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domingo, 31 de agosto de 2008

Odeio ter razão quando falo do Brasil, mas é melhor você não ler o texto abaixo.

Dentro de mim a alma se despedaça ao ver o Brasil de hoje. 

Quantas vezes desejei fervorosamente estar equivocado... 

Mais pela minha família e alguns bons amigos residentes nessa republiqueta. 

Tem ocasiões que prevejo determinados cenários... até chego a soçobrá-los na letargia de uma noite mal dormida. 

Nunca são! 

O tempo passa e, por ínvios caminhos, como dizia Gonçalves Dias, às vezes coberto de espinhos, acabo por ver confirmados esses presságios. 

Como hoje; razão pela qual escrevo esta prosa na esperança do éter cibernético levá-la ao cidadão comum.

Você começou a ler? E chegou até aqui? Não deveria tê-lo feito. Não leu o título? Não escrevo para você! 


Se você me lê habitualmente, não é um cidadão comum. Porém, se insiste, fico honrado... Huumm... De médico e de louco, todos temos um pouco, né?

Se é assim, antes de prosseguir aconselho-o(a) a se acomodar bem. Se desejar, vá à sua barra de ferramentas e clique em ‘Exibir’ para aumentar o tamanho da letra. Se não souber, chame o seu filho. Se for igual ao meu mais novo, não só ele ensinará com a maior das boas vontades, mas lhe dará uma aula de sabedoria computacional que o(a) fará sentir-se candidato(a) iminente a monumento histórico. 


Será ótimo. Assim você se levantará da mesa arrastando os pés e também a alma... e irá dormir.

Novamente peço-lhe para parar de ler. Vá tomar um café. Desligue o computador. Saia!, ou ligue então para o(a) namorado(a). Convide-o(a) para uma sonata in dous, opus 69, com variações em “fá de mi em cima de si, sem dó”. Deixe o andamento vivace para o final. Inicie com um adagio moderato e permita-se fluir pelo allegro molto appassionato. Será bem mais interessante. 


O que pretendo contar transcende a mais nefasta das presciências. Portanto, pare! Se continuar vai se aborrecer. Siga o meu conselho; aproveite a maviosidade da harmonia dessa sonata que só Vaginixena & Penispoupolus sabem executar. 

Deixe-se levar por ela e esqueça a leitura. O meu avô dizia que conhecimento só trás sofrimento. Deve ser por isso que o Lula é tão feliz.

O país onde você vive e eu deixei, precisa de muito tijolo para reconstruir as estruturas éticas, morais e cidadãs, derrubadas pelo fenômeno petista. Este texto é um tijolo. Um pequeno tijolo para ajudar numa difícil, embora possível, reconstrução. 


Se você continuar a ler, ao final vai querer contribuir com o seu. Será capaz? Poderá aportar nem que seja um grão de areia para ajudar a restaurar a ordem valorativa e moral no Brasil? Para curá-lo? Para torná-lo uma nação decente?... Para os seus filhos? 

Para os seus netos, talvez? 

Se for, então divulgue este texto. Reflita antes sobre ele. O Brasil tornou-se um depósito de lixo fedorento. Se você não pensa assim, então pare de me ler agora! 

É o último aviso. Quem avisa amigo é. Não reclame depois. O conteúdo deste texto poderá doer-lhe.

Esta manhã, ao abrir as minhas newsletters, confirmei outra previsão. Parece até que sou vidente. Entretanto, no dia 24/08/2005, em plena crise do “mensalão” exatamente três anos e sete dias atrás, Ricardo Noblat publicou um artigo meu sob o titulo “Oposição Incompetente”. 


Nele, denunciava eu a existência de uma simbiose do PT com o PSDB. 

Em palavras claras, o Lula e FHC haviam-se unido para destruir os valores morais dos brasileiros. Deu no que deu. Clique «AQUI» se desejar recordar o texto ou lê-lo pela primeira vez.

Não imagine Leitor(a) as pauladas que recebi na época por ter denunciado esse consortismo anti-republicano. Fui o primeiro a botar o dedo na ferida, portanto, taxado de pessimista e outros bichos tais. Quisera eu. Se o fosse, certamente as minhas previsões para o Brasil não se concretizariam.

Mesmo antes do Lula ser eleito pela “maioria”, [acho graça a esse termo], eu já declarava a existência dessa “conexão” corruptus brasilianis . Os críticos eram muitos e particularmente ferozes. Até amigos mais chegados. 


Entretanto, eu estava certo. 

