasil, (apesar de todo o asco que me invade, só de pensar em voltar), para orientar e apoiá-las, caso estivessem dispostas a testemunhar para o Ministério Público. 


Não estão. 

Nada feito. 

A idade avançou demais para elas e hoje... bom... Quando se envelhece na miséria tem-se medo até de ir à padaria para comprar pão.

O Leitor ainda se lembra de quando Sílvio Santos deixou São Paulo e foi morar em Miami, dizendo que não voltaria mais para o Brasil?... Que deixava de apresentar os programas que só pobre assistia?

O que o Leitor talvez não saiba é que Sílvio Santos fugiu para deixar em São Paulo um bando de advogados que, munidos de poderes ad negotia, enfrentaram as pessoas lesadas numa estafa financeira milionária, iniciada com os carnês do Baú da Felicidade, repetida nos títulos da Liderança Capitalização e hoje, praticamente institucionalizada pela atual Tele-Sena arranjada.

A justiça brasileira corrupta, imersa nas inventadas delongas processuais exasperantes, e esses advogados sem escrúpulos, proporcionaram acertos ad judicia et extra aviltantes; sobretudo um monte de pactum de non petendo


Esses amigos meus foram dois dos milhares de prejudicados, que se juntam agora aos estafados pelo PanAmericano.

E o leitor acha que o Ministério Público não sabe ou sabia disso? Sabe! Sabia! Mas não fez nada!; porque é movido a interesses políticos, jantares e outras ‘cositas” mais.

Melhor deixar de lado as aberrações legais brasileiras e a “apatia” do Ministério Público e do Banco Central; este, o verdadeiro responsável por ter permitido esse golpe de R$ 2,5 bilhões no PanAmericano; cujo montante final, segundo soube hoje, pode passar dos R$ 4 Bilhões.

De qualquer forma, vou contar mais um pouco, ao meu modo, dentro do possível, o que sei e que a imprensa brasileira também sabe, mas prefere esconder. Quem sabe, alguém se interessa e vai em busca de mais informações, se tiver coragem de publicá-las.

Esta manhã, falando com um amigo meu em Belo Horizonte, quis saber porque a imprensa não revelava a verdade sobre Sílvio Santos. 


Disse-me ele: – “a maioria tem medo de perder o emprego ou quebrar o corporativismo... e, se desempregado, pode que não consiga vaga no jornalismo SS... ”... “Além disso, revelar o que acontece nos bastidores do Grupo SS traria à tona situações análogas em mais de uma dezena de bancos”... “Os investimentos em publicidade dos bancos anda na casa dos R$ 800 ou R$ 900 milhões...

No final deste texto ofereço uma lista de matérias colecionadas no fim de semana passado. Destaco a escrita por Mônica Bergamo, da Folha, onde transcreve uma entrevista telefônica realizada com Sílvio Santos. Leia-a «AQUI» se tiver muita curiosidade e quiser me abandonar... Como diria o poeta: – “Quer gozemos, quer não gozemos, passamos como o rio. Mais vale saber passar silenciosamente”.

A entrevista vale a pena; exclusivamente para se perceber o caráter abjeto de Senor Abravanel, que prefere ser chamado de Sílvio Santos.

Voltemos à matéria do feltro, ooops!, digo, Feltrin.

Sílvio Santos e sua assessoria de imprensa devem andar ouvindo discos de Vicente Celestino. Num momento como este, em que a “Força do Destino” destroça o “Baú da Felicidade”, que há muito está falido, a canção “O ébrio”, do imortal intérprete, deve ser adágio de fundo a marcar as decisões.

Saudades, certamente deve ter Sílvio Santos de quando cantava a “Tosca” no banheiro... e o auditório “mais feliz do Brasil” atirava-lhe flores. Consigo até imaginá-lo, diante do espelho a ajeitar a peruca, trauteando de microfone dourado ao pescoço:

Já fui feliz e recebido com nobreza até
Nadava em ouro, e tinha alcova de cetim
E a cada passo um grande amigo que depunha fé
E nos parentes... confiava sim...

E hoje ao ver-me na miséria, tudo vejo então
O falso lar que amava e a chorar deixei
Cada parente, cada amigo, era um ladrão
Me abandonaram, e roubaram o que amei.

Assim que... huumm... mandaram o Feltrin dizer que o busílis no PanAmericano “foi os parente”?????

