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sábado, 8 de maio de 2010

Medo da verdade.

Alguém no Brasil já percebeu que nenhum dos dois principais candidatos à presidência sequer menciona o intuito de combater a corrupção? É certo que prometer acabar com ela seria uma utopia... Mas, pelo menos, poderiam mostrar um pouco de vontade, céérrrto?

Alguém sabe se existe alguma comissão supervisora, independente, acima do Banco Central, com a incumbência de verificar a veracidade existente das reservas cambiais do país? Pelo menos alguém já se deu ao trabalho de somar, apenas somar, as vezes e as quantidades de dólares comprados pelo banco Central durante as suas intervenções na Bolsa e cotejar o resultado com o que é anunciado?

Só em 2009, no Brasil, os investimentos externos caíram 43%...

Alguma vez alguém conseguiu olhar o conteúdo no número exagerado de malas que são embarcadas no aéro-lula? Ou algum jornalista já teve a curiosidade de seguir uma dessas malas após o desembarque na França, na Suíça ou em Cuba?

E sobre a Casa da Moeda no Rio de Janeiro com entradas e saídas repentinas, e sem registro, no meio da noite? Alguém investigou?

E as estatísticas governamentais com os extraordinários “achievements” do lulo-petismo? Alguém já foi aos locais para conferir?

Na crassa ignorância que caracteriza o PT tenho certeza que os poliglotas do “partidaço” traduziram “achievements” (realizações) como “achismo”. O som é parecido. Certamente por isso, nas suas divulgações públicas, informam o que “acham” para disfarçar o nada que fizeram... como se vê, por exemplo na matéria da Folha de S. Paulo: “Governo infla dados e erra mapa em anúncio”.

Nos bancos da escola brasileira, quando ainda era escola de verdade e os professores falavam corretamente português, aprendi que todo o homem com um único objetivo na vida, já seja o de tornar-se advogado famoso, político sagaz ou até comerciante bem sucedido, sempre consegue realizá-lo. E esse é o seu castigo.

Aqueles que sonham com uma máscara são condenados a usá-la... Especialmente no Brasil onde a capacidade perceptiva popular parece inexistente.

Nos cinqüenta anos que lá vivi, a cada regresso de alguma viagem já no aeroporto sentia-me mergulhar em algum cenário das histórias de Ésquilo, o famoso dramaturgo grego, considerado o pai da tragédia.

Numa delas, Ésquilo conta-nos que um grande senhor, apesar de ter sido advertido inúmeras vezes, levou para casa um filhote de leão e a ele se afeiçoou porque o animal atendia ao seu chamado com os olhos radiantes e o cobria de carícias sempre que desejava alimento... até ao dia em que, já adulto, mostrou a verdadeira índole da espécie. Nesse dia, não só matou o grande senhor, como destruiu toda sua a casa e os bens que possuía.

No Brasil ocorreu algo similar, porém mais sinistro. O povo brasileiro preferiu acolher um cefalópode sem perceber a quantidade de tentáculos que possuia, nem a edacidade devoradora que caracteriza essa espécie de molusco. Acarinhou-o, enalteceu-o e o cefalópode ficou adulto e os tentáculos cresceram assustadoramente. Prenderam-se a tudo o que havia de valor no país... e quando localizaram a ética e a moral do povo arrancaram-nas e destruíram-nas.

O Brasil, como território, continuou uma beleza, mas o povo tornou-se uma tragédia. No tangente à política e ao jornalismo virou catástrofe. Se me lembrar da saúde ou da segurança começo a chorar.

Pois bem, recentemente finalizei um estudo sobre a capacidade de penetração política internacional do Brasil. Isto é, o que o Brasil representa no contexto geopolítico das 30 nações mais industrializadas do mundo.

Não nos esqueçamos que o Brasil, em determinados estudos sérios, é considerado a 11ª. economia mundial. Em outros, bem mais risonhos, é a 8ª. Em um outro, este sim, bem amanhado, é a sexta economia do mundo... embora no texto original estivesse escrito: “potencial para ser a 6ª até 2030.”

Não vou entrar aqui em detalhes sobre o trabalho que me tomou seis meses, nem sobre as fontes. Seria antiético. Foi realizado a pedido de um cliente, portanto, como já fui pago, o conteúdo total a ele pertence.

Entretanto, apesar de conhecer bem o meu antigo país, jamais me havia deparado com a sua fotografia sem retoques. Com uma radiografia em cores tão berrantes que pedi à minha equipe de colaboradores que verificasse novamente todos os dados. Eu e eles passamos duas semanas checando item por item.

O resultado final foi atemorizante.

Sob condição alguma e dia algum cheguei a suspeitar que os atores do lulo-petismo mentiam. Ao contrário! Sempre tive a certeza que mentiam com todos os dentes! A mais absoluta certeza! Conheço bem essa escumalha. Porém, em tempo algum, confesso, percebi com clareza a dimensão e profundidade aterradoras dessas mentiras; principalmente as que o jornalismo brasileiro divulga sobre indicadores macro-econômicos ou sociais. Ou sobre os índices de endividamento e conseqüente inadimplência do povo. Ou sobre os níveis de emprego e crescimento da indústria. Menos ainda sobre as tais famosas reservas em moeda estrangeira que o ministro da Fazenda sonoramente fala e faz publicar nos jornais.

Outro fato aterrador que sobressaiu foi o fracasso TOTAL da política externa do Lula; especialmente a maneira como envergonhou o Brasil e atirou ao lixo a que um dia foi considerada a melhor diplomacia do mundo.

Até à conclusão desse estudo não tinha idéia que o buraco no Brasil era bem mais embaixo e muito mais profundo.

Não tinha idéia que o Brasil é governado por bandidos reais, piores que o pior dos bandidos... conquanto já soubesse que eram um bando de vigaristas.

No dia que os brasileiros souberem da verdade, como aconteceu com os Gregos na recente crise da Grécia, após anos de também não querem saber da verdade, só espero que apareça alguém com algum senso de patriotismo...

Embora suspeitasse que o povo brasileiro é por natureza mitômano, também não tinha idéia que chegasse ao extremo de repudiar políticos e especialistas que lhes dizem a verdade.

Os brasileiros não querem saber a verdade. Tem medo da verdade e por isso elegem Lulas, Collors, Sarneys e Malufes vezes sem conta. Têm medo igualmente de se conhecerem a si próprios... Mal sabe esse povo tolo que o supremo pecado é a superficialidade. Dizem-se católicos, tementes a Deus, mas também preferem ignorá-Lo nas suas práticas insidiosas do dia a dia.


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