Como certeiro estarei, num futuro bem próximo, ao prever agora a razão do artigo do Estadão ter sido espalhado por todos os jornais do Brasil. Não foi o primeiro. Há meses outros similares vêm sendo publicados. E, nestes dois próximos anos muitos mais parecidos serão.

E você não desiste de ler. Que coisa! Sendo assim, prepare-se para uma constatação inequívoca de quem leva dias a analisar parâmetros. A pensar por horas antes de escrever; sem se importar com o falatório mal-intencionado ou vicioso dos maldizentes. 


Você também pode chamar-me de convencido, alarmista ou prosélito da ruína brasileira; ou de qualquer outro nome concebido pela sua imaginação. Sempre serão fantasias.

Alguns leitores só me escrevem para insultar ou rotularem-me de reacionário; especialmente em cima das minhas opiniões acerca do Brasil, Lula e os seus quarenta ladrões. 


Ou sobre FHC e seus tucanos amestrados na venalidade e no anti-patriotismo. 

Ambos visando só o mercantilismo pessoal. Tolinhos! Se soubessem ler jornal não diriam tantas besteiras. Quanto mais o tempo passa, mais errados estão. Infelizmente, mais certo eu estou .

Quando leio essas luminosas mensagens, sorrio. Assim mesmo, por não ser o dono da verdade, nem aspirante a possuí-la, reflito com humildade se fui injusto; o quanto possa ter pesado demais nas palavras; ou se fui piegas quanto à degradação do Brasil. 


Às vezes, involuntariamente, sou cruel num pedaço de papel. Mas é a raiva que me embala para dizer sem falsidade aquilo que é verdade... apenas num miserável texto.

Invariavelmente acabo por ficar com o dito; melhor, com o escrito. Quem conhece a fundo os problemas reais do Brasil não pode deixar-se impressionar pelas camadas de verniz pintadas por governo trás governo para a plebe cega, venal e ignorante. 


Tampouco influenciar-se por notícias plantadas nos jornais, como ocorre amiúde no Brasil.

Por vezes, ao reler os meus textos, sobre os quais recebi impropérios, reparo no quanto tímido fui. No fundo, escrevo mais para os meus filhos. Os dois nada conhecem das idiossincrasias brasileiras; especialmente o mais novo, um sonhador como o pai. 


Tampouco devo coisa alguma a alguém; nem tenho rabos presos com ninguém. Nunca tive. Só lamento por alguns pensarem que escrevo a soldo deste ou daquele. 

Ignorantes! 

Imergidos na lama da venalidade, no jeitinho e na depravação, não surpreende que me confundam como igual.

Saiba, no entanto, Leitor(a), que prazer algum tenho quando escrevo sobre o Brasil. Sobre os seus muitos e múltiplos defeitos em franca ascensão; a ponto de essas deformidades anularem o pouco de bom que havia no país. 


Refiro-me às pessoas, não às praias nem ao clima; nem às bananas. Por sinal, na Europa há bananas melhores e mais saborosas das que comia aí. Engraçado, não?

A firmeza ou contundência das minhas palavras não advém de ufanismo, arrogância ou prepotência a permearem as minhas opiniões. Infelizmente, não! Mantenho os escólios, por defeito de profissão; por saber um pouco mais daqueles que me escrevem; cujos conhecimentos não subestimo. 


Apenas por educação. 

Porém, a maioria, – noto com aflição, – não tem a menor idéia daquilo que diz. Escrevem-me de orelhadas ouvidas acolá e alhures e nenhum embasamento ou convicção demonstram nas frases enviadas. 

Por serem desabafos, quem sabe? 

Quiçá, por ventriloquia ou morbidez. Ou para usarem-me como uma espécie de latrina onde aliviam as próprias contrições. 

Ao verem-nas refletidas nos seus espelhos, correm para os respectivos computadores. Um e-mail repleto de sandices deve, suponho, mitigar-lhes a responsabilidade pungida que sentem. Haja paciência para agüentá-los! 

Se parte da razão de ter nascido for para ajudar a acalmar a burrice dessas pessoas, pois assim seja. É uma infelicidade, é verdade. É o ônus de ter um blog. De possuir determinados conhecimentos e querer, com altruísmo, repassá-los adiante; na ânsia de sensibilizar pessoas, tantas quantas puder, por um país que já foi extraordinário. Em termos de vida.

Você chegou até aqui? Ai, ai! Vai piorar.