Só quem não conhece o centralismo e a tirania do Senor Abravanel pode acreditar numa patranha dessas; ou nas que disse à Mônica Bergamo. Daqui a pouco, baseado no que jornalista transcreveu, vou destacar algumas, só para ilustrar.

Antes, porém, é preciso que o Leitor entenda algo nas e das personalidades de Senor Abravanel versus Sílvio Santos. 

Embora seja o mesmo homem, ele não se pertence. 

O poder dominou-o, a tal ponto, que pisa em quem se interpuser no seu caminho. 

Nele convivem traços típicos distintos, bipolares, erráticos e dados a destemperos excruciantes. Detesta perfumes e se alguém quiser deixá-lo furioso é chegar perto todo(a) perfumado(a). Este fato talvez se deva à doença que tem: edema de Quink.

Senor Abravanel é o homem-empresário, camelô compulsivo, déspota por natureza, macumbeiro por superstições pessoais múltiplas, – faceta que pouca gente conhece, – adúltero contumaz, pai protetor e marido provedor.

Sílvio Santos é o oposto; sempre e quando ao redor hajam holofotes, pessoas estranhas ou a ambição financeira o impulse a camaleonar-se. No privado, Sílvio Santos confunde-se com Senor Abravanel.

Alguém já esqueceu quando ele e seu auditório cantavam: “O general Golbery é coisa nossa”? “O presidente João Figueiredo é coisa nossa”?...

E de Carlos Renato?, jurado bem pago do seu programa de calouros, primo de dona Dulce, esposa do general João Figueiredo?

E da marchinha "Eu te amo meu Brasil, eu te amo", escrita por Don e Ravel, que sonorizava a campanha publicitária “Brasil, ame-o ou deixe-o” elaborada a pedido do alto comando militar?

Quem não se lembra da “semana do presidente” apresentado aos domingos para mostrar que a ditadura só fazia bem para o Brasil?

Fazia bem, sim, para Abravanel conseguir mais canais públicos de TV e formar o seu SBT; ou conseguir a licença para montar a sua Liderança Capitalização destinada a espoliar pobres de pouca inteligência. 

Do mesmo modo como a bolinha de papel atirada à cabeça do Serra fez bem ao Senor Abravanel para conseguir o empréstimo de R$ 2,5 Bilhões e ajudar na derrota de José Serra; não que eu a lamente. Veja a reportagem «AQUI»

Quem pensar em conquistar a amizade do personagem Senor Abravanel, dificilmente terá êxito. Raramente freqüenta restaurantes ou recebe convidados na sua luxuosa residência no Morumbi, de onde, certa vez, foi posto para fora pela esposa, Irís, que apresentou queixa crime contra ele na polícia e, posteriormente, até trocou as fechaduras da casa.

Abravanel abjura igualmente guetos acadêmicos ou meter-se em atos públicos ou políticos, apesar de ter tentado eleger-se prefeito duas vezes e presidente da república, uma vez. Tampouco possui currículo escolar, ao menos, completo. No entanto era bilionário. Hoje não é mais.

No trato com funcionários e operários das suas empresas, Abravanel mostra-se arbitrário, geralmente despótico e disciplinador. Não gosta de ouvir, não aceita sugestões, fala pelos cotovelos e os outros... Os outros sempre e invariavelmente estão errados.

Outro dos seus dotes é conhecer detalhes sórdidos das suas figuras proeminentes no SBT, do jornalismo em geral, de políticos, de banqueiros e, mormente, de ministros. 

Não tem avidez por notoriedade. Prefere atuar como uma espécie de eminência parda; um cardeal Richelieu dos interesses farisaicos das suas empresas junto ao governo Federal, (principalmente na época dos militares), e a outros governos de países das Américas; sobretudo, da do Norte.

Sua principal característica é o conhecimento enciclopédico; uma capacidade intuitiva da realidade; uma visão de mundo, de empresas, da política, do Direito e, sobretudo da grande imprensa, algo incomparável a qualquer outro cidadão brasileiro.

Em terra de cegos, quem tem olho é rei.

Senor Abravanel é um especialista em demonstrar que "em quase nenhum lugar é assim" e que só ele está certo. Habitualmente, com sucesso, debate e rebate com eloqüência os argumentos do governo contrários aos seus interesses pessoais e aos das suas empresas, nesta ordem.

