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sexta-feira, 5 de junho de 2009

Samba do crioulo doido; enredo brasileiro.

Aécio Neves é pré-candidato à presidências do Brasil.

Como titular ou como vice do José Serra.

Contudo, além da herança política do avô Tancredo Neves, que lhe dá o sobrenome, nunca li ou ouvi algo dele que fosse relevante ou inteligente ou de caráter governamental.

Se critica o PT na velada, logo corre ao Planalto para explicar o que realmente queria dizer; geralmente o contrário.

Solteiro, vive pulando de cama em cama, lá na Sodoma maravilhosa brasileira.

Vai ver, nisso deve ser muito bom.

E os mineiros gostam do governador.

Está explicado!

Um novo FHC em breve será apresentado.
O segundo turno nas eleições para presidente e governadores no Brasil existe para garantir que o eleito seja, – de fato e de direito, – majoritário.

Entretanto, no Brasil de sempre, o país dos amorais, surgiu a modalidade dos governos minoritários.

Sempre que um governador é cassado por abuso do poder econômico durante o processo eleitoral, o STE dá posse ao candidato que chegou em segundo lugar. Isto é, o candidato minoritário é quem assume o cargo que, por direito de voto, pertence à maioria.

Como no Brasil ninguém entende porra nenhuma de política, fico-me perguntando o que pensa essa tal maioria? Pra que diabos votou?

Como essa maioria também é completamente acéfala, – não só politicamente, – nada acontece. Tampouco existe legislação a respeito.

No mínimo, deveria existir, nesses casos, uma segunda eleição. Mas não!

É a tal inversão de valores e princípios que persiste no Brasil:

Banqueiro culpado, com-pro-va-da-mente, por crimes financeiros graves é preso e solto no mesmo dia.

A mulher, favelada, sem emprego, esfomeada, furta uma lata de manteiga de R$ 3,00, é condenada a quatro anos de prisão em regime fechado.

Pra que diabos ela queria a manteiga, um artigo tão luxuoso?

No Rio Grande do Sul um motociclista atropela uma pedestre em cima da faixa zebrada.

Culpado?... Que nada!

O juiz considerou o artigo 69 do Código de Trânsito Brasileiro para penalizar a pedestre em favor do moto-boy.

Até a justiça gosta de um 69. Mesmo lá em Guaíba (RS) que também são filhos...

O Caseiro do meu advogado brasileiro é incapaz de se convencer que dentro de um avião viaja um monte de gente. Fica até ofendido se insistem com ele. O pobre olha lá pro céu e vê uma coisa tão pequena que não acredita que dentro estão pessoas. Porém, vota no Lula e acredita em tudo que o safado diz.

No Brasil, quem quiser ser varredor de rua precisa ter o segundo grau com-ple-to e nunca, nunquinha ter cometido qualquer tipo de crime.

Entretanto, presidente da república pode ser analfabeto, ladrão, vigarista, sonegador, mentiroso, assassino, pilantra, safado, petista, etc. etc...

Tem lógica!... Pela ótica brasileira.

O lixo na rua precisa da pulcritude civil do varredor para ser limpo; pois o cidadão comum é porco. Por conseguinte, o cargo de primeiro mandatário do Brasil é uma merda. Assim, qualquer safado está habilitado a ocupá-lo.

Conseqüentemente, pela mesma lógica brasileira, nada mais justo que um representante da minoria ocupe um cargo da maioria.

E o Brasil ainda se auto-intitula país democrático? Ai, ai... essa mitomania brasileira me dá nos nervos!

Pela distância não leio mais jornais brasileiros impressos. Os meus dedos agradecem, pois não ficam sujos. De Bruxelas, só pela Internet leio o que aparece nos sites desses vespertinos.

Leio os títulos da primeira página. Se inerentes ao quotidiano nacional, entra-me um fastio imediato. Adivinho-lhes a narrativa. Invariavelmente repetem as mesmas falcatruas, roubos, corrupção, incompetências e desvios já noticiados – por anos e anos – e nunca, nunca, ou quase nunca, solucionados.

O desequilibro dos três Poderes da nação vai de mal a pior. O povão no meio deles vive como baratas tontas correndo de um lado para o outro a ver se recebe algum sem trabalhar; sem exigir e só reclamar sem nada fazer pra mudar.

A hipergênese do Poder Executivo, – leia-se Lula e seus malfeitores amestrados, – transformou a representação política em atos de transgressão persistentes e continuados. Isso porque se consideravam os mais honestos.

As Medidas Provisórias, antes tão criticadas pelo Lula et caterva, são agora esbanjadas aos borbotões por esse filho descarnado, como copos de água para matar a sede corrupta e corruptora que sempre o dominou e por vinte anos escondeu.

Mas são seus os expedientes do “Mensalão” pra quem quiser ver. A CPI dos Correios apurou. O Ministério Público denunciou. O Supremo Tribunal Federal só ameaça julgar rápido se o Poder Executivo o afronta. Inibida a ameaça volta à lentidão.

E o ministro Joaquim Barbosa, – encarregado de julgar os petistas ladrões, – ainda sambou de valentão pra cima do “chefe de capangas” Gilmar Mendes?

É a cooptação generalizada! É o caráter transgressor da cultura política brasileira!

Diferente das culturas civilizadas e éticas, na brasileira os integrantes dos três Poderes não retrocedem um milímetro em relação às transgressões maiores ou menores que cometem. Estão plenamente convencidos da legitimidade das suas ilicitudes e irregularidades.

Assim, diante das habituais manchetes brasileiras, vou para a página internacional... ler em português o que já li em inglês, francês, alemão ou espanhol... só que resumido, adulterado ou mal traduzido.

É nessas páginas que descubro como a imprensa brasileira mente, falseia e deturpa o que o mundo fala do Lula e sobre Brasil.

Para finalizar recordo Rui Barbosa: – “O povo sabe que não tem justiça; o povo tem certeza de que não pode contar com os tribunais; o povo vê que todas as leis lhe falham como abrigo no momento em que delas precise, porque os governos seduzem os magistrados, os banqueiros os corrompem, e, quando não podem dominar e seduzir, os desrespeitam, zombam das suas sentenças e as mandam declarar inaplicáveis...


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