Detesto martelar tantas vezes nas mesmas teclas do Lula e do PT serem uma corja de bandidos; do pior que há. São! Não tenha a menor dúvida e não há um raio que os parta. E quanto mais o tempo passa, mais a podridão deles aparece; como uma catarse que, ao lento cair do pano, forma uma fila interminável de interrogações. 


Questões essas que deveriam ser respondidas pelos tucanos; os grandes arquitetos do prodígio abominável Lulista que põe o Brasil a ser governado por um pulha; igualzinho ao que o precedeu e ainda lhe dá ordens; e diz-lhe o que fazer.

Sempre foi assim e a patuléia alienada não enxerga isso.

Aborrece-me confirmar que Fernando Henrique Cardoso, o mestre da retórica vazia, prossegue na governança como uma eminência parda, sem ter capacidade alguma para tal. 


Não a teve antes, nem agora a tem. 

Durante os seus dois mandatos levou o país à ruína; insatisfeito dessa desgraça continua a aprofundá-la. Graças, é claro, à habitual incapacidade do Lula; até mesmo, pasmem, para se impor como homem na cadeira que ocupa no Palácio do Planalto.

Lula não é só um títere jumental na mão de um partido formado por bandidos. É também uma marionete dos tucanos que o levam ao bel-prazer. Lula não presta; nem como ser humano. Menos ainda como governante. Já o disse mil vezes e mil vezes tenho estado certo. 


Prova disso é a manchete que hoje tomou conta de todos os jornais, cujo teor, repito, previ exatamente três anos atrás. Repito apenas para calar a boca dos que me acusaram. E do povo que acha maravilhas desse analfabeto. Idiotas!

Essa manchete apenas confirma algo que se sabia a ciência certa. Porém o propósito dela é bem outro e eu chego lá.

Antes, porém, gostaria que soubesse o quanto me dói ter de provar a todo o instante que é o povo, em síntese, o grande responsável por homens com Lulas, Zé Dirceus, Jucás, Mercadantes, Virgílios e, sobretudo, FHCs et caterva, continuarem a dar as cartas no Brasil. 


Na verdade, toda esta gente não passa de testas-de-ferro da verdadeira maioria que está no poder. Você entenderá adiante esta afirmação.

De certa forma, como disse no principio, ao comentar sobre o povo brasileiro, incluo parte da minha família e até a mim, porque um dia dele fiz parte e acreditei. Por isso me pesa. Mas abri os olhos a tempo, coisa que a maioria não fez. Mas não me serve de consolo.

Quando o assunto é povo do Brasil tenho vontade de esganar o sujeito que um dia afirmou que a “maioria” tem sempre razão. Ou aquele francês depauperado que instituiu o conceito de Igualdade e Fraternidade


Ambos pensadores não conheciam o Brasil; nenhum contato tiveram com o povo que nele vive atualmente. Na terra de Cabral, Igualdade só sobrevive na miséria. Fraternidade, então, só existe nas religiões com o firme propósito de angariar fundos para projetos nada fraternos.

E sobre essa tal “maioria”, preste agora atenção à notícia que saiu hoje em todos os jornais brasileiros, com apenas meia dúzia de palavras, sem revelar as verdadeiras intenções pelas quais foi publicada. 


Saiu primeiro no Jornal Estado de São Paulo e foi “cantada”, quase ipsis litteris e imediatamente, por todos os demais jornais. Como um coral afinado para embalar boi no pasto. Ou melhor, a carneirada de brasileiros que não enxergam além da poeira que pisam. 

A essa notícia se chama "sedimentar opinião para formatação de uma maioria".

Se quiser lê-la, clique «
AQUI»; «AQUI»; «AQUI»; «AQUI»; «AQUI»; «AQUI»; «AQUI» e «AQUI», e verá como se repete. Por quê? – Já que você decidiu continuar a ler-me, só saberá mais adiante. Antes, por favor, siga o meu raciocínio.

Quando me dizem que a "maioria" tem razão em qualquer assunto que se manifeste, simplesmente rio para os meus adentros. 


Quando escuto então que o Lula é um representante legítimo da "maioria que subiu ao poder”... fico enfastiado; enojado. Quanta bo-ba-gem se diz nesse Brasil!

A maioria popular nesse “paíf”, – de 75% de corruptos potenciais, – para quem não sabe ou vive de achismos, – é, foi e sempre será constituída por patuléias de ventríloquos. Gentalha alienada politicamente que se deixa controlar e manipular por áulicos espertos, os quais só têm por objetivos os seus próprios e escusos interesses. 