É metódico fanático e desconfiado primeiro. Acredita na família e comanda-a com pulso de ferro ao estilo da máfia siciliana. Todas as suas empresas são “oficialmente” regidas por familiares, aos quais impõe, – em nome desses laços co-sanguíneos, – uma lealdade e fidelidade caninas; porém, a nenhum deles dá autonomia para dar um passo, sequer, nem espirro se porventura precisar, sem receber previamente a sua aprovação.

Para Abravanel, mais importante do que ganhar dinheiro é não perdê-lo. Entre os seus funcionários tem fama de ser pão-duro; talvez por isso ele não se cansa de alardear que os paga regiamente. Não paga!

Abravanel detesta ser contrariado; mais ainda em não obter em seguida o que deseja; pior se muda de opinião e não é atendido na mesma velocidade da mudança.

Quanto à personalidade do “Sílvio Santos”, como escrevi antes, é totalmente o oposto, repito, se houver público ou microfones por perto.

Sílvio Santos é a personificação exemplar do bufarinheiro nato; a simpatia e o carisma de mãos dadas, montadas em cima de duas pernas com um microfone antigo pendurado no pescoço. 

É afável, “amigo” dos seus amigos, se estes lhe proporcionarem algum tipo de vantagem. Sedutor ao extremo, é dono de uma lábia de fazer inveja a Satanás. Jus lhe faz o apelido “o peru que fala”, (já esquecido pela mídia), com o qual foi conhecido na juventude. 

Como bom camelô não hesita em mentir ou deturpar a verdade se a situação lhe for antagônica.

Outra das suas aptidões reside na singular capacidade de insultar as pessoas e deixá-las com a sensação de terem sido elogiadas; graças à sua simpatia, ao domínio da voz e ao extraordinário conhecimento de palavras pouco usuais, usadas como eufemismos.

Se quer chamar alguém de burro, por exemplo, coisa que sucede amiúde na cobrança de resultados junto a algum executivo das suas empresas, diz simplesmente: “nota-se que o senhor tem uma inteligência digna dos maiores elogios”. – Se o coitado, apesar dos resultados ruins apresentados, não percebe o sarcasmo, certamente fica feliz por ter recebido “os maiores elogios” do patrão.

Raramente algum dos “elogiados” pára para raciocinar sobre o “piropos” que recebe. Porém, se o faz, guarda silêncio, porque propagou antes pela empresa que o chefão o elogiou. Pelo geral, uma semana ou duas depois é despedido. Sílvio Santos não perdoa erros ou resultados abaixo do esperado.

Estranho que a imprensa ainda não tenha ido atrás de Miguel Cohen, ex-diretor do cartão PanAmericano...

As ironias e metáforas de Sílvio Santos são igualmente famosas, ferinas e incontáveis vezes interpretadas ao contrário do seu significado, para desespero de muitos executivos e dos poucos jornalistas que conseguem entrevistá-lo.

Um exemplo do que acabo de afirmar é a entrevista transcrita que concedeu à Mônica Bergamo. Em negrito apenas as respostas de Sílvio Santos e, logo abaixo de cada uma o meu comentário.

(Leitor, se acima, onde indico o link da entrevista, você não a acessou, vai precisar primeiro fazê-lo agora, «AQUI», se quiser entender o que comento abaixo).

– “Que Lula?

A mordacidade de Sílvio Santos diante das perguntas da jornalista chega a ser aviltante. É preciso que a jornalista lhe diga a qual “Lula” ela se refere para que a “personalidade” Sílvio Santos busque na memória a referência ao nome.

O complemento da resposta dada à jornalista é ainda mais circense. Não fosse eu e a minha memória, soaria até plausível. Porém, se o leitor reler o que foi noticiado em 22/09/2010, no Portal G1 da Globo, «AQUI», verá as discrepâncias.

Sílvio na entrevista fala em ter pedido ao Lula R$ 13 milhões, mas em 22/09 falou que eram R$ 12 milhões. Milhão para cá, milhão para lá, que diferença faz? Né “me’mo”?

Coincidentemente, na mesma data, Lula, para atender o Sílvio Santos, cancelou a reunião que estava agendada, às 11:25 hs, com o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. – Oh, coincidênciazinha danada de boa, !

Entretanto, como disse o meu amigo esta manhã, se a reunião com Henrique Meirelles foi cancelada, porque diabos o mesmo Henrique Meirelles estava no gabinete do Lula quando Senor Abravanel lá entrou? Sim, Senor Abravanel foi quem visitou o Lula. 

