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terça-feira, 4 de setembro de 2007

A quem foi enviada a mensagem do jogo?

A revista ISTOÉ desta semana [foto da capa ao lado], trás uma reportagem pra lá de conveniente. 

A ser verdade, talvez a estória contada explique a covardia, a omissão, a venalidade e a cumplicidade do PSDB diante dos absurdos petistas. 

A ser verdade, todo o texto parece ser uma enorme advertência, um aviso explícito com endereço certo. 

De quem e para quem? 

Ora, ora... Não nos façamos de tolos, como se não soubéssemos...

A revista ISTOÉ já provou que escreve ao serviço do melhor proposto. 


Entender a finalidade desta reportagem é o grande desafio. 

Que atitude o PSDB tomará? 

O PSDB ficará mudo, definitivamente? 

O PSDB apoiará a absolvição de Renan Calheiros? 

O PSDB apoiará a Constituinte que o sapão quer realizar para conseguir o seu terceiro mandato?

Eis alguns trechos interessantes que selecionei:
[Assinante da ISTOÉ lê a reportagem completa aqui]

Valério revê o jogo
Acusado de operar o mensalão, o publicitário sabe que pode ser condenado a até 62 anos de prisão, sente-se injustiçado e prepara uma estratégia de ataque...”

“Muito além da aparência, há um novo Valério, que se sente isolado e já prepara uma nova estratégia para enfrentar as acusações – desta vez, no ataque. Até a decisão do STF, que acolheu a denúncia por crimes cujas penas podem chegar a 62 anos de prisão, ele se mantinha frio. Controlava as emoções e parecia disposto a manter um acordo informal com os políticos para os quais trabalhou, tanto do PT quanto do PSDB, de jamais revelar o grau de envolvimento de cada um deles em relação aos esquemas de financiamento irregular de campanhas. Depois do julgamento da semana passada, Valério ficou transtornado. A amigos íntimos, emitiu os primeiros sinais de sua nova postura. “Como eu posso ter aqui cinco estrelas no peito, enquanto os chefes têm uma ou duas?”, indagou, referindo-se aos cinco crimes pelos quais terá de responder”.

Pessoas próximas ao empresário mineiro têm dito a ele que ficar calado não valeu a pena e chegaram até a sugerir que ele adotasse soluções radicais. Uma das propostas extremas, depois do julgamento do mensalão, foi a de que Valério convocasse uma entrevista coletiva, em plena Praça dos Três Poderes, em Brasília. Valério sorriu quando recebeu a idéia, mas é improvável que a acate. O mais plausível é que, discretamente, ele comece a revelar nomes de algumas figuras importantes que tinham conhecimento do esquema de financiamento político do PT. Um deles, o ex-ministro da Fazenda e atual deputado Antônio Palocci, que não foi atingido por nenhuma labareda no escândalo do mensalão”.

VALÉRIO TEM DITO A AMIGOS QUE JÁ GRAVOU 11 HORAS DE DEPOIMENTO EM UM DVD QUE ELE GUARDA A SETE CHAVES

Foram informações relevantes e o procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, confirmou ao repórter Rodrigo Rangel que irá encaminhar, ainda em setembro, a denúncia contra Azeredo por peculato. ISTOÉ teve acesso ao relatório interno da PF de 170 páginas e nele constam outros nomes graúdos. Um deles, o do atual governador de Minas Gerais, Aécio Neves. “Há fortes indícios de que o mensalão mineiro abasteceu também as campanhas de Aécio”, diz um dos investigadores do caso. Nos documentos, também consta o atual ministro Walfrido dos Mares Guia, que coordenou a campanha de Azeredo em 1998 e hoje é o articulador político do governo Lula”.

Nessas investigações tucanas, feitas pelo delegado Zampronha, descobriu-se ainda um novo foco de confusão, que pode ser explosivo. A Polícia Federal garante que a quebra de sigilo bancário da construtora mineira ARG, ligada à tradicional família Géo, de Belo Horizonte, será incorporada ao caso. Há dois meses, ISTOÉ revelou que a ARG também fez saques de R$ 102 milhões no Banco Rural, na boca do caixa, e a empresa doou recursos a vários candidatos do PSDB – entre eles, o atual governador Aécio Neves, que recebeu uma contribuição declarada de R$ 300 mil. No capítulo tucano, Valério também ficou muito irritado com as declarações recentes do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que explorou politicamente o julgamento do STF”.

EM SETE CONVERSAS COM A PF, VALÉRIO AJUDOU A MAPEAR O ESQUEMA TUCANO

“Em meio a esse turbilhão de emoções, Valério ainda vive uma pequena crise familiar. Sua esposa, Renilda, está cansada, não suporta mais a pressão sobre o marido e enxerga uma grande hipocrisia em toda essa história. Se dependesse dela, Valério contaria logo tudo o que sabe e tentaria viver em paz – mesmo que tivesse de pagar um preço alto por isso”.

Há quem garanta até que Valério já gravou a sua versão definitiva dos fatos num DVD de 11 horas: ele, a câmera e a verdade”.


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