O direito, no Brasil, sempre esteve e estará com as minorias

Engana-se quem pensar o contrário. – A “maioria” real, a que sobe ao poder, é uma minoria composta pelo mercado de capitais, as grandes corporações industriais e financeiras e um pequeno grupo de homens financiados pelos anteriores para serem usados como marionetes... 

Sejam eles fazendeiros, sociólogos ou torneiros mecânicos. Seja qual for a decoração factual que apresentem, serão sempre representantes das minorias mencionadas. Nunca representarão a maioria. Note bem!

Ah... já ia esquecendo; também dos marketeiros e suas agências de publicidade: – A política eleitoral como um processo de simples oferta; o supermercado que promociona candidaturas de quem promete melhor e paga melhor. Um conjunto singular de enormes aptidões para dar voz e “razão” à “maioria ventríloqua”! 


Astutamente, tanto no campo comercial, social ou político, estes senhores igualmente tornaram-se tutores do povo e da opinião pública... 

A “maioria ventríloqua” cedeu-lhes o direito de definir aquilo que é bom e aquilo que é errado... – Em prol da ganância pessoal apequenaram os escrúpulos e racionalizam o irracional...

E a patuléia nem se deu conta que se tornou motivo de riso e, ao mesmo tempo, de dolorosa vergonha.

Acreditar que Lula ou Fernando Henrique Cardoso são líderes, seja do que for, é acreditar em papai Noel. Ambos são demasiado cínicos. As suas maiores qualidades são gostar de serem bajulados. Portanto, são os homens perfeitos para serem dirigidos, conduzidos e manipulados.

A FHC falta-lhe o traquejo básico de um líder nacional. Faltava-lhe entusiasmo em relação a qualquer tema inerente aos interesses do povo. Tampouco é a encarnação do carismático. De longe parece um político... 


De perto, apenas um beócio, com tanta coluna vertebral quanto um éclair de chocolate recém terminado, no qual o confeiteiro esqueceu de injetar o creme. O que lhe abunda em intelectualismo pouco prático faltava-lhe em identificação com os anseios básicos dos brasileiros.

O Lula prima bela burrice, estupidez e venalidade. Tudo ao mesmo tempo. O entusiasmo que demonstra em relação ao povo nada mais é do que um degrau para se locupletar. Sempre foi assim. 


A política para ele tem sido só uma forma de sobreviver e alimentar os filhos. O carisma que possui, originado da própria preguiça em estudar e aprender, é identificado pelo povo como uma chama de esperança para a sua própria debilidade e igual lassidão em instruir-se ou lutar por tal. 

De perto parece um torneiro charlatão, como de fato foi, vestido com um terno domingueiro para assistir à missa. 

De longe, apenas um marombado enzoneiro.

Os que manipulam FHC reconhecem a sua debilidade em entender o povão. No entanto, conhecem muito bem o deslumbramento e a carência afetiva e moral dos seus compatriotas. Prova disso foram as duas eleições que FHC, uma ganhou e a outra comprou, onde a “maioria” foi arrebatada pela sua intelectualidade, – tal como se rendera à beleza do “belo” Collor de Melo, – sem se preocupar no que isso representava, nem com o seu quase nulo empenho pelas questões nacionais. 


Quem manipula FHC sabe que o povão fica fascinado por todas as suas alegações ideológicas e apenas retóricas... E em retórica, FHC é mestre.

Portanto, não é que admirar que Lula e FHC mantenham uma linha direta entre eles. Linha esta onde FHC transmite as ordens de quem manda no Brasil e Lula obedece. 


Os dois se completam. Para que mais serviria um operário na presidência?

Quanto aos brasileiros e brasileiras, paradoxalmente, eles não querem pão; apenas solidariedade. Alguém que lhes massageie o ego fraco que possuem. E esta é a grande ironia que Lula compreende e FHC não. 


Como FHC não entende o seu próprio povo, Lula foi posto no poder para falar o que o povo quer ouvir. Não importa se faz o contrário. Conquanto fale o que o povão quer ouvir, as negociatas por baixo do pano seguem a todo o vapor. 

O povão, que é quem paga a conta, nem se importa. Os cofres pessoais se enchem e o Brasil, um país de miseráveis, já tem homens que fazem parte dos 100 mais ricos do mundo.

Alguma vez você já se perguntou por que fazem tanta questão de manter a obrigatoriedade do voto para todos os brasileiros?, e das sanções para quem não justifica a ausência no dia das eleições? A imprensa e os políticos não dizem que o Brasil agora é uma democracia? 


