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terça-feira, 4 de setembro de 2007

Entre a anarquia e a repressão!

Os romanos tinham três palavras para descrever o equilíbrio de uma república ordenada. 

A primeira era POTESTAS. Potestas aludia a faculdade de emitir ordens que tinham os magistrados quando atuavam no marco da lei. 

A segunda palavra era AUCTORITAS, e hoje traduziríamos por autoridade moral, a qual irradiavam os magistrados e os cidadãos de conduta exemplar. 

A terceira era IMPÉRIO ou o mando militar. 

O significado original de Imperator foi simplesmente -general-, e por isso quando a Republica Romana passou a ser Império Romano, a fins do século I -ac-, esta mudança de denominação sinalizou que Roma havia deixado de ser uma autêntica Republica para converter-se num regime militar.

No século I AC, a ordem republicana começou a desintegrar-se. Foi neste processo que começaram a difundir-se outras palavras. 


Uma delas LICENTIA - licença ou libertinagem -, aludia à proliferação dos atos de corrupção impulsionados pelo amor ao dinheiro. 

Outra palavra, SEDITIO, ou seja sedição, se referia à atuação dos caudilhos que em vez de guerrear contra os inimigos externos, guerreavam entre eles. 

A palavra ANARCHIA – anarquia -, descrevia o caos das guerras e conflitos civis, que terminaram de vez com a Republica Romana.

Se havia perdido o equilíbrio entre "potestas, auctoritas e imperium", que havia convertido a Republicana Romana em exemplo para os que crêem na democracia. 


Quando se rompe este equilíbrio entre potestade, autoridade e império, as repúblicas oscilam entre o desvio ou o excesso de poder.


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