O Sílvio Santos estava incorporado para tratar do Teleton, mas... – mas, que peninha! – não teve oportunidade, exceto para dar entrevistas à mídia e insinuar, como relata a reportagem do G1: – “Sílvio Santos contou ainda que convidou Lula para fazer a abertura do Teleton, mas também não obteve uma posição definitiva do presidente. Ao relatar a espera na ante-sala do gabinete presidencial, o apresentador acabou revelando aos jornalistas que o ex-ministro da Justiça Márcio Thomas Bastos aguardava para se reunir com Lula, encontro que não estava previsto na agenda oficial”.

“...acabou revelando aos jornalistas que o ex-ministro da Justiça Márcio Thomas Bastos aguardava para se reunir com Lula, encontro que não estava previsto na agenda oficial”????

O estranho mesmo, como disse o meu amigo, é que Senor Abravanel, despido completamente da personalidade de Sílvio Santos, não parava de falar, pelo celular, com o próprio Thomas Bastos...

Em 22/09, na entrevista dada à Globo, Sílvio Santos diz que pediu R$ 12 milhões, (um por cada ano de existência do Teleton), mas que “o Lula não deu resposta sobre se daria o dinheiro”.

Em 12/11/2010, 46 dias depois, diz à Mônica Bergamo: 

Estive com ele falando sobre o Teleton. Ele está me devendo R$ 13 mil [risos]. Tive que dar por minha conta porque ele prometeu e não deu os R$ 13 mil. Eu falei para ele: "Se você der R$ 13 mil, a Dilma pode ganhar a eleição". Porque é o número dela, não é? Não é 13 o número da Dilma? "Pode ser que Deus te ajude e ela ganhe a eleição."

Agora pergunto eu: Se R$ 12 milhões eram, um por cada ano de existência do Teleton, porque viraram, – para a repórter da Folha, – R$ 13 milhões? Para combinarem com o número da Dilma? Porque 46 dias depois a memória esquece das mentiras ditas antes?

Você responde, Leitor.

Sigamos. Continuemos a observar o fluxo do rio.

– “Mas aí é que tá: agora tô preocupado [risos]. Ele fez a promessa e não cumpriu”.

Esperar caráter ou honra entre bandidos é o mesmo que plantar batatas em mar aberto.

Sílvio Santos que, em troca de um monte de milhões de Reais (R$ 105 milhões segundo me confirmaram), – a pagar de suborno ao PT – por conseguir o empréstimo de R$ 2,5 bilhões, ainda afirma algo que o Lula nunca disse;... mas combinou (quando se falasse da audiência no planalto), para efeitos de versão a ser dada à imprensa.

Outra pergunta impossível de calar: Como o Lula, mesmo sendo um beócio da pior qualidade e corrupto de alto escalão, desmarca uma entrevista com o presidente do Banco Central para atender um dono de televisão que vai "pedir-lhe" um monte de dinheiro para uma instituição que já recebe ajuda Federal e Estadual?

Você responde, Leitor.

Aqui um parêntesis para que o leitor perceba como Sílvio Santos gosta de plantar factóides. Assemelha-se até com o petista-bandido, ladrão e seqüestrador do José Dirceu.

Há alguns anos corria o boato que a TV Globo, no seu “Criança Esperança” recebia doações e usava-as para descontar no imposto de renda. Isso aconteceu, de fato, no primeiro ano do programa, mais por incompetência do departamento financeiro da emissora do que por má fé. Entretanto, logo foi corrigido. Contudo, anos depois, quando esse boato realmente apareceu, adivinhe de onde saiu? Onde começou?

O Leitor será capaz de adivinhar?

É pena que o Jornal do Brasil não tenha ainda, digitalizadas e online, todas as edições passadas para poder indicar aqui o link de quando o rumor foi espalhado. Entretanto, se o leitor pesquisar no Google deste ano e nos últimos oito anos, poderá ver que antes do “Criança Esperança” se realizar os boatos recrudescem intensamente. O pico atinge quando Sílvio Santos realiza o seu Teleton.