Se o é, como em qualquer democracia existente pelo mundo o voto deveria ser facultativo. 

Ou não?

Já sei! Não se preocupe. Conheço a resposta. – “O voto no Brasil só é obrigatório, porque, se não o fosse, o povão preferiria ir para a praia em vez de comparecer no dias das eleições”.

Eu adoro ouvir essa patacoada, especialmente quando sai das bocarras da “tchurma” que fica lá no Tribunal Superior Eleitoral. Ou nos discursos inflamados no Congresso e no Senado Federal. Adoro mais escutar alguns figurões da OAB defenderem o mesmo. 


Cambada de filhos da puta, é o que são. 

Teve até deputado que apresentou um projeto de lei para obrigar os estrangeiros, com residência fixa, a votarem. Segundo ele, se essa gente paga impostos também têm direito ao voto, mas não a serem eleitos. 

Que espertalhão! 

Mais ardiloso foi quem estava por trás desse energúmeno “paralamentar” e o propósito escuso que o projeto visava. Felizmente, até agora não foi aprovado. Mas será, creia-me.

Mas eu fico muito triste mesmo ao ver o povão acreditar nessa lorota como uma espécie de auto-culpa estagnante, dominada pelo complexo de inferioridade moral, incômodo e imaturo, relacionado com a auto-percepção do descumprimento das normas e dos princípios éticos que a consciência lhe impõe.

E a imprensa nada faz nem diz para acabar com essa comédia. Exceto uns três ou quatro jornalistas. Por decência, atrevem-se a dizer o contrário. Não obstante, a maioria escreve rios de palavras para defender e manter o grotesco dessas votações. Também racionalizam o irracional.

Escrever sobre a imprensa brasileira, requer um texto inserido à parte da farsa nacional. Em busca de um dinamismo comercial, – como o fez na data de hoje, – publicou e copiou um artigo sem se aprofundar nos fatos ou sequer investigá-los a fundo. Ou pior ainda, sem questionar a razão da tal “linha direta” ser somente revelada “agora”. 


Apenas publicou sem a menor preocupação com a silhueta despudorada ou com a conivência explícita. Deu nojo. É horrível. Não é a primeira vez. Não será a última.

Habitualmente toda a imprensa, nas suas mais variadas vertentes, publica notícias com amadurecimento abreviado; “sem se dar conta” que tal produção gera incredulidade e confusão. Por isso, com freqüência os fatos mostram-se descosturados ou complexos. 


Em vez de cobrir um evento completo, dá um nó na cobertura; geralmente com manchetes sensacionalistas, como essa do Estadão. 

Também esquece as conclusões ou o que está por trás. Levianamente, prejudica tanto os personagens quanto os leitores. 

Mas no caso dessa notícia específica, posta em todos os jornais, ocorre exatamente o contrário. 

A matéria não informa. Foi publicada para induzir.

Habitualmente, como num esterco, a imprensa brasileira apenas derrapa nas opiniões que acabavam em saco sem fundo, logo esquecidas ou, pior, negadas. Jornalistas tidos como sérios negam sem pudor defesas passadas para execrarem o que é noticia no momento; apenas pelo incremento das vendas do jornal, aumento da audiência ou simplesmente porque receberam para isso.

No entanto, a manchete do Estadão, assinada por Carlos Marchi, – “Linha direta entre Lula e FHC evitou pedido de impeachment” – não é um exemplo do afirmado acima. Neste caso é pior, por ter a cara escarrada de ter sido plantada com propósitos futuros e nada éticos.

O artigo do Carlos Marchi, repito, não informa; induz! Revela uma conclusão que há muito já se sabia. Repito outra vez: não é novidade alguma que FHC “ajuda” o Lula em tudo; até a mantê-lo no cargo. Esse é o trabalho dele depois que arruinou propositalmente o país. 


Desde sempre que o protege e, pasme, permite as bandalheiras, roubos, rombos e até assassinatos que esse analfabeto e seus capangas têm proporcionado, acobertado ou falseado. Permite, porque quem manda nos dois diz para permitir. 

Se não, como poderiam crescer os verdadeiros negócios; aqueles que rendem milhões e milhões de dólares em lucros?

Alguma vez você já viu um comerciante honesto ficar rico? Há muitos anos, quando eu ainda trabalhava para pagar a faculdade, um grande empresário disse-me certa vez: – “Nunca acredite na honestidade de quem tem mais que um milhão de dólares. 
Para chegar a ter esse dinheiro será necessário trapacear, roubar e até matar”. 

