Translate

sábado, 20 de junho de 2009

Mudei o broche do Azêdo.

Depois de ler a nota da ABI [Associação Brasileira de Imprensa], – leia abaixo, – assinada pelo seu presidente, Mauricio Azêdo, corri para Photoshop e troquei o bordado da Petrobras que lhe havia dado antes.

Dei-lhe um alfinete de burro na falta de algo melhor; de imbecil, por exemplo.

A nota divulgada com erros de concordância e um monte de vírgulas sem nexo, fizeram-me recordar a redação do Zeca, meu colega de primário, com quem a professora embirrava por causa da sua fraca pontuação.

Um belo dia, Zequinha invocou-se. Lépido que só escreveu uma redação sem qualquer vírgula ou ponto. Contudo, no final do texto encheu várias linhas com esses sinais gráficos. Rematou-os com o seguinte lembrete: “Professora favor distribuir as vírgulas e pontos como a senhora quiser”.

Mauricio Azêdo deveria ter feito o mesmo com a porcaria da nota que divulgou. Ter-nos-ia poupado tempo para tentar compreender o que escreveu; inclusive as falácias.

Mal vai a ABI para ter semelhante estrupício como seu expoente máximo.

Cá fico me perguntando o que devem pensar os demais diretores. Será que concordaram com tamanha estultice?

Quero pensar que não. A estar certo, porque não se manifestam?

Mauricio Azêdo não é só um estulto das letras; é à vez o despautério do jornalismo e um sultanato da venalidade.

O conteúdo da nota mal redigida prova bem o quão certo está o Supremo Tribunal Federal Brasileiro em abolir a obrigatoriedade do diploma para o exercício do jornalismo.

Mauricio Azêdo não tem diploma de jornalista. Só por aí já deveria defender a decisão do STF. Afinal, tem bebido, perdão, vivido todos estes anos à custa de uma profissão, que de acordo coma sua nota, jamais poderia tê-la exercido. Sequer a compreende.

Isso faz de Mauricio Azedo um hipócrita, um velhaco de marca maior. Tem feito da profissão de jornalista o pior que há no Brasil. São sujeitos devassos como ele que fizeram do jornalismo brasileiro a imundice que é hoje.

Azêdo, vá tomar outro whisky. Quando escreveu a nota, provavelmente deveria estar meio sóbrio. Esse estado a “meio copo” não condiz com a sua pessoa; causa-lhe delírios a ponto de mencionar a ética e imaginar que existe um “texto constitucional”, quando a Constituição que você menciona, sequer contem uma palavra a respeito.

Eis a nota:

A ABI lamenta e considera que esta decisão expõe os jornalistas a riscos e fragilidades e entra em choque com o texto constitucional e a aspiração de implantação efetiva de um Estado Democrático de Direito, como prescrito na Carta de 1988.

A ABI tem razões especiais para lamentar esse fato porque, já em 1918, há mais de 90 anos portanto, organizou o 1º Congresso Brasileiro de Jornalistas e aprovou como uma das teses principais a necessidade de que os jornalistas tivesse formação de nível universitário. Com esse fim, chegou inclusive a aprovar a possível grade curricular do curso de Jornalismo a ser implantado.

A ABI espera que as entidades de jornalistas, à frente a Federação Nacional dos Jornalistas promovam gestões junto às lideranças do Congresso Nacional, para restabelecer aquilo que o Supremo está sonegando à sociedade que é um jornalismo feito com competência técnica e alto sentido cultural e ético.

Maurício Azêdo — Presidente da ABI


Leia mais:
Uma esperança para o jornalismo brasileiro.
Odeio acertar em relação ao Brasil.
A imprensa brasileira.
Homines ad terrorem ab abrupto.
A vil irresponsabilidade da Mídia Brasileira.


Comentários: Para enviar por E-mail clique «AQUI»



x