Vejamos agora sobre o José Serra e as três respostas do Sílvio à jornalista:

– “Caiu alguma coisa na cabeça dele? [risos] Caiu alguma coisa na cabeça dele?
..............
– “Ah, não foi hoje?
..............
– “Ah, eu não sei desse negócio de bolinha, não. Isso aí, olha, eu não vejo TV. Televisão, para mim, é trabalho. Só vejo filme. Agora que você ligou para mim eu estava vendo a Fontana di Trevi. Você já viu esse filme, "A Fonte dos Desejos" (de Jean Negulesco)? Eu estava vendo agora”.

Do mesmo modo que Senor Abravanel inventou “a Semana do Presidente”; rasgava seda com o nome do General Golbery do Couto e Silva, inclusive na promoção do seu livro, “Geopolítica do Brasil”; contratou e promoveu a dupla Don e Ravel para agradar aos militares; empregou como jurado Carlos Renato, primo da esposa do General Figueiredo, tudo para conseguir mais canais de TV, a divulgação da bolinha de papel em cima do Serra, e o repasse da reportagem para a propaganda Dilma, foi um agrado ao Lula e ao PT. O mesmo fim teve a carta escrita e divulgada, por ordem do próprio Abravanel, pelo repórter Marco Alvarenga «AQUI» e «AQUI», e o desafio de Carlos Nascimento, durante a apresentação do Jornal do SBT, ao instar qualquer pessoa a apresentar provas de que tivesse havido um segundo ataque a José Serra, além da bolinha de papel.

Quando Carlos Nascimento fez esse desafio já sabia que a Folha de S. Paulo possuía imagens que provavam o contrário e que, no dia seguinte, seriam exibidas pela TV Globo.

Quando as emissoras afiliadas ao SBT no Nordeste cancelaram, “por ordens superiores”, o debate onde Serra deveria se apresentar, por acordo previamente firmado, a despeito do suposto cancelamento de Dilma Rousseff, as tais "ordens superiores" partiram diretamente de Senor Abravanel. 

Sílvio Santos teria até prosseguido com o debate, pois os anunciantes já tinham pago. Entretanto, nesse momento, o empréstimo de R$ 2,5 bilhões já estava totalmente assegurado desde 22 de setembro.

Nas respostas à jornalista, Sílvio Santos transborda ironias e chalaças. O divergir para outros assuntos, como falar do filme "A Fonte dos Desejos", é outra das suas peculiaridades mais notáveis quando mente.

De toda a entrevista narrada pela Mônica Bergamo, a parte que mais gostei foi a “sutileza” com que Sílvio Santos desconhece o nome de Eike Batista. Como se diz na Espanha, Sílvio quadrou o touro e lhe deu um passe de peito:

– “No duro?
….
– “Ah, me arranja! Arranja para mim que eu te dou uma comissão”.
.....
– “Se ele me pagar bem, por que não? Quem é? "Elque"?”
......
– “Ele é americano? Eike?
......
– “Não, não conheço. Mas, se ele pagar os R$ 2,5 bilhões que estou devendo, vendo, é claro que vendo. Não precisa nem pagar para mim, paga para o Fundo Garantidor de Crédito. Eu não posso vender nada sem passar pelo Fundo Garantidor de Crédito”.

Se eu fosse o Sílvio Santos teria respondido parecido, pois diante das perguntas da repórter, está na cara que ela pegou o assunto num bonde andando e não tem a menor noção do que aconteceu. Coitada!

Vamos aos fatos como realmente aconteceram.

1 – Eike Batista não pretende comprar o SBT. Nunca quis, nem quer!

2 – Depois que Carlos Slim recusou a proposta de Senor Abravanel para associar-se ao SBT e, por tabela, ao PanAmericano, o dono do Baú procurou Eike Batista e mais três outros investidores, cujos nomes não vêem ao caso, e fez-lhes a mesma proposta apresentada ao mega-investidor mexicano.

3 – Eike Batista nem se tomou tempo a pensar. Recusou:
a) A situação financeira grave do Grupo SS já era do seu conhecimento.

b) A possibilidade de possuir uma rede de TV seria até interessante... Contudo, Eike jamais se disporia a pagar US$ 1 bilhão (a exorbitância que Silvo Santos pede) para não ter o controle acionário e administrativo da Empresa.
Sílvio Santos somente aceita vender parte do SBT, sempre e quando ele próprio (leia-se oficialmente, por meio das filhas e amigos de confiança), permaneça senhor e rei de todas as decisões.

Nesta altura da entrevista, em Mônica Bergamo deve ter baixado o espírito da imbecilidade costumeira dos repórteres televisivos, especialmente da Record e da Bandeirantes, quando transmitem desastres e catástrofes.