Bom, você também pode ganhar na mega-sena sem precisar fazer nada disso...

Assim, não creia que toda essa “ajuda” de FHC ao Lula é por bondade ou em nome de uma suposta governabilidade que ele tanto alardeia. Você que me lê, talvez não soubesse dessa “ajuda”. A maioria do povão, tenho certeza, não sabia. 


Mas e daí? 

Ambos desconhecimentos não são importantes. Não mesmo. Nem se preocupe! FHC e seu PSDB não estão nem aí para a sua ignorância do fato; nem se você ficou chocado(a). Há três anos atrás eu fui o primeiro e único a levantar o assunto e também a ser execrado. 

O objetivo do artigo no Estadão é outro. Bem outro.

Se algo você deve ficar preocupado é com o objetivo do artigo e não com a informação escrita nele. As palavras do jornalista assoalham um plano maior posto em marcha. 


É o terceiro ou quarto passo que foi dado para uma campanha subliminar, por todo o país, com um único propósito: Reconstruir a imagem do Fernando Henrique Cardoso para fins eleitoreiros. 

Até no Blog do Noblat FHC começou a escrever, veja só. Quem diria. Mas claro, sobre isto, já os estultos me dirão que estou sendo alarmista, pernicioso, etc. Novamente... Quisera eu!

O texto do Estadão, copiado país a fora, é mais outra insinuação velada para o estágio embrionário posto a andar, cujos desdobramentos surgirão por toda a imprensa a partir desta data. Culminarão nas eleições para presidente em 2010.

Um aviso: prepare-se para começa a ver, com mais freqüência, artigos como esse espalhados por vários jornais; ora inseridos em matérias econômicas; ora nalgum artigo aqui e ali onde o nome FHC será citado como fonte ou no espaço dado ao contraditório. 


Tudo muito natural. 

Tudo muito jornalístico. 

Participações em programas de televisão ficarão mais freqüentes; investidores e empresas extraordinárias começarão, de repente, a comprar [cada um deles, alternadamente], até X% do espaço publicitário de algumas revistas e a convidar determinados jornalistas para, oficialmente, representá-los ou cobrir alguns simpósios internacionais. 

Obviamente, junto com a família completa e todas as despesas pagas; o profissional poderá precisar do apoio familiar para agüentar as horas estafantes passadas nesses encontros.

Tanto esses jornalistas como os veículos de comunicação a que pertencerem comungarão da mesma fama. Isto é: todos eles, sem exceção, possuirão reputações ilibadíssimas. 


Em nenhum deles se encontrará mancha alguma de prática do denuncismo pelo denuncismo, porque, "obviamente" não defendem interesses escusos. 

Os seus respectivos focos jornalísticos posicionar-se-ão apenas, e tão somente, para a "verdade"; para mostrar os fatos tal como são, "isentos" de qualquer partidarismo.

Será lindo, creia-me. Até as pedras ficarão emocionadas com tanta lisura.

Agora, Leitor(a) anote as minhas palavras para cobrar-me mais tarde. Uma vez concluída a fase que detalho nos três parágrafos anteriores, em meados de 2009, em todo o território nacional, o nome Fernando Henrique Cardoso voltará a ser sinônimo de anjo da guarda. 


Será aplaudido e laureado como uma das cabeças governantes e pensantes mais sérias, porém, a de maior destaque no país. Pouca gente se lembrará do incompetente e safado que é. Nem da ausência da sua coluna vertebral.

O(a) Leitor(a) gostaria de apostar? Quanto?

As notas, artigos e reportagens serão simples. Às vezes inseridas em matérias econômicas; algum artigo aqui e outro ali, onde o nome FHC será citado como fonte, [como no caso do artigo do Carlos Marchi], ou no “espaço” dado ao “contraditório”, como ocorre no Blog do Noblat ou nas entrevistas com o Heródoto Barbeiro da rádio CBN. 


Quando um canal de TV fizer uma reportagem “investigativa” sobre os desmandos do Lula e seus respectivos asseclas virão à tona as intervenções pontuais, patrióticas, heróicas e salvadoras do grande estadista FHC. Quem viver, verá.

Se por acaso coincidir com alguma visita minha ao Brasil, tenho certeza que não poderei segurar as lágrimas.

Todos esses tipos de apreciações – escritas e sonorizadas, – implícitas e explicitas, – serão coordenada por um par de escritores famosos, através de jornalistas, pelo país a fora.