Diante da mãe que acaba de perder o filho, assassinado ou atropelado, esses metidos a jornalistas, mentecaptos são, costumam perguntar: – A senhora está sofrendo muito? Como está o seu coração? – E, diante das respostas desoladoras dessas mães, os monstros da informação ainda acrescentam: – A senhora está muito triste, né!?. – O operador da câmara aproveita logo para dar um close no rosto da mãe a ver se dos olhos escorrem lágrimas. Se não há choradeira, o repórter passa às afirmativas: – É muito triste perder um filho... A senhor vai conseguir sobreviver sem o seu filho... O sonho do seu filho em ser médico já não vai se realizar... E as lágrimas começam a verter. É a glória para o jornalismo brasileiro.

O leitor não imagina como eu ficava furioso quando assistia a essas demonstrações apelativas.

Assim fez Mônica Bergamo: – “O senhor está bem? Triste? Chateado?”... “O senhor ficou surpreso com tudo o que aconteceu?”...

Quando vejo uma repórter fazer este tipo de pergunta, será que ela espera que o entrevistado responda que está alegre, com a alma em festa, dando pulos de alegria?

Não me surpreende que a grande imprensa brasileira esteja repleta de imbecis que se acotovelam para ganharem um jantar grátis ou por um agrado de dez vinténs. São deficientes dos neurônios. Têm dois; um é perneta e o outro autista.

Sigamos, embora o texto já esteja maior do que eu imaginava. Se o Leitor estiver cansado, pare e volte outro dia. Hoje encerro o assunto PanAmericano. Também já cansei e nos próximos vou descansar os dedos.

Na entrevista, Mônica Bergamo menciona, ao perguntar, novamente algo que ouviu num trem que a despenteou e deixou-lhe a inteligência em desalinho. Refiro-me ao assunto do Bradesco.

Sílvio Santos por certo deve ter percebido os "nivéu" de quem o entrevistava e responde na gozação. Como a maioria dos jornalistas brasileiros, a moça também não sabe perguntar.

Vamos aos fatos:

O Bradesco não quer emprestar um centavo para o PanAmericano pois já é credor de mais de R$ 850 milhões em carteiras de crédito (a imprensa finalmente descobriu que não eram carnês), que já haviam sido pagas ao PanAmericano e este, mesmo assim, as repassou como não pagas. 

O banco Central em outubro do ano passado já sabia dessa fraude. A Caixa Econômica tomou conhecimento em janeiro deste ano.

O Bradesco também não emprestaria um centavo a Senor Abravanel pois em janeiro de 2009 fez-lhe uma proposta para comprar o PanAmericano, mais o Baú da Felicidade, pelo valor total da carteira fria que recebeu. Foi recusado.

No Conselho do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) o Bradesco votou (exaltado, segundo soube), contra o empréstimo de R$ 2,5 bilhões. Teve que voltar atrás por pressão do governo, devido às subprimes e hedges podres que possui, cuja solvência têm comprometido seriamente a sua saúde financeira.

Para encerrar, embora muito guarde com vontade de contar, o desconhecimento de Sílvio Santos em relação a Rafael Palladino, agora ex-superintendente do PanAmericano, é assaz hilário. 

Como também o é em relação a Henrique Meirelles com quem se encontrou em pelo menos, (que eu saiba) três ocasiões diferentes.

Para o Leitor entender:

Rafael Palladino eu conheço bem. O sujeito deve andar por volta dos sessenta e poucos anos. É dois ou três anos mais velho do que eu. 

Todos os negócios onde se meteu, antes de trabalhar para o Sílvio Santos, deram errado. Em termos de universidade tentou três ou quatro cursos e desistiu. Creio que depois fez educação física numa dessas faculdades onde não é preciso estudar, – só pagar e ao final recebe o diploma, – mas acho que não concluiu. 

Essa parte nunca atualizei por ter saído do Brasil na época.

Por ser primo carnal da Íris, segunda esposa de Sílvio Santos, começou a trabalhar no Grupo SS lá pelos idos de 1988 ou 89, (não recordo exatamente) como vendedor de imóveis. Passou o pão que o diabo amassou. 

O seu físico avantajado e estilo leão-de-chácara metiam medo. Mal ganhava para comer. Na época, Rafael intitulava-se assessor direto do próprio Sílvio, o que, como o leitor já pode imaginar, gerava um monte de gozações entre os amigos; gozações essas feitas em surdina, pois o homem enfezava com facilidade.

Recordo que na época, Rafael ou Rafa, ou “pata de onça”, (devido às mãos enormes), como o chamávamos, passou até a se pentear ao estilo Sílvio Santos.

Por influência da prima, especialmente após ela ter posto o Sílvio Santos pra fora de casa e terem feito as pazes, Rafael foi ser aprendiz de gerente na Baú Financeira (Ex-Real Sul S/A), na época uma empresinha usureira que emprestava dinheiro a juros abusivos para coitados pouco inteligentes. 

Essa empresa, em São Caetano, deu origem ao PanAmericano.

Quando Sílvio Santos conseguiu a licença do governo para montar o Banco, Rafael, ainda por pressão da Íris Abravanel, foi nomeado gerente e logo depois, como era da família, diretor e mais tarde Superintendente, respondendo direto a Luis Sebastião Sandoval, presidente oficial do Grupo SS.

Com o passar dos anos, Rafael tornou-se sócio de fato e de direito de Senor Abravanel na TV Studios Anhanguera, no Baú da Felicidade, na Baú Distribuidora de Títulos e Valores Imobiliários e na Liderança Capitalização, além de mais de umas vinte ou trinta empresas de médio e pequeno porte onde atua como “testa-de-ferro” do próprio Sílvio Santos. 

Empresas essas que vão desde postos de combustível a empresas de marketing e até uma especializada em cobranças.

Tal como o patrão, não só no penteado, Rafael é dado a explosões de caráter, quase sempre grosseiras e repletas de palavrões. A sua fidelidade canina para com o Sílvio é admirável, embora, tal como no passado, ele goste de uma bazófia, digamos, mais enfeitada e bem distante da realidade.

Porém, como dizem os vendedores do Baú da Felicidade, "ninguém engana Sílvio Santos sem pagar por isso"; como aconteceu com os meliantes; um que lhe sequestrou uma das filhas do primeiro casamento, no Rio de Janeiro, e outro, em S. Paulo, que invadiu a sua residência. Ambos morreram de causas desconhecidas, no dia seguinte após darem entrada na prisão.

Se Rafael Palladino tiver alguma morte súbita, natural, claro, eu vou saber que é culpado.

Sílvio Santos dizer que não sabe quem é Rafael Palladino é até compreensível. Ele o conhece por tio Rafa (por parte das filhas) ou Rafinha, por parte da esposa. Ou talvez por “pata de onça”, por parte dos amigos de quem se afastou quando ficou bem de vida, mas não rico como a imprensa tem divulgado.

Certamente a fraude do PanAmericano não foi orquestrada por Rafael Palladino. Este senhor não tem inteligência para tanto, nem coragem para isso. Uma fraude desse tamanho exigiria colocar dinheiro fora do Brasil. 

O “pata de onça” não fala uma palavra de inglês e, se bem me recordo, quando foi do lançamento do PanAmericano na Bovespa (abertura de capital) e conseqüente captação de investidores, Rafael foi para New York quase morrendo de medo por se sentir incapaz de dar conta do recado.

Dentro do grupo Silvio Santos só há um responsável: o próprio Senor Abravanel. Todos os demais executivos, incluindo Luis Sandoval e demais familiares, não passam de assessores e executores das ordens, desejos e ambições de Silvio Santos.

A culpa não é dos “parente”!

Como na canção, a força do destino e a soberba estão se encarregando de, mesmo no fim da vida, dar a Silvio Santos a desgraça que ele deu a milhares de pessoas por terem acreditado na sua lábia, nas suas tele-senas, nos infindáveis carnês do baú da (in)felicidade, naqueles programas de sorteios... para atrair incautos.

Leia também:

11/11/2010 – Silvio Santos virou patrão com golpe no fundador da Record.

12/11/2010 – Após fraude no PanAmericano, Banco Central vasculha carteiras de bancos.

12/11/2010 – Se pagar bem, claro que vendo o SBT, diz Silvio Santos.

12/11/2010 – SBT confirma que negocia venda de horário para evangélicos.

14/11/2010 – Diretores do PanAmericano transferiram bens durante investigação do BC.

14/11/2010 – Parentes de Silvio e Íris serão demitidos do Grupo SS.

14/11/2010 – PanAmericano pagou juros de R$ 120 milhões a cliente.


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