Se você não sabe, este tipo de estratégia chamase homeóstase fundamental e preparatória para sedimentar, nas mentes da maioria, a “opinião própria" da maioria; sobre FHC, é claro. Em 2010, essa “opinião da maioria” será vital quando for instada a demonstrá-la nas urnas de votação.

Quem se lembrar de como Pedro Malan, um reles analista estatístico, ex-membro do
IBAD, foi catapultado a cérebro maior da economia do Brasil, verá que a metodologia é a mesma.

Entendeu agora, Leitor(a), a razão desse artigo no Estadão? Ou num retrospecto do tempo, entende agora porque a imprensa defendia tanto o Lula antes de vencer a segunda eleição e agora, às portas da próxima, fala tão mal dele e tão bem de FHC? 


Entende também agora a razão do voto ser obrigatório no Brasil? Ainda não? Bom...

Por causa de campanhas sucessivas e quase permanentes dessa tal homeóstase fundamental e preparatória para sedimentar opiniões nas mentes da “maioria” é que a memória do brasileiro é comparada à da galinha. 


A maioria verdadeira nem se apercebe dessa manipulação; apenas se deixa levar acreditando que decide por vontade própria; que tem opinião. Nem se dá conta que é apenas instrumento dos propósitos de uma minoria.

O povo brasileiro é que nem carneiros; basta saber pastoreá-los. Por isso o voto precisa ser obrigatório. Precisa ser. Tem que ser. Sem essa obrigatoriedade as estratégias de influenciar a maioria não seriam eficazes. O esforço seria muito maior e a honestidade política seria exigida a todos os momentos. 


Já imaginou?

Apenas para você saber, é graças às táticas e metodologias deste pastoreio, iniciadas no final da década de 50, com ajuda da Central de Inteligência Norte Americana [CIA] e aperfeiçoadas ao longo de sessenta anos, os brasileiros encheram-se de orgulho no “Petróleo é nosso”; repudiaram o parlamentarismo; apoiaram o golpe de estado de 1964; criaram um fascínio pelos EUA e Paris tornou-se a Meca do bom gosto e das férias sonhadas... dos travestis, putas e veados também. 


Embora, até hoje, a maioria dos brasileiros, não saiba distinguir socialismo de comunismo, república de parlamentarismo e vivam criticando os Estados Unidos, conquanto almejam ir morar em Miami ou em Nuiorqui.

Para a opinião nacional, socialismo e comunismo são coisa do demo e não se fala mais nisso. Os Estados Unidos, então, são o grande inimigo da América Latina. Mas todo o mundo no “paíf” copia as suas músicas, as táticas empresariais, o american way of live e o emaranhado de loja e restaurantes brasileiros exibem orgulhosos os seus nomes e promoções em inglês.

Para cúmulo, entre os maiores êxitos da minoria que pastoreia a maioria, você vive o paradigma do voto obrigatório: um ato patriótico, chato, mas obrigatório para a construção da democracia, do civismo... que gera paz e prosperidade por período mais ou menos longo; e, de modo mais ou menos explícito; e, que permite o desenvolvimento posterior do povo, exclusivamente na busca da solução para os problemas por ele suscitados. 


Ele, o voto obrigatório, representa a construção solidária da cidadania; a divulgação do conceito de agir participativo e,... discute o direcionamento da implantação das políticas públicas. 

– Por isso é obrigatório!?

Entendeu agora, querido(a) Leitor?

Com este know-how, que antes era orquestrado pelo IBAD, [leia «
AQUI» se quiser saber o que foi essa coisa horrorosa], e hoje executado por duas ou três grandes agências de publicidade, o nome de Fernando Henrique Cardoso, não será mais nenhum bicho-de-sete-cabeças em 2010. Igual como não foi o do Pedro Malan em 1994.

Não vai você me dizer que a maioria não está farta de tantos escândalos, tanta roubalheira, tantos sanguessugas e presidente do Supremo Tribunal Federal libertar criminosos de colarinho branco?

Por que você acha que a Polícia Federal bota algemas nas celebridades corruptas e corruptoras que, tremendo de medo, vão se mijando até à carceragem? Apenas para serem soltos horas depois? 


Você acha que se não as colocassem, as prisões espetaculosas que têm feito, repercutiriam da mesma forma? ou a TV Globo "conseguiria" ter a "exclusividade" de só ela transmitir essas ações?

Mas eu estou sendo cruel outra vez. Ainda bem que é só no teclado. A despeito do que eu digo, – digam o que disserem, – FHC e Lula, tadinhos, sabem identificar as raízes do pensamento “mercadista” e a convergência de opiniões. [Adoro esta frase. Até conheço o gênio que a escreveu. 


É meu ídolo. Quando crescer quero ser igual a ele.]

Sem dúvida alguma, muito em breve você irá descobrir que FHC resgatou e resgatará a relação harmoniosa com a realidade contextualizada... [Seja lá o que isto quer dizer; mas soa bonito. o autor é o mesmo da anterior].

O certo é que tanto o mercado, leia-se bancos, investidores, analistas de mercado, associações de empresários, assim como a “maioria”, todos passarão a ter a persuasão íntima; um feeling muito convicto, acerca da idoneidade e capacidade econônico-administrativa-estadista-conciliadora-heróica-e-salvadora de Fernando Hernique Cardoso.

Mamãeeee! Eu quero aguinha com açúcar!

FHC só não será candidato a presidente se um destes quatro fatores ocorrem: – se morrer ou se tiver um derrame, fatos ambos, espero, aconteçam logo e simultaneamente. [Não teremos tanta sorte. Vaso ruim não quebra]; se a imprensa, a pouca séria que resta, não o desmascarar antes; ou... na pior das hipóteses, se Aécio Neves continuar a pensar mais com a cabeça de baixo, e não a de cima, e demorar a levar adiante a sua candidatura à presidência; seja por rechaço do partido; seja pelas artimanhas sujas do Serra, o que dará no mesmo.

Algumas notícias já foram plantadas com esse propósito. José Serra também quer a presidência de qualquer jeito. 


Fará e dará o que for preciso. 

Não é à toa que se alinhou com o PT, com o DEM e boicota canalhamente a candidatura do Geraldo Alckmin. Este pobre coitado já perdeu as eleições para a prefeitura de São Paulo e ainda não sabe. Ingenuidade e honestidade no Brasil é um binômio fatal; só conduz ao fracasso e à derrota. 

No Brasil vence a minoria vilã, a política com “p” minúsculo, geralmente subscrito, porque o povão assim permite... Porque pensa e quer agir igual... achando que vai se dar bem.

Voltando ao texto do Estadão, repare bem na expressão lá posta: “linha direta”. Como você interpreta essa “linha direta”, apesar do Carlos Marchi ter escrito adiante, no artigo, que FHC, “lamenta que a linha de consulta tenha sido interrompida em 2008”. Em 2008? Que coincidência. Que mentira! Que grande e deslavada mentira. Porém, torna-se necessária para a "homeóstase fundamental e preparatória para sedimentar, nas mentes da “maioria”, a “opinião própria da maioria”... que será uma destas:

– “FHC, o salvador do Brasil”;
– “FHC, o estadista que manteve a governabilidade”; [esta frase será transformada em refrão]
– “Graças a FHC o Lula não sofreu o impeachment que merecia”;
– “Foi FHC que, com mão de ferro, soube manter o PSDB na linha, impedindo que interesses individuais se sobrepusessem aos democráticos”; [Artur Virgílio que o diga].
– “Graças a FHC, os do MST, “as forças de assalto petistas”, não iniciaram uma onda de saques e revoltas, induzidas pela influência de Tarso Himmler Genro”;
– “FHC salvou a democracia no Brasil”;
– “FHC não só inventou o “Plano Real” que pôs o Brasil na reta do crescimento econômico sustentado, como também obrigou o Lula a seguir e a manter os fundamentos desse plano milagroso”.

E durma-se com um barulho destes. 


Mas a algazarra será bem sutil e sedimentadora. Em breve tomará conta de toda a imprensa nacionalmente venal e das mentes populares.

Mais uma vez, querido Leitor(a) verá o destino dos seus filhos e netos nas mãos da "maioria ventríloqua que não nota o quanto é manipulada. Nem sequer percebe que, tanto nos anos na ditadura como na atual nacional-democracia, os freqüentadores do Palácio do Planalto e os ocupantes da esplanada dos ministérios são os mesmos. 


Os mesmos! 

E à medida que o tempo passa e morrem, são substituídos pelos filhos, sobrinhos, netos... todos da mesma estirpe e mau-caratismo.

Na próxima vez que alguém lhe disser que, no Brasil, a maioria tem razão ou que a razão se expressa pela voz popular, lembre-se desta minha longa dissertação.

Obrigado por me ler. Se chegou até aqui, certamente você não tem namorado(a) ou o(a) esposo(a) é muito chato(a). 


Ai, ai... eu sinto tanta peninha...


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